Reproduzo artigo de Mino Carta, publicado na revista CartaCapital:
Por que apoiamos Dilma?
Resposta simples: porque escolhemos a candidatura melhor. Guerrilheira, há quem diga, para definir Dilma Rousseff. Negativamente, está claro. A verdade factual é outra, talvez a jovem Dilma tenha pensado em pegar em armas, mas nunca chegou a tanto. A questão também é outra: CartaCapital respeita, louva e admira quem se opôs à ditadura e, portanto, enfrentou riscos vertiginosos, desde a censura e a prisão sem mandado, quando não o sequestro por janízaros à paisana, até a tortura e a morte.
O cidadão e a cidadã que se precipitam naquela definição da candidata de Lula ou não perdem a oportunidade de exibir sua ignorância da história do País, ou têm saudades da ditadura. Quem sabe estivessem na Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade há 46 anos, ou apreciem organizar manifestação similar nos dias de hoje.
De todo modo, não é apenas por causa deste destemido passado de Dilma Rousseff que CartaCapital declara aqui e agora apoio à sua candidatura. Vale acentuar que neste mesmo espaço previmos a escolha do presidente da República ainda antes da sua reeleição, quando José Dirceu saiu da chefia da Casa Civil e a então ministra de Minas e Energia o substituiu.
E aqui, em ocasiões diversas, esclareceu-se o porquê da previsão: a competência, a seriedade, a personalidade e a lealdade a Lula daquela que viria a ser candidata. Essas inegáveis qualidades foram ainda mais evidentes na Casa Civil, onde os alcances do titular naturalmente se expandem.
E pesam sobre a decisão de CartaCapital. Em Dilma Rousseff enxergamos sem a necessidade de binóculo a continuidade de um governo vitorioso e do governante mais popular da história do Brasil. Com largos méritos, que em parte transcendem a nítida e decisiva identificação entre o presidente e seu povo. Ninguém como Lula soube valer-se das potencialidades gigantescas do País e vulgarizá-las com a retórica mais adequada, sem esquecer um suave toque de senso de humor sempre que as circunstâncias o permitissem.
Sem ter ofendido e perseguido os privilegiados, a despeito dos vaticínios de alguns entre eles, e da mídia praticamente em peso, quanto às consequências de um governo que profetizaram milenarista, Lula deixa a Presidência com o País a atingir índices de crescimento quase chineses e a diminuição do abismo que separa minoria de maioria. Dono de uma política exterior de todo independente e de um prestígio internacional sem precedentes. Neste final de mandato, vinga o talento de um estrategista político finíssimo. E a eleição caminha para o plebiscito que a oposição se achava em condições de evitar.
Escolha certa, precisa, calculada, a de Lula ao ungir Dilma e ao propor o confronto com o governo tucano que o precedeu e do qual José Serra se torna, queira ou não, o herdeiro. Carregar o PSDB é arrastar uma bola de ferro amarrada ao tornozelo, coisa de presidiário. Aí estão os tucanos, novos intérpretes do pensamento udenista.
Seria ofender a inteligência e as evidências sustentar que o ex-governador paulista partilha daquelas ideias. Não se livra, porém, da condição de tucano e como tal teria de atuar. Enredado na trama espessa da herança, e da imposição do plebiscito, vive um momento de confusão, instável entre formas díspares e até conflitantes ao conduzir a campanha, de sorte a cometer erros grosseiros e a comprometer sua fama de “preparado”, como insiste em afirmar seu candidato a vice, Índio da Costa. E não é que sonhavam com Aécio...
Reconhecemos em Dilma Rousseff a candidatura mais qualificada e entendemos como injunção deste momento, em que oficialmente o confronto se abre, a clara definição da nossa preferência. Nada inventamos: é da praxe da mídia mais desenvolvida do mundo tomar partido na ocasião certa, sem implicar postura ideológica ou partidária. Nunca deixamos, dentro da nossa visão, de apontar as falhas do governo Lula. Na política ambiental. Na política econômica, no que diz respeito, entre outros aspectos, aos juros manobrados pelo Banco Central. Na política social, que poderia ter sido bem mais ousada.
E fomos muito críticos quando se fez passivamente a vontade do ministro Nelson Jobim e do então presidente do STF Gilmar Mendes, ao exonerar o diretor da Abin, Paulo Lacerda, demitido por ter ousado apoiar a Operação Satiagraha, ao que tudo indica já enterrada, a esta altura, a favor do banqueiro Daniel Dantas. E quando o mesmo Jobim se arvorou a portavoz dos derradeiros saudosistas da ditadura e ganhou o beneplácito para confirmar a validade de uma Lei da Anistia que desrespeita os Direitos Humanos. E quando o então ministro da Justiça Tarso Genro aceitou a peroração de um grupelho de fanáticos do Apocalipse carentes de conhecimento histórico e deu início a um affair internacional desnecessário e amalucado, como o caso Battisti.
