Desta vez não havia helicópteros sobrevoando a Avenida Paulista, em São Paulo, diferentemente de movimentos pró-impeachment que contaram com extenso apoio midiático e mesmo logístico por parte de autoridades. Mas isso não impediu que a área fosse tomada por uma multidão, que no final do dia ecoava os protestos realizados durante toda esta quarta-feira (15) pelo país, contra as reformas da Previdência e trabalhista, e em repúdio ao governo Temer. Alheio às manifestações, o presidente chegou a dizer, durante evento em Brasília, que a sociedade, "pouco a pouco, vai entendendo" a necessidade de reformas.
quinta-feira, 16 de março de 2017
Temer derrete a economia e vice-versa
Por João Sicsú, na revista CartaCapital:
A narrativa, estritamente política, de que os problemas atuais foram causados pelas políticas econômicas dos governos do PT perde eficácia a cada dia que a situação se agrava. O raciocínio do senso comum é simples: não importa quem tenha causado as dificuldades econômicas, o que importa é quem estancará o problema e promoverá a solução. Se nada for feito, o omisso se torna culpado.
A conjuntura recessiva e de desemprego não começou no governo de Michel Temer, é verdade. A economia mudou de rota em 2011. Mas hoje está em situação limite, pois as dificuldades econômicas tem se transformado em problemas sociais. Segundo cálculos do Banco Mundial, o desemprego criará em 2017 entre 2,5 milhões e 3,5 milhões de novos pobres no Brasil.
A conjuntura recessiva e de desemprego não começou no governo de Michel Temer, é verdade. A economia mudou de rota em 2011. Mas hoje está em situação limite, pois as dificuldades econômicas tem se transformado em problemas sociais. Segundo cálculos do Banco Mundial, o desemprego criará em 2017 entre 2,5 milhões e 3,5 milhões de novos pobres no Brasil.
As ilusões com a Lista de Janot
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Não se iluda com a abrangência da lista de Janot. Espere para analisar melhor o teor das denúncias, para saber se, afinal, o pau que dá em Chico dá também em Francisco.
O mais provável é que, como o Ministério Público Federal (MPF) tornou-se irreversivelmente uma corporação política e partidária, provavelmente a inclusão de alguns caciques aliados na lista visa apenas cumprir o formalismo, da mesma maneira que o STF (Supremo Tribunal Federal) quando endossou os procedimentos do impeachment.
Em alguns momentos, há a necessidade de respingos de formalidade para legitimar os esbirros adotados em todo o processo.
Não se iluda com a abrangência da lista de Janot. Espere para analisar melhor o teor das denúncias, para saber se, afinal, o pau que dá em Chico dá também em Francisco.
O mais provável é que, como o Ministério Público Federal (MPF) tornou-se irreversivelmente uma corporação política e partidária, provavelmente a inclusão de alguns caciques aliados na lista visa apenas cumprir o formalismo, da mesma maneira que o STF (Supremo Tribunal Federal) quando endossou os procedimentos do impeachment.
Em alguns momentos, há a necessidade de respingos de formalidade para legitimar os esbirros adotados em todo o processo.
Temer mente sobre reforma da Previdência
Por Étore Medeiros, no site da Agência Pública:
“63% dos trabalhadores brasileiros terão aposentadoria integral porque ganham salário mínimo, lamento dizê-lo. Quem pode insurgir-se é um grupo de 27%, 37%. A reforma pode merecer ajustamento, e quem vai discutir isso é o Congresso Nacional, mas quem reclama é quem na verdade ganha mais. Quem está acima desses tetos, quem tem aposentadoria precoce.” – Michel Temer, presidente da República, em discurso durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em 7 de março.
O presidente Michel Temer discursava sobre a reforma da Previdência, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no dia 7 de março, quando disse que as alterações propostas para a aposentadoria dos brasileiros não vão prejudicar os trabalhadores de baixa renda. Como exemplo, apontou que “63% dos trabalhadores terão aposentadoria integral porque ganham salário mínimo”. Também disse que apenas quem ganha acima desse valor reclama das mudanças propostas por seu governo.
