quarta-feira, 2 de abril de 2014

O pedido de perdão que nunca veio

Por Mônica Mourão, na revista CartaCapital:

Desculpem. Apoiamos o golpe de 1964. Apoiamos o regime instalado a partir dele. Fomos além do acatamento à censura: publicamos matérias e editoriais que deram suporte ideológico aos governos que prenderam, torturaram, mataram e não devolveram os corpos para que fossem velados e enterrados. Desculpem, deixamos que matassem seus filhos e irmãos.

CPI faz o governo jogar na defesa

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Faltam apenas seis meses e cinco dias para as eleições presidenciais. Com o Marco Civil da Internet aprovado na Câmara (ainda falta o Senado) e concluída a reforma ministerial, a tendência do governo Dilma daqui para frente é fechar a defesa e tocar a bola de lado, sem arriscar grandes jogadas. O clima no Palácio do Planalto é de "no news, good news", ou seja, se não acontecer mais nada de relevante até as eleições, já está de bom tamanho.

Venezuela necessita de paz e diplomacia

Editorial do site Vermelho:

Há muito tempo um país na região latino-americana e caribenha não tem estado sob tamanha pressão quanto a Venezuela bolivariana.

Os recentes protestos levaram o país ao centro das atenções internacionais, com grande cobertura pelos meios de comunicação que mais uma vez distorceram a realidade do país, apresentando um cenário caótico, de desgoverno e crise, ajudando assim a criar um ambiente propício a aventuras golpistas. Sob o pretexto de castigar o país pelo uso da força contra manifestantes, o governo e o Congresso dos Estados Unidos estão discutindo a imposição de sanções, o que penalizaria o povo, como sempre ocorre em semelhantes situações.

Professor defende golpe e é escrachado

terça-feira, 1 de abril de 2014

1964 foi golpe dos EUA contra o Brasil

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Quando comecei a frequentar assembleias estudantis, ali pelos anos 80, ainda era comum escutar que havia policiais infiltrados anotando tudo, fazendo a “ficha” de quem se manifestava. A turma mais “pós-moderna” achava que era tudo “paranóia”. Do mesmo jeito, muita gente dizia que atribuir aos EUA participação decisiva no golpe de 64 era pura “invenção”, ou “paranóia” esquerdista. E não era. Nunca foi…

CryptoRave, uma festa hacker em SP

Por Rodrigo Savazoni

Para aprofundar e qualificar o debate sobre a defesa da privacidade na internet como questão fundamental à democracia, hackers e ciberativistas de diversas regiões do mundo se reúnem em São Paulo nos próximos dias 11 e 12 de abril.

Depois da "ditabranda", a "ditacurta"


Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Ao participar no sábado do evento TV Globo: Do Golpe de 64 à Censura Hoje, o professor Luiz Antonio Dias contou um pequeno causo. Ele descobriu nos arquivos da Unicamp pesquisas do Ibope, algumas das quais nunca divulgadas, demonstrando apoio a João Goulart, à política econômica de Goulart e às reformas de base propostas por ele. Pesquisas feitas em 1963 e às vésperas do golpe que derrubou o presidente constitucional, em 64.

Golpe de 1964 e a farsa histórica

Por Breno Altman

O cinquentenário do golpe militar traz à baila narrativa que a direita gloriosamente fabrica para enquadrar o episódio. Núcleo fundamental do teorema: os militares romperam a Constituição e tomaram o poder, com amplo da burguesia brasileira, para se anteciparem a supostos planos golpistas de João Goulart e seus aliados.

Última Hora: a luz na escuridão

Por Ana Flávia Marx

Na data em que é marcada por um dos episódios mais tristes da história brasileira, 50 anos do golpe militar, é inegável o papel da grande e velha imprensa neste ato. Contudo, há uma luz no fatídico episódio: o papel do jornal Última Hora, único grande jornal contrário ao golpe.

segunda-feira, 31 de março de 2014

A imprensa e o golpe de 1964

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Folha, Globo e outros jornais estão fazendo especiais sobre os 50 anos do Golpe.

É uma tragédia e ao mesmo tempo uma comédia.