Hoje apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff com a mesma disposição com que o fizemos em 2002 e em 2006 a favor de Lula. Apesar das críticas ao governo que não hesitamos em formular desde então, não nos arrependemos por essas escolhas. Temos certeza de que não nos arrependeremos agora.
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sábado, 3 de julho de 2010
Prioridades e ações no pós-Confecom
Reproduzo artigo de Jacson Segundo, publicado no Observatório do Direito à Comunicação:
Uma das dificuldades para a implemetação das resoluções da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) é a extensa quantidade de propostas que foram aprovadas na plenária final do encontro nacional. As mais de 600 resoluções geraram um cenário de falta de foco e de priorização de temas e de ações. Para tentar minimizar esse problema, cerca de 50 pessoas de várias entidades nacionais e estaduais se reuniram em Brasília nesta quinta-feira (1) e escolheram aproximadamente 70 propostas consideradas prioritárias para a sociedade civil.
A ideia dos organizadores do seminário não foi de alterar ou retirar propostas e nem de bater o martelo sobre o que é mais ou menos importante na visão das organizações e movimentos sociais que participaram do processo da Confecom. O objetivo foi criar uma contribuição para que o movimento de comunicação debatesse prioridades. O documento final deve circular pela internet para avaliação dos que não puderam comparecer em Brasília neste seminário.
Com essas prioridades que foram sugeridas no seminário, pretende-se que as propostas escolhidas ganhem mais força que as outras e que, por consequencia, tenham mais condição de saírem do papel. Não deve ser uma tarefa fácil a curto prazo, já que o Parlamento vai andar a passos lentos por causa do calendário eleitoral este ano. Além disso, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, já afirmou que o papel deste governo seria apenas classificar as propostas.
As propostas elencadas como prioritárias foram selecionadas abarcando todos os temas tratados na Confecom. Elas devem ainda passar por uma sistematização e serão divulgadas a partir do próximo dia 19, por meio de uma videoconferência. “Essa é a nossa plataforma para a batalha eleitoral de 2010. É com ela que vamos tentar comprometer os candidatos”, disse o jornalista do Portal Vermelho e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges.
Propostas
Uma delas diz respeito ao financiamento e estímulo à produção independente e regional de conteúdos educativos. A ideia é mapear todos os fundos existentes em âmbito federal e local que tenham como objetivo o apoio a este tipo de produto de comunicação. E que as organizações sociais articulem a criação destes mecanismos onde eles não existam.
Outra prioridade seria a resolução que cria um sistema público de distribuição física de conteúdos produzidos pelas redes de comunicação e cultura, garantindo que a produção cultural financiada com dinheiro público seja exibida e distribuída de forma livre em creative commons.
Para a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que foi uma das representantes da Câmara na Confecom, a eficácia dos encaminhamentos da Conferência vai depender do nível de mobilização e protagonismo da sociedade civil. Ela entende que o Plano Nacional de Banda Larga, por exemplo, foi acelerado pela pressão dos movimentos da área e da população.“Precisamos ampliar e preservar as conquistas”, afirma a deputada, que foi uma das proponentes do seminário.
Um estudo feito pelo deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE) mostra que cerca de 35% das propostas aprovadas na Confecom implicam em alguma forma de ação legislativa no Congresso Nacional. Além disso, o relatório informa que, deste percentual, que representa 222 propostas, dois terços (148) já são motivo de alguma ação, como projetos de lei, em pelo menos uma das casas legislativas do país (Câmara e Senado).
Articulação
A priorização das propostas não foi o único resultado do seminário de Brasília. Também foi discutida a melhor forma do movimento de comunicação continuar organizado. Embora não tenha sido um consenso entre as entidades, a maioria decidiu manter e ampliar a Comissão Nacional Pró-Conferência (CNPC), articulação que surgiu para mobilizar a sociedade civil antes da Confecom.
A integrante do Conselho Federal de Psicologia e da coordenação executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Roseli Goffman, discordou da revitalização da CNPC. “Não é um momento em que há força política para nossas instituições comparecerem porque nós estamos disputando eleições nas nossas entidades”, opinou. Segundo ela, a estratégia do FNDC é revitalizar seus fóruns locais e criar novos onde não existirem.
