domingo, 13 de dezembro de 2015

PSDB oficializa sua ação golpista

Por Renato Rabelo, em seu blog:

Os tucanos entram céleres na contramão da historia da luta democrática em nosso país. A base do pedido de impedimento da presidenta da República é do PSDB. Agora, em termos oficiais, o PSDB carimba com todos os seus lideres e grão lideres a defesa do impeachment, sem base legal, sem base jurídica.

Estão na linha de que o impeachment é mais um processo politico que jurídico. Justificativa rala, disparatada, para fazer valer um golpe “institucional”, à moda do atual pensamento antidemocrático e autoritário no Continente. Sim, o substantivo é o golpe com todas as letras. Querem antecipar a tomada do poder central de qualquer modo. Se pudessem instigariam hoje os militares como as vivandeiras de quarteis faziam no passado.

Michel Temer é cúmplice do golpismo

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Durou tempo demais o silêncio adotado pelo vice Michel Temer a respeito do golpe tramado, e desfechado agora, contra a presidenta Dilma Rousseff.

Silêncio suspeito e também, até prova em contrário, silêncio cúmplice de um impeachment inconstitucional.

O vice-presidente é contra ou a favor? Ele não se definiu de forma clara. Foi, no entanto, informado antecipadamente por Eduardo Cunha da decisão de acolher o pedido de impeachment com a assinatura indelével do ex-petista Hélio Bicudo. Ao saber disso, calou-se e traiu o princípio de fidelidade a Dilma.

A saída de Levy já é tratada no Planalto

Por Renato Rovai, em seu blog:

A declaração do ministro Joaquim Levy dizendo que “está fora” se o Congresso cortar a zero a meta fiscal de 2016 foi recebida no Palácio do Planalto como uma chantagem. E também como uma traição.

Sua saída do governo que nunca foi tratada de forma concreta, porque não autorizada pela presidenta Dilma, agora entrou na pauta.

A presidenta ainda não autorizou seus ministros mais próximos a procurar um nome para operar a mudança, mas já estaria convencida que de a posição assumida por seu pupilo não lhe dá tranquilidade para fazer o caminho da superação do impeachment. E que precisará de um novo rumo na economia e de mais unidade do governo se quiser ultrapassar esse momento.

Janot recebe representação contra Cunha

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Demorou de quarta-feira da semana passada até o último sábado para que vários e importantes juristas escrevessem pedido ao procurador-geral da República, doutor Rodrigo Janot, para que promova medidas judiciais e/ou administrativas cabíveis ao afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Ao longo dos últimos dias, o Blog da Cidadania dedicou-se exclusivamente a colher “assinaturas” virtuais de leitores ao documento reproduzido abaixo. Até o momento em que este post está sendo publicado, quase 1,7 mil cidadãos brasileiros manifestaram intenção de figurarem como signatários.

As tempestades que rondam a América Latina

Por Raúl Zibechi, no site Outras Palavras:

O fim do ciclo progressista implica na dissolução de hegemonias e no início de um período de dominação, de maior repressão aos setores populares organizados. Até agora, temos comentado as causas do fim desse ciclo; agora é preciso começar a compreender as consequências – tremendas, pouco atraentes, demolidoras em muitos casos.

A recente eleição de Mauricio Macri na Argentina é uma guinada à direita que reacende a chama do conflito social. A resposta dos editores do conservador jornal La Nación, na forma de um editorial que defende abertamente o terrorismo de Estado é uma amostra do que está por vir, mas também das resistências que o projeto da direita tradicional terá de enfrentar.

Impunidade alimenta crimes cibernéticos

Por Helder Lima, na Rede Brasil Atual:

“Grava mais vídeos, Emerson. Rio muito quando assisto, finalmente você começou a meter a real de verdade. Grava sobre a Lola e mostra o quanto você tá bem aí nas Filipinas, comendo prostitutas a preço de banana e sendo cobiçada (sic) por várias”, afirma um post colocado na quinta-feira (10) no site anônimo Dogolachan, no endereço dogolachan.org.

A Lola em questão é Dolores Aronovich Aguero, ou Lola Aronovich, professora de Literatura e Língua Inglesa na Universidade Federal do Ceará (UFC), e que há oito anos escreve um dos blogs de maior audiência na rede, o Escreva Lola Escreva, comprometido com o feminismo e causas sociais.

