terça-feira, 19 de agosto de 2014

Produção industrial cai... na Europa!

Por Altamiro Borges

A mídia colonizada, que adora bajular os EUA e a Europa, deu pouco destaque para uma importante notícia na semana passada. Segundo dados oficiais, a produção industrial na zona do euro caiu 0,3% em junho, mantendo a tendência de queda já registrada no mês anterior – que foi ainda pior, com retração de 1,1%. Segundo a agência Reuters, este novo recuo abalou as esperanças na recuperação da economia do velho continente. “Esse é um número bastante decepcionante após a contração já forte em maio”, lamentou o economista chefe da consultoria ING Peter Vanden Houte. O “deus-mercado” tinha uma expectativa de que a produção industrial cresceria 0,3% no mês passado.

Marina sobe, mas Aécio e Dilma não caem

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Como já se podia prever, a primeira pesquisa pós-tragédia mostra um crescimento do PSB, com Marina Silva em lugar de Eduardo Campos. A surpresa foi outra: Dilma Rousseff e Aécio Neves não perderam nenhum voto, ficando exatamente onde estavam na pesquisa anterior.

Politicologos, pesquisólogos, futurólogos e profetas em geral, passaram os últimos dias especulando sobre quem perderia mais votos para Marina, se Dilma ou Aécio. Pois erraram todos, como mostra a pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira. Por isso, acho melhor fazer previsões só depois do fato consumado, como ensinava Marco Maciel, velho sábio pernambucano.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Dilma no JN: "Cala a boca, Bonner"

Bonner quis falar mais que Dilma no JN

Por Renato Rovai, em seu blog:

Uma das primeiras lições num curso de jornalismo é que entrevistador não deve falar muito. Deve ser direto nas perguntas e buscar ser o mais objetivo possível. Não significa que deva ser leniente e bondoso com o entrevistado. Pode interrompê-lo, cortá-lo etc, mas não deve fazer discursos.

O discreto charme de Marina Silva


Marina é um caso de radicalismo improvável de ser posto em prática. Alimenta simultaneamente esperanças nos extremos do nosso espectro político. A extrema esquerda e a direita se unem para apoia-la. “Terceira via” paradoxal, Marina faz oposição ao centro.

Um governo Marina é a garantia da traição a um dos lados que hoje a apoiam.

Campos: uma análise política da mídia

Por João Feres Junior, no site Carta Maior:

Uma capa de jornal pode conter muita coisa. A capa de O Globo do dia 15 de agosto de 2014 contém um resumo da postura da grande mídia perante a cobertura das eleições e, ao mesmo tempo, a encruzilhada onde se encontra.

Jornal Nacional: Dilma demite Bonner!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O Bonner achou que a Dilma era o Aécio ou o Eduardo e ia empurrar a Dilma contra a parede no debate de 15′ no jn.

Deu-se mal.

Numa televisão séria, Bonner teria voltado para o Rio sem emprego.

Dilma não se deixou emparedar e assumiu o controle de todas as respostas.

Marina é problema de Aécio, não de Dilma

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial recém-divulgada traz más notícias, sim, mas não para Dilma. Quem se deu mal com a reviravolta no quadro eleitoral foi Aécio Neves e até os “nanicos”, que já chegaram a somar 9 pontos percentuais e agora somam 5.

Para este Blog, nenhuma surpresa. No começo da tarde de sábado, este que escreve já avisava, via Twitter, o que o Datafolha mostraria.

Marina entre a Bíblia e a Constituição

Por Marcelo Hailer, na revista Fórum:

O PSB (Partido Socialista Brasileiro) deve oficializar o nome de Marina Silva como candidata à presidência da República nesta quarta-feira (20). Porém, seu nome já é fato e os setores mais conservadores da sociedade brasileira, que pregam o discurso do voto anti-PT, vitaminam a candidatura da ex-verde pois, como mostra o Datafolha de hoje, é a única com força de levar o embate eleitoral para o segundo turno. Porém, Silva é mais incógnita do que certezas.

Marina passa Aécio e se diz o "novo"

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Nunca dantes na história desse país, um candidato lançou-se à presidência debruçado sobre um caixão. Deu-se no Recife, com ampla cobertura da Globo, aquilo que Alexandre Cesar Costa Teixeira (blog Megacidadania) chamou de “palancório”: mistura de palanque com velório. Marina apareceu sorrindo nas fotos ao lado do caixão.

Marina e o mito da terceira via


Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Enquanto Marina Silva caminha para sua segunda candidatura presidencial, a ser oficializada pelo PSB nos próximos dias, seus aliados fazem o possível para apresentá-la como concorrente da chamada terceira via.

