quarta-feira, 21 de setembro de 2016

A Oi sempre pode piorar

Editorial do Instituto Telecom:

Semana após semana fica cada vez mais claro que a derrubada do governo legítimo de Dilma Rousseff foi um golpe para impor a sociedade mudanças radicais no campo da privatização, corte de direitos trabalhistas e mudanças na Previdência.

No setor de telecomunicações, vale tudo para pagar a conta a um dos setores que protagonizaram o golpe. O PL 3453/15, que entrega os bens reversíveis às operadoras e doa o espectro de radiofrequências, entre outras barbaridades, é um exemplo desse processo macabro.

O sindicalismo nas disputas eleitorais

Por Augusto Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Há cerca de vinte anos atrás, aproveitando-se do clima criado pelo assassinato de um dirigente do Sindicato dos Condutores do ABC paulista, a grande imprensa e os grupos conservadores no Congresso buscaram criar uma CPI da CUT. O grande crime cometido pelos sindicalistas da região teria sido um suposto financiamento das campanhas eleitorais de partidos e coligações de esquerda. Sem dúvida esta foi uma maneira torpe de enfraquecer a esquerda que vinha obtendo importantes vitórias eleitorais e já ameaçava chegar à presidência da República. Mas isso, pelo menos, teve um lado positivo, pois suscitou no Brasil o debate sobre qual a relação que deve existir entre os sindicatos e os partidos políticos.

Temer põe em risco agenda socioambiental

Por Nilto Tatto, na revista Teoria e Debate:

Os governos Lula e Dilma foram bastante criticados pela atuação na pauta socioambiental. Esperava-se mais de um governo comprometido com direitos, visto que qualidade de vida para todos passa também pela qualidade da água, do ar, do espaço de habitação, pelo acesso a alimentos saudáveis, pela preservação e garantia do aproveitamento justo e sustentável da biodiversidade, para mencionar apenas algumas dimensões dessa pauta.

O persistente bullyng contra Lula e Dilma

Por Leonardo Boff, em seu blog:

É notório o bullyng politico e social (acossamento) sofrido persistentemente pelo PT, pelo Lula e pela ex-presidenta Dilma Rousseff. Uma coisa é reconhecer que houve corrupção e erros políticos por parte de setores do PT e outra coisa é tributar quase exclusivamente tais fatos e mais a crise atual, ao PT a Lula e à ex-presidenta.

Para entender este penoso fenômeno socorre-nos um dos maiores pensadores da atualidade que dedicou grande parte de sua obra a decifrar o que seja a agressividade humana e seus disfarces: René Girard (+2015), francês, professor de Letras e antropólogo, que viveu nos EUA. Seu principal livro se intitula exatamente “O bode expiatório”(Le bouc émisaire, Paris 1982).

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Obama manda uma banana para Temer

Não leia a 'Veja". Evite informação tóxica!

A “propinocracia” e o farsante Dallagnol

http://caviaresquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Não há provas, mas a convicção é de que o procurador imberbe Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava-Jato, entrou pelo cano com o seu ridículo showzinho midiático da semana passada. As suas acusações levianas e bombásticas – de que o ex-presidente Lula seria o “comandante máximo” da corrupção na Petrobras – geraram críticas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de renomados juristas e até mesmo de “calunistas” da mídia golpista. Seu infantil Powerpoint virou motivo de galhofa nas redes sociais. O ódio antipetista do fanático fundamentalista Deltan Dallagnol desgastou ainda mais a já questionada e desacreditada Operação Lava-Jato.

O agente infiltrado Balta Nunes já sumiu?

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o Ministério Público de São Paulo anunciou que investigaria o capitão do Exército William Pina Botelho – o agente trapalhão “Balta Nunes” das redes sociais –, que se infiltrou em grupos contrários ao governo golpista e foi o responsável pela prisão de 18 jovens antes da marcha pelo “Fora Temer” em São Paulo, no dia 4 de setembro. Até agora, porém, nada foi divulgado sobre a investigação e a mídia chapa-branca simplesmente resolveu arquivar o escândalo – que indicaria a tenebrosa presença de militares infiltrados em protestos políticos.

