Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
Finalmente, consegui a íntegra do relatório da pesquisa CNT/MDA, e disponibilizo para vocês um link desobstruído. E agora posso fazer uma análise mais detida.
A novidade dos números é o avanço de Lula. A sua prisão injusta, mais a sucessão de violências de que tem sido vítima, ajudou o PT a criar uma aura heroica no entorno do candidato, que está fortalecendo ainda mais a sua imagem. É o que diz Jaques Wagner, em entrevista publicada hoje no Valor. O ex-governador da Bahia observou que, se Lula “estivesse solto, mas eventualmente sua candidatura fosse interditada, a sensação de perseguição seria muito menor”.
Os lavajateiros, pelo jeito, foram com sede demais ao pote…
O avanço de Lula absorve os votos de todo o campo progressista, como está se vendo pelo desempenho de Marina e Ciro, que oscilaram negativamente desde maio, embora ainda dentro da margem de erro.
Enquanto Lula subiu quase 5 pontos, de maio a agosto, passando de 32% para 37%, Marina emagreceu 2 pontos e Ciro oscilou 1,3 ponto para baixo.
A pesquisa CNT/MDA não pesquisou outro cenário, porque a lei eleitoral a partir do registro das candidaturas obriga os institutos a incluírem sempre todos os nomes.
Mas ela oferece outros gráficos interessantes, que nos permitem visualizar o crescimento ou recuo dos candidatos em situações sem Lula.
Há números, por exemplo, do potencial positivo e negativo dos candidatos. Vamos analisar o que aconteceu com Marina, Ciro, Bolsonaro e Alckmin. Para isso, fui buscar o quadro da pesquisa de maio do mesmo instituto, para comparar a variação de maio até agosto.
O quadro mostra que, depois de Lula (que tem 55,9%), o candidato com maior potencial positivo de votos é Ciro Gomes, com 45%, tendo crescido fortemente sobre a pesquisa de maio, o segundo maior crescimento depois de Alckmin, cujo potencial positivo saltou de 34,8% para 38,6%.
Os cenários de segundo turno também evidenciam mudanças nas intenções de voto que não aparecem no primeiro.
Lula e Ciro, por exemplo, melhoraram suas performances nos cenários em que disputam o segundo turno com Alckmin e Bolsonaro.
Lula ampliou sua vantagem sobre Bolsonaro nos segundo turno para 50% X 26%.
Ciro, por sua vez, que estava empatado com Alckmin em maio, ultrapassou o tucano e hoje pontua 25% X 22%, obtendo uma vantagem de 3 pontos.
Na disputa com Bolsonaro, em maio Ciro perdia do capitão por 28% X 24%. Hoje, Ciro estaria empatado em 29% X 28% com Bolsonaro.
Marina, por sua vez, piorou seu desempenho diante de Alckmin: em maio tinha vantagem de 27% X 19%; hoje está em 27% 24%, com a vantagem ainda de Marina.
Haddad ainda perde de Bolsonaro por 31% X 14%.
*****
Um internauta usou a estimativa da pesquisa para migração de votos de Lula, e fez uma projeção de um cenário sem o ex-presidente.
A novidade dos números é o avanço de Lula. A sua prisão injusta, mais a sucessão de violências de que tem sido vítima, ajudou o PT a criar uma aura heroica no entorno do candidato, que está fortalecendo ainda mais a sua imagem. É o que diz Jaques Wagner, em entrevista publicada hoje no Valor. O ex-governador da Bahia observou que, se Lula “estivesse solto, mas eventualmente sua candidatura fosse interditada, a sensação de perseguição seria muito menor”.
Os lavajateiros, pelo jeito, foram com sede demais ao pote…
O avanço de Lula absorve os votos de todo o campo progressista, como está se vendo pelo desempenho de Marina e Ciro, que oscilaram negativamente desde maio, embora ainda dentro da margem de erro.
Enquanto Lula subiu quase 5 pontos, de maio a agosto, passando de 32% para 37%, Marina emagreceu 2 pontos e Ciro oscilou 1,3 ponto para baixo.
A pesquisa CNT/MDA não pesquisou outro cenário, porque a lei eleitoral a partir do registro das candidaturas obriga os institutos a incluírem sempre todos os nomes.
Mas ela oferece outros gráficos interessantes, que nos permitem visualizar o crescimento ou recuo dos candidatos em situações sem Lula.
Há números, por exemplo, do potencial positivo e negativo dos candidatos. Vamos analisar o que aconteceu com Marina, Ciro, Bolsonaro e Alckmin. Para isso, fui buscar o quadro da pesquisa de maio do mesmo instituto, para comparar a variação de maio até agosto.
O quadro mostra que, depois de Lula (que tem 55,9%), o candidato com maior potencial positivo de votos é Ciro Gomes, com 45%, tendo crescido fortemente sobre a pesquisa de maio, o segundo maior crescimento depois de Alckmin, cujo potencial positivo saltou de 34,8% para 38,6%.
Os cenários de segundo turno também evidenciam mudanças nas intenções de voto que não aparecem no primeiro.
Lula e Ciro, por exemplo, melhoraram suas performances nos cenários em que disputam o segundo turno com Alckmin e Bolsonaro.
Lula ampliou sua vantagem sobre Bolsonaro nos segundo turno para 50% X 26%.
Ciro, por sua vez, que estava empatado com Alckmin em maio, ultrapassou o tucano e hoje pontua 25% X 22%, obtendo uma vantagem de 3 pontos.
Na disputa com Bolsonaro, em maio Ciro perdia do capitão por 28% X 24%. Hoje, Ciro estaria empatado em 29% X 28% com Bolsonaro.
Marina, por sua vez, piorou seu desempenho diante de Alckmin: em maio tinha vantagem de 27% X 19%; hoje está em 27% 24%, com a vantagem ainda de Marina.
Haddad ainda perde de Bolsonaro por 31% X 14%.
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Um internauta usou a estimativa da pesquisa para migração de votos de Lula, e fez uma projeção de um cenário sem o ex-presidente.
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