Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Ontem falou-se aqui do grau de rebaixamento do jornalismo brasileiro com o Tribunal da Inquisição montado pela Globonews para queimar vivo Fernando Haddad.
Enganou-se quem achou que era o mais baixo degrau a que poderiam descer.
A entrevista do General Hamilton Mourão, ontem, foi ainda pior.
Tibieza, covardia, palavras mansas, tons suaves, mesmo quando os assuntos eram os mais brutais.
Admitiu abertamente um “autogolpe” partindo do presidente ou do Congresso, sem meias palavras.
Na bancada de entrevistadores, uma torturada e um exilado pela ditadura, Miriam Leitão e Fernando Gabeira ouviram mansamente fazer-se a apologia de um torturador – o coronel Carlos Brilhante Ustra – sobre quem Leitão não disse ter mandado assassinar pessoas, mas que “pessoas morreram” no quartel que comandava (de que morreram, de gripe?).
No final, atropelada pela pérola do general – “heróis matam” – ela foge correndo para mudar de assunto, perguntando sobre Previdência.
O ponderado jornalista Luís Costa Pinto, em seu Facebook, anota que era “indisfarçável [a] cordialidade do pelotão de fuzilamento global para com um general que não esconde sua paixão pelos algozes da democracia e seu desprezo pelo sistema democrático”.
“Começa a ficar evidente que a parte da mídia que foi derrotada em 2002, 2006, 2010 e 2014 pelo projeto popular vitorioso nas urnas presidenciais perdeu a compostura e a vergonha: vai aderir ao 'nacional bolsonarismo' porque descobriu que é agora o único caminho para tentar conter nova vitória do campo popular e democrático”.
Mas este não foi, ainda, o último degrau. Baixarão outros, nessa empreitada.
A lama é movediça e costuma chupar até afundar completamente aqueles que admitem chafurdar nela.
Ontem falou-se aqui do grau de rebaixamento do jornalismo brasileiro com o Tribunal da Inquisição montado pela Globonews para queimar vivo Fernando Haddad.
Enganou-se quem achou que era o mais baixo degrau a que poderiam descer.
A entrevista do General Hamilton Mourão, ontem, foi ainda pior.
Tibieza, covardia, palavras mansas, tons suaves, mesmo quando os assuntos eram os mais brutais.
Admitiu abertamente um “autogolpe” partindo do presidente ou do Congresso, sem meias palavras.
Na bancada de entrevistadores, uma torturada e um exilado pela ditadura, Miriam Leitão e Fernando Gabeira ouviram mansamente fazer-se a apologia de um torturador – o coronel Carlos Brilhante Ustra – sobre quem Leitão não disse ter mandado assassinar pessoas, mas que “pessoas morreram” no quartel que comandava (de que morreram, de gripe?).
No final, atropelada pela pérola do general – “heróis matam” – ela foge correndo para mudar de assunto, perguntando sobre Previdência.
O ponderado jornalista Luís Costa Pinto, em seu Facebook, anota que era “indisfarçável [a] cordialidade do pelotão de fuzilamento global para com um general que não esconde sua paixão pelos algozes da democracia e seu desprezo pelo sistema democrático”.
“Começa a ficar evidente que a parte da mídia que foi derrotada em 2002, 2006, 2010 e 2014 pelo projeto popular vitorioso nas urnas presidenciais perdeu a compostura e a vergonha: vai aderir ao 'nacional bolsonarismo' porque descobriu que é agora o único caminho para tentar conter nova vitória do campo popular e democrático”.
Mas este não foi, ainda, o último degrau. Baixarão outros, nessa empreitada.
A lama é movediça e costuma chupar até afundar completamente aqueles que admitem chafurdar nela.
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