segunda-feira, 7 de março de 2022

Cordão sanitário contra a ultradireita?

Set. 2021: Marcha neonazista em Madri contra
a comunidade LGBTQ+. Foto: Olmo Calvo
Por Antonio Barbosa Filho


Enquanto todos os olhos estão voltados para a guerra que a OTAN tenta fazer de conta que não é entre a OTAN e a Rússia, tendo a Ucrânia como palco e os ucranianos como bucha-de-canhão, outro importante fenômeno político acontece no continente.

Trata-se do "cordão sanitário" ou "cordão democrático" que se forma em vários países para isolar preventivamente os partidos de extrema-direita que conseguiram avançar alguns passos nas eleições locais ou nacionais nos últimos anos. Depois de muita tolerância com esses agrupamentos, que agem provocativamente e utilizam o discurso de ódio aos imigrantes, aos negros, e a outras "minorias", tanto as esquerdas como partidos de centro e até da direita tradicional estão despertando: não há como dar oxigênio a grupos que buscam, por palavras e atos, destruir a Democracia pelo lado de dentro.

A guerra e o parto da nova ordem mundial

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Até onde se conhece, o ser humano é o único ser vivo que se mobiliza e se excita com o trágico humano, com a competição destrutiva, com a cenografia da dor, do sofrimento e da morte do seu semelhante.

O Coliseu, teatro do Império Romano construído há quase 2 mil anos, é um monumento a esta reverência e a este culto do homo sapiens à tragédia, à destruição e à morte humana.

Além de palco para outras representações teatrais, o Coliseu oportunizava a uma audiência de dezenas de milhares de pessoas entretenimentos macabros – combates entre gladiadores até a morte e, também, jogos de morte nos quais humanos eram mortos de maneira terrível, mutilados e dilacerados por animais, ou queimados vivos. O culto ao bárbaro como experiência épica.

É compreensível, portanto, que as pessoas acompanhem e se posicionem acerca da guerra como se estivessem na arquibancada do grande Coliseu midiático e cibernético. Como se estivessem torcendo fervorosamente para seu time de preferência em uma competição esportiva.

A guerra na Ucrânia e as eleições no Brasil

Medidas econômicas ou eleitoreiras?

Contas públicas, inflação e desemprego

O golpe de Artur Lira para passar a boiada

Conflito na Ucrânia e controle da informação

Impactos geopolíticos do conflito na Ucrânia

Sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia

domingo, 6 de março de 2022

Justiça bloqueia contas da Igreja Renascer

Por Altamiro Borges

O colunista Rogério Gentile postou no site UOL na quinta-feira (3) que a "Justiça de São Paulo bloqueou as contas bancárias da Igreja Renascer em Cristo em razão de uma dívida no pagamento do aluguel de um templo na Vila Andrade, zona sul da capital paulista". Segundo o despacho da juíza Patrícia Martins Conceição, o calote "santo" seria de R$ 761,7 mil.

A seita, fundada em 1986 e famosa por organizar a "Marcha para Jesus", pertence ao "apóstolo" bolsonarista Estevam Hernandes, que já foi preso por rolos nos EUA e que recentemente foi multado por participar de motociata do "capetão" em São Paulo. Segundo o site, a igreja "não nega a dívida, mas questiona o valor atualizado do débito".

Servidores federais agendam protestos

Por Altamiro Borges


Apesar do silêncio da mídia privatista, segue a revolta dos servidores federais com seus salários congelados há cinco anos. A insatisfação cresceu ainda mais após Jair Bolsonaro anunciar reajustes somente aos agentes da Polícia Federal e da PRF. Diante da chiadeira, o fascista até recuou da “generosidade” com sua base eleitoral, mas não convenceu o funcionalismo.

Segundo o noticiário, vários protestos ocorrerão nesta semana. Os funcionários do Banco Central, os mais mobilizados, agendaram uma paralisação para 10 de março. Já os servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) realizarão atos um dia antes. Outros setores públicos também marcaram manifestações por reajuste salarial.

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As batalhas travadas no Brasil e no mundo

Precisamos de mais mulheres na política

Ilustração: Thiago Fagundes/Agência Câmara
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

O voto feminino foi instituído no Brasil há 90 anos, fruto da luta das mulheres. Contudo, a presença delas nos espaços de decisão ainda é muito aquém de sua responsabilidade na sociedade, no mercado de trabalho, na criação dos filhos e no sustento de suas casas.

Atualmente, 51,8% da população são de mulheres, segundo dados de 2019 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad contínua), sendo elas 52,5% do total de eleitores brasileiros.

Elas são o esteio financeiro de 45% dos lares brasileiros. No entanto, tem apenas 15% de representação na Câmara Federal, totalizando 77 deputadas entre os 513 eleitos em 2018. Na legislatura anterior, era ainda menos: apenas 51 deputadas, o que representa 10% do total de eleitos. No Senado, são 13 dos 81 eleitos em 2018. No Executivo, a participação é ainda menor.