sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Diálogo gera novos compromissos na Espanha

Charge: Eneko
Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:


A hegemonia neoliberal nas últimas quatro décadas promoveu transformações regressivas para o desenvolvimento social e o aumento de diversas formas de desigualdades econômicas em muitos países. As reformas laborais fizeram parte desse cardápio destrutivo e avançaram, em especial, a partir da crise internacional de 2008.

O objetivo tem sido o de reduzir o custo do trabalho, criando a máxima flexibilidade para a alocação da mão de obra, com diversas formas de contrato e de ajustes da jornada de trabalho; permitir e reduzir os custos de demissão, sem acumular passivos trabalhistas; restringir o poder das negociações, inibindo o poder dos contratos ou convenções setoriais e gerais em favor de acordos por empresa, realizados com representações laborais controladas; quebrar os sindicatos; limitar a regulação do Estado e a atuação da Justiça.

Estados Unidos, democracia em desmantelo

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:


Podem os Estados Unidos, cujo poder geopolítico e econômico declina com rapidez, apresentar-se como campeões de um valor mais alto – a soberania popular? Um texto corajoso publicado há um mês por Lawrence Lessig – escritor, advogado e cofundador do movimento Creative Commons – sugere, com amargura, que não. Intitula-se “Por que os EUA são um Estado democrático fracassado”. Descreve em detalhes como a representação política norte-americana, historicamente falha (o voto popular não é decisivo, por exemplo, para eleger o presidente), tem sido esfacelada de modo ativo e consciente pelo Partido Republicano e pelo grande poder econômico. Este declínio prosseguiu na última quinta-feira. Mesmo formando maioria nas duas casas do Legislativo, e alentados por um discurso de Joe Biden, os democratas foram incapazes de se unir em torno de duas leis que poderiam refrear a degringolada. As razões estão diretamente relacionadas ao que Lessig relata.

Dallagnol garfou R$ 191 mil em férias do MPF

Por Plinio Teodoro, na revista Fórum:

Recebendo R$ 15 mil por mês do fundo partidário para se filiar ao Podemos, Deltan Dallagnol usufruiu até o último centavo de sua passagem pelo Ministério Público Federal (MPF), quando atuou como coordenador da Lava Jato em Curitiba, e recebeu R$ 191 mil em férias no mês de dezembro, quando deixou a estrutura pública para se lançar finalmente à política partidária.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (21) pela Folha de S.Paulo. Ao jornal, Dallagnol afirmou que o vultoso valor é referente a “férias não gozadas no período em que chefiou a equipe da operação em Curitiba”.

“Férias não gozadas devem ser, por força de lei, indenizadas”, disse o ex-procurador, que alegou que em razão das exigências do trabalho na Lava Jato acumulou férias.

Segundo a Folha, Dallagnol já havia tirado em 2021 um total de 50 dias de férias, divididos em cinco partes para evitar o afastamento por longos períodos de trabalho.

Fraudar o passado como tática eleitoral

Por Bepe Damasco, em seu blog:


A direita, a extrema-direita, e até o boquirroto Ciro Gomes, sabem que não serão páreo para Lula se na campanha eleitoral tentarem debater o presente e o futuro do país.

Imagina, no calor da campanha eleitoral, uma comparação entre os governos petistas e o de Bolsonaro sobre temas como emprego e desemprego, geração de renda, preço dos combustíveis, aumento do salário mínimo, inflação, combate à fome e à miséria?

Seria até covardia.

Agora, projetemos uma discussão de Lula com os candidatos da dita terceira via acerca da imagem do Brasil no mundo, políticas de desenvolvimento econômico, soberania energética, posição do país entre as maiores economias do planeta, realizações na área da educação, política externa, redução da dívida pública, reservas internacionais do país e papel da Petrobras.

Os muitos déficits de Moro

Charge: Gervásio
Por Pedro Serrano, no site Brasil-247:


Em recentes declarações à revista Veja e em suas redes sociais, Sergio Moro teceu críticas a advogados que criticaram a atuação dele enquanto juiz. Moro atacou especialmente o grupo Prerrogativas, dizendo, entre outros absurdos, que os advogados que o integram trabalham pela impunidade de corruptos.

O discurso de Moro, pela sua agressividade e total descompasso com a realidade, não pode ficar sem resposta, e é por isso que ocupo este espaço para, assim como fizeram outros colegas advogados, também refutá-lo.

Em primeiro lugar, é preciso dizer que a fala do ex-juiz revela uma grave deficiência cognitiva em uma área do conhecimento que ele deveria dominar minimamente. Mais do que uma visão de mundo autoritária, a crítica feita por ele demonstra desconhecimento do que sejam a advocacia, os direitos e o Direito.

Genro de Silvio Santos processa ex-chanceler

"Hoje gourmetizam até o trabalho precário"

Na pandemia, desigualdade se aprofunda

As negociatas no Ministério da Saúde

Rússia instalará bases na América Latina?

O Centrão vai abandonar Bolsonaro?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Moro é investigado e vaiado. Vai desistir?

Charge: Jota Camelo
Por Altamiro Borges

A revista Veja, que deu nesta semana mais uma capa babona para Sergio Moro e aposta em seu nome como a tal "terceira via", parece preocupada com o futuro do ex-juizeco e ex-ministro do fascista Jair Bolsonaro. Agora ela destaca em seu site que "MP no TCU quer fim de sigilo sobre a relação de Moro com consultoria dos EUA".