Qualquer esforço sério para falar do Golpe tem que tratar do papel crucial da mídia. O que jornais como o Globo, a Folha, o Estadão e tantos outros fizeram, portanto.

Dilma: golpe não pode ser esquecido

Por Luana Lourenço, na Agência Brasil:

A presidenta Dilma Rousseff lembrou hoje (31) os 50 anos do golpe militar que deu início à ditadura no Brasil, em 1964, e disse que as atrocidades cometidas no período não podem ser esquecidas, em memória dos homens e mulheres que foram mortos ou desapareceram enquanto lutavam pela democracia.

Golpe de 1964 e a exumação do presente

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Como uma correlação de forças favorável se transformou em uma derrota política de consequências históricas demolidoras?

A pergunta ecoa obrigatória na exumação do Brasil de 1964.

Standard & Poor's, por Eduardo Galeano

Vem aí o #RioBlogProg 2014!


Do site do núcleo carioca do Barão de Itararé:

O Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas do Rio de Janeiro – #RioBlogProg, que aconteceu pela primeira vez em 2011, terá sua segunda edição entre os dias 9 e 10 de maio deste ano, em que o Brasil sediará a Copa do Mundo e realizará eleições para presidente da República, governadores e parlamentares federais e estaduais.

Jango rompe o silêncio

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Em agosto de 1964, deposto e exilado no Uruguai, João Goulart publicaria um manifesto numa revista de esquerda, a pretexto dos dez anos da morte de Getúlio Vargas. O texto acabou sendo lido na íntegra no plenário da Câmara dos Deputados por Doutel de Andrade, líder do PTB, o partido de Jango, o que foi considerado uma provocação pelo ministro da Guerra e futuro presidente Costa e Silva. Já naquela época, apenas por ler as palavras do ex-presidente, Doutel foi ameaçado de cassação, o que iria ocorrer dois anos depois, em 1966.

O fim do delírio no STF

pataxocartoons.blogspot.com.br
Por Pedro Benedito Maciel Neto, no blog de Zé Dirceu:

A composição do colegiado do STF mudou e dá sinais que o delírio que imperou até pouco tempo está chegando ao fim. Por quê? Explico.

Constituição Federal contempla um instituto conhecido como “foro privilegiado”, está lá no artigo 102, letras b e c, e determina que compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, “nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República”, bem como “nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente”.

Jornal compara Obama a macaco

Do site Opera Mundi:

Depois de ter publicado uma imagem alterada em que Barack e Michelle Obama aparecem como macacos e ser acusado de racismo, o jornal belga De Morgen pediu desculpas nesta segunda-feira (24/03), alegando que cometeu um erro de julgamento.

Mídia e alarmismo em tom de campanha

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:
 

Os três principais diários de circulação nacional produzem nas edições de terça-feira (25/3) o fenômeno das manchetes trigêmeas: “Agência rebaixa nota do Brasil”, dizem a Folha e o Globo. Com mínima variação, O Estado de S. Paulo anuncia: “Agência de risco rebaixa nota do Brasil”.

Imprensa apoiou o golpe e a ditadura

Por Beatriz Kushnir, na revista CartaCapital:

Desde fins da década de 1990, parte da historiografia brasileira sublinha que o (equivocado) processo de Anistia cunhou a (errônea) visão de que vivemos envoltos em uma tradição de valores democráticos. A partir das lutas pela Anistia, como sublinha Daniel Aarão Reis, “libera-se” a sociedade brasileira de “repudiar a ditadura, reincorporando sua margem esquerda e reconfortando-se na ideia de que suas opções pela democracia tinham fundas e autênticas raízes históricas”. Nesse momento, plasmou-se a imagem de que a sociedade brasileira viveu a ditadura como um hiato, um instante a ser expurgado. Confrontando-nos à tal memória inventada, há no período republicano longos momentos de exceção – como nos referimos aos regimes ditatoriais.

Eleições de 2014 e "humor do mercado"

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A última semana (de 24 a 28 de março) terminou com um factoide político: uma pesquisa Ibope que mostrou queda da aprovação do governo Dilma Rousseff teria “animado” o mercado financeiro, que fechou essa semana com a Bolsa de Valores subindo e com as ações da Petrobrás se valorizando.