quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A Sabesp vai muito bem, obrigado!

Por Heitor Scalambrini Costa, no jornal Brasil de Fato:

O que acontece com o Estado de São Paulo na questão da água é um exemplo do que pode acontecer em outros estados e cidades brasileiras, segundo dados recentes publicados pela ANA (Agência Nacional de Águas). Portanto, aprender e tirar lições deste episódio poderá ajudar gestores públicos e a sociedade a não repetir os erros que foram cometidos, e conviver melhor com uma situação que veio para ficar.

O oportunismo contra o pré-sal

Por Carlos Tautz, no site da Adital:

Agora os conglomerados da comunicação se aproveitam da Lava Jato para defender a mudança do sistema de partilha na exploração das megareservas do pré-sal - aliás, como fizera Aécio. Argumentam que a Petrobras, atingida pelas denúncias, deveria ser escanteada do pré-sal porque os mercados internacionais não lhe emprestariam os bilhões de dólares necessários para explorá-lo. Continuam, dizendo que a queda dos preços do petróleo afogaria as pretensões da estatal.

Venina: Delação vazia da musa do verão

Por J. Carlos de Assis, no Jornal GGN:

A musa do verão deste ano no Rio chama-se Venina. É um produto da parceria jornal Valor e Tevê Globo. A palavra é da mesma raiz de veneno, mas o princípio ativo é de muito má qualidade. Na verdade, precisou de ser embalado triplamente para envenenar a opinião pública brasileira contra a presidente da Petrobrás. O mais forte sortilégio para o envenenamento foi uma entrevista de 25 minutos de Venina no Fantástico; o segundo, uma reapresentação dos “melhores momentos” da entrevista no Jornal Nacional; terceiro, uma tréplica do Jornal Nacional depois da entrevista de Graça Foster, que a havia desmentido.

Novos ministros e a "nova Dilma"


A esperança e a frustração caminham juntas na transição do primeiro ao segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. A apreensão dos setores progressistas e movimentos sociais, que cobravam uma arrancada mais à esquerda após um segundo turno (e um “terceiro”) em que a oposição assumiu a sua guinada à direita, começou com o convite a Joaquim Levy para substituir Guido Mantega na Fazenda. Um perfil dos sonhos do mercado financeiro.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Bonner e o jornalismo que dá nojo

Por Altamiro Borges

No seu triste papel de serviçal da famiglia Marinho, o apresentador Fausto Silva agraciou neste final de semana o jornalista William Bonner com o "Troféu Mário Lago". O "Domingão do Faustão" foi pura bajulação, com vários depoimentos de elogios ao âncora do Jornal Nacional - dizem as más línguas que alguns profissionais da emissora foram forçados a participar do teatrinho. Nas redes sociais, porém, vários ativistas questionaram a premiação. A crítica mais dura partiu da própria filha de Mário Lago, que detonou o jornalismo praticado pelo império global. Vale conferir sua mensagem no Facebook:

Aécio Neves, aparentemente sóbrio!

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (22), a Folha tucana garantiu mais uma capa para o cambaleante Aécio Neves. O tucano até parece que venceu o pleito de outubro, tamanha a generosidade dos barões da mídia. Mais uma vez, o derrotado mostrou-se magoado com a surra na eleição. Para ele, o novo governo Dilma será um desastre - "ele vai provar do seu próprio veneno". Na entrevista, porém, o senador mineiro-carioca fez duas afirmações curiosas. Disse que não há mais espaço para a proposta do impeachment da presidenta, como insistem alguns brucutus do PSDB, pitbulls da mídia e fascistóides exóticos. E insinuou que não será candidato em 2018. Será que Aécio Neves já superou a embriaguez... eleitoral?

