Por Fernando Brito, em seu blog:
Não, a cena de Augusto Aras, com seu corpanzil, partindo para as vias de fato com outro integrante do Conselho Superior do Ministério Público Federal é também – mas não só – uma das colheitas malditas do Brasil com o período Bolsonaro.
Também, porque vem de antes dele no MP, pois não se pode esquecer da confissão de Rodrigo Janot de que, em uma de suas bebedeiras, entrou com uma pistola no Supremo Tribunal Federal disposto a descarregar a arma sobre o ministro Gilmar Mendes.
Não é um episódio, antes se constitui numa era que, no MP e em outras instituições que chamaram para si a função que não têm de “salvadoras da pátria” e modelo inquestionável de pureza que, como se sabe, deixou de ser condição humana desde a expulsão do Éden.
quarta-feira, 25 de maio de 2022
O flerte de Ciro com o Partido Militar
Charge: Joaquim |
Encontre o erro no parágrafo seguinte:
Se Ciro pretende disputar o centro-esquerda com Lula, qual a razão de insistir nas denúncias de corrupção, avalizar os procedimentos da Lava Jato? – depois de um período em que garantia que se a Lava Jato invadisse sua casa seria recebida a bala.
Seria tão primário a ponto de não perceber que essa campanha lavajatista contra Lula o faria perder completamente o apoio da centro-esquerda?
O erro está no seguinte: Ciro não está falando para o público de centro-esquerda, mas para a direita militar que estava sendo preparada e, agora, emerge com o tal Projeto de Nação.
Os sinais estão claros para quem quiser ver.
Entidades repudiam ataque de Bolsonaro ao TSE
Charge: Zé Dassilva |
Nos últimos dias, várias entidades da sociedade civil têm se pronunciado diante dos ataques crescentes e preocupantes do neofascista Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral e à democracia brasileira. Há controvérsias sobre a possiblidade do êxito de um golpe no Brasil, mas ninguém tem dúvidas acerca dos intentos golpistas do “capetão”, um terrorista desde os seus tempos de quartel.
Entre os manifestos, vale destacar o assinado pela Coalizão pela Defesa do Sistema Eleitoral, que reúne a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e a Coalizão Negra por Direitos, entre várias outras organizações. O documento foi entregue ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin.
terça-feira, 24 de maio de 2022
Tratores, caminhões de lixo e outras mutretas
Charge: Clayton |
A corrupção avança celeremente no laranjal de Jair Bolsonaro. O jornal Estadão revelou na segunda-feira (23) um esquema de compra de caminhões de lixo com suspeita de sobrepreço de R$ 109 milhões. Já a Folha publicou que o Ministério da Cidadania comprou tratores usando indevidamente verbas para o amparo de famílias carentes na pandemia da Covid-19. E o “capetão” ainda tem a caradura de afirmar que não há roubalheira no seu governo. Relembrando o patético general Augusto Heleno, “se gritar pega centrão, não fica um meu irmão”!
Milícias invadem a floresta
Por Cristina Serra, em seu blog:Charge: Nando Motta
Este
25 de maio assinala os trinta anos da homologação da Terra Indígena Yanomami,
em Roraima. Sob forte pressão internacional e às vésperas da realização da
Conferência da ONU sobre Meio Ambiente, a Eco-92, no Rio de Janeiro, o então
presidente Collor garantiu o território aos yanomamis, acossados por uma
“corrida do ouro”, nos anos 1980, que quase os levou ao extermínio.
A
data deveria ser motivo de comemoração porque foi também um marco na mudança da
relação do Estado brasileiro com os povos indígenas, a partir da Constituição
de 1988. Mas não há o que celebrar diante da violência que a etnia volta a
enfrentar, em inédita intensidade.
Em honra a Alexandre Teixeira
Criador do Lula Gigante, Alexandre Teixeira |
Naquela quadra da história, tinha início a caminhada do Brasil rumo às trevas. Corria o ano da graça de 2012.