Imaginar que Marina Silva pode ser enfeitada com características que envolvem uma concepção peculiar de luta política, um método de alcançar seus objetivos - e não apenas traços de personalidade - pode até ajudar o esforço de quem procura transformar a ex-ministra do Meio Ambiente em herdeira natural de Eduardo Campos, político conhecido pela capacidade de agregar e somar.

Quando a política supera o decoro

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais fizeram no fim de semana uma intensa cobertura dos funerais do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e ofereceram abundantes opiniões sobre como sua morte poderá alterar a disputa pela Presidência da República.

No domingo (17/8), concentraram-se as apostas no potencial de votos da ex-senadora Marina Silva, provável sucessora de Campos na cabeça da chapa do Partido Socialista Brasileiro. Na segunda-feira (18), a manchete do Estado de S.Paulo sintetiza o que representou o cortejo que levou o esquife do candidato falecido ao cemitério: “Campos é enterrado em clima eleitoral”.

O que resta à direita latino-americana

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

A direita latino-americana já teve várias fisionomias: economias primário-exportadoras e regimes políticos oligárquicos, ditaduras e governos neoliberais. Nenhuma parece suficientemente atraente para fazê-la voltar ao governo onde deixou de sê-lo. O modelo primário exportador sofreu golpe mortal com a crise de 1929. As ditaduras serviram para brecar avanços políticos das esquerdas surgidas ou fortalecidas na reação àquela crise.

Como Marina muda a disputa

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Aos poucos vai ficando mais claro o impacto de Marina nas eleições.

É uma mudança enorme por uma razão básica: sai um candidato fraco e entra um candidato forte.

Perde Dilma e perde Aécio.

A questão é: qual o tamanho da perda de cada um?

O desconforto com o atual governo

Por Marcio Pochmann, no site Brasil Debate:

Neste ano em que o Brasil realiza a sua sétima eleição presidencial desde o fim da ditadura militar (1964-1984), podem ser identificados alguns sinais de desconforto com o governo da presidenta Dilma.

Em geral, localiza-se no segmento detentor do maior nível de renda a parcela significativa de reclamações, o que possivelmente aponta para as dores do parto da nova sociedade fluida em construção no País.

domingo, 17 de agosto de 2014

A máquina abandonou Aécio?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Há um surdo desespero na campanha do PSDB.

Assistem, sem outra reação que não a do sinceríssimo Reinaldo Azevedo, o movimento da imensa máquina de propaganda da mídia em favor de Marina Silva, tranformada em mater dolorosa de Eduardo Campos, com quem – todos sabem – mantinha uma relação de convivência eleitoral, ao ponto de, mês e meio atrás, ter mandando divulgar nota dizendo que a aliança PSB-Rede tinha data para acabar.

GloboNews esconde emoção de Lula

Por Luiz Carlos Azenha, do Recife, no blog Viomundo:

Observando um resumo da cobertura da GloboNews do velório de Eduardo Campos, em Recife, por volta das 14:30.

Nas imagens, destaque para José Serra, candidato ao Senado em São Paulo, que enfrenta o petista Eduardo Suplicy - que, aliás, conta com o apoio de Marina Silva. Foi mostrado três vezes. Também de forma simpática apareceram Aécio Neves e, ao longe, o governador Geraldo Alckmin.

O adeus a Campos e o sorriso de Marina

Por Renato Rovai, em seu blog:

Poucas vezes na história política brasileira o velório de um homem público causou tamanha comoção popular e teve uma cobertura midiática tão intensa quanto o de Eduardo Campos. Há várias explicações para isso, entre elas o fato de a morte ter se dado de forma trágica e ter interrompido subitamente uma carreira política em ascensão. Eduardo tinha menos de 10% nas pesquisas para presidente da República, mas em 2010 foi reeleito com 82% dos votos em Pernambuco. Ou seja, em seu estado era uma liderança popular inconteste e todas as homenagens que recebeu hoje são, além de merecidas, compreensíveis.

Marina, Aécio e o destino

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Após a morte de Eduardo Campos, só depende de Marina Silva a decisão de participar diretamente da disputa para a Presidência da República. A investidura dela como presidenciável, difícil de ser sabotada pelos adversários internos da coligação, altera o cenário da eleição.

Enterro dá início à campanha de Marina


Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Com milhares de bandeiras, camisetas, faixas, adesivos e balões, palavras de ordem e punhos erguidos, a missa campal celebrada pela morte de Eduardo Campos, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, na praça da República, no Recife, na manhã deste domingo, deu início para valer à campanha eleitoral de 2014.