terça-feira, 18 de janeiro de 2022

"Moro é a poupança de Bolsonaro"

Charge: Aroeira
Por Plinio Teodoro, na revista Fórum:


Ex-ministro da Justiça e um dos principais responsáveis pela eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018, Sergio Moro (Podemos) ainda é visto como um grande aliado entre governistas na esperança que o presidente possa vencer Lula (PT) nas eleições de 2022.

Em entrevista à Tribuna do Norte, o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), afirmou que Moro é visto como uma “poupança” de votos para o segundo turno por Bolsonaro.

Internamente, a torcida é para que Moro rompa a barreira dos 10% das intenções de voto.

“Moro é a poupança de Bolsonaro para o segundo turno. Guarda os votos de Bolsonaro para o segundo turno. Torço para que Moro quebre esse teto que acho que ele tem, de 10% a 15%. Por mim, ele tem 20%. Se Moro tiver 20% no primeiro turno, 100% dos votos vão para Bolsonaro, nulo ou branco, nenhum vai pra Lula”, disse Faria, fazendo uma projeção própria sobre a votação.

Contra Lula segue valendo a luta de classes

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jair de Souza

Acabamos de saber que o Tribunal de Contas da União (TCU) tomou a decisão de abrir aos investigadores do Ministério Público as contas financeiras envolvendo o ex-juiz Sérgio Moro, declarado suspeito em suas atividades pelo próprio STF, e a empresa estadunidense Alvarez & Marsal, especializada em consultoria e gestão de empresas em situação de liquidação.

Antes de avançar em nosso texto, quero relembrar a todos que, na vida humana em sociedade, tudo depende de relações políticas. Por sua vez, as relações políticas dependem sempre, em última instância, dos embates da luta de classes.

Colonialismo hoje e ontem

Por César Locatelli, no site Carta Maior:

Com frequência, indagamo-nos sobre as razões por detrás de constantes intervenções das nações desenvolvidas nas outras, especialmente periféricas, que retardam o desenvolvimento dessas últimas e ampliam o hiato de bem-estar entre suas populações. Esse domínio é parte constitutiva do capitalismo e foi o que possibilitou o desenvolvimento diferenciado das nações ricas, defende Prabhat Patnaik, economista e professor emérito da Jawaharlal Nehru University, em Nova Delhi. As ideias aqui desenvolvidas e as citações que se seguem, buscam mostrar sua leitura do período colonial até os dias atuais, reveladas em entrevista recente.

Uma elite em busca de uma segunda via

Arte: Miguel Paiva
Por Maria Inês Nassif. no Diário do Centro do Mundo:

A entrada do ex-juiz Sérgio Moro na cena eleitoral está longe de ser uma simples articulação de uma terceira via numa disputa eleitoral polarizada entre o ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro. O que está em curso, e é nítido e cristalino, é uma conspiração para tirar Bolsonaro do páreo.

O ex-capitão não tem nenhuma chance de vitória pela via eleitoral. Até as pedrinhas da Esplanada dos Ministérios sabem disso. Seu governo foi o mais desastroso da história deste país e ele deixou uma boa parte da população brasileira mendigando comida nas esquinas das ruas da classe média e da elite que bateram panelas pedindo o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, e a prisão de Lula, em 2019. Sobrevive apenas com o apoio de uma massa radicalizada e militarizada.

Djokovic, o número 1 do negacionismo

Charge e montagem: Christi
Por Simão Zygband, no site Construir Resistência:


Quando a gente pensa que a estupidez do negacionismo prosperava apenas em solo brasileiro, liderado pelo excrementíssimo senhor presidente da Repúblicas, não é que também vem de fora, desta vez incorporado em um atleta de projeção mundial, o sérvio Novak Djokovic, o número 1 do Tênis, um péssimo exemplo de alguém que se tornou símbolo na negação das vacinas contra a Covid-19?

Djokovic teve que encarar a humilhação de ser deportado da Austrália, país onde queria entrar sem ser vacinado, para participar do Australian Open, onde disputaria a oportunidade de obter seu 21° título de Grand Slam, e se tornar o maior campeão do Tênis de todos os tempos. O sérvio é o maior ganhador da competição de Melbourne, com 9 títulos. Se não se vacinar, poderá também ser impedido de participar do torneio de Roland Garros, na França.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Pesquisa atiça o golpismo de Bolsonaro

Justiça rejeita pedido de prisão de Bonner

Espanha, Brasil e a reforma trabalhista

Os trabalhadores da Eletrobras vão parar

O Estado no combate a intolerância religiosa

O dízimo de Bolsonaro e o pato da Veja

O botox e a espetacularização do jornalismo

As milícias do RJ serão enfrentadas em 2022?

