terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O ataque dos privatistas à Petrobras

Por Rubem Gonzalez, no blog Viomundo:

O objetivo é claro: existe uma grande força - nem tão oculta assim - querendo destruir e reduzir a pó a Petrobras e para isso não mede esforços, nem gastos.

É uma operação de guerra dia e noite, uma verdadeira blitzkrieg que já dura 60 dias de bombardeio diário, sistemático e ininterrupto.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Falta papel higiênico nas escolas de SP

Por Altamiro Borges

Geraldo Alckmin foi reeleito já no primeiro turno para governar São Paulo por mais quatro anos. Caso conclua o novo mandato, o "picolé de chuchu", segundo a ácida ironia de José Simão, poderá somar 14 anos de residência no Palácio dos Bandeirantes. Isto apesar da crise de abastecimento de água no Estado mais rico da federação, do caos na segurança pública, das panes e atrasados no Metrô. Este "fenômeno eleitoral" tem várias causas, mas a principal é a enorme blindagem promovida pela mídia chapa-branca – que recebe fortunas em publicidade e outras regalias do governo estadual. Nem as maracutaias das gestões tucanas, como o "trensalão", ganham os seus holofotes. Agora, passada as eleições, a sociedade descobre que falta até papel higiênico nas escolas públicas de São Paulo.

Quem são os jornalistas brasileiros?

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Há uma série de trabalhos acadêmicos sobre essa profissão no Brasil, entre os quais estudos feitos sob encomenda de entidades como a Federação Nacional dos Jornalistas, mas não estão disponíveis levantamentos atualizados e completos sobre os perfis predominantes nesse campo. Por isso, é importante o boletim Jornalistas&Cia, que produz o Portal dos Jornalistas (ver aqui) e atualiza constantemente uma relação que já tem 5.600 trabalhadores da imprensa.

Contra o cinismo e as mentiras da mídia

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Em artigo recente publicado no Portal 247, Paulo Moreira Leite lamenta a adesão dos profissionais de imprensa ao discurso dos seus patrões. Isso ficou patente pela enésima vez nas falas dos agraciados com o prêmio "Os 100 jornalistas mais admirados do país" (sic), durante solenidade ocorrida em São Paulo, na semana passada. Não é de hoje que patrões e empregados da grande mídia vêm encenando um esquete teatral de quinta categoria, que funciona assim :

O bloco parlamentar dos aliados de Aécio

Por José Reinaldo Carvalho, no site Vermelho:

Na última quarta-feira (10), foi anunciada a formação de um bloco parlamentar para atuação em 2015 no Congresso Nacional, assembleias legislativas e câmaras municipais, com projeção para a campanha eleitoral municipal de 2016. Até o final de 2014 devem ser anunciadas novas formações, delineando no âmbito parlamentar o novo alinhamento político.

MPF aciona TVs por espaço dado a igrejas

Por Pedro Ekman, na revista CartaCapital:

A história é muito simples: uma empresa participa de uma licitação pública para explorar comercialmente um canal de TV (ou de rádio) e oferecer programação de conteúdos para a população. Para isso, existem pelo menos duas regras para se explorar comercialmente esse espaço público na TV e no rádio.

Torta na cara do ministro Cardozo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Entre as deprimentes descobertas produzidas pela Operação Lava Jato, os emails da gerente Venina Velosa da Fonseca não são o fato mais grave do ponto de vista policial - mas constituem um dos mais preocupantes do ponto de vista político.

Os pecadores convertidos na Petrobras

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ontem, ia escrever sobre o suposto aviso de uma gerente - Venina Fonseca - de que havia gastos irregulares na área de comunicação da Diretoria de Abastecimento e, depois, na Refinaria Abreu e Lima.

Desisti porque a resposta da Petrobras havia sido pífia, tratando os fatos com uma contenção inadmissível a quem está sendo atacado com acusações desta natureza.

Bolsonaro choca imprensa internacional

Da revista Fórum:

A edição de sexta-feira (12) do jornal francês Le Monde trouxe à tona o episódio envolvendo o deputado federal brasileiro Jair Bolsonaro (PP-RJ) no plenário da Câmara, na última terça-feira (9), ao comentar o relatório da Comissão Nacional da Verdade. Militar da reserva, o parlamentar negou a ocorrência de estupros durante a ditadura e ofendeu a deputada Maria do Rosário (PR-RS), dizendo que não a estupraria porque ela “não merece”.

domingo, 14 de dezembro de 2014

A desnacionalização do ensino no Brasil

Por Altamiro Borges

Está em curso um acelerado processo de desnacionalização do ensino no Brasil. Faculdades e até escolas básicas estão sendo vendidas a grupos estrangeiros, que não têm qualquer compromisso com a educação brasileira e objetivam apenas o lucro. Na semana passada, o “Apollo Group”, maior empresa de ensino dos EUA, anunciou a compra de 75% da participação da Sociedade Técnica Educacional Lapa (Fael), por cerca de R$ 73 milhões. “A operação está alinhada à estratégia de diversificar os serviços e expandir os negócios para o Brasil, um dos países que têm investido mais em educação superior”, explicou Greg Cappelli, presidente-executivo da corporação estadunidense, ao jornal Valor.

Líder de partido antigay é gay!