TV Brasil se transforma em TV do Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não se pode mais chamar a TV Brasil de TV Pública. É triste mas é a verdade. Com a extinção do Conselho Curador, do mandato do presidente da EBC e o fim das garantias de independência, será uma TV governamental. Ou estatal, como gosta de dizer a mídia privada. A não ser que, ao votar a MP 744, o Congresso impeça as aberrações que ela contém. Não tenho esperanças, está tudo dominado naquela Casa pelo espírito do retrocesso. E para completar a esquizofrenia do desmonte, a nova direção da empresa negocia acordo com a TV Cultura de São Paulo para retransmitir sua programação. Será a TV do Temer prestando reverência à TV do Alckmin. Sem falar nas irregularidades legais que cercam a nova tomada da EBC, que os iluminados do Ministério Público não enxergam.

Temos prova e convicção: é um golpe!

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

Difícil imaginar um bombardeio midiático mais intenso do que este dos últimos anos que antecedem o golpe. Apesar disso, o "golpe de novo tipo", construído para não transparecer como tal, vai sendo desvendado num embate cotidiano, especialmente travado nas redes sociais. Tal qual uma novela de péssima qualidade, seu roteiro vai se tornando cada vez mais previsível. Concluído o episódio do afastamento da presidenta Dilma, era esperado o momento de inviabilizar uma possível candidatura de Lula.

O triste papel de Temer na ONU

Por Alessandra Nilo, de Nova York, no site Outras Palavras:

Amanhã, 20 de setembro, mantendo a tradição, caberá ao Brasil o discurso inaugural dos debates na 71ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Desta vez será no mínimo curioso observar o Itamaraty manejando os holofotes globais, considerando o quanto significa o tema da sessão – “Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável [ODS]: um empurrão universal para transformar nosso mundo” – no contexto de um país internamente dividido.

Vale dizer que a partir de amanhã o Brasil, que assumiu uma liderança reconhecida durante as negociações que definiram os ODSs, talvez deva ser visto como “país controverso”, cada vez que a pauta for a implementação de tais objetivos, aprovados há apenas um ano.

O déspota Moro vai prender Lula?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Recomendaria o bom-senso que os plantonistas da Lava Jato tivessem uma manhã tranquila.

Do ponto de vista técnico, jurídico, nada fundamentaria uma decisão de Sérgio Moro de, a partir do espetáculo pirotécnico dos rapazes da Força Tarefa da Força Tarefa do MP, decretar a prisão de Lula.

É quase uma unanimidade jurídica que lhe falta densidade mínima para isso e uma unanimidade política – amebas não contam como dissenção – de que a profusão de “power points” (ferramenta que se presta, como se sabe, para adestrar e não para refletir) de Deltan Dallagnol se presta para espetáculos e não para convencimento jurídico.

Brasil, o elo mais frágil do neoliberalismo

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

O neoliberalismo chegou de maneira avassaladora na América Latina, ainda nos anos 1980. Para isso, precisou erigir o combate à inflação, ao Estado, à proteção do mercado interno, para aparecer como a solução para todos esses problemas.

No Brasil, o discurso do Collor sobre os automóveis fabricados no país como carroças e sobre os funcionários públicos como marajás preparou o clima para o ajuste neoliberal. FHC retomou o mesmo discurso, propagando, além disso, o caráter antissocial e preguiçoso dos servidores públicos, dos aposentados, dos professores.

Folha segue manipulando contra Lula

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A denúncia oferecida por Deltan Dallagnol e seus colegas contra Lula, na semana passada, gerou tanta repercussão negativa por sua fragilidade que obrigou a mídia corporativa a fazer um pouco de jornalismo.