Porém, dentro da próprio FNDC existem posições diferentes. O coordenador da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão (Fitert), Nascimento Silva, disse que o Fórum ainda não bateu o martelo sobre o assunto. “Temos que manter a CNPC do jeito que ela está”, afirmou.
As reuniões da CNPC devem acontecer mensalmente. Além disso, foram encaminhadas outras ações, como a manutenção de um diálogo mais próximo com as comissões estaduais e a tentativa de realizar um debate com os candidatos à Presidência da República.
Além de Luiza Erundina, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, o seminário também contou com a co-realização da deputada Iriny Lopes (PT-ES), pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, e de entidades da sociedade civil. O evento foi realizado na Câmara dos Deputados.
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Uma das dificuldades para a implemetação das resoluções da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) é a extensa quantidade de propostas que foram aprovadas na plenária final do encontro nacional. As mais de 600 resoluções geraram um cenário de falta de foco e de priorização de temas e de ações. Para tentar minimizar esse problema, cerca de 50 pessoas de várias entidades nacionais e estaduais se reuniram em Brasília nesta quinta-feira (1) e escolheram aproximadamente 70 propostas consideradas prioritárias para a sociedade civil.
A ideia dos organizadores do seminário não foi de alterar ou retirar propostas e nem de bater o martelo sobre o que é mais ou menos importante na visão das organizações e movimentos sociais que participaram do processo da Confecom. O objetivo foi criar uma contribuição para que o movimento de comunicação debatesse prioridades. O documento final deve circular pela internet para avaliação dos que não puderam comparecer em Brasília neste seminário.
Com essas prioridades que foram sugeridas no seminário, pretende-se que as propostas escolhidas ganhem mais força que as outras e que, por consequencia, tenham mais condição de saírem do papel. Não deve ser uma tarefa fácil a curto prazo, já que o Parlamento vai andar a passos lentos por causa do calendário eleitoral este ano. Além disso, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, já afirmou que o papel deste governo seria apenas classificar as propostas.
As propostas elencadas como prioritárias foram selecionadas abarcando todos os temas tratados na Confecom. Elas devem ainda passar por uma sistematização e serão divulgadas a partir do próximo dia 19, por meio de uma videoconferência. “Essa é a nossa plataforma para a batalha eleitoral de 2010. É com ela que vamos tentar comprometer os candidatos”, disse o jornalista do Portal Vermelho e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges.
Propostas
Uma delas diz respeito ao financiamento e estímulo à produção independente e regional de conteúdos educativos. A ideia é mapear todos os fundos existentes em âmbito federal e local que tenham como objetivo o apoio a este tipo de produto de comunicação. E que as organizações sociais articulem a criação destes mecanismos onde eles não existam.
Outra prioridade seria a resolução que cria um sistema público de distribuição física de conteúdos produzidos pelas redes de comunicação e cultura, garantindo que a produção cultural financiada com dinheiro público seja exibida e distribuída de forma livre em creative commons.
Para a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que foi uma das representantes da Câmara na Confecom, a eficácia dos encaminhamentos da Conferência vai depender do nível de mobilização e protagonismo da sociedade civil. Ela entende que o Plano Nacional de Banda Larga, por exemplo, foi acelerado pela pressão dos movimentos da área e da população.“Precisamos ampliar e preservar as conquistas”, afirma a deputada, que foi uma das proponentes do seminário.
Um estudo feito pelo deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE) mostra que cerca de 35% das propostas aprovadas na Confecom implicam em alguma forma de ação legislativa no Congresso Nacional. Além disso, o relatório informa que, deste percentual, que representa 222 propostas, dois terços (148) já são motivo de alguma ação, como projetos de lei, em pelo menos uma das casas legislativas do país (Câmara e Senado).
Articulação
A priorização das propostas não foi o único resultado do seminário de Brasília. Também foi discutida a melhor forma do movimento de comunicação continuar organizado. Embora não tenha sido um consenso entre as entidades, a maioria decidiu manter e ampliar a Comissão Nacional Pró-Conferência (CNPC), articulação que surgiu para mobilizar a sociedade civil antes da Confecom.
A integrante do Conselho Federal de Psicologia e da coordenação executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Roseli Goffman, discordou da revitalização da CNPC. “Não é um momento em que há força política para nossas instituições comparecerem porque nós estamos disputando eleições nas nossas entidades”, opinou. Segundo ela, a estratégia do FNDC é revitalizar seus fóruns locais e criar novos onde não existirem.
Porém, dentro da próprio FNDC existem posições diferentes. O coordenador da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão (Fitert), Nascimento Silva, disse que o Fórum ainda não bateu o martelo sobre o assunto. “Temos que manter a CNPC do jeito que ela está”, afirmou.
