Ilustração: Crisvector |
Há um detalhe, e que detalhe, que passa quase encoberto nas abordagens sobre o assassinato do congolês Moïse Kabagambe no Rio. É o detalhe político que merece ser posto ao lado da questão do racismo.
O detalhe começa pelo fato de que todos ali são parte do que já se chamou de a ralé brasileira. Começando pela vítima, que é na verdade um brasileiro desde os 14 anos. São 10 anos de Brasil. Ele não veio sozinho, veio com a família.
As imagens do espancamento mostram que não há personagens de uma elite clássica como algoz nesse episódio. Não há ali ninguém da elite branca. Isso está claro no vídeo, não precisa ir buscar detalhes no histórico de cada um.
Nenhum deles poderia ser definido como o capitão do mato que conhecemos. Os assassinos são o que a gíria brasileira definiria como chinelões.