sexta-feira, 3 de junho de 2016

Dilma vai à Justiça contra Merval Pereira

Da revista Fórum:

Em nota publicada no Facebook, nesta sexta-feira (3), a assessoria de Dilma Rousseff anunciou que a presidenta irá à Justiça contra as acusações de Merval Pereira, do jornal O Globo.

Ele afirmou que despesas pessoais de Dilma foram pagas por esquemas provenientes de corrupção e chegou a dizer que desvios na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, teriam servido para custear os serviços do cabeleireiro da presidenta, Celso Kamura.

Um país governado pelos editoriais da Globo?

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

Chamam muita atenção dois recentes editoriais do jornal “O Globo” (sim, aquele jornal que apoiou a ditadura) em que parecem ditar os rumos do governo ilegítimo de Temer.

No dia 23 de maio, o jornal carioca encerra assim seu editorial: “Até para não dar razão aos lulopetistas que denunciam uma trama contra a Lava-Jato por trás do impeachment de Dilma, o presidente não pode demorar para afastar o auxiliar”. O auxiliar no caso seria Romero Jucá (PMDB-RR), ministro do Planejamento, que teve suas conversas com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, gravadas e divulgadas por outro grupo historicamente apoiador de golpes, a Folha de S.P..

Maior captador da Rouanet é amigo de Aécio

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando Michel Temer matou o MinC para ressuscitá-lo dias mais tarde, os artistas se mobilizaram e causaram barulho suficiente para o interino, como de costume, voltar atrás.

Na campanha de difamação da classe, coxinhas tiraram do bolso uma velha arma para xingar cantores, atores e quejandos de vagabundos: a Lei Rouanet.

Segundo o raciocínio primário da turma, todos eles, sem exceção, eram sustentados pelo estado. Todos petralhas comunistas marxistas vendidos.

Merval faz o “trabalho sujo” de O Globo


Por Mario Marona, no blog Viomundo:

O Globo precisava de alguém que se dispusesse a escrever a notícia que sustentaria a manchete de hoje, segundo a qual o “esquema da Petrobras pagou despesas pessoais de Dilma”, mas como não tinha esta informação para publicar em seu noticiário factual, teve de fazer uso de Merval Pereira.

Ele publica, então, em nove linhas, de um único parágrafo, no meio da coluna, que haveria “indicações” de que “trocas de e-mails não rastreáveis” entre envolvidos na compra da refinaria de Pasadena revelariam que o Conselho de administração da Petrobras, que era presidido por Dilma Rousseff na época, teria arcado com algumas despesas pessoais dela [PS do Viomundo: acréscimo do trecho da coluna de Merval feito por nós].

Projeto Temer vai acabar com o SUS

Por Isaías Dalle, no site da CUT:

O Sistema Único de Saúde vai acabar “de imediato” caso o conjunto de medidas de Temer for adiante. A análise é de Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde do governo Lula e atual secretário municipal da pasta na cidade de São Paulo.

O governo Temer – que Padilha chama de “golpista” – aprovou o aumento da Desvinculações das Receitas da União (DRU) de 20% para 30%. E estendeu a medida até 2023. A PEC aprovada também permite, pela primeira vez, que estados e municípios também adotem a DRU.

Russomanno, o vigarista, será impugnado?

Por Altamiro Borges

A disputa pela prefeitura da capital paulista está ficando cada vez mais imprevisível. No mês passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, voltou a se manifestar pela condenação por peculato (desvio de dinheiro público) do deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP), que também apresenta um programa de “defesa do consumidor” na Record. O pedido se deu com base nos autos do processo contra o parlamentar que já tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). “Se a Corte acatar as considerações do procurador-geral até agosto, prazo para o registro das candidaturas, Russomanno não poderá disputar a prefeitura nas eleições de 2016”, registra a jornalista Julia Duailibi, na Revista Piauí.

O colapso de credibilidade de Michel Temer

Por Glenn Greenwald, no site The Intercept:

Desde o começo, ficou evidente que o processo de impeachment da presidente eleita, Dilma Rousseff, tinha como objetivo principal o fortalecimento dos verdadeiros ladrões de Brasília, permitindo assim que impeçam, obstruam e ponham fim às investigações da Operação Lava Jato (além de imporem uma agenda neoliberal de privatizações e austeridade extrema). Apenas 20 dias após assumir o poder, provas irrefutáveis do envolvimento do Presidente interino Michel Temer em escândalos de corrupção vieram à tona. Dois ministros interinos de seu gabinete composto apenas de homens brancos, incluindo o Ministro da Transparência, foram forçados a abandonar seus cargos depois do aparecimento de gravações secretas em que conspiram visando obstruir as investigações nas quais se encontram envolvidos, assim como 1/3 dos ministros do gabinete interino.