As reuniões da CNPC devem acontecer mensalmente. Além disso, foram encaminhadas outras ações, como a manutenção de um diálogo mais próximo com as comissões estaduais e a tentativa de realizar um debate com os candidatos à Presidência da República.
Além de Luiza Erundina, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, o seminário também contou com a co-realização da deputada Iriny Lopes (PT-ES), pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, e de entidades da sociedade civil. O evento foi realizado na Câmara dos Deputados.
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sexta-feira, 2 de julho de 2010
Outra pesquisa “conveniente” do Datafolha
Reproduzo artigo de Luiz Carlos Azenha, publicado no blog Viomundo:
A mais recente pesquisa Datafolha parece tão fora da curva quanto aquela anterior, que acompanhou o lançamento oficial da candidatura de José Serra. Então, graças a um repentino aumento da preferência entre eleitores do Sul, José Serra “abriu” vantagem de nove pontos sobre Dilma Rousseff.
Desta vez, quando três outros institutos registraram o avanço e a liderança de Dilma, o Datafolha produziu um empate técnico (Serra teria 39%, Dilma 38%) sem que houvesse uma justificativa factível para essa repentina mudança de rumo. Curiosamente, mais uma vez o crescimento de Serra se baseia num aumento da preferência de eleitores sulistas (no Sul, de acordo com o Datafolha, Serra passou de 38% a 50%). Será que os sulistas são mais suscetíveis à propaganda eleitoral do PSDB na TV?
Sabemos que existem diferenças de método entre os diversos institutos de pesquisa, que podem responder pelas diferenças entre Vox Populi, Sensus, Ibope e Datafolha. Sabemos, no entanto, que as pesquisas refletem tendências gerais do eleitorado e nada aconteceu nas últimas semanas que justifique uma reversão repentina das curvas de Serra e Dilma.
De qualquer forma, alguns detalhes me chamaram a atenção:
– Um dia antes da divulgação da pesquisa, já circulavam na internet as justificativas do PSDB para a repentina mudança no quadro eleitoral, como eu mesmo reproduzi, a partir do R7;
– O tracking do PSDB (levantamento diário feito a partir de pesquisa telefônico) não é confirmado pelo tracking do PT, pelo contrário, os números internos da campanha de Dilma apontam aumento na diferença entre os dois candidatos, com vantagem crescente da ex-ministra;
– Os números da Folha vieram acompanhados de “análises” que tem algo em comum: a sustenção do argumento conveniente para a campanha de Serra na atual conjuntura, aquele de que a campanha vai começar oficialmente com os dois candidatos zerados, empatados;
– Na mesma página que traz os resultados da pesquisa, uma coluna da Folha atribui o resultado, em parte, à decisão de Dilma Rousseff de evitar “alguns debates e sabatinas”. Em junho, 30% dos entrevistados disseram ter visto alguma entrevista com Serra; 25% disseram o mesmo em relação a Dilma. Isso não prova nada. E se o eleitor viu mais o Serra e não gostou? O que a coluna da Folha omite é que Dilma não aceitou o convite para participar de uma sabatina da Folha. Em outras palavras, o jornal está tentando dizer, sem dizê-lo, que Dilma perdeu votos ao não aceitar o convite do jornal. Como seria muito patético dizer isso abertamente, o jornal apenas sugere essa possibilidade.
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A mais recente pesquisa Datafolha parece tão fora da curva quanto aquela anterior, que acompanhou o lançamento oficial da candidatura de José Serra. Então, graças a um repentino aumento da preferência entre eleitores do Sul, José Serra “abriu” vantagem de nove pontos sobre Dilma Rousseff.
Desta vez, quando três outros institutos registraram o avanço e a liderança de Dilma, o Datafolha produziu um empate técnico (Serra teria 39%, Dilma 38%) sem que houvesse uma justificativa factível para essa repentina mudança de rumo. Curiosamente, mais uma vez o crescimento de Serra se baseia num aumento da preferência de eleitores sulistas (no Sul, de acordo com o Datafolha, Serra passou de 38% a 50%). Será que os sulistas são mais suscetíveis à propaganda eleitoral do PSDB na TV?
Sabemos que existem diferenças de método entre os diversos institutos de pesquisa, que podem responder pelas diferenças entre Vox Populi, Sensus, Ibope e Datafolha. Sabemos, no entanto, que as pesquisas refletem tendências gerais do eleitorado e nada aconteceu nas últimas semanas que justifique uma reversão repentina das curvas de Serra e Dilma.
