sexta-feira, 30 de setembro de 2016

O gosto da traição é bom, Marta?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Marta Suplicy, pode-se dizer, está sentindo o gosto do seu próprio veneno.

Depois de trair o governo de integrou (o Dilma 1), traiu o partido onde fez toda a sua carreira política e, de olho nos votos do antipetismo, virou “impixista” e “temerária”.

Tinha e tem, como qualquer pessoa, o direito de dissentir, de discordar. Mas longas e intensas relações, da ex-sexóloga deveria saber, exigem um período de “luto”. Não de sair xingando o (a) outro (a) na rua.

A delação da Folha contra jornalistas

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Passo 1 - a matéria sem gancho da Folha

Na quinta-feira, a Folha de S Paulo publicou uma não-matéria.

A não-notícia é que o governo Temer resolveu proibir toda publicidade de empresas públicas nos blogs críticos a ele. Ora, esse fato ocorreu no primeiro dia em que Temer assumiu o cargo. Qual a novidade para justificar a matéria? Nenhuma.

O gancho da matéria é o não-fato de que, desde que Temer anunciou a proibição de publicidade de empresas públicas nos blogs, nenhum órgão público anunciou mais nos blogs. Cadê a notícia?

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

PEC-241: Trapaça e crueldade

Por Patrus Ananias

Os interesses antipopulares e antinacionais, que estão na origem e nos fins do governo de Michel Temer, têm inspirado uma sucessão de notícias assombrosas à maioria do povo brasileiro e ao Brasil, mas quase sempre expostas em ações trapaceiras, como as de propaganda enganosa.

É o caso, em que insiste a facção governista, de propagar que a vigência da PEC 241 não reduzirá os gastos públicos em saúde e educação. Ilusionistas e porta-vozes do ilusionismo oficial dizem que os recursos para as duas áreas serão aumentados.

Ninguém se deixe enganar: é trapaça. É golpe - e eles querem consumá-lo depressa, com votações a partir da próxima semana.

A verdade sobre a publicidade do Temer

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Covardia e cinismo são marcas registradas do governo Temer.

Isso se expressa claramente na questão das verbas publicitárias.

Hoje, o tema voltou à cena com a notícia (velha) de que as verbas de sites de esquerda foram suprimidas, e repassadas aos suspeitos de sempre.

A Folha deu.

O que mais incomoda, pelo farisaísmo, é descrever os sites como “petistas”.

Isso se chama canalhice.

É possível derrubar o governo Temer?

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

A esquerda brasileira ainda não formou um juízo unitário sobre a força e a fraqueza do governo Temer, se é possível pela via democrática interromper o seu mandato golpista ou se estamos diante de um longo período de resistência, cujo horizonte é defender com radicalidade as lideranças políticas e sociais em processo de criminalização, os direitos democráticos e sociais sob gravíssima ameaça, acumulando forças para uma nova etapa das lutas.

Há um risco evidente de transformar desejo em realidade, maximizando a instabilidade e minimizando a potência de estabilidade do governo Temer, ao mesmo tempo em que se descura dos limites programáticos, políticos e organizativos do nosso movimento político. A leitura de certos blogs alternativos da esquerda brasileira, que exercem um papel vital de contra-informação e contra-opinião em relação à grande mídia empresarial, pode alimentar diariamente este voluntarismo. Às vezes, parece até que a derrubada do governo Temer está à esquina; basta ir ao seu encontro!

EBC, a nova obsessão de Temer

Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Em 19 de fevereiro de 2008, o então deputado federal Michel Temer foi um dos 336 parlamentares que votaram a favor da Medida Provisória 398/2007. A proposta foi enviada ao Congresso pelo governo do então presidente Lula e criava a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a chamada TV Pública.

Mais do que uma emissora, a EBC representou à época o cumprimento de um dispositivo da Constituição brasileira, a regulamentação da comunicação pública, que não pode ser confundida com uma emissora estatal.

"Santo", "Careca" e a lista da Odebrecht

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Embora já tenha chegado a sua 35a. fase, a operação Lava Jato não conseguiu livrar-se da acusação de trabalhar de modo seletivo, reproduzindo um traço historicamente nefasto da Justiça brasileira, onde o Estado "é usado como propriedade do grupo social que o controla", nas palavras da professora Maria Sylvia de Carvalho Franco, no estudo Homens Livres na Ordem Escravocrata.

