segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Uma cartada a favor dos bancos

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O escândalo internacional do cartel do câmbio ressuscitou uma velha disputa brasileira. Desde julho na mira das autoridades antitruste locais, 15 instituições financeiras contam até aqui com um aliado no governo. Em debates a portas fechadas e com recados públicos sutis, o Banco Central às vezes parece atuar como advogado dos investigados.

Contesta o direito do Conselho Administrativo de Defesa Econômica de investigar a banca e afirma ser “praticamente impossível” manipular o dólar oficial. E tentou arrancar do Palácio do Planalto uma lei capaz de liquidar as apurações em curso no Cade.

Psicólogos ocupam o Ministério da Saúde

Por Monique Oliveira e Mônica Tarantin, na revista Caros Amigos:

Cerca de 100 ativistas da luta antimanicomial vão continuar acampados no Ministério da Saúde nas festas de fim de ano. Usuários, psicólogos e outros profissionais da saúde de vários Estados do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Pará e Minas Gerais) se revezam na ocupação em sala do prédio do ministério. A ocupação, que teve início no dia 15 de dezembro, é um protesto contra a nomeação do psiquiatra Valencius Wurch para a Coordenação Nacional de Saúde Mental.

Cunha e a "barriga" de Lauro Jardim

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O espetáculo deprimente da “barriga” não assumida da coluna de Lauro Jardim sobre a falsa viagem de Eduardo Cunha à Cuba, a bunda “roubada” da irmã da Kim Khardashian e as sandices postadas por Eduardo Cunha no twitter, acusando a Globo de estar a serviço do PT, poderia ter sido evitado com apenas duas palavras: jornalismo e decência.

Decência, para reconhecer que a coluna tinha dado uma informação errada e corrigir o erro sem “malandragens”.

Jornalismo, para deixar de se preocupar com bobagens de uma mocinha mal educada na internet e ir atrás dos negócios da família Cunha, que podem ou não ser corretos.

Papai Noel e os memes anônimos

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

As pessoas desistiram de checar a informação que consomem.

Na verdade, nunca fizeram isso, mas antes a procedência era de veículos, grandes ou pequenos, tradicionais ou alternativos, que davam a cara para bater, garantindo transparência ao informar quem fazia parte de suas equipes e sua visão de mundo. Esses veículos são bons, honestos e ilibados? Afe! Não necessariamente. Mas, ao menos, podem ser questionados judicialmente em caso de propagação de mentiras.

"Cadê o prejuízo?", pergunta Gurgacz

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Elaborado nos últimos dias de 2015, o relatório do Senador Acir Gurgacz (PDT-RO) está destinado a se transformar no primeiro texto base da política brasileira em 2016. Resposta à resolução do Tribunal de Contas da União que propõe a rejeição das contas do governo Dilma em 2014, o documento é uma aula de administração pública, conhecimento jurídico – e respeito pelas regras do Estado Democrático de Direito. Também oferece novidades fulminantes contra a decisão do TCU.

Os médicos veterinários do MST

Por Catiana de Medeiros, no site do MST:


“Juro, no exercício da profissão de Médico Veterinário, doar meus conhecimentos em prol da salvação e o bem-estar da vida animal, respeitando-a tal qual a vida humana e promovendo o convívio leal e fraterno entre o homem e as demais espécies, num gesto sublime de respeito a Deus e a natureza.”

Este foi o juramento feito por 45 trabalhadores rurais Sem Terra durante cerimônia de formatura da 1ª Turma Especial de Medicina Veterinária para assentados da Reforma Agrária, realizada na última sexta-feira (18), em Pelotas, na região Sul do Rio Grande do Sul.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Crianças abandonam a TV. Globo treme!

Por Altamiro Borges

Matéria da jornalista Keila Jimenez, postada neste sábado (26) no site R7, confirma que as aceleradas mudanças tecnológicas em curso no mundo abalam o modelo de negócios das corporações midiáticas – o que não significa que seus donos estejam mais pobres. Até as crianças estão abandonando a tevê. No Brasil, estas mutações atingem em cheio a poderosa TV Globo, que ainda é líder em audiência e fatura bilhões em anúncios publicitários.