De qualquer forma, alguns detalhes me chamaram a atenção:
– Um dia antes da divulgação da pesquisa, já circulavam na internet as justificativas do PSDB para a repentina mudança no quadro eleitoral, como eu mesmo reproduzi, a partir do R7;
– O tracking do PSDB (levantamento diário feito a partir de pesquisa telefônico) não é confirmado pelo tracking do PT, pelo contrário, os números internos da campanha de Dilma apontam aumento na diferença entre os dois candidatos, com vantagem crescente da ex-ministra;
– Os números da Folha vieram acompanhados de “análises” que tem algo em comum: a sustenção do argumento conveniente para a campanha de Serra na atual conjuntura, aquele de que a campanha vai começar oficialmente com os dois candidatos zerados, empatados;
– Na mesma página que traz os resultados da pesquisa, uma coluna da Folha atribui o resultado, em parte, à decisão de Dilma Rousseff de evitar “alguns debates e sabatinas”. Em junho, 30% dos entrevistados disseram ter visto alguma entrevista com Serra; 25% disseram o mesmo em relação a Dilma. Isso não prova nada. E se o eleitor viu mais o Serra e não gostou? O que a coluna da Folha omite é que Dilma não aceitou o convite para participar de uma sabatina da Folha. Em outras palavras, o jornal está tentando dizer, sem dizê-lo, que Dilma perdeu votos ao não aceitar o convite do jornal. Como seria muito patético dizer isso abertamente, o jornal apenas sugere essa possibilidade.
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Quem acredita ainda no Datafolha?
Reproduzo artigo do sociólogo Emir Sader, publicado no sítio Carta Maior:
O jornal que emprestou seus caros para a Operação Bandeirantes, disfarçada de jornalistas, levar a cabo prisões arbitrárias, fuzilamentos sumários de detidos, conduzir os sobreviventes para tortura, para a desaparição, para a morte.
O jornal que considerou a ditadura militar – o mais ditatorial dos regimes, de imposição do terror, o mais antidemocrático – como a salvação do país, pregou sua realização, saudou a ruptura da democracia e a deposição de um presidente legitimamente eleito pelos cidadãos, apoio a ditadura, ajudou a escondeu seus crimes e, mais recentemente, chamou-o de “ditabranda”.
O jornal que publicou uma ficha falsa da Dilma em manchete de primeira página de um domingo. Pego em flagrante, nunca corrigiu sua brutal manipulação.
Uma executiva do jornal declarou que, dada a fraqueza dos partidos da oposição, a imprensa assume o papel de partido da oposição. Isto é, o jornaleco virou boletim de um partido opositor, os jornalistas não são mais jornalistas, todos eles militantes desse partido opositor. A direção, que nunca foi eleita por ninguém, mas designada pela família, o Comitê Central desse partido. O seu diretor, escolhido por seu pai para sucedê-lo na direção da empresa familiar, presidente do partido.
Suas pesquisas são pesquisas internas dos tucanos, feitas por encomenda e atendendo às penúrias do candidato-colunista do jornal, que passeia pela redação do jornal como pela sua casa, dá broncas no que não gosta, nomeia empregados, como a chefe da sucursal de Brasília, nomeada por ele, porque tucana e porque casada com publicitário – ex funcionário da Globo – que codirige a campanha derrotada em 2002 e agora em 2010.
Quem acredita nas pesquisas do Databranda?
Quem compraria um jornal usado da família Frias?
Que lê o Diario Oficial dos Tucanos, com todos os editorais cheios de pluma tucana da página 2?
O povo não é tonto. Com tudo o que eles dizem, apenas 3% aceitam seus argumentos e rejeitam Lula.
Ou será 0%, na margem de erro?
A derrota de Serra e seu vice de ocasião é também a derrota da imprensa das oligarquias familiares, da imprensa mercantil, da imprensa mentirosa e manipuladora, a derrota dos Frias, dos Marinhos, dos Mesquitas, dos Civitas e dos seus associados regionais e internacionais.
Daí seu desespero, daí sua depressão, daí mentiras como essa pesquisa encomendada pelos tucanos e em que nem eles mesmos acreditam.
Otávio Frias Filho (que ocupa o cargo por ser filho de Otávio Frias pai), seus parentes e militantes do seu partido, não conseguem mais ditabrandar em nome do país.
Prêmio Corvo do semestre para Otávio Frias Filho e sua trupe!
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O jornal que emprestou seus caros para a Operação Bandeirantes, disfarçada de jornalistas, levar a cabo prisões arbitrárias, fuzilamentos sumários de detidos, conduzir os sobreviventes para tortura, para a desaparição, para a morte.
