segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

A cara do Brasil e a “reforma perfeita”

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Em pronunciamento ao Congresso Nacional, quando festejava com Artur Lira e Rodrigo Pacheco a promulgação da Reforma Tributária, que seu ministro da Fazenda qualificou de “perfeita”, o presidente Lula sentiu-se no dever, que as circunstâncias talvez expliquem, de saudar os parlamentares, esses que vêm coartando o governo em sua inclinação progressista. Com as vistas voltadas para o Plenário, afirmou: “O Congresso é a cara do Brasil”. O presidente não se referia a um Congresso in abstrato saltado das páginas dos manuais de ciência política, mas a um colegiado específico, precisamente a este que aí está, ao fim de seu primeiro e deletério ano de legislatura. Lula referia-se claramente ao caráter sociológico da composição parlamentar. Errou. Como ter a cara do Brasil um Congresso de homens brancos e majoritariamente ricos, quando 55% de nossa gente se declara de cor parda ou preta, quando 51% da população é constituída de mulheres que ocupam apenas 8% das cadeiras na Câmara dos Deputados?

Breno Altman e sua luta contra o sionismo

Ilustração: Omar Bdoor
Por Jair de Souza

Ao constatar a implacável perseguição que o jornalista Breno Altman vem sofrendo por iniciativa das principais organizações sionistas em nosso país, uma coisa fica evidente: os sionistas estão dispostos a não abrirem mão de seus interesses de classe e a usarem de todos e quaisquer recursos para preservá-los.

A ferocidade com a qual se lançaram contra esse conhecido e respeitado jornalista com o objetivo de enquadrá-lo como antissemita está embasada numa lógica fria e cruel. É que o fato de o próprio Breno Altman ser de origem judaica e não renegar isto põe em cheque toda a estratégia que o sionismo desenvolveu para fazer prevalecer os interesses de classe da grande burguesia judaica e seus associados.

Os figurantes abandonados do 8 de janeiro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Moisés Mendes, em seu blog:

O 8 de janeiro de 2023 ainda é um desatino a ser melhor compreendido a partir do conjunto de protagonistas, coadjuvantes e figurantes, considerando-se os falsamente ocultos, os visíveis e os que se consideram disfarçados ou dissimulados.

O governo faz bem em se precaver, diante da proximidade da data, mas é improvável que grupos se organizem para comemorar a invasão e fazer provocações, mesmo em aglomerações do zap.

Não há como se repetir um 8 de janeiro, porque não há como juntar tantas coisas improváveis. Começando pelo número, e não só pelo perfil dos participantes.

A massa golpista que circulou por Brasília naquele dia foi calculada, na maioria das estimativas, em algo ao redor de 4 mil pessoas.

Os acampamentos pós-eleição, no entorno da delegacia da Capitania dos Portos, na catarinense Itajaí, chegaram a reunir 5 mil golpistas, pelo menos mil a mais do que o número de invasores de Brasília.

Lancellotti, cristão exemplar

Ilustração: CrisVector
Por Frei Betto, em seu site:


Um vereador de São Paulo, diplomado em ódio e a cata de votos neste ano eleitoral, decidiu abrir uma CPI para investigar o padre Júlio Lancellotti, que trabalha há anos com o povo da rua. Acuado pela repercussão na mídia e tantas manifestações de apoio ao sacerdote, o vereador alega que seu objetivo é investigar as ONGs que atuam junto aos que se aglomeram na Cracolândia, no centro de São Paulo.

Desconfio que o vereador deu um tiro no pé. Responsável pela Pastoral do Povo da Rua, Lancellotti recebeu, frente às acusações descabidas, apoio do cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, e de inúmeras personalidades do Brasil e do exterior. Aliás, o líder do partido do vereador na Câmara Municipal, Fábio Riva, declarou que a convocação do padre “extrapola” o pedido inicial.

O golpe de 8 de janeiro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por José Dirceu, no site A terra é redonda:

O caminho para a construção do golpe de 8 de janeiro começou com o suporte das Forças Armadas ao golpe jurídico-parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff e foi pavimentado pelo apoio dos militares à eleição de Jair Bolsonaro em 2018, pela forte presença em seu governo autoritário e negacionista, e pela conivência dos chefes militares com os acampamentos em frente aos quartéis após a eleição de Lula.

Podemos afirmar, sem nenhuma dúvida, que o golpe de 8 de janeiro foi uma consequência natural do ciclo que se abriu com a volta dos militares à politica, uma vocação histórica não resolvida na transição democrática e na Constituinte de 1988. O ovo da serpente manteve-se preservado dentro da instituição militar uma vez que os militares não foram julgados e responsabilizados nem pelo golpe de 1964, nem pelos crimes e violações dos direitos humanos cometidos em nome do Estado durante a ditadura por eles comandada.

Ilusões de uma democracia “inabalada”

Charge: Fredy Varela
Por Jeferson Miola, em seu blog:

De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa, o adjetivo inabalado significa: “que não está abalado; firme, seguro”.

Soa um tanto demasiado, portanto, rememorar-se o primeiro aniversário do 8 de janeiro como o triunfo de uma democracia “inabalada”; de uma democracia segura, firme. A democracia não está segura; não pelo menos ante ameaças consideráveis e tentativas constantes de fraturas democráticas.

Há uma estabilidade precária. A qualquer descuido, a situação política e institucional do Brasil pode ficar de cabeça para baixo; de pernas para o alto.

Esta é a realidade neste contexto de polarização intensa e de “empate ideológico” entre a esquerda e a extrema-direita tanto de caráter fascista como não-fascista.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Jovem Pan sofre três novas surras na Justiça

A festa de final de ano do Barão do Itararé

Genocídio em Gaza e a luta contra o sionismo

Braskem virou dona de bairros em Maceió

O pragmatismo eleitoral é nefasto

Marco temporal e a resistência palestina

Malafaia esbraveja depois da vitória de Dino

Israel não respeita nenhuma resolução da ONU