segunda-feira, 23 de maio de 2016

Supremo levou uma bofetada de Jucá

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O que há de diferente nas gravações comprometedoras de Romero Jucá e Delcídio do Amaral?

A de Jucá é incomparavelmente mais grave e comprometedora.

Delcídio queria obter uma liberdade condicional para Nestor Cerveró, a fim de que ele não fizesse ou fosse econômico numa delação premiada para, depois, ajuda-lo a fugir.

Por maior que fosse o crime, ele se circunscreve em “cantar” ministros do Supremo para libertarem um homem e, assim, evitar as acusações que ele pudesse fazer a alguns, em especial ao próprio Delcídio.

Dilma diz que vai recuperar seu mandato

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na noite da última sexta-feira, o número 1050 da avenida Afonso Pena, região central de Belo Horizonte, atraiu uma quantidade incomum de gente (para uma cidade de 2,5 milhões de habitantes). As estimativas dos organizadores de comparecimento citam 40 mil pessoas. O que se pode dizer é que o ato público parou o centro da capital mineira.

Manifestação da Frente Brasil Popular contra o “governo” Michel Temer e a favor da volta de Dilma Rousseff ao cargo marchou rumo ao hotel Othon Palace, onde ocorre, até domingo (22/05/2016), o 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais de esquerda.

Jucá e o pacto para barrar a Lava-Jato

Do site Vermelho:

O jornal Folha de São Paulo publica nesta segunda-feira (23) trechos de uma conversa telefônica entre Romero Jucá, ocupante do Ministério do Planejamento, e Sérgio Machado, ex-presidente da Petrobras, em que os dois, citados na operação Lava Jato, discutem sobre a necessidade de afastar a presidenta Dilma para por fim as investigações. Jucá chega a afirmar: “Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria”.

A capacitação da rua para virar o jogo

Foto: Sato do Brasil/Jornalistas Livres
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Uma das tarefas cruciais da política - sua própria razão de ser - é captar a totalidade de um momento histórico para daí tirar as consequências teóricas, programáticas e organizativas.

Sem isso a coisa não vai, desanda do entusiasmo à prostração, da mobilização ao cansaço e daí à dispersão.

O golpe de 12 de maio encerra todas as contradições de um ajuntamento no qual a cota de vigarice e corrupção está precificada na elevada resiliência de Eduardo Cunha no ministério interventor.

O golpe de Estado de 2016 no Brasil

Por Michael Löwy, no Blog da Boitempo

Vamos dar nome aos bois. O que aconteceu no Brasil, com a destituição da presidente eleita Dilma Rousseff, foi um golpe de Estado. Golpe de Estado pseudolegal, “constitucional”, “institucional”, parlamentar ou o que se preferir. Mas golpe de Estado. Parlamentares – deputados e senadores – profundamente envolvidos em casos de corrupção (fala-se em 60%) instituíram um processo de destituição contra a presidente pretextando irregularidades contábeis, “pedaladas fiscais”, para cobrir déficits nas contas públicas – uma prática corriqueira em todos os governos anteriores! Não há dúvida de que vários quadros do PT estão envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras, mas Dilma não… Na verdade, os deputados de direita que conduziram a campanha contra a presidente são uns dos mais comprometidos nesse caso, começando pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (recentemente suspenso), acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fiscal etc.

Pobre paga conta de rico

Por Frei Betto, no site da Adital:

Um dos equívocos dos governos do PT foi implementar uma política neodesenvolvimentista que nem sequer pode ser qualificada de pós-neoliberal. Enquanto o orçamento do Bolsa Família para este ano é de R$ 28 bilhões, e o déficit primário do governo chega a R$ 120 bilhões, o "bolsa empresário” é de R$ 270 bilhões – quase dez vezes superior. Pai severo com os pobres, o governo atuou como mãe supergenerosa com os ricos. Nem assim o PT logrou aplacar o ódio de classe contra o partido.

A fortuna do "bolsa empresário” é o resultado da soma de subsídios, desonerações e regimes tributários diferenciados para portos, indústrias químicas, agronegócio, empresas de petróleo e fabricantes de equipamentos de energia eólica.

Dilma na coletiva com blogueiros em BH

Blogueiros em BH: "Fora Temer"

Jucá escancara as razões do golpe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A política é feita em cima de discursos públicos mas é decidida nas falas privadas.

