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A vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais argentinas não foi uma surpresa.
Mais que um raio em céu azul, o ultradireitista representa um método já em vias de desgaste, mas que ainda mostra sua força em países que não experimentaram o arriscado caos de governos liderados pela extrema direita.
Donald Trump nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro no Brasil, Iván Duque na Colômbia, Boris Johnson no Reino Unido: uma série de extremistas chegou ao poder em diferentes países graças à condições políticas muito especiais: a direita tradicional, frente à força eleitoral da centro-esquerda, perdeu o pudor e passou a apoiar aventureiros radicais, numa tentativa irresponsável de evitar novas derrotas.