Os conservadores, com amplo respaldo da mídia comercial, resolveram fazer do Judiciário instrumento de manipulação e disputa política.
Reacionários de todos os matizes não suportavam mais as seguidas derrotas eleitorais para o PT e a disseminação do projeto político popular e democrático.
Sacam, então, da algibeira, o “mensalão”.
Eram tempos difíceis. Mesmo muitos dos nossos embarcaram nessa. Era muito comum ouvir a frase “alguma coisa eles fizeram.”
Deltan e Lacerda, duas faces do fascismo
Millôr Fernandes dizia que o Brasil tem um enorme passado pela frente. A ação da gangue da Lava Jato confirma tanto a validade como a atualidade desta constatação bem humorada; porém, trágica.
No dia 14 de setembro de 2016, numa solenidade espalhafatosa transmitida ao vivo pelas redes de rádio e TV do país, Deltan Dallagnol sentenciou: “um conjunto de evidências e de contextos que nos fazem concluir, para além de qualquer dúvida razoável, que Lula foi o comandante do esquema criminoso descoberto pela Lava Jato”.
Na pantomima de apresentação do powerpoint, o convicto Deltan sustentou que “provas demonstram que Lula era o grande general que comandou a realização e a continuidade da prática dos crimes”.
O pastor-procurador disse ainda ter “evidências que apontam para Lula como peça central da Lava Jato”, como pode ser revisto neste trecho de 45 segundos de transmissão da TV Migalhas:
A guerra particular das Forças Armadas
Charge: Rafael Costa |
Foram 21 anos de ditadura (1964-1985) e outros 21 anos até o golpe de Estado seguinte (1985-2016). Ao todo, 42 anos é tempo suficiente para constatar que as Forças Armadas que saíram da ditadura foram tão impregnadas pelos serviços de repressão e inteligência que deixaram de ser simplesmente Forças Armadas. São forças letais de inteligência e um assustador aparelho de ideologia de extrema-direita.
Elas têm um grande contingente armado (e muito bem armado) altamente doutrinado contra a população civil, contra a democracia e contra qualquer tipo de obstáculo que enfrente para ampliar os seus poderes para além dos quartéis. Imaginar que o clã Bolsonaro e suas milícias operam apesar das Forças Armadas, nessas alturas do campeonato, seria de uma ingenuidade comovente. Eles são parte de um único projeto e estão em operação de guerra.
Elas têm um grande contingente armado (e muito bem armado) altamente doutrinado contra a população civil, contra a democracia e contra qualquer tipo de obstáculo que enfrente para ampliar os seus poderes para além dos quartéis. Imaginar que o clã Bolsonaro e suas milícias operam apesar das Forças Armadas, nessas alturas do campeonato, seria de uma ingenuidade comovente. Eles são parte de um único projeto e estão em operação de guerra.
Musk, Bolsonaro e a privatização
Charge: Fraga |
É impressionante a capacidade que o Presidente Bolsonaro carrega consigo de surpreender a sociedade brasileira a cada novo dia que passa. Desde o início de janeiro de 2019, o ex-capitão mantém permanentemente em sua agenda política declarações, inciativas, reuniões, documentos e viagens marcadas por sua natureza polêmica e inusitada. A postura negacionista e irresponsável perante a pandemia da covid 19. A mentira oficializada a respeito do desmatamento e do desrespeito completo frente aos direitos dos povos indígenas. As falas homofóbicas e machistas em situações diversas, inclusive contra a ex primeira dama francesa, Brigite Macron. A postura submissa e vergonhosa frente ao ex presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e a sua insistência em manter o Brasil na condição de um pária no cenário das relações internacionais. Enfim, são inúmeras as manifestações comprometedoras daquele que defende a ditadura, a tortura e a pena de morte.
segunda-feira, 23 de maio de 2022
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