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O labirinto em que se encontra o presidente Lula – no esforço por dar caráter ao seu governo, que se espera desenvolvimentista – é formado por uma sequência incontável de desvios, túneis, alçapões e armadilhas arquitetados pela casa-grande, para quem a tragédia social é uma irrelevância. Guarda-o um Minotauro ferocíssimo e insaciável.
O método da classe dominante, que às vezes se vale do codinome de “mercado”, é asfixiar o novo governo, imobilizá-lo, impedi-lo de promover as reformas prometidas ao eleitorado e reclamadas pela História. A alternativa que sobra ao mandatário é também seu suicídio: adotar como sua a política do establisment. Permanecer no governo renunciando à governança.