sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Preconceito e a loucura dos colunistas

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Tão deprimente quanto as manifestações violentamente preconceituosas contra nordestinos após o resultado da eleição presidencial é identificar em muitos dos tuítes e posts raivosos o DNA da intolerância de alguns colunistas e jornalistas.

Eleições, mídia e financismo

Por Paulo Kliass, no jornal Brasil de Fato:

O processo eleitoral que terminou por recondu­zir Dilma Rousseff a cumprir mais um mandato à frente da Presidência da República foi marcado, mais uma vez, pe­la pressão escancarada exercida pelos interesses vinculados ao financismo e aos grandes meios de comunicação.

A inexistência de uma regulamentação clara e objetiva que ofereça um modelo democrático, transparente e plu­ralista contribui para a profusão de uma prática carregada de excessos, onde a grande imprensa se habituou, desde sempre, ao jogo da manipulação da opinião pública. Sob o argumento rasteiro da defesa da liberdade de informar e da denúncia da prática da censura, as poucas famílias de­tentoras do oligopólio da informação usaram e abusaram da tentativa de promover um golpe político em pleno pro­cesso eleitoral.

Sheherazade e 'justiceiros' traficantes

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Vocês lembram, certamente, do caso do adolescente negro, espancado e acorrentado a um poste no Flamengo, não é?

E lembram também quando Rachel Sheherazade, disse que era “compreensível” que rapazes de bem, ameaçados violência, reagissem assim, não é?

E ontem veio a notícia.

Os “bons rapazes” eram…traficantes de drogas!

Serra, o "trensalão" e o silêncio da mídia

Do blog de Zé Dirceu:

Apenas a Folha de S.Paulo, com uma notinha de um parágrafo, meia dúzia de linhas se muito, deu a notícia do depoimento do ex-governador e senador tucano eleito por São Paulo, José Serra (PSDB-SP) à Polícia Federal (PF) sobre o cartel de trens - o cartel do trensalão. Por que será? A resposta, todo mundo sabe. Ele e as demais lideranças tucanas são queridinhos da mídia, poupados e ajudados diariamente por ela.

O Brasil é maior que a Globo

Por Marcelo Salles, no blog Viomundo:

Essas eleições entram para a História do Brasil como o momento mais nítido em que as corporações de mídia tentaram impor sua vontade ao povo. Mais do que em 1989, com a famosa edição do debate entre Lula e Collor. Mais do que em 2006, quando o foco do debate foi deslocado para pilhas de dinheiro expostas ad nauseam.

PSDB e Estadão: Uma bizarra simbiose

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O pedido de auditoria na eleição presidencial, de iniciativa do PSDB, divide o alto da primeira página da edição de sexta-feira (31/10) do jornal O Estado de S.Paulo com a principal notícia de economia. O Globo registra o assunto também na primeira página, mas em uma nota sem grande destaque, e a Folha de S.Paulo deixa o tema sem menção na primeira página e o coloca em posição secundária na editoria Poder.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sarney na Cultura e o boato nas redes

Por Renato Rovai, em seu blog:

Ontem à noite pessoas sérias e que em tese deveriam estar vacinadas contra a forma como a mídia brasileira se comporta, repercutiram e se apavoraram com uma nota de um blogue de um pianista do jornal o Estado de S. Paulo. O blogueiro afirmava que Lula havia sugerido o nome de José Sarney para ministro da Cultura de Dilma, que Dilma já o havia convidado e que o ex-presidente havia aceitado.

Marina e PSB, os grandes derrotados

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Apesar do inegável avanço da direita no país, uma nova centro-direita que se revelou a partir do momento em que Marina Silva e o PSB aderiram à candidatura Aécio Neves, no segundo turno, transformou-se na grande perdedora da eleição presidencial deste ano. E este texto pretende comprovar esse fato com números, acima de tudo.

Lula detona a "Veja", panfleto tucano

Direita derrota participação popular

Por Altamiro Borges

Passada a eleição, com seu resultado bem apertado, a disputa política no Brasil deverá se intensificar e radicalizar. Isto ficou patente na primeira contenda na Câmara Federal, na noite desta terça-feira (28). PSDB, DEM e PPS, entre outras legendas de direita derrotadas no pleito, uniram-se a setores de centro-direita do PMDB para rejeitar o decreto da presidenta Dilma que amplia a democracia no país, com a realização de consultas populares e a criação de conselhos da sociedade. PT, PCdoB e PSOL ficaram isolados na defesa do projeto. Eles ainda tentaram adiar a votação, para superar o clima de ressentimento eleitoral, mas não obtiveram êxito. A direita nativa, com sua mídia na vanguarda, festejou a vitória!

