quarta-feira, 10 de julho de 2024

A mídia corporativa e o roubo das joias

Charge: Izanio
Por Jair de Souza

Mesmo com o STF tendo aberto ao público o relatório da PF sobre a investigação a respeito da apropriação indevida (ou seja, roubo) feita pelo patriarca do bolsonarismo das valiosíssimas joias recebidas, Deus sabe porque, da Arábia Saudita e do Bahrein, a grande mídia corporativa não parece ter se sensibilizado tanto com o assunto.

Se voltarmos um pouco no tempo para recordar como essa mesma mídia se comportava quando a questão em pauta era o badalado tríplex que tinha sido atribuído a Lula, vamos constatar a brutal diferença na maneira do tratamento dedicado àquele caso com o que está sendo feito neste. Toda a trama se iniciou quando a rede Globo divulgou de modo enfático uma história escabrosa de corrupção envolvendo Lula e um certo apartamento no Guarujá que pertenceria a ele e teria recebido reformas de uma grande empreiteira como pagamento por facilitações de negócios indevidos relacionados com a Petrobrás.

A mensagem das eleições na França à esquerda

Reprodução da internet
Por Igor Felippe Santos

A vitória da Nova Frente Popular no segundo turno das eleições legislativas na França representou uma demonstração de força e a retomada da esperança da esquerda no mundo. O resultado surpreendeu, sobretudo, aqueles que consideram as forças populares incapazes de enfrentar a extrema-direita e se restringem à tática de alianças com a direita nos processos eleitorais e submissão ao programa neoliberal nos governos.

A frente popular, que conta com o Partido Socialista, o Partido Comunista e os Ecologistas, é liderada pelo movimento de Jean-Luc Mélenchon, o França Insubmissa, que desponta como a principal força da esquerda. Isso deve nos dizer algo. Mesmo diante do perigo do avanço da extrema-direita, a esquerda francesa teve a firmeza de manter seu projeto com autonomia, construir uma ampla articulação das forças populares, atuar em unidade de ação com as forças de centro-direita sem perder sua identidade e fazer a disputa dos eleitores insatisfeitos com a condução política e econômica do governo Emmanuel Macron

Quando Bolsonaro será preso?

Charge: Fraga
Por Marcos Cardoso, no site Destaque Notícias:


Homens também choram, por uma dor física, por saudade, por amor, por frustração ou quando estão com medo. Quem assistiu ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) chorar num evento ultraconservador, no tradicional Balneário de Camboriú, no sábado, concluiu logo: chorou por medo de ser preso. Mas será que o imbrochável tem mesmo motivos para se preocupar?

A julgar pela lentidão, que se confunde com leniência, do Judiciário, do Ministério Público Federal e até da Polícia Federal, Bolsonaro não tem o que temer. Os golpistas do 8 de janeiro de 2023 foram sumariamente presos e condenados, mas o cabeça do golpe não.

O capitão é um criminoso contumaz, sempre foi e nunca escondeu, no entanto, a punição maior que sofreu até hoje foi aquela que o povo brasileiro aplicou contra ele nas urnas em 2022. Naquela mesma eleição, cometeu tantos crimes eleitorais que acabou inelegível. E só.

A luta contra a privatização da Sabesp

Quem barrou a extrema direita na França?

Bolsonaro desviou R$ 6,8 milhões em joias

O que espera Bolsonaro no inquérito das joias

terça-feira, 9 de julho de 2024

Jornalistas são hostilizados na CPAC em SC

Charge: Aroeira/247
Por Altamiro Borges


Concluído neste final de semana no Balneário Camboriú (SC), o convescote da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês) reuniu expoentes da extrema direita mundial, como o ladrão de joias Jair Bolsonaro e El Loco Javier Milei, foi palco de discursos terraplanistas e presenciou até agressões a jornalistas da mídia corporativa – a mesma que segue chocando o ovo da serpente fascista no Brasil.

No sábado (6), um repórter do jornal Estadão foi hostilizado após fazer uma pergunta à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro – também apelidada de Micheque ou Mijoias – sobre o indiciamento do maridão pela Polícia Federal. O jornalista Pedro Augusto Figueiredo foi empurrado por milicianos bolsonaristas durante a entrevista. Na sequência, ele foi seguido por um grupo de jagunços. Um deles chegou a dar outro empurrão no ombro do repórter, que se desequilibrou.

Folha derrota Véio da Havan na Justiça

Por Altamiro Borges


Na semana passada, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina acolheu recurso contra uma decisão que havia condenado o jornal Folha de S.Paulo e a jornalista Patrícia Campos Mello a pagarem uma indenização de R$ 100 mil ao ricaço Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. Por unanimidade, a 5ª Câmara de Direto Civil do TJ-SC seguiu o voto do relator, desembargador Ricardo Fontes, contra o patético Véio da Havan.

Os imóveis da “máfia das creches” em SP

Meta é proibida de coletar dados para IA

Trabalho precário reduz a sindicalização

Esquerda barra a extrema direita na França

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Macron provoca impasse na França

Extrema direita está em luto na França

A encruzilhada do governo Lula

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Na campanha de 2022 Lula prometeu acabar com o teto dos gastos.

Em evento no Rio uma semana antes da votação do primeiro turno [25/9/2022], Lula repetiu a pregação feita durante toda a campanha: “Acabou o teto de gastos quando eu for presidente da República. Não é porque eu quero gastar de forma irresponsável. O Brasil está precisando de um presidente arrojado que tome atitude de voltar a investir em infraestrutura rapidamente”.

Nos discursos no dia da posse no Parlatório do Planalto e no Congresso [1/1/2023], Lula disse que o SUS, a educação, os investimentos em áreas sociais, na infra-estrutura e no crescimento foram prejudicados “por uma estupidez chamada teto de gastos, que haveremos de revogar”.

França: esquerdas se uniram e venceram

Paris, 07/7/24. Foto: Julien Mattia/Le Pictorium
Por Flávio Aguiar, no site do RFI:


Toda mídia comentava que a França faria um “zig” à direita no segundo turno das eleições legislativas. Eis que no domingo ela fez um “zag” à esquerda, para surpresa geral.

Isto quer dizer que a estratégia do presidente Macron, dissolvendo o parlamento nacional depois da derrota na eleição para o parlamento europeu, deu certo? Sim e não. 

Sim: sua coligação saiu de uma derrota humilhante no primeiro turno para um honroso segundo lugar no turno decisivo. Não: se ele não está às voltas com o projetado governo da extrema direita, ele está agora às voltas com um projetado governo da coligação de esquerda. 

Lula manda investigar crimes da ditadura

Bolsonaro pode pegar até 12 anos de cadeia