Neste universo, que descreve o Brasil anterior a abolição da escravatura, onde o grilhão, a chibata e o pelourinho eram instrumentos banais de manutenção da ordem para os habitantes da senzala, o "aparelho governamental nada mais é do que parte do sistema de poder desse grupo, um elemento para o qual se volta e utiliza sempre que as circunstâncias o indiquem como o meio mais adequado."

“João Dólar” será cassado? Tucano é santo!

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (26), o Ministério Público Federal entrou com ação contra a chapa do tucano “João Dólar Jr.” à prefeitura de São Paulo. O promotor José Carlos Bonilha pediu à Justiça Eleitoral a cassação da sua coligação e também a inelegibilidade do governador Geraldo Alckmin por abuso de poder político. Se a drástica solicitação fosse contra um candidato de esquerda, a mídia chapa-branca teria feito o maior escarcéu. O assunto seria manchete dos jornalões e motivo de ácidos comentários dos “calunistas” de rádio e tevê. Mas como atinge o empresário-picareta do PSDB, a maior parte dos eleitores paulistanos nem ficou sabendo da ação do MPF. Afinal, todo tucano é santo, segundo a visão distorcida e seletiva da imprensa amiga.

Marta e a ‘agenda maldita’ de Temer. Que dó!

Por Altamiro Borges

A senadora Marta Suplicy, recém-filiada ao PMDB do golpista Michel Temer e do correntista suíço Eduardo Cunha, parece que está colhendo os amargos frutos do seu oportunismo eleitoral e da sua inconsistência política. Segundo todas as pesquisas de opinião, ela despencou na disputa pela prefeitura de São Paulo e pode até ficar em quarto lugar na eleição deste domingo (2). Diante da eminente tragédia, a traíra aparentemente caiu no desespero e já tenta justificar o seu fiasco, segundo uma nota publicada na coluna Painel da Folha desta quarta-feira (28):

Folha tenta amenizar a sua decadência

Por Altamiro Borges

O Grupo Folha – que vendeu recentemente sua cota no jornal ‘Valor Econômico’ para o Grupo Globo e segue demitindo jornalistas – tem se esforçado para esconder a grave crise que atinge o decadente império. Mas sua situação é cada vez mais dramática. Neste domingo (25), a empresa confessou – sem admitir – a tragédia que atormenta a famiglia Frias. “A Folha é o primeiro jornal brasileiro a ter circulação digital maior do que a impressa. Sua edição digital alcançou em agosto, segundo o IVC (Instituto Verificador de Comunicação), mais de metade do total da sua circulação. Dos 316,5 mil exemplares de média diária no mês, 161,8 mil ou 51% foram relativos à edição digital do jornal, contra 154,7 mil (49%) da impressa”.

Massacre do Carandiru e a "legítima defesa"

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O Massacre do Carandiru, quando 111 presos foram executados por forças policiais que invadiram o Pavilhão 9 da então Casa de Detenção de São Paulo, completa, no próximo dia 2 de outubro, 24 anos. Durante os julgamentos, eu havia escrito aqui que a Justiça estava sendo – mesmo que parcialmente e temporariamente – feita.Mas, nesta terça (27), a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo anulou os julgamentos que condenaram 74 policiais militares pelo massacre.

Castells e a decadência democrática

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Os últimos trabalhos e conferências do professor Manuel Castells, cuja síntese brilhante foi apresentada numa conferência em Lisboa (05.12.15), com o título que pode ser traduzido (tenho o texto somente em inglês) como “A respeito da nova democracia na idade da informação: pensando o impensável”, tratam da erosão do modelo institucional da democracia representativa e da falência dos partidos como mecanismos de intervenção política dos representados. É a época em que as informações e diálogos, lutas e acordos em rede, tonaram envelhecidos os mecanismos tradicionais de disputa política da democracia moderna.

Brasil e o tabuleiro mundial do petróleo

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

A aritmética do petróleo é bem simples e fácil de entender. Em 1995, o Brasil estava fora do clube dos grandes produtores. A Petrobras era estritamente empresa com investimentos em P&D em águas profundas. Uma espécie de NASA brasileira, com aumento histórico de reservas proporcional à profundidade alcançada nas explorações off-shore. Porque a tecnologia, majoritariamente nacional, avança gradualmente, o ritmo de incremento na produção não vinha sendo historicamente explosivo. Por isso, a empresa (e o país) não participavam, nos anos 1990, dos jogos de poder do topo do sistema mundo.

