quarta-feira, 10 de agosto de 2022

TSE virou contraponto à onda fascista

Artistas leem a carta pró-democracia da USP

A cultura e o enfrentamento ao racismo

Militares golpistas sofrem pequeno revés

Haverá guerra em Taiwan?

Jornalistas e a luta pela democracia

Efeitos da visita de Nancy Pelosi à Taiwan

Dallagnol é condenado e está inelegível

A Igreja Universal e o projeto Bolsonaro

A queda de confiança nas Forças Armadas

Charge: Carol Cospe Fogo
Por Jeferson Miola, em seu blog:


A erosão da confiança dos brasileiros nas Forças Armadas tem sido uma constante desde 2019. Esta conclusão pode ser constatada na série de pesquisas anuais sobre Confiabilidade Global realizadas pelo Instituto Ipsos em 28 países.

No ano de 2019 [aqui], 39% dos brasileiros declaravam confiar nas Forças Armadas, segundo o Ipsos. No levantamento de 2021 [aqui], este índice caiu para 35%, e em 2022 [aqui] foi derrubado para 30% – mesmo percentual de intenção de votos do Bolsonaro.

Isso representa uma queda de 23% do número de brasileiros que em 2019 confiavam nos militares, mas hoje já não confiam mais. O descrédito das Forças Armadas brasileiras só não é pior que em outros três dos 28 países pesquisados.

A busca de popularidade das Forças Armadas foi uma obsessão perseguida pelas cúpulas militares para reocuparem espaços de poder. Os índices de aprovação anteriores à eleição do Bolsonaro derivaram de estratégias comunicacionais engendradas para melhorar e reconstruir uma imagem favorável das Forças Armadas no pós-ditadura.

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Banco Central eleva juros e asfixia a economia

Sobrinho de Bolsonaro acusado de feminicídio

Charge: Nando Motta

Por Altamiro Borges


Só dá tranqueira na famiglia presidencial. O site UOL informa que “a Justiça de São Paulo determinou que Orestes Bolsonaro Campos, sobrinho de Jair Bolsonaro (PL), vá a júri popular por tentativa de feminicídio. Orestinho, como é conhecido, é acusado de ter entrado na casa da ex-mulher, com quem viveu por 17 anos, e tentado matá-la. Ele também tentou matar o atual companheiro dela”.

Mais esse caso de violência no clã ocorreu em outubro de 2020 em Cajati (SP), cidade a cerca de 230 quilômetros da capital. “A data do julgamento ainda não foi marcada. O Ministério Público, que apresentou suas alegações finais em maio, pede que Orestes seja condenado por tentativa de homicídio com quatro circunstâncias qualificadoras, que podem elevar a pena. O sobrinho de Bolsonaro responde ainda a um segundo processo, por lesão corporal”.

Lula e Bolsonaro são grandes cabos eleitorais

Charge: Luciano Oliveira e Bira Dantas
Por André Cintra, no site Vermelho:


Os candidatos que polarizam a disputa presidencial de 2022 – Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) – devem ser também os principais cabos eleitorais do País nos pleitos para a Câmara Federal e para as assembleias legislativas. É o que apontam especialistas ouvidos pelo jornal Valor Econômico.

“Diferentemente do que ocorreu em 2018, o clima antissistema hoje é baixo, o que tende a comprimir a taxa de renovação. Em alta estará a tendência à reeleição”, aponta o jornal nesta segunda-feira (8). Segundo esses especialistas, “a esquerda cresce, mas não o suficiente para mudar o perfil majoritário de centro-direita da Câmara. E o número de partidos com representação no Congresso deve cair.”

Michelle e a "cozinha do diabo"

Charge: Miguel Paiva
Por Fernando Brito, em seu blog:


O fanatismo religioso na política chegou mesmo ao grau de insanidade.

Não bastasse Jair Bolsonaro transformar – com o beneplácito de pastores muito interessados na proximidade com o César – os cultos religiosos em seus comícios eleitorais, agora a sua mulher, Michelle, virou “pregadora” palaciana.

Falou quatro vezes mais tempo que ele, num culto em BH, hoje. E disse que o Palácio do Planalto foi, por muito tempo, “consagrado a demônios, cozinha consagrada a demônios, Planalto consagrado a demônios”.

E que, agora, graças a ela e ao marido, é “consagrado ao Senhor Jesus”.

Posse é marcada por euforia na Colômbia

O futuro da juventude em um governo Lula

O declínio do Ocidente

Charge: Gunduz Aghayev
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Proponho, querido e paciente leitor, que conversemos hoje sobre um tema vasto e complexo que adquiriu urgência nos anos recentes, em especial em 2022. Refiro-me, como indica o título deste artigo, ao declínio do Ocidente. Trata-se de uma questão intrincada, que mobiliza afetos, preconceitos, interesses. E é por isso mesmo que ela se mostra fascinante.

O leitor, como eu, certamente gosta de desafios e não quer se restringir a assuntos batidos, onde reina certo consenso. Vamos em frente então.

Primeira pergunta: é fato ou mito essa decadência ocidental? Note-se que ela já foi proclamada muitas vezes. O assunto não deixa de ser batido, portanto. A própria expressão “declínio do Ocidente” foi tema e título de um livro de Oswald Spengler, publicado há pouco mais de cem anos, em 1918.