segunda-feira, 6 de outubro de 2014

FHC, os pobres e o voto

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A vantagem de Dilma sobre Aécio no Nordeste tirou do armário a velha conversa do separatismo no Brasil e o melhor do nosso racismo maroto, nosso racismo moleque.

As manifestações são as mais desprezíveis possíveis, mas podem ser resumidas no seguinte: o bolsa família é para miserável burro morto de fome vagabundo vão viver às próprias custas e não encham nosso saco senão não daremos mais nosso dinheiro de impostos para vocês meritocracia.

Aécio perde Minas, mas surpreende

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O tucano Aécio Neves vai disputar o segundo turno das eleições presidenciais de 2014 com Dilma Rousseff com um percentual de votos maior do que indicavam as pesquisas: 33%, contra 41% da presidente. Isso significa que os eleitores de Marina Silva, do PSB, vão definir a eleição: foram 21%.

Em 2010, Dilma herdou cerca de 60% dos votos de Marina no segundo turno. Mas, agora, as coisas são diferentes: na campanha de primeiro turno, as baterias de Dilma e do PT se voltaram contra Marina. Saberemos, afinal, quantos votos tem a Rede, já que os eleitores mais tradicionais do PSB deverão ficar com Dilma.

Eleições e a pesquisa desmoralizada

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os dois institutos de pesquisa mais acreditados pela imprensa aceleraram muito no final de semana, mas perderam a corrida rumo à boca da urna. Nem o Ibope, nem o Datafolha, chegaram sequer perto de detectar a maré de adesões que levou o candidato do PSDB, Aécio Neves, ao segundo turno.

O conservadorismo do eleitorado paulista superou a desconfiança que o ex-governador de Minas sofre em seu próprio estado, a presidente Dilma Rousseff continuou onde sempre esteve, com pouco mais de 40% dos eleitores, e Marina Silva viu mais uma vez o voluntarismo desmanchado pela máquina de colher votos.

O avanço da direita em São Paulo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

É inquestionável: São Paulo liderou avanço sem precedentes da direita brasileira nas eleições de domingo. Apesar de as eleições de governadores ter trazido boas notícias para o PT, é evidente que o fortalecimento surpreendente de Aécio Neves na reta final faz a eleição presidencial entrar no segundo turno muito mais indefinida do que fora possível prever.

O jornalismo antirrealidade da 'Veja'

Do site Brasil Debate:

A revista Veja publicou em seu site uma série de “fatos” econômicos, que, segundo eles, mostram que tudo piorou na economia brasileira. Seja por meio da utilização de meias verdades ou de recursos jornalísticos bastante questionáveis, a Veja inventa um Brasil inexistente e mostra mais uma vez sua face conservadora e preconceituosa.

As lições do primeiro turno

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Por Gilson Caroni Filho, no Jornal GGN:

1) Antes do golpe de 1964, o Brasil já demonstrava sua vocação para o bipartidarismo com a a crescente divisão do eleitorado entre PTB e UDN. Com a redemocratização, esta vocação continua com a polarização PT-PSDB. Qualquer tentativa de criação de uma "terceira via" tem levado água para os setores mais reacionários do espectro político. O exemplo mais recente é a candidatura Marina Silva que aglutinou mais antipetismo do que qualquer proposta que representasse um avanço ou amadurecimento da democracia brasileira.

“Não queremos fantasmas do passado”

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O primeiro balanço a se fazer da eleição é o institucional. E esse é bastante contraditório. O PT (Dilma) termina o primeiro turno com cerca de 5 pontos a menos do que conquistou em 2010: teve quase 47% dos votos há quatro anos; e agora ficou com cerca de 42%. Aécio teve os mesmos 33% de Serra em 2010 (parte do eleitorado tucano, que ensaiou uma revoada em direção a Marina depois da morte de Eduardo, voltou para o ninho original). Já Marina teve 21% agora – contra 19% em 2010.