Playboy pede desculpa a Chico Buarque

Por Altamiro Borges

Os fascistas mirins que insultaram o cantor e compositor Chico Buarque na saída de um restaurante no Leblon - "seu merda", "PT é bandido" e outras agressões típicas dos midiotas -, estão na defensiva. A provocação só serviu para desmascarar os ricaços que se travestem de vestais da ética para destilar o seu ódio de classe e pregar um golpe no Brasil. Acuados, os playboys agora pedem desculpas - mas não dá para acreditar nesta gente elitista e hipócrita. "Xingar o sr. Chico foi um erro", afirmou o tal do Alvarinho, filho do empresário direitista Alvaro Garnero à repórter Marcela Paes, da Folha.

Aécio Neves: O Pior Brasileiro do Ano

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Não faltaram candidatos fortes, mas é de Aécio, com folga, o título de Pior Brasileiro do Ano.

Aécio só não fez o que deveria fazer: trabalhar no Senado. Fazer jus ao salário e mordomias que os brasileiros lhe pagam.

Ele consumiu seu tempo em conspirações contra a democracia em 2015. Tentou, e continua a tentar, cassar 54 milhões de votos, sob os pretextos mais esdrúxulos, cínicos e desonestos.

Produção legislativa decepciona em 2015

Por Antônio Augusto de Queiroz, na Rede Brasil Atual:

A produção legislativa em 2015, considerando as propostas transformadas em norma jurídica entre 1º de janeiro e 17 de dezembro, foi decepcionante, tanto em quantidade quanto em qualidade. Nesse período foram incorporadas ao ordenamento jurídico brasileiro 125 leis ordinárias, cinco leis complementares e seis emendas à Constituição.

Quanto à origem, das 125 leis ordinárias: a) 71 foram de iniciativa de parlamentares e comissões, sendo 41 da Câmara, 29 do Senado e uma do Congresso, b) 45 do Poder Executivo, sendo 27 oriundas de medidas provisórias, sete projetos de lei do congresso nacional (matéria orçamentária) e 11 de projeto de lei, c) oito do Poder Judiciário, e d) uma do Ministério Público da União.

Argentina: Macri retira Senado TV do ar

Do site Opera Mundi:

O governo recém-eleito da Argentina ordenou neste sábado (26/12) a suspensão imediata das transmissões do canal Senado TV. A medida viola o convênio com o Parlatino (Parlamento Latino-Americano), organização regional de Parlamentos, que possui o canal Parlatino Web TV, cujo servidor se encontra na plataforma do Senado TV, como explicou o ex-presidente do órgão, Carolus Wimmer. De acordo com ele, os 23 países integrantes serão afetados pela medida.

Janaína, impeachment e o leão desdentado

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Janaína Paschoal é uma jovem advogada que se notabilizou ao subscrever, juntamente com o tucano Reale Filho, o pedido de impeachment apresentado pelo ex-petista Helio Bicudo, acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, horas depois de o PT decidir votar contra ele no Conselho de Ética. Com a assinatura, Janaína foi até promovida a jurista. Em entrevista à rádio Jovem Pan ela desfechou ataques ao STF que nenhum jurista ousou fazer, ao comentar a decisão do tribunal sobre o rito do impeachment que desidratou o projeto da oposição.

O Natal nas escolas ocupadas de SP

Do site Vermelho:

Alunos que participam do movimento de ocupação de escolas em São Paulo comemoraram o Natal dentro dos próprios colégios. Na Escola Estadual Alves Cruz, na zona oeste da capital, cerca de 15 pessoas, entre pais e estudantes, fizeram uma ceia durante a noite de 24 de dezembro. Na Escola Estadual Fernão Dias Paes, na mesma região, os alunos fizeram um churrasco na tarde de hoje. Na Manuel Ciridião Buarque, também na zona oeste, teve "pizzada" neste dia 25.

O recado dos EUA e Europa a seus capachos

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Para os energúmenos que dizem que nos EUA o Estado não interfere na economia, uma notícia: só na semana passada foi aprovado pelo Congresso, em Washington, o fim da proibição da exportação de petróleo norte-americano, que perdurou por longos 40 anos.