A volta de Ricardo Melo para a EBC

Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:

A recondução do jornalista Ricardo Melo à presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) derrubou mais uma indicação do presidente provisório Michel Temer em áreas chaves do governo golpista. O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu nesta quinta-feira (2), liminar a Melo, ilegalmente exonerado por Temer. A liminar junta Laerte Rimoli, que assumiu em lugar de Melo, aos ex-ministros Romero Jucá e Fabiano Silveira, afastados em menos de um mês do governo interino.

“É a primeira derrota jurídica do governo golpista provisório, que vem sofrendo derrotas políticas porque está tentando impor ao país uma agenda que não foi vencedora nas urnas. As medidas de Temer não tem eco na sociedade”, avaliou a jornalista Renata Mielli, coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Lava-Jato, a mídia e o futuro do golpe

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Maurício Grabois:

Não há dúvida de que o único objetivo da “Operação Lava Jato” é inviabilizar a continuidade do ciclo progressista iniciado com a eleição de Luis Inácio Lula da Silva para a Presidência da República em 2002. O diz-que-diz que se estabeleceu sobre o futuro das operações do grupo pilotado por Sérgio Moro após a aceitação do impeachment fraudulento no Senado Federal contra a presidenta Dilma Rousseff é apenas mais um capítulo dessa novela - gravações de peemedebistas com tramoias para impor limites às investigações mostram bem a sua essência. A mídia, na sua missão de baluarte do golpismo, ao mesmo tempo em que pressiona por uma limpa no governo interino, trata com dedos figurões que podem ser esteios do pós-impeachment, caso ele se consume. É o rito da “Lava Jato”.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Não dá para confiar no Senado. Só nas ruas!

Por Altamiro Borges

Parece que bateu o desespero nos golpistas, o que só confirma o novo apelido de presidente interino: “Michel Treme”. Nesta quinta-feira (2), a tal “comissão especial do impeachment” do Senado decidiu reduzir em 20 dias o prazo para a tramitação do processo contra Dilma Rousseff. Com esta manobra, a votação final do estupro à democracia poderá ocorrer em meados de julho. A defesa da presidenta democraticamente eleita pelos brasileiros já anunciou que recorrerá da decisão, ilegal e arbitrária, no Supremo Tribunal Federal. Este golpe dentro do golpe revela que Michel Treme se borra de medo da onda crescente de protestos na sociedade e da possibilidade de vários senadores alterarem seu voto na discussão do mérito, afastando o golpista e garantindo o retorno de Dilma Rousseff.

Propina na reeleição de FHC não dá manchete

Por Altamiro Borges

Qualquer denúncia vazia, sem qualquer prova, contra o ex-presidente Lula logo vira manchete dos jornalões, capa das revistonas e motivo de ácidos comentários na rádio e tevê. Já a reafirmação, pela “enésima vez”, de que o ex-presidente FHC comprou a sua reeleição, em 1997, não causa maiores escândalos na imprensa tucana. Nesta semana, o ex-deputado federal Pedro Corrêa confirmou em sua “delação premiada” que o grão-tucano “comprou mais de cinquenta parlamentares” para garantir a aprovação da emenda que rasgou a Constituição Federal e lhe permitiu mais quatro anos de mandato. A denúncia, que já fora fartamente comprovada no indispensável livro “O príncipe da privataria”, do jornalista Palmério Dória, apareceu em tímidas reportagens e logo sumiu do noticiário.

Dilma passa de impopular à líder de massas

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Nos dez últimos dias, tive duas oportunidades de estar frente a frente com a presidenta afastada, Dilma Rousseff. Duas oportunidades históricas de ver como ela é recebida nas ruas, de saber o que tem a dizer após o afastamento forçado e, em um dos casos, até de lhe fazer uma pergunta meio ácida, olhos nos olhos. A primeira foi no último dia 20, em Belo Horizonte (MG), durante o V Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, quando ela fez sua primeira aparição pública após o afastamento da presidência. A última ocorreu nesta segunda (30), na Universidade de Brasília (UnB), onde ela participou do lançamento do livro “A resistência ao golpe de 2016”.

Lula, a Justiça e o justiciamento…

Por Renato Rovai, em seu blog:

Faz quase 1 ano que advogados de empreiteiros falam em off pra quem quiser ouvir que muitos dos seus clientes vinham sendo pressionados a envolver Lula em delações premiadas.

No início, a pressão era mais discreta. Perguntava-se se o ex-presidente havia participado de negociações, se em algum momento teria realizado algum telefonema, se insinuara que sabia do caso ou alguma coisa assim mais indireta.

França: a luta social pega fogo

Foto: L´Humanité
Por Pepe Escobar, no site Outras Palavras:

Paris está em chamas, enquanto o presidente François Hollande trapaceia. Esta é síntese dos protestos por toda a França contra a proposta da “reforma” trabalhista, enquanto o presidente posa no G-7, no Japão, como se fosse um dos Senhores do Universo.

A França está semiparalisada – dos trabalhadores nas docas do porto Le Havre (um hub-chave de comércio) a operários das refinarias, depósitos de petróleo, estações de energia nuclear (que respondem por 75% do fornecimento nacional de energia), aeroportos, e o sistema de transportes sobre trilhos metropolitano de Paris. Isso converteu-se em pânico numa miríade de postos de gasolina – com a paralisação de grande parte do sistema de transportes francês.

Complô contra Dilma envolveu políticos e STF

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Romero Jucá e Sérgio Machado são velhos amigos. Senadores pelo PSDB no governo Fernando Henrique, aderiram via PMDB à gestão Lula e hoje estão enrolados na Operação Lava Jato. Foi em nome dos bons tempos que Jucá abriu a porta de casa quando Machado chegou de surpresa logo cedo em meados de março.

Conversaram longamente sobre a situação política e econômica do País. E também a policial. Especialmente a policial. Com a Lava Jato no encalço de Machado, Jucá comentou estar na política a salvação do amigo e dos figurões em geral.

O xadrez de Michel Temer, o breve

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Movimento 1 – Michel, o interino, torna-se Michel, o breve

A cada dia que passa, a sucessão infindável de erros deixa nítida a incapacidade do presidente interino de tocar o país. Não tem noção de como se portar em um presidencialismo de coalizão. Deixou o barco solto, loteou o Ministério de uma forma irresponsável que nem o próprio José Sarney ousou, soltou as rédeas liberando o ataque bárbaro às instituições, cada grupo tratando de saquear o território conquistado.

Golpistas têm medo da derrota no Senado

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Até agora, todos previam a duração do processo de impeachment até setembro.

Quando Anastasia tentou antecipar, foi para agosto, o que já era discutível.

Agora, por ordem direta de Michel Temer, o PMDB quer apertar mais o prazo: julho.

Deu um golpe de mão para isso, hoje, na comissão do impeachment no Senado.

Resistência e justiça na EBC

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

É bom lembrar que a liminar do ministro Dias Toffoli que desfez a nomeação do jornalista Laerte Rimoli e determinou o retorno de Ricardo Melo ao posto de diretor-presidente da EBC não tem caráter definitivo. Pelos aspectos políticos envolvidos, pode-se imaginar que nos próximos dias os advogados do governo interino de Michel Temer apresentarão recurso para tentar levar a decisão a plenário, esperando colocar a discussão para ser resolvida em caráter definitivo pelo colegiado do STF.

Sem-teto pressionam e Temer recua do recuo

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Após militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparem o saguão do prédio do escritório da Presidência da República, nesta quarta (1), na avenida Paulista, em São Paulo, o Ministério das Cidades anunciou que voltará a contratar unidades habitacionais pelo Programa Minha Casa, Minha Vida Entidades.

O governo do presidente interino revoga dessa forma, a decisão que ele próprio havia revogado anteriormente ao desautorizar a contratação de 11.250 residências.

Se popularidade de Temer cair, Dilma volta

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Os sinais estão todos aí, só não vê quem não quer. A reportagem que você vai ler a seguir mostra que o governo Michel Temer está se enforcando sozinho e explica porque o jogo político começa a experimentar uma reviravolta surpreendente no Brasil.

Confira:

“O ministro de combate à corrupção do presidente interino do Brasil, Michel Temer, renunciou segunda-feira depois de uma gravação secreta mostrar que ele tentou frustrar arrebatadora investigação de corrupção que gira em torno Petrobras, a empresa nacional de petróleo.