Segundo a notinha, "o subprocurador-geral do TCU, Lucas Furtado, enviou ofício ao presidente do tribunal de contas, Bruno Dantas, pedindo que os processos no órgão sobre atuação de Sergio Moro na Lava-Jato sejam tornados públicos". Segundo Furtado, “diversas peças se encontram com permissões insuficientes para acesso ao conteúdo”.

Genro de Sílvio Santos processa ex-chanceler

Por Altamiro Borges

Ninguém mais se entende no laranjal bolsonariano. Cada dia tem um novo e divertido barraco na extrema-direita nativa. Nesta quinta-feira (20), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, tuitou que abriu processo contra o ex-chanceler Ernesto Araújo por calúnia, injúria e difamação. O genro de Silvio Santos, um oportunista profissional, apresentou queixa-crime na 7ª Vara Criminal Federal de Brasília, informa o colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo.

O motivo da confusão é que na segunda-feira (17), durante o programa de baixarias "ConservaTalk" no YouTube, o ex-ministro das Relações Exteriores afirmou que Fábio Faria teria “entregue o 5G” para a China e sugeriu que "o partido do ministro seria financiado diretamente pela República da China". O aloprado insinuou que ele e outros integrantes do antro bolsonarista seriam agentes do comunismo chinês. Pausa para a gargalhada!

Bolsonaro garante sigilo ao general Pazuello

Por Altamiro Borges


Isolado politicamente e rejeitado nas pesquisas, o “capetão” Jair Bolsonaro faz de tudo para manter o apoio do “partido dos milicos”. Segundo o noticiário desta quinta-feira (20), o governo manteve o sigilo de 100 anos para o processo interno do Exército contra o general Eduardo Pazuello pela participação num ato fascista ao lado do presidente em maio de 2021.

A desculpa para o criminoso sigilo é de que a divulgação do documento representaria "risco aos princípios da hierarquia e da disciplina do Exército". O ex-ministro da Saúde, o tal “craque em logística” que causou milhares de mortes por Covid, atualmente é “assessor especial” da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. Ele está sumido, escondido!

Cidade Integrada ou armação bolsonarista?

Por Fernando Brito, em seu blog:


Uma operação que tem o nome de Cidade Integrada e que sequer foi comunicada – menos ainda discutida – com o prefeito da dita cidade.

Uma “ocupação” espetacular, com 1.200 policiais civis e militares, fardados como tropas do tipo “Tempestade no Deserto”, mas sem nenhuma prisão ou apreensão de armas e drogas realmente expressiva.

Um projeto “social” do qual ninguém sabe nada e que só será – sabe-se lá como – explicado no sábado, três dias depois do espetáculo.

Tudo na véspera do dia em que o ‘cantor gospel’ que governa o Estado encontrar-se com Jair Bolsonaro para pedir um “estica” no regime de recuperação fiscal.

Elite brasileira terceirizou o serviço sujo

Charge: Genildo
Por Maria Inês Nassif, no jornal Brasil de Fato:

Uma década de conspiração produziu efeitos irreparáveis no quadro político-partidário do país.

Ironicamente, os efeitos mais devastadores foram sentidos nas estruturas políticas de centro e de direita que, envolvidas na trama para desqualificar a política – que teve como centro a Operação Lava Jato – não entenderam que renunciavam à própria organicidade e terceirizavam poder (e hegemonia) a políticos de ocasião, levados à ribalta pela onda extremista de direita ceivada desde as manifestações de 2013.

Não sobrou pedra sobre pedra das organizações político-partidárias nas quais as classes dominantes “modernas” operavam antes.

E os partidos de aluguel e de extrema-direita, estimulados por elas para aumentar a onda antipetista, fogem totalmente ao seu controle: essas legendas são mais facilmente manipuláveis por lideranças militares e extremistas e mais facilmente corrompíveis por governos do momento. Não são cooptáveis por ideologia.

Tarefa de milhões e perseverança

Charge: Aroeira
Por João Guilherme Vargas Netto


Considero evidente que a esmagadora maioria do movimento sindical dos trabalhadores brasileiros é contra o presidente Bolsonaro e sua política.

O bolsonarismo lançou apenas raízes no movimento organizado dos caminhoneiros, de alguns profissionais com formação universitária, de trabalhadores em segurança privada, madeireiros e garimpeiros. E só!

Mas a imensa maioria oposicionista precisa permanentemente, vindo das lideranças que a representam, um trabalho de esclarecimento, organização e mobilização no enfrentamento cotidiano de seus problemas em busca da unidade de ação. Sem isto e sem um correlato trabalho de formação de uma plataforma do que precisam, do que querem e de como alcançá-lo, este movimento se manifestará apenas como caudatário de uma orientação político-partidária.

Lula além do PT

Foto: Ricardo Stuckert
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


"O PT é o meu partido mas eu quero ser candidato de um movimento pela restauração da democracia neste país".

E este movimento, disse Lula na entrevista às mídias independentes, é que garantirá a reconstrução do país, a redução da pobreza e da desigualdade, a retomada do crescimento econômico e tudo o mais que é necessário para virarmos a página infeliz do governo Bolsonaro.

A meu ver, este foi um dos recados mais importantes do ex-presidente na entrevista retransmitida pela TV 247 e outros veículos digitais do campo progressista.

O lulismo sempre foi maior que o PT e mais ainda terá que ser nessa eleição absolutamente singular e determinante do futuro.

Ubereats sairá do Brasil? E os entregadores?

Mineração, reprimarização e destruição