STF prorroga inquérito contra Bolsonaro

Charge: Adnael
Por Altamiro Borges


Em breve, Jair Bolsonaro deverá ter outro nó nas tripas – ou será obstrução cerebral? O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por 90 dias o inquérito que apura interferência do fascista na Polícia Federal para proteger os seus filhotes. A denúncia foi feita pelo ex-juizeco Sergio Moro, seu ex-capacho da Justiça.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, prorrogo por mais 90 dias, a partir do encerramento do prazo final anterior [29 de janeiro], o presente inquérito”, despachou o ministro. Essa é a quarta vez que ocorre a dilatação da data marcada para o encerramento das apurações.

Pesquisa atiça o golpismo de Bolsonaro

Charge: Duke
Por Altamiro Borges


A primeira pesquisa eleitoral deste ano, feita pela Quaest Consultoria, confirma o ex-presidente Lula com larga vantagem na corrida presidencial. Ele aparece com 45% das intenções de voto contra 23% de Jair Bolsonaro. Sergio Moro tem 9%; Ciro Gomes, 5%, João Doria, 3%, e Simone Tebet, 1%. Nos votos válidos, o petista venceria já no primeiro turno, com 52,3%.

No caso de segundo turno, Lula vence em todas as simulações – contra todos os postulantes. Já o atual presidente perde em todas sondagens. Ele apanha feio do líder das forças de esquerda – Lula, 54%; Bolsonaro, 30%. Também perde para o ex-juizeco e seu ex-ministro – Moro 36%, Bolsonaro 30%; e ainda para o candidato do PDT – Ciro, 39%, Bolsonaro, 32%.

domingo, 16 de janeiro de 2022

Carluxo Bolsonaro ataca ex-aliado: "chifrudo"

Quem manda hoje em MG são as mineradoras

Djokovic virou símbolo da cruzada antivacina

Charge: Ramón Díaz Yanes
Por Cezar Xavier, no site Vermelho:


Ler a autobiografia do tenista sérvio Novak Djokovic, Serve To Win (Servir para Vencer), assombra pelo modo como ele se revela vulnerável a todo tipo de charlatanismo e propaganda contra a ciência. Não se trata de apenas mais um esportista desconfiado com a vacinação ou vítima do discurso negacionista de tantos políticos idiotas da extrema direita.

Sua biografia não se contenta em apenas relatar sua história vitoriosa em meio a um país envolvido em muito sofrimento de guerra. O livro peculiar está cheio de entusiasmo ingênuo com o caldo interminável de terapias e conselhos pseudo e anticientíficos da nova era, com títulos de capítulos como “Como abrir minha mente mudou meu corpo”. Ele entra na seara da “mudança do pensamento a respeito de si mesmo” para se tornar o sucesso que é, hoje.

Campanha de Bolsonaro não terá coordenação

Charge: Olivier Ploux
Por Fernando Brito, em seu blog:


O Globo e a Folha especulam, hoje, sobre a formação de uma coordenação de campanha de Jair Bolsonaro: “Bolsonaro cria comitê de campanha, com Flávio na liderança’, diz o jornal dos Marinho; “Núcleo de campanha de Bolsonaro tem Flávio como 01 e mira estrutura profissional“, afirma o dos Frias.

Não creio que haverá algum “núcleo” ou “comitê” que, como poder decisório ou mesmo bússola de orientação seja composto por ninguém a não ser o próprio Jair e os três filhos.

Achar que Ciro Nogueira, o general do Centrão, ou Valdemar da Costa Neto, o dono do partido que hospeda o presidente vão coordenar ou lá o que seja a campanha bolsonarista é sofrer de uma ilusão que, depois de todos estes anos, dá a quem a tiver o título de tolo.

Como Trump, Bolsonaro também quer o caos

Charge: Paolo Calleri
Por Jeferson Miola, em seu blog:


No último dia 6 de janeiro se completou o “1º aniversário” do atentado à sede do Congresso dos EUA, o Capitólio, liderado por Donald Trump desde a Casa Branca.

O mundo inteiro ficou estupefato com aquele cenário – que oscilou entre o bizarro e o distópico – no coração da suposta “maior” democracia mundial.

Nos dias seguintes, muito se profetizou sobre o desgaste inexorável e irrecuperável de Trump. Não faltaram, inclusive, previsões de que o bufão estaria definitivamente proscrito da política.

Estas profecias não só não se confirmaram, como ocorreu exatamente o inverso. O ex-presidente desfrutou da impunidade para continuar ocupando o centro da política partidária republicana.

Não há, além disso, indicativo de que ele venha a ser responsabilizado politicamente e/ou criminalmente. Até agora, mais de 700 pessoas foram indiciadas, denunciadas ou presas; todavia, Trump, seus familiares e demais arquitetos políticos e intelectuais do atentado não foram punidos.