O jornal que considerou a ditadura militar – o mais ditatorial dos regimes, de imposição do terror, o mais antidemocrático – como a salvação do país, pregou sua realização, saudou a ruptura da democracia e a deposição de um presidente legitimamente eleito pelos cidadãos, apoio a ditadura, ajudou a escondeu seus crimes e, mais recentemente, chamou-o de “ditabranda”.
O jornal que publicou uma ficha falsa da Dilma em manchete de primeira página de um domingo. Pego em flagrante, nunca corrigiu sua brutal manipulação.
Uma executiva do jornal declarou que, dada a fraqueza dos partidos da oposição, a imprensa assume o papel de partido da oposição. Isto é, o jornaleco virou boletim de um partido opositor, os jornalistas não são mais jornalistas, todos eles militantes desse partido opositor. A direção, que nunca foi eleita por ninguém, mas designada pela família, o Comitê Central desse partido. O seu diretor, escolhido por seu pai para sucedê-lo na direção da empresa familiar, presidente do partido.
Suas pesquisas são pesquisas internas dos tucanos, feitas por encomenda e atendendo às penúrias do candidato-colunista do jornal, que passeia pela redação do jornal como pela sua casa, dá broncas no que não gosta, nomeia empregados, como a chefe da sucursal de Brasília, nomeada por ele, porque tucana e porque casada com publicitário – ex funcionário da Globo – que codirige a campanha derrotada em 2002 e agora em 2010.
Quem acredita nas pesquisas do Databranda?
Quem compraria um jornal usado da família Frias?
Que lê o Diario Oficial dos Tucanos, com todos os editorais cheios de pluma tucana da página 2?
O povo não é tonto. Com tudo o que eles dizem, apenas 3% aceitam seus argumentos e rejeitam Lula.
Ou será 0%, na margem de erro?
A derrota de Serra e seu vice de ocasião é também a derrota da imprensa das oligarquias familiares, da imprensa mercantil, da imprensa mentirosa e manipuladora, a derrota dos Frias, dos Marinhos, dos Mesquitas, dos Civitas e dos seus associados regionais e internacionais.
Daí seu desespero, daí sua depressão, daí mentiras como essa pesquisa encomendada pelos tucanos e em que nem eles mesmos acreditam.
Otávio Frias Filho (que ocupa o cargo por ser filho de Otávio Frias pai), seus parentes e militantes do seu partido, não conseguem mais ditabrandar em nome do país.
Prêmio Corvo do semestre para Otávio Frias Filho e sua trupe!
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Comunicadores pela Reforma Agrária no Rio
Reproduzo artigo de Sheila Jacob, publicado no sítio do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC):
O auditório Barbosa Lima Sobrinho, da ABI, no Centro do Rio, ficou lotado para o lançamento, no Rio, da Rede de Comunicadores que apóiam a luta pela Reforma Agrária. Cerca de 150 pessoas assistiram ao debate do dia 30 de junho, que contou com a militante Marina dos Santos, da direção nacional do MST, e com o jornalista Paulo Henrique Amorim, do blog Conversa Afiada. Álvaro Neiva, do coletivo Intervozes, mediou o debate, que também teve a participação de Igor Felippe dos Santos, da assessoria de comunicação do MST.
Marina dos Santos apresentou dados atuais do campo brasileiro, principalmente em relação à concentração de terras e ao agronegócio. Tal modelo é atualmente defendido pela mídia comercial, que vem atacando os movimentos sociais e entidades que lutam por um outro projeto, baseado na agricultura familiar camponesa. Frente a esse quadro, o jornalista Paulo Henrique Amorim defendeu o uso potencial da internet para a criação, organização e o fortalecimento de veículos de mídia alternativos, capazes de mostrar fatos silenciados pela mídia comercial e combater a criminalização das lutas dos trabalhadores e dos movimentos sociais em geral, especialmente o MST.
Igor Felippe dos Santos recuperou o histórico da Rede de Comunicadores, criada por iniciativa da sociedade para reagir aos ataques feitos pela mídia burguesa contra o Movimento. Segundo ele, com essa rede pretende-se monitorar a criminalização das lutas e agilizar a defesa frente aos ataques à Reforma Agrária; apresentar informações, elementos e dados concretos sobre o campo; mostrar os benefícios da Reforma Agrária e os prejuízos causados pelos latifúndios e pelo agronegócio; e aglutinar materiais produzidos por todos aqueles que são contra a concentração de terras.