domingo, 5 de outubro de 2014

Blogueiros do PIG estão desnorteados

Por Altamiro Borges

Não é fácil ser jornalista chapa-branca do PIG (Partido da Imprensa Golpista) numa eleição tão carregada de surpresas. Nas anteriores, desde a redemocratização do país, a tarefa foi mais simples. Para derrotar Lula na primeira eleição direta, em 1989, a mídia forjou o “caçador de marajás” e os colunistas amestrados se fingiram de mortos. Nas duas seguintes, quase todos apostaram as suas fichas no “príncipe da Sorbonne”. Com a vitória de Lula, em 2002, todos viraram oposicionistas radicais e fizeram campanha pela volta dos amigos tucanos ao poder. Agora, os jornalistas de aluguel, cada um com seu blog, já tinham aderido à campanha de Aécio Neves. Mas a trágica morte de Eduardo Campos embaralhou o jogo.

Os gaúchos vão derrotar a Globo?

Por Altamiro Borges

Não é só Marina Silva que derreteu, numa das maiores surpresas desta reta final das eleições. A Rede Globo também afunda no Rio Grande Sul. As duas candidaturas do império global, tidas como imbatíveis pela máfia midiática, podem dançar já neste domingo. Segundo a pesquisa do Datafolha divulgada neste sábado (4), o governador Tarso Genro, candidato à reeleição, ultrapassou a vedete global Ana Amélia Lemos (PP), que agora corre o risco de ser atropelada também pelo peemedebista José Ivo Sartori e ficar de fora do segundo turno. Já o ex-comentarista de tevê, Lasier Martins, foi superado pelo petista Olívio Dutra na disputa por uma vaga no Senado. A RBS, afiliada da Rede Globo, está em pânico!

A Bahia vai enterrar os demos?

Por Altamiro Borges

Num evento para mais de 150 jovens, promovido pela Federação dos Bancários da Bahia no final de agosto, muitas lideranças me garantiram que os demos, filhotes do falecido cacique ACM, não voltariam ao governo estadual nas eleições deste ano. Na época, as pesquisas indicavam folgada vantagem para Paulo Souto, ex-governador e ex-senador do DEM. Ele aparecia com mais de 40% das intenções de voto e a mídia nacional já dava como certa sua vitória e a ressurreição do DEM. O candidato Rui Costa (PT), ex-secretário do governador Jaques Wagner, não tinha nem 10% dos votos. “Não acredite em pesquisas na Bahia. Elas sempre mentem”, ironizou Emanoel Souza, presidente da federação dos bancários.

Como Marina Silva derreteu

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Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Marina desabou na pior hora: quando as chances de recuperação são mínimas, dado o limite do tempo.

É como levar um gol no finalzinho do jogo.

Caso se confirme sua derrota, ela poderá encontrar consolo num pensamento caro aos que creem: Deus não quis.

Dilma pode ser reeleita já no domingo

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Acabaram de sair as novas pesquisas do Ibope e do Datafolha, pouco antes de começar o futebol neste sábado à tarde.

Desta vez, os dois institutos anunciaram, logo de cara, os índices dos votos válidos, que mostram, pela primeira vez, Aécio na frente de Marina, e a presidente Dilma a um passo da reeleição no primeiro turno.

Segundo turno será contra a mídia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não tenho – e ninguém tem – condições de prever se haverá ou não segundo turno.

Os intervalos para os quais todas as pesquisas refluíram mostram um quadro bem definido em suas direções, mas com intervalos tão pequenos até a definição de uma maioria absoluta para Dilma que depende de detalhes que fugiriam a levantamentos feitos sem qualquer suspeita de distorção.

sábado, 4 de outubro de 2014

Alckmin, Serra e o panfleto homofóbico

Por Altamiro Borges

O deputado Marco Feliciano (PSC), famoso por suas posições preconceituosas e por incitar o ódio, enviou pelos Correios milhares de panfletos com mensagens homofóbicas. No folheto colorido, em forma de carta, ele incluiu as imagens de Geraldo Alckmin e José Serra, candidatos ao governo de São Paulo e ao Senado. Segundo James Cimino, no site UOL, a assessoria do governador argumentou que não foi consultada e que discorda do conteúdo do panfleto. Porém, o deputado fascistóide apoia a reeleição de Geraldo Alckmin e o seu partido, inclusive, foi contemplado recentemente com uma secretaria na gestão do PSDB. A mídia tucana, porém, deu pouco destaque à negociata.

