segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Contas públicas: onde está o drama?

Charge: Amorim
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Pergunte, leitor, a economistas ligados ao mercado qual o principal problema macroeconômico brasileiro. Nove em dez responderão, acredito, que é o “risco fiscal”, isto é, a situação problemática, alguns dirão calamitosa, das contas públicas.

Tem cabimento? Bem, há alguma verdade nisso. As dificuldades fiscais são inegáveis. Mas será a questão das contas públicas realmente o principal problema? Cabe falar em situação calamitosa?

Acabam de ser divulgados os dados das contas governamentais para o ano de 2021. O Banco Central faz a consolidação e publica regularmente esses dados. Vale a pena examiná-los e confrontá-los com a retórica que domina as avaliações da mídia e dos economistas do mercado financeiro. As estatísticas que vou mencionar dizem respeito ao setor público consolidado, isto é, ao setor público no seu conjunto, incluindo governo central, governos estaduais, governos municipais e empresas estatais (menos Petrobras e Eletrobras).

Ultradireita promove terrorismo ideológico

Por Jeferson Miola, em seu blog:

As redes da ultradireita brasileira estão replicando notícias falsas e espalhando mentiras sobre o processo constituinte no Chile.

O portal revistaoeste.com, que tem como colunistas a fina-flor das ultradireitas tanto moro-lavajatista como bolsonarista, divulgou que “os signatários [sic] da Convenção Constitucional do Chile apresentaram na última terça-feira, 1º, uma proposta que visa a abolir as Forças Militares Armadas (FFAA) do país. Em seu lugar, serão instauradas as Forças de Paz e Policiais, subordinadas ao Poder Executivo” [4/2].

O fracasso dos militares

Charge: Aroeira
Por José Luís Fiori e Willian Nozaki, no site A terra é redonda:

“Existe uma psicologia bem compreendida da incompetência militar […]. Norman Dixon argumenta que a vida militar, com todo o seu tédio, repele os talentosos, deixando as mediocridades, sem inteligência e iniciativa, subirem na hierarquia. No momento em que alcançam cargos importantes de tomada de decisão, essas pessoas tendem a sofrer alguma decadência intelectual. Um mau comandante, argumenta Dixon, nunca quer ou é incapaz de mudar de rumo quando toma a decisão errada” (Ferguson, N. Catástrofe. Editora Planeta, p. 184).

Qualquer pessoa de bom-senso – dentro e fora do Brasil – se pergunta hoje como foi que um segmento importante dos militares brasileiros chegou ao ponto de conceber e levar adiante um governo militarizado e aliado a grupos e pessoas movidas por um reacionarismo religioso extremado, e por um fanatismo econômico e ideológico completamente ultrapassados, todos “escondidos” atrás de um personagem grotesco e um “mau militar”, como afirmou o general Ernesto Geisel em outro momento?

PGR passa de serviçal a capanga de Bolsonaro

A sangria social no Orçamento de 2022

O Centrão está com a chave do cofre

Os economistas que dizem não!

O mito do Estado quebrado

Gasolina cara para não irritar o mercado

Bolsonaro, um homem do povo!

Qual a relação de Taiwan com a China?

O boicote diplomático às Olimpíadas na China

domingo, 6 de fevereiro de 2022

Moro terá bens bloqueados por sonegação?

Charge: Vaccari
Por Altamiro Borges


Como justiceiro da Lava-Jato, o ex-juizeco Sergio Moro cometeu vários abusos de poder para criar o clima de golpe contra Dilma Rousseff, para prender por 581 dias o ex-presidente Lula e para ajudar na eleição de Jair Bolsonaro. Como recompensa, ele ganhou do fascista o carguinho de ministro da Justiça. A casamento de vaidades não durou muito tempo e o “traidor” foi defecado do governo. Na sequência, ele ganhou fortunas da consultoria ianque Alvarez & Marsal por ter ajudado a implodir a economia nacional. Agora, porém, Sergio Moro passa da condição de “herói” midiático para bandido!

Sudeste e escolarizados afundam Bolsonaro

Charge: Jota Camelo
Por Altamiro Borges

O "capetão" está definhando. A Folha informa que "Jair Bolsonaro perdeu quatro de cada dez eleitores que votaram nele no primeiro turno de 2018... O esvaziamento se deu com intensidade em dois segmentos que haviam impulsionado sua candidatura na última campanha: o Sudeste, região mais populosa do país, e o eleitorado com ensino superior".

Baseado na pesquisa do Datafolha, o artigo de Bruno Boghossian publicado neste sábado (5) afirma que "há um ponto de partida duplo para esse derretimento. O humor de eleitores mais escolarizados e das grandes cidades do Sudeste virou na primeira metade de 2020, na fase em que Bolsonaro expôs seu negacionismo diante da pandemia e Sergio Moro deixou o governo".

Senado pedirá impeachment do bajulador Aras?

Charge: Nani
Por Altamiro Borges

Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado Federal, anunciou nesta sexta-feira (4) que iniciará a coleta de assinaturas para pedir o impeachment do bajulador-geral da República, Augusto Aras. Por suas redes sociais, o senador que foi vice-presidente da CPI do Genocídio afirmou que o chefe da PGR exerce “a função de serviçal de Bolsonaro”.

A decisão foi tomada após o procurador questionar no Supremo Tribunal Federal o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, que sugeriu o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL), do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, do ex-ministro, general Eduardo Pazuello, entre outros genocidas. O pedido da PGR foi rejeitado pela ministra Rosa Weber.

Tucanos históricos fritam João Doria

Bolsonaro desacata o STF. E agora, PGR?

Moïse: O racismo estrutural que não cessa

A impunidade do bolsonarismo e a democracia

Charge: Lézio Junior
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Bolsonaro continuará livre e solto para planejar a volta ao poder em 2026. Sergio Moro terá o quinto emprego em três anos. Os filhos de Bolsonaro permanecerão atuantes no gabinete do ódio.

Deltan Dallagnol terá imunidade parlamentar e será um dos líderes da oposição na Câmara. Os coronéis das vacinas continuarão impunes. A Clínica Prevent lançará ações no mercado. Grileiros e garimpeiros serão contidos, mas com advertências e punições leves.

Nada do que possa ser imaginado sobre os cenários dos próximos meses, mesmo depois da eleição de Lula – e mesmo depois de o bolsonarismo ser abalado e do afastamento dos militares do poder –, será algo improvável.

Nada mais é improvável no Brasil de todas as possibilidades desde 2016. Nesse futuro ambiente pós-bolsonarismo, a impunidade será o maior desafio e a maior ameaça à democracia.

Parcialidade do Judiciário foi além de Moro

Montagem: FMaia
Por Bepe Damasco, em seu blog:


A confissão tardia do ministro Barroso, do STF, de que a presidenta Dilma Rousseff não caiu devido a pedaladas, mas sim por perda de apoio político, reconhecendo o que grande parte da opinião pública nacional e internacional está farta de saber e denunciar, dá bem a medida do envolvimento de grande parte do Poder Judiciário, por ação ou omissão, no golpe de estado que cassou o mandato de Dilma.

Os juízes do Supremo, evidentemente, sabiam o óbvio: só o regime parlamentarista permite a queda de mandatários por perda de apoio político. A defesa de Dilma usou esse argumento dia sim outro também. Tudo em vão. Suas excelências os ministros da Corte Suprema haviam decidido cruzar os braços, torcendo pela derrocada do governo do Partido dos Trabalhadores.