Situação do meio rural
Sobre a criminalização sistemática dos movimentos sociais por parte da chamada grande mídia, Marina dos Santos lembrou episódios recentes, como, por exemplo, a manifestação ocorrida na fazenda da Cutrale, em Iaras (SP). Como ela observou, a imprensa não divulgou as reais causas da manifestação, não denunciou a grilagem dos cartéis da laranja pela empresa Cutrale e nem falou da exploração dos trabalhadores naquela região.
Outro exemplo, mais recente, é a instalação da CPI do MST: “É vergonhoso, mas as informações divulgadas pela chamada grande mídia foram os fatos que serviram de base para a instalação das CPIs do MST, principalmente matérias da Veja, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo. Ou seja: os ruralistas plantam matérias, dizem o que querem e depois querem usar aquilo a seu favor”.
A militante citou dados alarmantes referentes ao campo que não são divulgados pela mídia comercial. O primeiro deles é a concentração de terras no Brasil: segundo pesquisa divulgada pelo IBGE no ano passado, 1% dos proprietários de terra controlam 46% das terras produtivas no Brasil, perdendo apenas para o Paraguai. Outros agravantes são a apropriação, pelas transnacionais, de terras destinadas à produção agrícola; e o aumento das sementes transgênicas – além da soja, há pressão hoje, exercida principalmente pela Bayer, para que se libere o arroz transgênico. O uso intensivo de agrotóxicos também preocupa: em 2008, o Brasil se transformou no maior consumidor de agrotóxicos do mundo, com um gasto anual de cerca de 7 bilhões de dólares em uma produção que gera contaminação dos alimentos, dos solos e outros prejuízos.
Contra esse modelo, os movimentos sociais do campo, principalmente os reunidos em torno da Via Campesina/Brasil, possuem algumas propostas políticas. Além da distribuição de terras, defendem a garantia de mecanismos para limitar o tamanho da propriedade privada no país; a regularização das terras quilombolas e indígenas; a mudança da matriz tecnológica para uma produção mais saudável, sem agrotóxicos; a garantia da soberania alimentar, trocando a monocultura de exportação por uma produção de qualidade e preço baixo, acessível a toda a população brasileira; e a erradicação do analfabetismo no campo.
Internet na luta contra o PIG
“Partilho desse movimento porque acredito que o melhor desinfetante é o sol. Meu objetivo é batalhar para abrir janelas. No caso específico dessa Rede, acho que nosso trabalho é tirar o MST do gueto, da sala de espera das delegacias, e colocá-lo no centro de debate da reforma agrária”. Assim deu início à sua fala o jornalista Paulo Henrique Amorim, lembrando que esse movimento de comunicadores nasceu da necessidade de se criarem caminhos de informação alternativa à criminalização do MST. Ele lembrou o caso recente da Petrobras, que ganhou a batalha contra a CPI devido à criação de um blog para combater as mentiras divulgadas pelo PIG - Partido da Imprensa Golpista. Assim como no caso do MST, a CPI da Petrobras foi instalada a partir de falsas denúncias de um veículo de mídia, nesse caso do jornal O Globo.
Uma das principais frentes de combate ao PIG é, segundo o jornalista, a internet, que já apresenta uma ampla ocupação por parte de diversas mídias alternativas, já que não há possibilidade de disputa dos meios comerciais. “A batalha da informação não será travada nem no PIG nem na Rede Globo, porque eles são irrecuperáveis”, afirmou. Para articular esse campo alternativo, surgiu a ideia de se realizar um Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que provavelmente será em Brasília. Outra importante campanha a ser feita é a luta pela implementação do Plano Nacional de Banda Larga. “Para mim, essa deve ser a tarefa prioritária: ampliar o acesso à internet, levando-a aos lugares mais remotos”, defendeu.
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O auditório Barbosa Lima Sobrinho, da ABI, no Centro do Rio, ficou lotado para o lançamento, no Rio, da Rede de Comunicadores que apóiam a luta pela Reforma Agrária. Cerca de 150 pessoas assistiram ao debate do dia 30 de junho, que contou com a militante Marina dos Santos, da direção nacional do MST, e com o jornalista Paulo Henrique Amorim, do blog Conversa Afiada. Álvaro Neiva, do coletivo Intervozes, mediou o debate, que também teve a participação de Igor Felippe dos Santos, da assessoria de comunicação do MST.
Marina dos Santos apresentou dados atuais do campo brasileiro, principalmente em relação à concentração de terras e ao agronegócio. Tal modelo é atualmente defendido pela mídia comercial, que vem atacando os movimentos sociais e entidades que lutam por um outro projeto, baseado na agricultura familiar camponesa. Frente a esse quadro, o jornalista Paulo Henrique Amorim defendeu o uso potencial da internet para a criação, organização e o fortalecimento de veículos de mídia alternativos, capazes de mostrar fatos silenciados pela mídia comercial e combater a criminalização das lutas dos trabalhadores e dos movimentos sociais em geral, especialmente o MST.