Meta fiscal reabre conflito PT-Levy

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A votação da LDO, marcada para terça-feira próxima na Comissão Mista de Orçamento, e a do Orçamento, prevista para quarta, deve esquentar ainda mais o clima político. Para evitar que o relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR) cumpra a ameaça de cortar R$ 10 bilhões do programa Bolsa-Família para viabilizar o superavit primário de 0,7% do PIB, defendida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o líder do governo na comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), apresentará emenda zerando a meta fiscal.

A vingança contra a mídia independente

Por Darío Pignotti, no site Carta Maior:

Restaurar o latifúndio midiático: essa parece ser uma das prioridades da política de choque que a nova administração conservadora aplicará na Argentina nos próximos 100 dias, junto com outras medidas regressivas em termos políticos, econômicos e judiciários.

Um dos primeiros anúncios do governo, inclusive antes da posse de Mauricio Macri – ocorrida nesta quinta-feira, 10 de dezembro – foi acabar com o programa 678, transmitido pelo canal de televisão estatal TV Pública no horário principal da noite competindo com os principais noticiários privados.

Não foi tragédia em Mariana. Foi crime!

Por Altamiro Borges

No final de novembro, a ombudsman da Folha, Vera Guimarães Martins, escreveu uma dura crítica à cobertura do jornal dos crimes praticados pelas mineradoras em Minas Gerais. Intitulado “Quanto vale a lama de Mariana?”, ela insinuou que o diário da famiglia Frias protegeu os seus milionários anunciantes. “Dos três grandes diários nacionais, a Folha foi o que deu menos espaço ao desastre e o menor destaque na ‘Primeira Página’ – em quatro edições, a capa simplesmente ignorou o assunto, embora a jornada da lama avançasse dia a dia... No primeiro dia, só a Folha deixou de mencionar que a empresa Samarco é controlada pela brasileira Vale e a inglesa BPH Billiton. A omissão mais a cobertura criticada foram o mote para que alguns leitores especulassem se o jornal não estava tentando poupar a Vale, um dos maiores anunciantes do país”.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Luciana Genro desagrada até o PSOL

Por Altamiro Borges

Nesta sexta-feira (11), milhares de gaúchos foram às ruas contra o golpismo. No período da manhã, cerca de 700 lideranças sociais participaram do lançamento da Frente Brasil Popular, no auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura. Na sequência, um ato em frente à estátua do ex-governador Leonel Brizola, ao lado do Palácio Piratini, reuniu dirigentes do PT, PDT, PCdoB, PSOL e Rede e lutadores sociais para fundar o “Movimento pela Legalidade e a Democracia”. Houve ainda a 20ª Marcha dos Sem, movimento já tradicional no Rio Grande do Sul, organizado por entidades sindicais e populares. Foi um dia histórico para os gaúchos, que relembra a heroica resistência ao golpe militar de 1964. Luciana Genro, candidata do PSOL nas eleições do ano passado, esteve presente aos eventos da tarde e discursou contra o impeachment, o ajuste fiscal e pelo “Fora Cunha”.

Bolsa Família na mira dos neoliberais

Por Altamiro Borges

O deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator-geral do Orçamento da União para 2016, confirmou na sexta-feira (11) que manterá em seu parecer final a proposta de corte de R$ 10 bilhões dos recursos que serão destinados ao Bolsa Família no próximo ano. O drástico arrocho, que visa garantir as metas do superávit primário – nome fictício da reserva de caixa para pagar juros aos banqueiros – representa uma redução de 35% nos R$ 28,2 bilhões que já estavam previstos pelo governo. O relatório final, que penaliza milhões de famílias que necessitam do auxílio e beneficia uma minoria de rentistas, será apresentado na próxima terça-feira (15) e deve ser votado pela comissão já no dia seguinte.

Coxinhas votarão na "musa do impeachment"?

Por Altamiro Borges

A coluna de celebridades do site de fofocaS F5, da Folha, informou nesta sexta-feira (11) que Juliana Isen, "conhecida como 'musa do impeachment' após tirar a roupa em uma manifestação na Avenida Paulista, agora quer usar a sua popularidade para conseguir mais que uma capa de revista masculina. A empresária se prepara para lançar a sua candidatura a vereadora de São Paulo em 2016, pelo PHS. Ela ainda não fala sobre os projetos para o futuro mandato, mas cultiva um sonho: ser eleita com mais votos que Tiririca. 'Quero ter mais votos que o Tiririca. Vou ser uma vereadora séria, mas jamais deixarei de ser sexy', foi a declaração de Juliana ao F5'". Oportunista e modesta a moça!

Nem vem, Globo. Cunha é teu filho!

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A Globo publica hoje editorial pedindo a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, e falseando os fatos para tentar se livrar dele sem afetar a marcha do golpe.