Especialistas em distorções e mentiras para atingir os adversários políticos - a Folha, por exemplo, fraudou uma pesquisa do Datafolha para esconder, dias antes da votação final do impeachment, que a maioria da população quer novas eleições para presidente -, está claro que os veículos da mídia cartelizada só estão dando tanto espaço para as críticas à denúncia contra Lula porque a repercussão negativa foi grande demais, a ponto de os barões da imprensa avaliarem que não é sensato ignorá-la e endossar a patacoada do MPF.

Na ONU, Temer mente sobre refugiados

Do site Opera Mundi:

Em seu primeiro discurso na ONU (Organização das Nações Unidas) como presidente do Brasil, nesta segunda-feira (19/09), Michel Temer afirmou que “o acolhimento de refugiados é uma responsabilidade compartilhada”, defendeu a solução negociada de crises políticas para prevenir o deslocamento forçado – e inflou os dados sobre refugiados no país, afirmando que o Brasil recebeu 95 mil pessoas sob este status, enquanto o próprio governo contabiliza 8.800 refugiados.

Lula, o mapa do Mal e o reino do mercado

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

De um lado, a caçada sem trégua ao ex-presidente operário que tirou o país do mapa da miséria e da fome da ONU;

- que colocou a economia a operar a pleno emprego –e fez os salários terem ganhos reais por uma década;

- que elevou o peso internacional da nação a ponto de ter assento em todas as reuniões do G-8 – ‘aquilo que o sociólogo sempre sonhou (e nunca teve)’;

- que por isso tudo estendeu raízes longas, profundas, na sociedade e no seu imaginário.

Cunha dispara contra Moreira Franco

Do site Vermelho:

A cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continua a produzir efeitos. Cunha já elegeu o seu primeiro alvo, Moreira Franco, secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e braço direito de Michel Temer.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo neste domingo (18), Cunha afirmou que Moreira Franco é o responsável pelas irregularidades encontradas na operação para financiar obras do Porto Maravilha, no Rio.

O Conselheiro Acácio de Temer

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Temer não é exatamente um primor intelectual.

Jamais se notabilizou pelo carisma, pela frase fácil, pelo espírito. Numa escala Churchill de 0 a 10, é zero.

Consegue usar mesóclises em pleno 2016 e não é capaz de distinguir o Rei Artur de Carlos Magno. (Nem ele e nem os jornalistas do Globo, aliás, que o entrevistaram e deixaram passar aquela prova de ignorância desumana).

A hora do delírio dos fanáticos de Curitiba

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Assisto a um espetáculo de pura demência, e dentro dele ninguém mais habilitado ao papel de oficiante do que o promotor Deltan Dallagnol, milenarista fanático do Apocalipse. O que me ofende, humilha, destroça, é o comportamento de muitos na assistência, incapazes de entender o grau de parvoíce atingido pelo Brasil da casa-grande e da senzala, cada vez mais mergulhado na treva medieval.

Já não me refiro ao quociente de inteligência a que o País se deixou reduzir, aludo ao quociente de delírio. A denúncia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não passa de uma pregação desvairada e raivosa, baseada em devaneios do ódio represado, manifestados com uma enxurrada de palavras pronunciadas no tom do eremita Pedro, o marqueteiro da primeira Cruzada.

Governo tem pressa com PEC do Meirelles

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Sem fazer muito esforço de raciocínio, não é difícil entender a pressa do governo Temer em aprovar uma emenda constitucional que limita o corte de gastos até 2037 - quando nenhum dos protagonistas da política e da economia do Brasil de hoje estará em atividade. (Muitos comentaristas também estarão aposentados, pelo mercado de trabalho e muito provavelmente pela realidade biológica).

A pressa é compreensível. Os argumentos de Henrique Meirelles e seus auxiliares para impor uma ditadura fiscal de duas décadas envolvem uma análise grosseira da economia do país, um diagnóstico furado de nossos problemas reais e a ausência de um horizonte realista para o progresso de um país com 200 milhões de habitantes, com renda média e mal distribuída. As razões para afogar a discussão são três, essencialmente: