sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A "mão pesada" de Alckmin na Alesp

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A Assembleia Legislativa de São Paulo chega ao fim de sua 17ª legislatura com uma retrospectiva de produção baixa e, considerando o papel fundamental que o Legislativo deve ter num regime republicano, com perspectivas pouco ou nada animadoras para os próximos quatro anos. A não ser em situações específicas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) contou até o fim de 2014 com uma bancada amplamente majoritária de 78 deputados contra apenas 26 da oposição, formada pelo PT (22 deputados), PCdoB (dois), Psol e PDT (um cada). Esse desequilíbrio e o rolo compressor do Palácio dos Bandeirantes, de 2015 a 2018, será maior. Após as eleições deste ano, a oposição será 31% menor e contará com apenas 18 parlamentares: 14 do PT, dois do Psol e dois do PCdoB.

“Bolsonaro, você não merece ser deputado”

Do site da UJS:

“Bolsonaro, você não merece ser deputado.” A afirmação da representante da União da Juventude Socialista (UJS), Maria das Neves, deu o mote da manifestação realizada na tarde desta quarta-feira (17), na Câmara dos Deputados. Movimentos sociais, sindicais, estudantis, camponês se uniram ao movimento de mulheres para pedirem punição para o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) que, ao ofender a deputada Maria do Rosário (PT-RS) atingiu todas as mulheres brasileiras e o Parlamento.

Governo banca a pior mídia do planeta

Por Leandro Fortes, no blog Diário do Centro do Mundo:

O recente levantamento publicado pela “Folha de S.Paulo” sobre despesas de publicidade do governo federal, nos últimos 14 anos, 12 dos quais sob o comando do PT, é, ao mesmo tempo, um espanto estatístico e um desalento político.

Foram 15,7 bilhões de reais despejados, prioritariamente, em veículos de comunicação moralmente falidos e explicitamente a serviço das forças do atraso e da reação. Quando não, do golpe.

Aécio é diplomado... numa clínica!

Por Altamiro Borges

O cambaleante Aécio Neves está com algum problema sério. Nem o bafômetro consegue identificar o transtorno. O senador mineiro-carioca até agora não engoliu a derrota na eleição presidencial – nem a surra que levou em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Ele já pediu recontagem dos votos, deu apoio aos malucos que gritam pelo impeachment da presidenta e pelo retorno da ditadura e pressionou pela rejeição das contas de campanha do PT. Sua última investida, porém, foi a mais patética. Seu partido solicitou que ele fosse diplomado no lugar de Dilma Rousseff. Não é piada! Aécio Neves poderia até ser "diplomado", mas numa clínica... psiquiátrica!

Yoani Sánchez perderá a boquinha?

Por Altamiro Borges

A blogueira Yoani Sánchez, tão bajulada pela mídia colonizada, ficou triste com o restabelecimento das relações diplomáticas entre EUA e Cuba e com a libertação dos três heróis cubanos – Gerardo Hernandez, Ramón Labaniño e Antonio Guerrero. Enquanto o mundo inteiro saudava a "decisão histórica" e milhares ocupavam as ruas de Havana para festejar, ela lamentou: "O castrismo venceu... No jogo da política, os totalitarismos sempre conseguem se impor sobre as democracias". A tristeza da mercenária é compreensível. Talvez agora ela tenha mais dificuldades para garantir os subsídios das potências capitalistas e os holofotes da imprensa mundial para a sua causa "dissidente".

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Cuba e EUA: Fim da Guerra Fria

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Sou do tempo em que ir a Cuba era proibido para os brasileiros. Os dois países não tinham relações diplomáticas e no nosso passaporte vinha um aviso: era permitido viajar para qualquer país do mundo, menos para a ilha caribenha.

A expressiva vitória de Cuba

Editorial do site Vermelho:

Há dezesseis anos, sob a inspiração e liderança de Fidel Castro, o invicto comandante da Revolução, o povo cubano mobilizou-se na luta pela libertação de cinco patriotas encarcerados nos Estados Unidos.

Em setembro de 1998, Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, Antonio Guerrero e René González foram presos em Miami por agentes do FBI. Acusados de conspiração, espionagem e preparação de atentados, foram condenados a pesadas penas de prisão. Desde 2001, quando o líder histórico da Revolução disse “Volverán!” (Voltarão), os cubanos e seus amigos solidários em todo o mundo reafirmaram com mais esperança e convicção seu compromisso com a vitória da causa da libertação dos Cinco.

A publicidade estatal e a transparência

Da revista CartaCapital:

A mídia nativa raramente fala de si, ao contrário do que acontece nas democracias maduras, onde os meios de comunicação, o “quarto poder”, vigiam-se uns aos outros. É um traço do oligopólio. Os erros são escondidos, os crimes protegidos (quem não se lembra da ameaça – “mexeu com a Abril, mexeu com todos" – de um dos Marinho ao governo caso a base aliada ousasse investigar as relações bandidas de jornalistas da Veja com o bicheiro Carlinhos Cachoeira?). Só se abre exceção quando se trata de perseguir uma obsessão do baronato, em especial da Folha de S.Paulo: tentar provar que veículos, blogs e sites não alinhados ao pensamento dominante são financiados de forma “bolivariana” pelo governo. É outro traço do oligopólio. Quem pensa diferente deve ser tratado como criminoso. Eliminado, se possível.

Marina Silva e o jatinho-fantasma

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Folha traz hoje a informação de que, com muita justiça, o prefeito tucano de Santos isentou por três anos os imóveis atingidos pela queda do avião de Eduardo Campos.

Mas, a essa altura, mais de quatro meses depois do acidente, já é o caso da gente se perguntar se o avião caiu mesmo.

EUA e Cuba: "Uma decisão histórica"

Do governo gestor ao governo de combate

Por Wladimir Pomar, na revista Teoria e Debate:

Em 2010, ao iniciar seu primeiro mandato, o governo Dilma já encontrou um cenário internacional e um cenário nacional diferentes dos enfrentados pelo governo Lula, entre 2003 e 2007. Nesse período, a entrada da China na OMC e sua ascensão, assim como a de outros países da Ásia oriental, no mercado mundial beneficiaram a economia brasileira de diferentes maneiras. Em primeiro lugar, pela elevação da importação de commodities minerais e agrícolas, permitindo altos saldos na balança comercial brasileira. Em segundo lugar, pela produção de manufaturados de baixo preço em grande escala, forçando a inflação mundial e também nacional a ser reduzida. Em terceiro lugar, por alcançarem um nível de acumulação de capitais que os obrigou a exportar capitais e contribuir para o reerguimento industrial e econômico de inúmeros países.

EUA, Cuba e a vitória do Brasil

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Depois de passar meio século em operações sombrias para derrubar o governo nascido da revolução de Sierra Maestra por todos os meios ao alcance do império, Washington tomou uma medida de acordo com o estágio de civilização criado pela formação dos Estados Nacionais, lá pelos séculos XVIII-XIX.

Anunciado ontem, o reatamento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba tem uma utilidade suplementar no Brasil: coloca em seu devido lugar o anti-comunismo primitivo que fez uma grande aparição na da última campanha presidencial.

JN altera resultados do Ibope-CNI

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O Jornal Nacional divulgou na quarta à noite Pesquisa Ibope-CNI com resultados diversos daqueles que constam no material entregue aos jornais.

A pesquisa é trimestral. Pelo material divulgado pelo Ibope, foram efetuadas pesquisas em junho, setembro e agora em 8 dezembro.

Publicidade e as contas da Folha

Por Renato Rovai, em seu blog:

O jornalista Fernando Rodrigues, que conheci quando ainda era trotskista lá no campus da Universidade Metodista, tem desempenhado há alguns anos o papel de setorista pra questões do financiamento da mídia independente na Folha de S. Paulo, de onde, consta, foi recentemente demitido. De tempos em tempos ele busca, com informações levantadas no governo federal, prejudicar veículos que têm tido um papel importante na oxigenação do ambiente midiático. E atira na política de pulverização das verbas publicitárias, como se defendesse com isso o interesse democrático. Na prática, apenas faz o jogo dos donos da mídia tradicional.

EUA e Cuba: As razões da mudança

Por Lamia Oualalou, no site Opera Mundi:

Troca de prisioneiros, normalização das relações diplomáticas, viagens facilitadas e flexibilização do bloqueio econômico: em poucos minutos, os presidentes dos EUA, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, acabaram com 53 anos de política externa norte-americana. A notícia repercutida no mundo inteiro é o resultado de 18 meses de negociações secretas entre Washington e Havana, com a ajuda fundamental do Papa Francisco. Ela reflete também a profunda mudança do quadro político doméstico nos Estados Unidos.

"Novo capítulo" nas relações EUA-Cuba

Do jornal mexicano La Jornada, no site Carta Maior:

O presidente americano Barack Obama anunciou nesta quarta-feira o início de um ''novo capítulo'' nas relações de Washington com Cuba e prometeu que examinará, junto do congresso, o fim do embargo à Cuba. Obama declarou que era tempo de acabar com um 'enfoque antiquado' sobre a ilha.

A chegada a Cuba dos seus heróis



* Enviado pelo amigo internacionalista Max Altman, com a seguinte mensagem:

Amigas e amigos, companheiras e companheiros,

Impossível conter a emoção !

Nosso agradecimento a todos aqueles que no Brasil de alguma maneira lutaram para que este dia tão feliz, glorioso e histórico chegasse !

1º Comitê Brasileiro pela Libertação dos 5 Cubanos (fundado em 14 de março de 2000)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Não se amplia a voz dos idiotas

Por Jandira Feghali, no Jornal do Brasil:

“Não se amplia a voz dos idiotas”. Mesmo tendo como referência esta citação de Millôr Fernandes, é impossível, diante da reincidência e pelo espaço que ocupa, evitar o mesmo com Bolsonaro. Suas ofensas inaceitáveis, ditas ao bel prazer para deleite de uma meia dúzia sanguinária, põem à mostra os monstros internos do parlamentar viúvo da Ditadura. O defensor de torturadores cultua o crime do estupro, ofende negros, homoafetivos e feministas a partir de uma linha de raciocínio frágil e débil, mas que levam ao delírio seus seguidores, igualmente intolerantes e saudosos do período de exceção.

Por que só a ditadura foi investigada?

Por Breno Altman, em seu blog:

Nos últimos dias, despontam ataques ao relatório elaborado pela Comissão Nacional da Verdade, por suposta unilateralidade. Afinal, apenas os crimes cometidos pelo Estado, durante o regime militar, foram descritos no histórico documento.

A apuração realizada desde 2012 estaria contaminada porque exclui fatos violentos com origem na resistência democrática.

EUA articulam o terror mundial

Por Noam Chomsky, no site Outras Palavras:

“É oficial: os EUA são o maior Estado terrorista do mundo e se orgulham disso”.

Essa deveria ter sido a manchete da notícia principal do New York Times no dia 15 de outubro, que foi polidamente intitulada “Os Estudos da CIA sobre ajuda secreta alimentam ceticismo sobre a ajuda aos rebeldes sírios”. O artigo relata uma revisão da CIA sobre as operações secretas dos EUA para determinar sua efetividade. A Casa Branca concluiu que infelizmente os sucessos foram tão raros que é necessário repensar essa política.