Por Altamiro Borges

Jair Bolsonaro, Silas Malafaia, Marco Feliciano e outros homofóbicos nativos perderam dois importantes aliados da sua causa de ódio no cenário internacional. Na sexta-feira (12), a revista francesa “Closer” revelou que Florian Philippot, um dos vice-presidentes do partido neonazista Frente Nacional (FN), que se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, é homossexual. Já no final de novembro, o estadunidense John Smid, que militou por 18 anos numa organização que pregava a “cura-gay”, oficializou a sua união com o parceiro Larry McQueen. Os dois casos talvez pudessem ajudar os homofóbicos de plantão no Brasil, sempre tão agressivos e intolerantes, a repensar as suas práticas...

Avô Tancredo gostaria deste neto?

Por Marcelo Zero, no blog de Paulo Moreira Leite:

Tancredo Neves foi um político conservador. Fez carreira no PSD e, durante a ditadura militar, foi um dos líderes dos moderados do MDB/PMDB. Nunca se aproximou do socialismo e admirava muito mais Max Weber que Karl Marx.

No entanto, não há quem negue que Tancredo, embora limitado pelas circunstâncias de sua época, era um democrata e, em linhas gerais, progressista.

A cômoda desigualdade naturalizada

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

“Passa mal a terra, de lestos males presa

Onde se acumula a riqueza e declinam os homens.”

Oliver Goldsmith, The Deserted Village (1770). Citado por Tony Judt, “Um Tratado sobre os Nossos Actuais Descontentamentos”


Para além do medo e da insegurança que pairam sobre a vida moderna, cresce a sensação de que há algo que segue mal. O que soma diminui e o que é mais nos faz menor! Cresce a desumanização no processo civilizatório. O trabalho urgente de reflexão complexa perde espaço para instantaneidades vaporizadas de um clique.

Decálogo sobre censura e regulação

Por Marcos Dantas, no site Carta Maior:

1. Uma coisa é imprensa ou jornalismo. Outra coisa é mídia em geral: barbarismo anglicista que engloba o conjunto de atividades e tecnologias relacionadas à produção e, principalmente, reprodução e distribuição de espetáculos audiovisuais dos mais variados, a exemplo de programas de auditório ou de entrevistas, coberturas esportivas, shows musicais, novelas e séries dramatúrgicas de televisão, documentários produzidos ou não diretamente para a televisão, filmes produzidos ou não diretamente para distribuição via TV, reality shows, pregações religiosas, inclusive também boa parte do que hoje é gerado e distribuído via internet, sem ignorar, nisso tudo, a publicidade que sustenta a economia da mídia.

Bolsonaro: cara sem máscara da oposição

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

No meio da tarde da última terça-feira (9/12), estava reunido com blogueiros discutindo o quadro político atual quando uma jovem que participava da reunião interrompeu o orador do momento para anunciar que alguma coisa chamada “Jair Bolsonaro” grunhiu, da tribuna da Câmara dos Deputados, que só não estupraria a deputada pelo PT gaúcho Maria do Rosário porque ela “não merece” ser estuprada por ele.

Reflexões sobre o processo eleitoral

Por Patrus Ananias, na revista Teoria e Debate:

A reeleição da presidenta Dilma Rousseff deu-se em um contexto de disputa política renhida. No primeiro turno pairou sobre nossa campanha, por um breve tempo, a sombra da candidatura pelo PSB de Marina Silva. Logo a sombra se desvaneceu, em face da inconsistência manifestada pela candidata. No segundo turno, a disputa com o senador Aécio Neves (PSDB) tornou-se o enfrentamento com a direita, que teve nos grandes meios de comunicação, com pouquíssimas e honrosas exceções, seu núcleo mais poderoso e disseminador de outros focos de resistência, alguns, inclusive, assumindo posturas agressivas e violentas.

Entre estupradores e pseudo-intelectuais

Por Igor Augusto, no site da UJS:

Ainda este ano, fiz uma avaliação do que seria a próxima composição do Congresso Nacional, eleito o mais conservador desde 1964, no texto “O Congresso, o Planalto, o ódio e junho de 2013″ publicado no Portal Vermelho. Antes mesmo de sua posse, o novo Congresso já mostra sua cara: cada vez mais ódio, preconceito e machismo.

A manobra cínica contra Graça Foster

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A oposição exige que Dilma mande embora Graça Foster.

Um momento: exige?

Quantos votos a oposição teve? Bastaria que vencesse a eleição para que Graça fosse tirada da Petrobras.

Para compreender a blindagem de Alckmin

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Curiosos (e reveladores) são os meandros da política. Em 2012, a aprovação de um novo Código Florestal brasileiro provocou intenso debate entre setores da sociedade brasileira. A tramitação, no Congresso Nacional, arrastou-se por quatro anos. A crítica dos ambientalistas à nova lei, por sua complacência com o desmatamento, foi um dos marcos do desgaste do governo Dilma, entre a parcela da população mais à esquerda. Mas ontem, em São Paulo, consumou-se uma mágica.

O que quer a direita latino-americana?

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

A direita latino-americana viveu momentos de euforia com a vitória dos Estados Unidos na guerra fria, com o fim da União Soviética, o triunfo da democracia liberal em uma parte majoritária do planeta e, igualmente, do modelo econômico neoliberal. A velha direita oligárquica buscava se renovar com teses liberais de mercado contra o Estado, os partidos e os movimentos populares.