Do site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:
sexta-feira, 25 de março de 2016
Manifesto dos jornalistas pela democracia
Agressão a Dom Odilo é um alerta
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Por mais que o caso tenha sido minimizado e abafado, a agressão de uma fanática a D. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, por uma transtornada mental, é gravíssimo.
Os presentes ao ato asseguram, registra o Nassif, que a moça gritava que o arcebispo e a CNBB não iriam servir, com a Igreja, aos “comunistas”.
Direita nativa ocupa a Avenida Paulista
Foto: Mariana Estarque / DW |
Eles não estão em Wall Street, mas em um dos principais centros financeiros de São Paulo. Não lutam contra as desigualdades sociais e econômicas – aqui o que vale é a meritocracia. Protestam, sim, contra o governo. Ao contrário dos movimentos Occupy de esquerda, os manifestantes acampados na Paulista são de direita e, segundo organizadores, não vão arredar pé da avenida até que a presidente faça o mesmo do Planalto.
O modelo de golpe é o paraguaio
Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:
A discussão se há ou não um golpe em curso no Brasil deixou de ser uma controvérsia acadêmica. Invadiu ruas e praças. Está nas mesas de botequim.
Muitos fazem analogia com 1964, quando os militares derrubaram o presidente João Goulart e estabeleceram uma ditadura que durou 20 anos. Há paralelos, é verdade: o engajamento de entidades empresariais, a atuação partidária da maioria da imprensa e o uso abusivo do mote da corrupção – empunhado inclusive por corruptos notórios– para insuflar manifestações de rua.
A discussão se há ou não um golpe em curso no Brasil deixou de ser uma controvérsia acadêmica. Invadiu ruas e praças. Está nas mesas de botequim.
Muitos fazem analogia com 1964, quando os militares derrubaram o presidente João Goulart e estabeleceram uma ditadura que durou 20 anos. Há paralelos, é verdade: o engajamento de entidades empresariais, a atuação partidária da maioria da imprensa e o uso abusivo do mote da corrupção – empunhado inclusive por corruptos notórios– para insuflar manifestações de rua.
A verdade sobre o patrimônio de Lula
Do site do Instituto Lula:
Resposta às acusações sem fundamento contra o ex-presidente Lula .
A verdade:
Lula entrou e saiu do governo com o mesmo patrimônio imobiliário que tinha antes de ser presidente da República:
- O apartamento onde ele mora em São Bernardo, na avenida Prestes Maia, o mesmo que ele morava antes de ser presidente, e conhecido por toda a imprensa
Resposta às acusações sem fundamento contra o ex-presidente Lula .
A verdade:
Lula entrou e saiu do governo com o mesmo patrimônio imobiliário que tinha antes de ser presidente da República:
- O apartamento onde ele mora em São Bernardo, na avenida Prestes Maia, o mesmo que ele morava antes de ser presidente, e conhecido por toda a imprensa
Contra o golpe, em defesa da Constituição
O juiz ou procurador da República que quiser fazer passeata deve antes pedir demissão; a toga não pode ser usada para fazer política – palavras como estas foram ditas pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), durante o Encontro com Juristas pela Legalidade e em Defesa da Democracia, que aconteceu nesta terça-feira (22) no Palácio do Planalto.
Apesar de relativamente jovem (ele completa 48 anos em abril), Flávio Dino acumulou experiência e autoridade para falar nesse tom. Tem um currículo respeitável. Foi juiz federal entre 1994 (aprovado, em primeiro lugar, no mesmo concurso em que Sérgio Moro concorreu) e 2006, quando se afastou para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, pelo PCdoB.
"A democracia é uma fina camada de gelo"
Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:
A recente agressão ao estudante indígena na frente da Casa de Estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o ataque a clientes e funcionários do bar Odeon por, supostamente, ser um “bar de petistas” e pessoas sendo hostilizadas nas ruas em função da cor da roupa que estão vestindo devem acender o sinal vermelho de alerta para todo o país para o clima de ódio que está ganhando espaço na sociedade brasileira. A advertência foi feita pelo professor Marcelo Kunrath, do Departamento de Sociologia da UFRGS, durante a aula pública realizada na tarde desta quarta-feira, em frente ao prédio da Faculdade de Educação (Faced). Iniciativa de um grupo de professores do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UFRGS, o encontro reuniu centenas de estudantes, professores e funcionários da universidade que debateram o atual momento político vivido no país e as ameaças que pairam sobre a democracia brasileira.