O que aparece na transcrição da conversa gravada entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, são as verdadeiras motivações para o processo de impeachment, nas confissões de um de seus mais importantes articuladores: Dilma tinha que ser afastada para possibilitar um acordão que interrompesse a marcha da Lava Jato sobre a podre elite política do país. Se Dilma foi afastada com este objetivo, e não porque cometeu pedaladas fiscais, foi golpe. Jucá, mais que nenhum ator da trama até agora, legitimou a interpretação do golpe.

domingo, 22 de maio de 2016

Belo Horizonte ovacionou Dilma

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                    
Uma multidão ovacionou a presidenta Dilma em frente ao hotel no qual ela participou da abertura do Encontro Nacional dos Blogueiros e Ativistas Digitais, em Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira.

Assim como ocorrera nas manifestações contra o golpe das quais participei, no Rio e em Brasília, aqui, na capital dos mineiros, pude testemunhar como a causa democrática agrega um mosaico extremamente representativo da sociedade brasileira, reunindo jovens, coroas, mulheres, negros, LGBTs, trabalhadores, estudantes, intelectuais e artistas.

Dilma e a história no último grau

Renato Rovai, em seu blog:

A presidenta Dilma Rousseff esteve ontem em Belo Horizonte para participar do V Encontro dos Blogueiros. Foi a primeira vez que ela veio ao evento. Ao mesmo tempo acontecia na cidade um protesto contra o governo interino e ilegítimo de Michel Temer. A manifestação terminou na frente do hotel onde acontece o encontro.

Aproximadamente 20 mil pessoas esperaram Dilma chegar durante uma hora. Um ato organizado sem grandes pretensões e que acabou se tornando um dos maiores da cidade desde a eleição de 2014.

#5BlogProg - domingo

#5BlogProg - sábado - parte 2

Dilma aos blogueiros: obrigação é resistir


Por Rodrigo Vianna, em seu blog


“Eles montaram um ministério de velhos, ricos e brancos.
Sem negros, e sem mulheres. Quem dá as cartas é o Cunha”.


Passava das cinco da tarde, e este blogueiro que acabara de se instalar no hotel, no centro de Belo Horizonte, ouve ao longe a voz que berra no megafone: “tchau, querida”, “fora, petralhas”. O tom é de cafajestice e deboche.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

#5BlogProg - sexta-feira

O jogo não está perdido para Dilma

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O processo de impeachment e a derrubada da presidenta Dilma Rousseff não são fato consumado, apesar de ser essa a ideia disseminada diretamente ou nas entrelinhas dos discursos midiáticos. “É possível reverter e é possível resistir ao golpe. A imprensa ocultou, mas a votação que eles tiveram no Senado só foi de dois votos acima do que eles precisam na decisão final do julgamento. Se eles perderem apenas dois votos, o impeachment é derrotado”, lembra o professor de Ciência Política da Universidade de Campinas (Unicamp) Armando Boito.

Ato em defesa da comunicação pública

Do site do FNDC:

Organizações da sociedade civil (entre as quais o FNDC), trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e ativistas promovem ato cultural em defesa da empresa, da cultura e da comunicação pública. A atividade será realizada nesta sexta-feira (20/5) é uma reação à extinção do Ministério da Cultura e ao ataque à EBC patrocinados pelo governo interino de Michel Temer.

A ofensiva contra a mídia pública

Foto: Mídia Ninja
Por Mario Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Colunistas de sempre destilam diariamente ódio contra a mídia pública. Estão dando o recado do conservadorismo, que não se conforma com o fato de existir um espaço eletrônico recente que dá vez e voz a setores que são silenciados e até discriminados pela mídia comercial conservadora. Esse setor esquece que a falta de um contraponto no espectro midiático e a não existência de uma mídia pública de defesa da cidadania, como querem os golpistas que ocupam o governo brasileiro, deixam a democracia fragilizada.

O maior pecado da EBC

Foto: Jornalistas Livres
Por Renata Mielli, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O monopólio midiático do país nunca engoliu a criação da Empresa Brasil de Comunicação, que aconteceu só na metade do segundo mandato do governo Lula. O ex-presidente criou a EBC pressionado pela ação do movimento social brasileiro, particularmente das entidades ligadas à luta pela democratização da comunicação e do setor cultural, que exigiam mais diversidade e pluralidade nos meios de comunicação.

Com a criação da EBC o país começou, de forma muito tardia, a cumprir o previsto no artigo 223 da Constituição Federal, que determina que as concessões de radiodifusão observem a complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal. O Brasil não têm histórico de comunicação pública, e desta ausência se ressente a nossa democracia até hoje. Hoje ainda mais.