Selic: A primeira cedência de Dilma?

http://www.marciobaraldi.com.br/
Por Altamiro Borges

Num lance que surpreendeu o próprio “deus-mercado”, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (29) elevar a taxa básica de juros de 11% para 11,25%. A medida ortodoxa, que emperra o crescimento da economia e estimula a especulação financeira, foi tomada três dias após a vitória de Dilma Rousseff no segundo turno. A elevação da Selic visaria, segundo a mídia rentista, acalmar o “inquieto mercado”, que promoveu intenso terrorismo econômico nos últimos meses com o objetivo de interferir na sucessão presidencial. Dos oito integrantes do “seleto” Copom, cinco votaram pelo aumento dos juros – inclusive o presidente do BC, Alexandre Tombini.

Uma vitória épica contra o golpismo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Confesso que ainda estou em estado de graça com a derrota épica que impusemos sobre a mais poderosa e mais golpista rede de mídia do planeta.

Ainda não tive tempo ou pachorra para analisar a vitória de Dilma Rousseff.

Bloqueio a Cuba e a derrota dos EUA

Por José Reinaldo Carvalho, no site Vermelho:

Cuba acaba de conquistar mais uma vitória política e diplomática em sua luta contra o bloqueio imposto há mais de meio século pelos Estados Unidos.

Na última sexta-feira (28), 188 países manifestaram-se a favor da resolução contra o bloqueio, apresentada pela maior das Antilhas na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Apenas os imperialistas estadunidenses e os sionistas israelenses votaram contra e três outros países - Ilhas Marshall, Micronesia e Palau - se abstiveram.

Merval será bancado com grana pública?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma das coisas essenciais que você aprende como executivo é a chamada “base zero” para elaborar orçamentos.

Na inércia, nas empresas, cada departamento vai simplesmente acrescentando no planejamento de seus gastos 5% ou 10%, a cada ano.

Quem elegeu a Dilma foi o Lobão?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Juro que este é meu último comentário sobre as razões que levaram à reeleição de Dilma Rousseff. É minha contribuição para os analistas que ainda estão quebrando a cabeça para entender o que aconteceu no último domingo.

Como ninguém ainda pensou nisso, sugiro que se leve em conta também o "fator Lobão" - o cantor, vejam bem, não o ministro.

Passado e futuro da crise da água em SP

Por Camila Pavanelli de Lorenzi, no site Outras Palavras:

O boletim de hoje (9) está organizado em três seções: passado, presente e futuro. A gravidade da crise exige que olhemos para tudo ao mesmo tempo: o passado, para tentarmos aprender com os erros e evitar sua repetição; o presente, para tentarmos entender o que está acontecendo agora; e o futuro, para tentarmos voltar a ter água um dia. Toscamente falando, é isso. Vamos lá:

Esperança para a reforma política no STF

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Os deputados derrubaram nesta terça-feira 28 decreto presidencial que determinava aos órgãos federais que ouvissem conselhos populares na elaboração, execução e supervisão de políticas públicas e que criassem canais na internet para isso. O decreto ainda será examinado no Senado, mas no governo há quem veja poucas chances de salvá-lo. O rancor da oposição pós- eleição e o ressentimento de certos governistas indicam que o “terceiro turno” já começou. Uma saída para preservar o decreto é o Supremo Tribunal Federal, poder já visto entre dilmistas como esperança para emplacar outra ideia a indispor o Congresso com o governo e as ruas, a reforma política.

Terceiro turno ou democracia

Por Marcelo Zero, no blog de Paulo Moreira Leite:

Tivesse Aécio Neves sido eleito, ainda que fosse por margem menor, a imprensa conservadora se apressaria em saudar a “grande vitória” e vaticinaria, com incontida alegria, a morte do “lulopetismo”. Falariam num novo começo de grande legitimidade cívica.

Mas, como foi eleita Dilma, superando, na reta final, o golpe midiático articulado por Veja et caterva, questiona-se a vitória e fala-se em “país dividido”. Desse modo, flerta-se abertamente com a ingovernabilidade e com golpes “brancos” ou de qualquer outra cor.

Contra a histeria: 7 mitos da eleição

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Todo mundo sabe que não acredito em jornalismo “isento”. A não ser que seja isento de impostos (a Globo, parece-me, acreditou que era isenta de certos impostos).

Mas essa eleição trouxe alguns exemplos de que, mesmo assumindo posições claras em favor de um ou outro candidato, os jornais e a mídia convencional (e também os blogs e ativistas digitais) podem guardar espaço para trabalhar de forma honesta com a informação.

"Sem internet, Aécio venceria eleição"

Por Renato Brandão, na Rede Brasil Atual:

Carro-chefe da editora Abril, a revista Veja lançada na última sexta-feira (24) divulgou como matéria de capa uma acusação de que a presidenta reeleita Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, tinham conhecimento de um esquema de corrupção na Petrobras. Sem apresentar qualquer prova, o conteúdo da reportagem era baseado em suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef à Polícia Federal, que foi desmentido por seu advogado logo após a publicação.