A recente agressão ao estudante indígena na frente da Casa de Estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o ataque a clientes e funcionários do bar Odeon por, supostamente, ser um “bar de petistas” e pessoas sendo hostilizadas nas ruas em função da cor da roupa que estão vestindo devem acender o sinal vermelho de alerta para todo o país para o clima de ódio que está ganhando espaço na sociedade brasileira. A advertência foi feita pelo professor Marcelo Kunrath, do Departamento de Sociologia da UFRGS, durante a aula pública realizada na tarde desta quarta-feira, em frente ao prédio da Faculdade de Educação (Faced). Iniciativa de um grupo de professores do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UFRGS, o encontro reuniu centenas de estudantes, professores e funcionários da universidade que debateram o atual momento político vivido no país e as ameaças que pairam sobre a democracia brasileira.
Milhares protestam na sede da Globo
Marcha organizada pela Frente Povo sem Medo seguiu por ruas de bairros nobres de SP Foto: José Eduardo Bernardes |
Mais de 30 mil pessoas saíram do Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, em direção à sede da Rede Globo, no bairro do Brooklin, na noite desta quinta-feira (24), em uma marcha para defender a democracia e denunciar o apoio midiático da emissora à desestabilização política do país.
Participaram do ato movimentos sociais, políticos do PT, PSOL, PCdoB, além de artistas e cineastas, que leram um manifesto contrário ao pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A estimativa de público é da organização da atividade.
"A grande imprensa foi para o lixo"
Por Ivan Longo, na revista Fórum:
Rafael Marquese, historiador da Universidade de São Paulo (USP), não dá mais entrevistas para a mídia tradicional, mas falou com a Fórum. Depois ganhar fama nas redes sociais porse recusar falar com a Folha de S. Paulo para uma matéria da editoria de turismo, Marquese contou os motivos que o levaram a tomar a decisão.
As engrenagens do telejornalismo da Globo
Por Marco Aurélio Mello, no blog Viomundo:
Muita gente tem a sensação de que, sim, a Globo mostra tudo, doa a quem doer. Mas, na prática, não é bem assim. A engenharia de produção de noticiário da emissora permite um controle quase que absoluto do conteúdo jornalístico.
Com base na minha experiência de mais de uma década, tendo passado por todos seus telejornais e conhecendo cada etapa do processo, quero dar aqui uma contribuição, principalmente para os jovens que se veem perdidos, sem saber mais onde encontrar notícias confiáveis e muito interessados em entender como se dão a omissão, a distorção e a manipulação.
Muita gente tem a sensação de que, sim, a Globo mostra tudo, doa a quem doer. Mas, na prática, não é bem assim. A engenharia de produção de noticiário da emissora permite um controle quase que absoluto do conteúdo jornalístico.
Com base na minha experiência de mais de uma década, tendo passado por todos seus telejornais e conhecendo cada etapa do processo, quero dar aqui uma contribuição, principalmente para os jovens que se veem perdidos, sem saber mais onde encontrar notícias confiáveis e muito interessados em entender como se dão a omissão, a distorção e a manipulação.
O fascismo vencerá no Brasil?
Por Lauro Mattei, no site Brasil Debate:
O clima político conturbado vivido pelo país nos últimos meses, particularmente no mês de março de 2016, fez com que na sexta-feira, 18 de março, centenas de milhares de pessoas fossem às ruas se manifestar em defesa de um governo legítimo – porque eleito democraticamente – e em defesa do regime democrático, que na atual conjuntura política se encontra seriamente ameaçado.
Neste cenário, talvez não se tenha dado maior atenção a um chamamento das “células eletrônicas golpistas” (1) que será analisado neste documento, dado a sua gravidade para a convivência pacífica em um regime democrático. O teor do referido documento será transcrito ao final deste artigo.
Neste cenário, talvez não se tenha dado maior atenção a um chamamento das “células eletrônicas golpistas” (1) que será analisado neste documento, dado a sua gravidade para a convivência pacífica em um regime democrático. O teor do referido documento será transcrito ao final deste artigo.
O que apavora os jornalistas da Globo?
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
O que leva jornalistas graduados da Globo a se engajarem tão ferozmente na tentativa de golpe comandada por sua empresa?
É uma pergunta fascinante, e de resposta complexa.
Existem as razões miseráveis de sempre, mas há mais que isso. Bajulação, vassalagem e coisas do gênero contam apenas parte da história.
Há um fator provavelmente mais importante que tudo isso: medo. Pavor.
O que leva jornalistas graduados da Globo a se engajarem tão ferozmente na tentativa de golpe comandada por sua empresa?
É uma pergunta fascinante, e de resposta complexa.
Existem as razões miseráveis de sempre, mas há mais que isso. Bajulação, vassalagem e coisas do gênero contam apenas parte da história.
Há um fator provavelmente mais importante que tudo isso: medo. Pavor.
quinta-feira, 24 de março de 2016
O risco de uma justiça messiânica
Por Celso Vicenzi, em seu blog:
O juiz Sergio Moro ameaça o respeito que a opinião pública sempre devotou ao Judiciário e às garantias constitucionais que dão suporte à democracia. A forma partidarizada e seletiva com que tem conduzido as investigações da Lava-Jato, já romperam até mesmo as barreiras da legalidade institucional, como se viu no episódio do grampo da presidenta da República. Há um enorme risco quando um juiz é dominado pelo pensamento messiânico de querer “limpar a corrupção”, como já revelou em entrevistas.
O juiz Sergio Moro ameaça o respeito que a opinião pública sempre devotou ao Judiciário e às garantias constitucionais que dão suporte à democracia. A forma partidarizada e seletiva com que tem conduzido as investigações da Lava-Jato, já romperam até mesmo as barreiras da legalidade institucional, como se viu no episódio do grampo da presidenta da República. Há um enorme risco quando um juiz é dominado pelo pensamento messiânico de querer “limpar a corrupção”, como já revelou em entrevistas.
O fim do glamour do "Fora Dilma"
Por Renato Rovai, em seu blog:
O tempo, senhor da razão, cuidou de ir mostrando cada vez com mais nitidez quais as reais intenções daqueles que lideram a campanha pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff. E quanto mais eles foram revelando os dentes caninos, mais gente foi se posicionando do outro lado.
A resistência a favor da democracia e contra o golpe hoje já permite dizer que é possível virar o jogo e impedir que o Brasil volte a se tornar uma republiqueta de bananas.
O tempo, senhor da razão, cuidou de ir mostrando cada vez com mais nitidez quais as reais intenções daqueles que lideram a campanha pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff. E quanto mais eles foram revelando os dentes caninos, mais gente foi se posicionando do outro lado.
A resistência a favor da democracia e contra o golpe hoje já permite dizer que é possível virar o jogo e impedir que o Brasil volte a se tornar uma republiqueta de bananas.
O golpe é contra os trabalhadores
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
Não foi um ato de centrais, mas de sindicatos e sindicalistas, como enfatizou o presidente da CUT, Vagner Freitas, sobre o evento de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o impeachment de Dilma Rousseff, na tarde de hoje (23), em São Paulo. Estavam lá representantes de sete centrais, com o diagnóstico comum de que o movimento para derrubar o governo embute a intenção de acabar ou "flexibilizar" direitos sociais e trabalhistas. "O golpe é contra os trabalhadores", afirmou Freitas, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Não foi um ato de centrais, mas de sindicatos e sindicalistas, como enfatizou o presidente da CUT, Vagner Freitas, sobre o evento de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o impeachment de Dilma Rousseff, na tarde de hoje (23), em São Paulo. Estavam lá representantes de sete centrais, com o diagnóstico comum de que o movimento para derrubar o governo embute a intenção de acabar ou "flexibilizar" direitos sociais e trabalhistas. "O golpe é contra os trabalhadores", afirmou Freitas, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O golpismo além-mar do Gilmar
Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:
Gilmar Mendes é um personagem com impressionante poder de ubiqüidade.
Além de Juiz do STF, onde atua como líder do PSDB e seus satélites, ele é sócio-fundador do Instituto de Direito Público [IDP]. E é provável que seja ainda mais versátil: segundo seu ex-colega Joaquim Barbosa, Gilmar tem “capangas no Mato Grosso”, com o que se pode deduzir que ele também se dedica a outras atividades ou negócios naquele estado do faroeste [quer dizer, do centro-oeste] do País.
Gilmar Mendes é um personagem com impressionante poder de ubiqüidade.
Além de Juiz do STF, onde atua como líder do PSDB e seus satélites, ele é sócio-fundador do Instituto de Direito Público [IDP]. E é provável que seja ainda mais versátil: segundo seu ex-colega Joaquim Barbosa, Gilmar tem “capangas no Mato Grosso”, com o que se pode deduzir que ele também se dedica a outras atividades ou negócios naquele estado do faroeste [quer dizer, do centro-oeste] do País.
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