O apocalipse midiático foi adiado

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Se fosse possível definir o ano de 2014 em relação à mídia tradicional, pode-se afirmar que as organizações de imprensa dominantes, aquelas que conduzem a pauta institucional e parte relevante da agenda pública, se revelaram como uma mente estranha no corpo social. Desde o primeiro dia do ano, com o país ainda assombrado pelas manifestações que haviam tomado as ruas em 2013, passando pelas previsões catastrofistas para a Copa do Mundo, e concluindo com a eleição presidencial, os jornais de circulação nacional e os principais noticiosos do rádio e da televisão desenharam um quadro de fim de mundo que nunca chegou perto de se tornar realidade.

Graça Foster desmonta farsa de Venina

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

No Tijolaço, encontramos informações importantes para trazer um bom senso que a mídia se recusa em utilizar.

1) Venina Velosa não era uma “coitadinha” em Cingapura. Tinha salário de quase R$ 200 mil mensais (sic) e, portanto, poderia comprar uma passagem de avião e visitar a mãe doente quando quiser. Aliás, posar de coitadinho ganhando uma baba dessas é duro de ouvir! Detalhe: ainda tinha moradia e escola para os filhos paga pela empresa.

Cuba ainda tem algo a dizer ao Brasil

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Quem nunca entendeu porque Cuba ainda suscita tanta paixão e debate na política do século XXI está vivendo um novo espasmo de perplexidade.

O reatamento das relações diplomáticas entre Havana e Washington, anunciado na semana passada, dia 17/12, em pronunciamento casado de Obama, nos EUA, e Raúl Castro, em Cuba, tornou-se um dos assuntos mais importantes da agenda internacional, rivalizando com o derretimento do rublo e o mergulho nas cotações do petróleo.

A escravidão no setor de telemarketing

Por Igor Ojeda, no site Repórter Brasil:

Não grite com o operador de telemarketing de seu banco ou operadora de celular. Por mais que você tenha razão, muito provavelmente ele esteja sofrendo uma pressão monumental no trabalho. Muito provavelmente ele esteja ficando doente por isso. Física e psicologicamente.

Oi, Vivo, Santander, Itaú, NET, Citibank e Bradesco. Essas sete gigantes das telecomunicações e do setor financeiro superexploram os trabalhadores que prestam serviços por teleatendimento, diz o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Uma megaoperação de quase dois anos de duração e que abrangeu sete estados brasileiros constatou inúmeros exemplos de abusos trabalhistas contra nada menos que 185 mil pessoas. Destes, 104 mil trabalhavam para a Oi.

O naufrágio do Estado mexicano

Por Rafael Barajas e Pedro Miguel, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:


Quando, num país, um grupo de policiais detém 43 estudantes, desaparece com eles e os envia a um grupo criminoso organizado ligado às drogas para que este, à guisa de “lição”, os assassine, uma constatação se impõe: o Estado se transformou em narco-Estado, um sistema em que o crime organizado e o poder político são a partir de agora indissociáveis.

Quem é contra a corrupção?

Por Armando Boito Jr., no blog Escrevinhador:

As motivações e os objetivos das campanhas contra a corrupção que nos últimos anos têm sido a bandeira de guerra do PSDB e da grande imprensa são vários e nenhum deles é nobre. O motivo mais óbvio é obter o desgaste político e eleitoral dos governos do PT. Mas, a coisa não para por aí. Para entender melhor tais campanhas é preciso fazer uma espécie de sociologia política do discurso e da prática das cruzadas contra a corrupção, tratá-los como um fenômeno ideológico que deforma de maneira interessada a realidade política – o que não significa que o faça de modo consciente.

A regulação da mídia em outros países

Por Luiza Bandeira, Alessandra Corrêa, Marcia Carmo e Claudia Jardim, na BBC Brasil:

O PT aprovou, neste final de semana, uma resolução política que pede a criação de um novo marco regulatório para a mídia. O presidente do partido, Rui Falcão, afirmou que a presidente Dilma Rousseff se comprometeu a fazer uma consulta pública sobre a questão no segundo semestre.