Nem vem que não tem!

Quem fez reuniãozinha a porta fechada com Eduardo Cunha pra acertar o golpe não foram os editores do Globo, conforme teve que admitir Merval Pereira após ser desmascarado pelo Cafezinho?

Quem escondeu os mal feitos de Cunha durante a sua campanha para presidência da Câmara? Não foi a Globo?

Como seria o dia seguinte ao golpe?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um filme de alguns anos atrás tem me ocorrido com frequência nestes últimos dias. Na verdade, é o título que me vem à cabeça, e não de forma agradável.

É uma distopia. The Day After. O Dia Seguinte. É o que aconteceria no planeta depois de uma calamidade.

Pergunto para mim mesmo.

Como seria o país no dia seguinte caso o golpe seja bem sucedido e Temer substitua uma Dilma deposta.

O impeachment e a era do 'vale-tudo'

Por Pedro Rafael Vilela, no jornal Brasil de Fato:

O processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) ainda tem um desfecho imprevisível, mas juristas já calculam enormes prejuízos à democracia brasileira em caso de ruptura institucional. No mais recente capítulo dessa batalha, o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu na noite da última terça-feira (8) a instalação da comissão especial formada na Câmara dos Deputados que analisará o processo de afastamento da presidenta. A liminar foi concedida em ação proposta pelo PCdoB.

A operação golpista contra a Nação

Por Sérgio Barroso, no blog de Renato Rabelo:

Em última instância, encontra-se no centro do tabuleiro o projeto de liquidação do Brasil enquanto nação, na atual quadra histórica. É exatamente disto que trata a marcha golpista camuflada na tentativa do impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. Passou-se a exigir-se a derrota de correntes políticas avançadas ou de caráter democrático-popular impulsionadoras da reconstrução desenvolvimentista, soberana e provedora de amplas melhorias sociais às massas populares.

Semiparlamentarismo é o mapa do inferno

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Se a história repete em ciclos, a eventual ascensão de Michel Temer será o desfecho que faltava para a saga da Nova República repetir a da República Velha: a ampliação do quadro de desagregação política, econômica e social, com o Parlamento sem rumo disputando pedaços do orçamento, com a sofreguidão do último baile da República.

Na palestra na inauguração do IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), Michel Temer escancarou a moeda de barganha com o Congresso que, aliás, já tinha sido antecipada por Delfim Netto em entrevista concedida ao Brasilianas – e ainda não levada ao ar. Trata-se de acenar com a divisão do bolo orçamentário com os parlamentares, proposta que, se levada ao pé da letra, liquida com o conceito de nação do país. Assim: se você ficar do meu lado, garanto recursos para as emendas que você apresentar.

O banditismo da 'Folha' contra Lula

Do site Vermelho:

Banditismo. Essa é a palavra que sintetiza a conduta da grande imprensa para criminalizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta quinta-feira (10), o Instituto Lula divulgou nota denunciando que o jornal Folha de S. Paulo, descaradamente, atribui a Lula fala que não existiu em uma entrevista ao jornal espanhol El País.

A marcha da desfaçatez dos golpistas

Por Guilherme Santos Mello, no site Brasil Debate:

Em momentos de profunda crise política, é comum se valer da expressão “marcha da insensatez” para descrever uma sequência de decisões que levam a uma cadeia de eventos nocivos à sociedade. Seria como se o País adentrasse em um estado de histeria coletiva, onde a razão dá lugar à paixão e as decisões são tomadas com o único objetivo de atingir os adversários, não importando os danos colaterais para o conjunto da sociedade.

Neste sentido, diversas guerras e conflitos armados seriam o resultado de “marchas da insensatez”, com momentos como a crise dos mísseis de Cuba podendo ser apontada como o triunfo da política, diplomacia e racionalidade sobre a histeria que se apodera dos líderes políticos.

Destino de Cunha depende de Janot

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Pelos dados disponíveis ao fim de uma semana de tumultos e confrontos acirrados no Conselho de Ética – sete adiamentos, três relatores diferentes, uma ameaça de conflito físico – a maioria dos parlamentares ouvidos pelo 247 em Brasília está convencida de que o país encontra-se diante de um tão fato assombroso que a maioria das pessoas tem dificuldade de admitir o que se passa em função da crueza e horror.

Mesmo liderando com folga a condição de mais incriminado acusado da Lava Jato, em qualquer categoria, o deputado Eduardo Cunha tem grandes chances de livrar-se de um processo na Câmara que poderia levar à perda do mandato, a destituição da presidência da Casa e à prisão por corrupção.