Ibope e Datafolha torcem por Aécio

Por Altamiro Borges

Marina Silva, que tanto posou de vítima, agora é que vai chorar de verdade. Ela simplesmente foi descartada pela mídia tucana. Os jornalões e os telejornais não param de falar na “surpreendente arrancada” de Aécio Neves, que teria atropelado a ex-verde segundo as sinistras pesquisas divulgadas nos dois últimos dias. Datafolha e Ibope – os dois institutos preferidos dos barões da mídia – já dão como inevitável que haverá segundo turno e que o tucano enfrentará Dilma Rousseff. Marina Silva é tratada como carta fora do baralho. Como na eleição de 2010, ela apenas cumprirá o papel de coadjuvante para garantir a presença do PSDB em mais uma disputa sucessória. Haja chororô!

Flávio Dino e a primavera maranhense

Por Thays Campos e Renan Alencar, no site da UJS:

Venta no Maranhão. Dançam a copa das árvores, rangem as portas entreabertas, tilintam as janelas das casas que se mostram, ainda timidamente, para o mundo. Em cada canto e recanto maranhense, corre a notícia de que a terra girou, de que as estações viraram, de que a mudança brotou como um botão de flor, de que as cores vão contaminar os campos e vencer a terra queimada por 50 anos de negatividade.

Noblat implora por segundo turno


Por Altamiro Borges

Ricardo Noblat, o blogueiro chapa-branca da famiglia Marinho, deixou o jornalismo de lado (se é que ele ainda pratica este ofício) e assumiu de vez sua militância oposicionista. Em artigo postado neste sábado (4) em seu blog hospedado no jornal O Globo, ele implora já no título: “Por que não deixamos para o 2º turno a eleição do novo presidente da República?”. Temendo a vitória de Dilma Rousseff já no primeiro turno – hipótese presente em todas as pesquisas, apesar das abissais margens de erro –, ele prega que os eleitores sejam mais cautelosos neste domingo. “Você se considera pronto para eleger com segurança o novo presidente? Ou para reeleger Dilma?”, questiona o desesperado blogueiro.

Os desertores das eleições de 2014

Por Cynara Menezes, na revista CartaCapital:

Em dezembro de 2013, o senador Randolfe Rodrigues foi escolhido candidato a presidente da República pelo PSOL. Menos de um ano depois, está fora da campanha até mesmo como cabo eleitoral e prestes a deixar o partido, com a intenção de apoiar publicamente Marina Silva no segundo turno. Quem poderia imaginar esse desfecho? As desavenças entre Rodrigues e o PSOL vêm de longe.

Como era o Brasil antes de Lula?

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Ex-presidentes costumam dar expediente em institutos e fundações de carpete macio,gabinetes de mogno e mesas de vidro com aço escovado.

Telefonemas bajuladores e audiências reverenciais compõem uma rotina colorida, fatiada de almoços elegantes e recepções requintadas. Amenidades bocejam 24 horas por dia no seu entorno.

Bons negócios, comendas, lavanda inglesa e gravatas de seda italiana.

Mas tem um deles que destoa do figurino de voz macia e boutades autocentradas.

As duas preocupações de Dilma

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quando faltam 48 horas para uma eleição que teve altos e baixos mas, de seu ponto de vista, entrou na reta final em céu de brigadeiro, a campanha de Dilma Rousseff tem duas preocupações no caminho das urnas.

A primeira é impedir que o surto lacerdista dos aliados de Aécio Neves, que enfrenta o risco real de uma dupla derrota no primeiro turno - em Minas Gerais e no plano federal - possa criar um clima desnecessário de tensão política, acima dos padrões aceitáveis de convívio democrático e civilizado. A presidente enxerga a tentativa de impugnar sua candidatura - e até sua posse, nas palavras do deputado tucano Carlos Sampaio - como simples operação para disfarçar um fracasso eleitoral de dimensão histórica, que parecia impensável, quando a campanha começou.