Ilustração: Aroeira |
Nunca saberei porque muitas vezes a gente declara nosso amor e admiração por uma pessoa apenas depois de sua morte. Contudo, digo que vi com alegria as manifestações dos amigos e admiradores de Elifas Andreato após sua partida. Da minha parte, quero lembrar o Elifas pondo sua arte a serviço das lutas populares, da sua oposição ferrenha contra a ditadura militar. Quero falar do artista engajado, do militante político corajoso que foi perseguido e discriminado, quero lembrar seu papel como difusor e defensor da cultura popular, mas principalmente vou agradecer ao amigo generoso, meu amigo e amigo da minha família, que chamava minha companheira Maria Lúcia de “comadre”.