domingo, 29 de agosto de 2021

Paulo Guedes e o cinismo que mata

Por Marcos Leonel, no site Vermelho:


O cinismo bandido de Paulo Guedes se tornou público quando ele fez vários comentários cretinos na famosa reunião ministerial de 22 de abril, que entrou para a história dos porões do poder no Brasil, pelo alto teor de pilantragem e conspiração contra o povo brasileiro. Essa reunião já é objeto de estudo para se entender como a patifaria faz parte da invenção política brasileira. Na ocasião, onde Paulo Guedes encontrou bolsos vazios na população, tratada como “o inimigo”, ele colocou uma granada.

Paulo Guedes nunca esteve ministro da economia por não ter capacidade para isso. Paulo Guedes é um inventor de lucros em grandes negócios destinados ao mercado financista de grandes mercadores da agiotagem e da usura de alto desempenho. Paulo Guedes é uma invenção da mídia corporativa, ele foi parido das entranhas de pessoas como Miriam Leitão, Merval Pereira, Alexandre Garcia, Willian Waak, Eliane Cantanhêde e outros úteros abertos da América Latina.

Paulo Guedes é o capacho das reformas e das privatizações, vendidos pela imprensa canalha como as soluções finais do Brasil, com trocadilho histórico. Os grandes conglomerados financeiros limpam os pés nesse capacho, enquanto que a crueldade fria do mercado escarra nesse capacho. Paulo Guedes saiu da sua mediocridade como trader, para entrar para a história ululante como capacho despachado, sujo e escarrado. Nenhum deles irá para o enterro de Paulo Guedes, ficarão em casa acessando notícias em grupos privados das redes sociais.

E como capacho histórico insepulto ele cultiva uma fé inabalável no imbecilismo generalizado. Sua fé é cultivada por inabaláveis orações diante do totem da impunidade. Lá, ele mata a sua sede, pois é nesse totem que jorra o cinismo que mata. Já são 33 milhões de pessoas desempregadas, desalentadas ou subocupadas. A fome é a commoditie que mais dá lucro. A inflação desse ano já a maior de todas desde 2002. Paulo Guedes inventou o litro de gasolina acima de sete reais.

Ele é o autor da narrativa cínica assassina de que o litro de gasolina a três e quarenta, no governo Dilma, é mais cara do que sete reais, no desgoverno Bolsonaro. Às portas de uma das maiores crises energéticas do País ele vitupera: “Se no ano passado, que era o caos, nós nos organizamos e atravessamos, por que nós vamos ter medo agora? Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos? Ou o problema agora é que está tendo uma exacerbação porque anteciparam as eleições… Tudo bem, vamos tapar o ouvido, vamos atravessar”, diz ele, com grande cretinice.

Do alto do seu cinismo de ocupação do governo, Paulo Guedes já foi pilantra em diversas falas: “Pobre tem que comer as sobras da classe média.” “O arroz está caro porque a vida do pobre melhorou.” “O Fies bancou universidade para filho de porteiro que zerou o vestibular.” “As domésticas estão fazendo festa na Disney.” Ele divide as desonrarias dessa vigarice criminosa, com a mídia corporativa, que forneceu a engenharia genética para o parto dessa besta.

Ele falando sobre a ajuda emergencial: “Você sai de R$ 60 para R$ 600. Uma família sai de R$ 180 para R$ 1.800. Isso não é mais uma transferência de renda, isso é uma transferência de riqueza”, acrescentando que “A família se sentiu rica. Comprava material de construção, ampliaram a sua casa, uns compraram a casa própria, compraram geladeira. Foram ao supermercado e melhoraram a pauta alimentar. Um resultado espetacular, foi muito bom ver isso”. Essa é a mais nova fala do síndico do cinismo. Um dia, pilantra, a casa cai.

* Fonte: Fala Leonel.

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