domingo, 2 de maio de 2021

O "tiro na cabecinha" de Wilson Witzel

Por Altamiro Borges

Eleito na imbecilizante onda bolsonarista, o outsider Wilson Witzel esbanjou arrogância no comando do Rio de Janeiro. Ele parecia querer ser mais fascista do que seu criador, dançando diante dos mortos e esbravejando que daria "tiros na cabecinha" dos bandidos. O vaidoso oportunista, porém, não durou muito tempo.

Nesta sexta-feira (30), um Tribunal Especial Misto – composto por magistrados e deputados – aprovou por unanimidade o impeachment do governador. Foram dez votos a favor da cassação do mandato – um baita "tiro na cabecinha", sem dó nem piedade. O tribunal também decidiu proibir Wilson Witzel de exercer quaisquer funções públicas por cinco anos.

O falso moralista foi acusado por vários atos de corrupção envolvendo recursos destinados ao enfrentamento da Covid. “Conseguimos extirpar um câncer na administração pública com este rotundo não que demos para a corrupção que se instalou no estado”, afirmou Henrique Carlos de Andrade Figueira, presidente do Tribunal de Justiça ao justificar seu voto.

Como ironizou o deputado estadual Flavio Serafini (PSOL), "o desconhecido juiz fascista eleito com o apoio de Bolsonaro se lambuzou em casos de corrupção na gestão da pandemia e agora está definitivamente afastado do seu cargo. E aí, Witzel? Bandido bom é bandido morto?". Outros picaretas eleitos na onda bolsonarista também já estão na berlinda!

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