Igor Felippe dos Santos recuperou o histórico da Rede de Comunicadores, criada por iniciativa da sociedade para reagir aos ataques feitos pela mídia burguesa contra o Movimento. Segundo ele, com essa rede pretende-se monitorar a criminalização das lutas e agilizar a defesa frente aos ataques à Reforma Agrária; apresentar informações, elementos e dados concretos sobre o campo; mostrar os benefícios da Reforma Agrária e os prejuízos causados pelos latifúndios e pelo agronegócio; e aglutinar materiais produzidos por todos aqueles que são contra a concentração de terras.
Situação do meio rural
Sobre a criminalização sistemática dos movimentos sociais por parte da chamada grande mídia, Marina dos Santos lembrou episódios recentes, como, por exemplo, a manifestação ocorrida na fazenda da Cutrale, em Iaras (SP). Como ela observou, a imprensa não divulgou as reais causas da manifestação, não denunciou a grilagem dos cartéis da laranja pela empresa Cutrale e nem falou da exploração dos trabalhadores naquela região.
Outro exemplo, mais recente, é a instalação da CPI do MST: “É vergonhoso, mas as informações divulgadas pela chamada grande mídia foram os fatos que serviram de base para a instalação das CPIs do MST, principalmente matérias da Veja, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo. Ou seja: os ruralistas plantam matérias, dizem o que querem e depois querem usar aquilo a seu favor”.
A militante citou dados alarmantes referentes ao campo que não são divulgados pela mídia comercial. O primeiro deles é a concentração de terras no Brasil: segundo pesquisa divulgada pelo IBGE no ano passado, 1% dos proprietários de terra controlam 46% das terras produtivas no Brasil, perdendo apenas para o Paraguai. Outros agravantes são a apropriação, pelas transnacionais, de terras destinadas à produção agrícola; e o aumento das sementes transgênicas – além da soja, há pressão hoje, exercida principalmente pela Bayer, para que se libere o arroz transgênico. O uso intensivo de agrotóxicos também preocupa: em 2008, o Brasil se transformou no maior consumidor de agrotóxicos do mundo, com um gasto anual de cerca de 7 bilhões de dólares em uma produção que gera contaminação dos alimentos, dos solos e outros prejuízos.
Contra esse modelo, os movimentos sociais do campo, principalmente os reunidos em torno da Via Campesina/Brasil, possuem algumas propostas políticas. Além da distribuição de terras, defendem a garantia de mecanismos para limitar o tamanho da propriedade privada no país; a regularização das terras quilombolas e indígenas; a mudança da matriz tecnológica para uma produção mais saudável, sem agrotóxicos; a garantia da soberania alimentar, trocando a monocultura de exportação por uma produção de qualidade e preço baixo, acessível a toda a população brasileira; e a erradicação do analfabetismo no campo.
Internet na luta contra o PIG
“Partilho desse movimento porque acredito que o melhor desinfetante é o sol. Meu objetivo é batalhar para abrir janelas. No caso específico dessa Rede, acho que nosso trabalho é tirar o MST do gueto, da sala de espera das delegacias, e colocá-lo no centro de debate da reforma agrária”. Assim deu início à sua fala o jornalista Paulo Henrique Amorim, lembrando que esse movimento de comunicadores nasceu da necessidade de se criarem caminhos de informação alternativa à criminalização do MST. Ele lembrou o caso recente da Petrobras, que ganhou a batalha contra a CPI devido à criação de um blog para combater as mentiras divulgadas pelo PIG - Partido da Imprensa Golpista. Assim como no caso do MST, a CPI da Petrobras foi instalada a partir de falsas denúncias de um veículo de mídia, nesse caso do jornal O Globo.
Uma das principais frentes de combate ao PIG é, segundo o jornalista, a internet, que já apresenta uma ampla ocupação por parte de diversas mídias alternativas, já que não há possibilidade de disputa dos meios comerciais. “A batalha da informação não será travada nem no PIG nem na Rede Globo, porque eles são irrecuperáveis”, afirmou. Para articular esse campo alternativo, surgiu a ideia de se realizar um Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que provavelmente será em Brasília. Outra importante campanha a ser feita é a luta pela implementação do Plano Nacional de Banda Larga. “Para mim, essa deve ser a tarefa prioritária: ampliar o acesso à internet, levando-a aos lugares mais remotos”, defendeu.
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