Temer quer deformar o ensino médio

Por Tico Santa Cruz, no jornal Brasil de Fato:

O governo Temer anunciou uma “reforma” no Ensino Médio e retirou a obrigatoriedade de algumas disciplinas, entre elas artes, sociologia e filosofia. Mas, qual é o objetivo por trás da retirada dessas matérias do currículo do ensino médio? Simples: tirar o senso crítico e a capacidade dos alunos de pensar a sociedade, a própria educação, a política e a cidadania.

Artes estimulam a imaginação. Para que queremos jovens com imaginação? Melhor lhes entregar tudo formatado e padronizado.

FMI ronda o Brasil a convite de Meirelles

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A agenda do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, hoje (26), provocou indagações e especulações: qual o motivo da reunião com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), às 10h30. Desde que Michel Temer assumiu a presidência da República interinamente, em maio, veículos e fontes ligados ao mercado têm insistido na ideia de que o país, com o peemedebista, pode voltar a recorrer à instituição multilateral.

A competência seletiva da Lava Jato

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Na segunda-feira comentei aqui no 247 a ligeireza com que os porta-vozes da Lava Jato, na entrevista coletiva sobre a operação do dia, que resultou na prisão do ex-ministro Antônio Palocci: “Lava Jato ignora propinas em obras do PSDB e do PMDB”. O delegado da Polícia Federal Filipe Pace passou de raspão sobre o fato de que foram encontrados registros sobre pagamentos de propinas a obras dos governos do Rio e de São Paulo. Vale dizer, do PMDB e do PSDB. Citou nomes de funcionários que não teriam sido identificados. É incompreensível que a competência investigativa da Lava Jato, que tão rapidamente desvenda as anotações que envolvem petistas, não tenha permitido o esclarecimento destes outros esquemas de corrupção.

Com Temer a educação é para poucos

Editorial do site Vermelho:

Uma escola para os privilegiados que vão dirigir o Brasil, a sociedade, a economia. Outra para a imensa maioria da população, de quem aqueles privilegiados esperam obediência, trabalho e eficiência.

Este é o sentido geral da reforma do ensino médio apresentada pelo ilegítimo Michel Temer e pelo ocupante do ministério da Educação Mendonça Filho, na última quinta-feira (22).

Lava-Jato só acaba quando acabar com o PT

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Jeferson Miola

Consumado o golpe para derrubar a presidente Dilma e interromper o ciclo dos governos do PT que o PSDB não conseguiu licitamente nas últimas quatro eleições presidenciais, a Lava Jato seria encerrada. Uma vez concretizado o plano inicial, a Operação perderia sua razão de ser. Esta era a aposta prevalente na crônica política.

A evolução da Lava Jato, entretanto, indica que os controladores da Operação preferiram evitar o alto custo político de encerrá-la logo após a farsa do impeachment. Optaram por continuá-la, porém ajustando seu caráter, que passou a ser abertamente eleitoral e partidário.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Mídia acoberta agressor de Lindbergh Farias

Por Altamiro Borges

Na noite da última sexta-feira (23), o senador petista Lindbergh Farias foi agredido por um debiloide ao sair de um restaurante na zona sul do Rio de Janeiro. O valentão, aparentemente embriagado ou drogado, fez várias provocações e chegou a empurrar a esposa do parlamentar, que foi jogada ao chão e sofreu escoriações no corpo. A mídia privada, maior responsável por chocar o ovo da serpente fascista na sociedade brasileira, não deu a mínima para o gravíssimo incidente. Alguns jornalões até tentaram justificar a agressão. Coube ao coletivo “Jornalistas Livres”, uma das mais belas experiências de mídia alternativa no Brasil, divulgar a identidade do agressor – que deveria ser processado e preso, para o bem da sociedade. Reproduzo a reportagem e volto na sequência:


Político com rádio e televisão é ilegal!

Por Altamiro Borges

O artigo 54 da Constituição Federal é taxativo. Seu inciso I afirma que deputados e senadores não podem celebrar ou manter contratos com concessionárias de serviço público, o que inclui as emissoras de rádio e televisão. Já seu inciso II proíbe que parlamentares sejam proprietários, controladores ou diretores de empresas que recebam benefícios da União. Apesar disto, vários políticos com mandatos exploram concessões públicas de radiodifusão – seja diretamente ou através de familiares e “laranjas”. Na semana passada, porém, o Ministério Público Federal finalmente decidiu fazer valer a Constituição. O problema é o covil golpista de Michel Temer, infestado de “coronéis eletrônicos” – na excelente definição do professor Venício Lima –, fará de tudo para desrespeitar a sentença.