Tema polêmico no Brasil, a regulação da mídia ocorre de formas distintas pelo mundo.

Viva os hackers da Coreia do Norte

Por Breno Altman, em seu blog:

O presidente norte-americano, Barack Obama, em entrevista concedida à rede de televisão CNN, mostrou os dentes.

Perguntado sobre o ataque cibernético realizado pelo grupo virtual Guardiões da Paz, hipoteticamente vinculado a Pyongyang, contra computadores da Sony Corporation, o inquilino da Casa Branca tomou as dores da empresa.

Congresso uruguaio aprova Lei da Midia

Por Renata Mielli, no blog Janela sobre a palavra:

Depois de um ano e meio de discussões, nesta terça-feira, (22/12) a Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual. Com o voto dos representantes da Frente Ampla, a lei será regulamentada pelo governo do presidente Tabaré Vázquez.

A nova lei prevê, entre vários outros pontos, a proibição do monopólio na radiodifusão, definindo que cada empresa pode ter, no máximo, seis concessões para prestar serviços de televisão. No caso de empresas que possuam concessões na cidade de Montevideo, este número se reduz para três. O intuito da Lei é evitar a concentração econômica e, também, permitir mais pluralidade e diversidade, para fortalecer a democracia no país.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O “choro” de Venina no Fantástico

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A entrevista que a ex-gerente da Petrobrás Venina Veloso da Fonseca concedeu ao programa Fantástico, da Globo, no último domingo, não acrescentou nada ao que disse anteriormente. A entrevista apenas tratou de dar cor e forma aos ataques que a nova “heroína” da mídia vem fazendo aos superiores na empresa e que, agora, estendeu, sem provas, ao ex-presidente Lula.

Venina e o veneno do Fantástico

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

600 milhões de reais por ano para a Globo fazer um jornalismo como aquele que se viu na entrevista com Venina no Fantástico. Um mensalão eterno de 50 milhões.

Foi minha primeira reflexão depois de ler a transcrição da entrevista.

A edição é venenosa à sua maneira. A Globo, para se preservar, não grita como a Veja. Só que cuida de despejar sobre sua audiência o mesmo tipo de veneno, apenas mais sutilmente, mas com o mesmo resultado e com a mesma finalidade.

Aécio volta a ser mais Tancredo?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Na reta final do segundo turno e após as eleições, o tucano Aécio Neves foi ficando cada vez mais radical, em nada lembrando o político cordato de outros carnavais. Partiu para o tudo ou nada contra Dilma _ e perdeu, mas não se conformou.

Aécio tinha um bom exemplo na família de político ponderado, que sabia ganhar ou perder. "Governo e oposição, acima dos seus objetivos políticos, têm deveres inalienáveis com nosso povo", ensinava Tancredo Neves, o ex-governador mineiro que foi presidente da República, sem nunca ter sido.

Os desafios políticos de 2015

Do blog de Zé Dirceu:

A gravidade da crise mundial, agora revelada com a queda dos preços do petróleo, exige que, no Brasil, nosso governo venha a público e exponha ao país a real situação de nossa economia e seus limites para a recuperação imediata. Mas, principalmente, apresente as medidas a serem adotadas em 2015 para enfrentar a crise global e superar os graves problemas de nossa economia, começando pela retomada do crescimento para manter o emprego e a renda dos brasileiros com distribuição de renda, sem abrir mão dos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários a duras penas conquistados nos últimos 12 anos - e sem medidas de austeridade ou aumento de impostos que recaiam apenas sobre os trabalhadores, como era a tradição no país.

Faustão, Fantástico e os desesperados

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Uma pesquisa do IBOPE e do Governo Federal demonstrou inequivocamente a perda de poder do jornalismo da Globo.

O que significa a perda de poder político.

Ao Dr Roberto Marinho – aquele que dá nome a filhos sem nome próprio – se atribui frase lapidar:

O Boni pensa que isso aqui é um circo. Isso aqui é uma usina de poder.