Por lá, existe uma lei de conteúdo local, o Buy American Act – que, como ocorre no caso da Petrobras, aqui seria tachada de “comunista” e “atrasada” pelos entreguistas – que, desde 1933, exige que o governo dê preferência à compra de produtos norte-americanos, e que foi complementada por outra, com o mesmo nome e objetivo, em 1983.

sábado, 26 de dezembro de 2015

#ForaCunha: ‘Veja’ e ‘Época’ discordam!

Por Altamiro Borges

A famiglia Civita, responsável pela ‘Veja’, parece que ainda nutre esperanças de que o correntista suíço Eduardo Cunha será o grande líder do golpe contra Dilma. Tanto que a revista do esgoto evita cutucá-lo. Na semana passada, o presidente da Câmara Federal – o segundo na linha sucessória no Brasil – recebeu a visita em sua mansão em Brasília de agentes da Polícia Federal; o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou o pedido do seu afastamento do cargo; e o Supremo Tribunal Federal rejeitou a sua manobra na montagem da tal comissão especial do impeachment. Três bordoadas dignas de manchete! A ‘Veja’, porém, preferiu tratar em sua capa da estreia do filme Star Wars, “O futuro da saga”. A ridícula edição foi motivo de piadas nas redes sociais.

Justiça bloqueia bens da Vale. Finalmente!

Por Altamiro Borges

Na semana passada, finalmente a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens das empresas Vale e da anglo-australiana BHP Billiton, donas da Samarco, a responsável pelo rompimento das barragens no Complexo de Germano, em Mariana, no início de novembro. A mídia privada, que garfa milhões em publicidade das corporações criminosas, quase não deu destaque à inédita decisão da Justiça. Ela foi assinada pelo juiz Marcelo Aguiar Machado, da 12ª Vara Federal em Minas Gerais, atendendo às ações impetradas pela União e pelos governos mineiro e capixaba. Ela determina que a Samarco faça um depósito judicial de R$ 2 bilhões para execução do plano de recuperação dos danos ambientais e sociais em um prazo de 30 dias.

Quem paga o pato são os trabalhadores

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O discurso do liberalismo radical exorciza toda e qualquer menção à presença do Estado na economia, nas relações sociais e mesmo no entorno da individualidade. Ao promover a confusão deliberada entre as liberdades do indivíduo e a liberdade de atuação para as forças de oferta e demanda no mercado, tudo fica turvo e abrem-se espaço para as raivas se manifestarem de maneira descontrolada.

A restauração conservadora na Argentina

Por Emir Sader, no jornal Brasil de Fato:

Há um certo tempo que se anunciam os perigos das restaurações conservadoras nos países latino-americanos que avançaram na superação do neoliberalismo. É o que a Argentina começa a protagonizar e o que a direita venezuelana ameaça instalar no país.

Bastaram poucos dias para que o blá-blá-blá de Mauricio Macri na campanha presidencial se transformasse em medidas duras e estilo autoritário, confirmando que se faz campanha para ganhar e se governa de outra maneira. O principal pacote do seu governo vem da sua equipe econômica, duramente neoliberal. Se outras medidas foram postergadas por seu governo, Macri terminou imediatamente com o controle do câmbio, deixando que o dólar flutuasse livremente.

O Natal colonizado dos brasileiros

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Parece incrível, mas a única coisa que tem de legitimamente brasileira no Natal é a farofa. As outras “tradições” natalinas foram todas importadas e reforçadas pelo comércio para ganhar dinheiro. Como seria um Natal brasileiro de verdade, se não fôssemos tão colonizados?

1. Papai Noel poderia até ser branquelo, afinal vivemos num país multirracial, mas nunca usaria roupas tão quentes em pleno verão! Só aceito Papai Noel se for de regatinha e bermuda. E o mais patético é que o coitado, além de vestido dos pés à cabeça, ainda entra pelas casas por uma… chaminé! No Brasil! Hahahaha. Pobres criancinhas, é um insulto à inteligência delas acreditar nisso.

Eleições nos EUA: sempre pode piorar

Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:

O discurso de ódio da direita é patente desde a eleição de Barack Obama. Pode-se dizer, mesmo assim, que a pré-campanha republicana surpreende por uma exasperação capaz de passar o próprio Tea Party para trás. O discurso racista e nativista, cuja função inicial foi reforçar a tese do “Estado mínimo” ao acusar negros e imigrantes de explorar a classe média branca por meio da ação estatal, tornou-se um fim em si mesmo.