domingo, 11 de dezembro de 2022

Lula no controle da pauta

Foto: Ricardo Stuckert
Por Helena Chagas, no site Brasil-247:


Em política, o importante é controlar a pauta. Com todas as dificuldades criadas pela relutância dos bolsonaristas/golpistas - e do próprio Jair Bolsonaro - em aceitar sua eleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega ao terço final de uma transição difícil com as rédeas do processo político nas mãos.

A cerimônia de diplomação e a própria posse podem inspirar cuidados do ponto de vista da segurança, e toda a atenção será pouca nos dois momentos.

Mas, com sua República da transição instalada no CCBB e gerando fatos e noticias no último mês, e agora com os primeiros anúncios ministeriais, o governo Lula, na prática, já começou. Ocupou os espaços institucionais, políticos e midiáticos e agora controla a pauta.

A reação ao anúncio de seus cinco primeiros ministros, nas pastas consideradas de Estado, mostra isso. Fora reclamações sobre a ausência de mulheres e afrodescendentes nessa primeira leva - o que certamente será corrigido nas próximas - foi uma operação para lá de bem sucedida.

Um ano de tentativas de golpe no Peru

Lima (Peru), 09/12/22. Foto: Martin Mejia/AP
Por Pedro Carrano, no jornal Brasil de Fato:


1. Pedro Castillo foi eleito a partir do trabalho de base das Rondas Camponesas, que são comunidades camponesas, organizadas com jurisdição própria e autodefesa. O partido Peru Libre apresentava proposta inicial de um programa de reformas avançado, a partir de um mapeamento correto da realidade peruana, profundamente desigual. Desconhecido pela mídia, o professor rural havia se destacado nas greves da categoria e, sem qualquer trabalho em redes sociais, chegou ao governo a partir de forte trabalho social das Rondas Camponesas.

Bolsonaristas ainda não deixaram Bolsonaro

Por Fernando Brito, em seu blog:

A pesquisa Genial/Quaest sobre as avaliações de governo – do atual e do próximo – “pula” questões essenciais, como o julgamento público das manifestações golpistas contra o resultado das eleições, o que seria, é claro, um dos principais elementos a serem medidos por qualquer levantamento sobre as expectativas políticas dos brasileiros.

Do que foi publicado até agora, a pergunta sobre o fato de Bolsonaro ter questionado o resultado das eleições passa perto, é verdade, mas não é o mesmo que aquela avaliação, porque questionar um resultado não é o mesmo que bloquear estradas ou acampar na porta dos quartéis pedindo um golpe militar.

Comunicação deveria ser prioridade de Lula


Com a finalização dos trabalhos do grupo de transição, a nova gestão Lula começa também a anunciar e definir ministros e ministras para compor o governo. O grupo de entidades subscritor da Carta: Comunicação Democrática é vital para a democracia: uma agenda para o novo governo Lula vem reafirmar a importância de que o Ministério das Comunicações na nova gestão do Executivo seja liderado por alguém comprometido com uma agenda digital contemporânea, com as demandas históricas por uma comunicação mais democrática, com a defesa da comunicação pública e comunitária, proteção de dados, transparência e acesso a meios tecnológicos. Políticas que devem ter como ênfase a promoção dos direitos humanos e digitais, a defesa da liberdade de expressão, do direito à informação, numa perspectiva antirracista e referenciadas em ampla participação social.

O caos deliberado promovido por Bolsonaro

Charge: Ben Jennings
Por Priscila Lobregatte, no site Vermelho:


Os diagnósticos feitos até este momento pelos grupos de trabalho da equipe de transição mostram que a destruição do Estado brasileiro pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) nunca foi mera retórica da oposição. Trata-se de uma realidade bastante concreta, traduzida em dados, que vai impor imensos desafios ao próximo presidente, talvez os maiores desde a redemocratização. Afinal, o que ocorre não é a mera passagem entre gestões divergentes, como outrora, mas do estabelecimento de um governo a partir de um cenário de terra arrasada, promovido pelos quatro anos de extrema-direita no poder.

Os riscos reais de um golpe militar

A grana sinistra dos deputados bolsonaristas

Lula nos salvou do abismo por pouco

Bolsonaro detonou as políticas públicas

Lula e as Forças Armadas

sábado, 10 de dezembro de 2022

O Brasil destroçado que o governo escondia

Charge: Bruno Struzani
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Com a transição de governo começa vir à tona a realidade sobre o descalabro das finanças nacionais, a devastação da institucionalidade governamental e o desmonte avançado de instrumentos fundamentais de gestão de políticas públicas.

As informações e dados acessados pelas equipes do gabinete de transição não só confirmam a desgraceira que já se conhecia sobre a herança deixada pelo governo militar presidido por Bolsonaro, como mostram que em várias áreas a situação é muito mais grave do que se suspeitava.

O gabinete de transição recebeu do Tribunal de Contas da União [TCU] documentos com diagnósticos e subsídios sobre esta realidade. Estes trabalhos estão disponíveis no site do gabinete de transição.

O TCU “apontou 29 áreas que representam um alto risco para a Administração Pública federal devido à vulnerabilidade a fraude, desperdício, abuso de autoridade, má gestão ou necessidade de mudanças profundas para que os objetivos das políticas públicas sejam cumpridos”.

STF, corrupção e democracia

Charge: Zé Dassilva
Por Cristina Serra, em seu blog:


A sociedade brasileira aguarda decisão definitiva do Supremo sobre o maior esquema de corrupção e de corrosão da democracia de que se tem notícia neste país. A indecência atende pela alcunha de orçamento secreto. Coisa de máfia mesmo, pela inconstitucionalidade, pelo sigilo sobre os parlamentares beneficiados e pelo volume de dinheiro que se esvai nos ralos dessa imundície.

O caso está à espera de suas excelências há um ano. Fala-se nos bastidores que algum ministro poderá recorrer ao “perdido de vista”. Ainda que mal pergunte, precisa de mais tempo para entender o quê? O orçamento secreto permite coisas como fazer, em 2020, 12.700 radiografias de dedo em Igarapé Grande (MA), que tem 11.500 habitantes. Esse é um exemplo do varejo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

A prisão dos neonazistas alemães e o Brasil

Os primeiros nomes do governo Lula

300 mil pessoas na posse de Lula em Brasília

Os uso do lawfare contra a mídia

As batalhas cruciais sobre verbas públicas

Bolsonaro implora para não ser preso

A 1ª mulher na Academia Brasileira de Letras

Feminicídio e estupro crescem com Bolsonaro

Feminicídio, janeiro de 2021/Matías Tejeda (Mate)
Por Altamiro Borges


A ascensão do fascismo no Brasil, com a chegada ao poder do “capetão” Jair Bolsonaro, abriu as portas do inferno – destampou o esgoto. Todos os piores preconceitos – machismo, racismo, homofobia, xenofobia e tantos outros – vieram à tona. Nesta semana, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou dados assustadores sobre o aumento da violência contra as mulheres no país.

O primeiro semestre deste ano registrou aumento de 10,8% no número de feminicídios em relação ao mesmo período de 2019, no início do governo do misógino. Em média, quatro mulheres foram assassinadas por dia entre janeiro e junho, totalizando 699 vítimas (3,2% a mais do que no ano passado). Os números subiram de 631 feminicídios em 2019 para 664 em 2020, 677 em 2021 e 699 em 2022.