“63% dos trabalhadores brasileiros terão aposentadoria integral porque ganham salário mínimo, lamento dizê-lo. Quem pode insurgir-se é um grupo de 27%, 37%. A reforma pode merecer ajustamento, e quem vai discutir isso é o Congresso Nacional, mas quem reclama é quem na verdade ganha mais. Quem está acima desses tetos, quem tem aposentadoria precoce.” – Michel Temer, presidente da República, em discurso durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em 7 de março.
O presidente Michel Temer discursava sobre a reforma da Previdência, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no dia 7 de março, quando disse que as alterações propostas para a aposentadoria dos brasileiros não vão prejudicar os trabalhadores de baixa renda. Como exemplo, apontou que “63% dos trabalhadores terão aposentadoria integral porque ganham salário mínimo”. Também disse que apenas quem ganha acima desse valor reclama das mudanças propostas por seu governo.
quarta-feira, 15 de março de 2017
O discurso de Lula na Avenida Paulista
Do site Lula:
Diante de mais de 150 mil pessoas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do ato contra a reforma da previdência do governo de Michel Temer. Ao lado de lideranças dos movimentos sociais e sindical, discursou para a multidão e criticou a falta de sensibilidade dos donos do poder: "Eu queria que o Meireles e o Temer ouvissem o recado de vocês. Ao invés de fazer uma reforma para tirar dinheiro, façam a economia voltar a crescer”.
Na opinião do ex-presidente, o atual governo empurrou "goela abaixo do povo brasileiro uma reforma que vai impedir a aposentadoria de milhões”. O projeto, continuou Lula, deixa "cada vez mais claro que o golpe dado neste país não foi apenas contra a Dilma e os partidos de esquerda, foi para colocar um cidadão sem nenhuma legitimidade para acabar com as conquistas sociais do povo”.
Mais de 1 milhão contra reformas de Temer
São Paulo, 15/3/17. Foto: Felipe Giubilei/Mídia Ninja |
De acordo com a Frente Brasil Popular, cerca de 1 milhão de pessoas participaram das manifestações e paralisações em todo o Brasil, nesta quarta (15), contra as reformas da previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer. Só na avenida Paulista, em São Paulo, o ato que encerrou o dia de mobilizações reuniu cerca de 300 mil pessoas.
Do Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde se concentram os manifestantes, não era possível ver onde terminava a ocupação da via. A todo momento os presentes iniciavam coros de "Fora Temer", reivindicando a rejeição total da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que define a reforma.
Do Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde se concentram os manifestantes, não era possível ver onde terminava a ocupação da via. A todo momento os presentes iniciavam coros de "Fora Temer", reivindicando a rejeição total da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que define a reforma.
Previdência: o rei está ficando nu
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:
A dinâmica do movimento político é mesmo surpreendente. Já dizia o falecido político mineiro Magalhães Pinto que a política é como as nuvens no céu: você olha em um determinado momento, está de um jeito. Passados alguns minutos, você vai conferir a configuração acima da tua cabeça e está tudo mudado. Se já é difícil entender o fenômeno em si, a tarefa torna-se ainda muito mais complexa ainda quando se tenta fazer algum tipo de previsão.
Depois de ter conseguido aprovar a chamada “PEC do Fim do Mundo” no final do ano passado com relativa facilidade na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, o governo começa agora a enfrentar a realidade da chamada resistência generalizada. Aquela emenda constitucional estabelecia o congelamento das despesas sociais do orçamento por longos 20 anos e foi aceita pela maioria dos parlamentares ainda muito influenciados pelo discurso uníssono do governo e da imprensa em torno da necessidade imperiosa de um ajuste fiscal rigoroso.
Depois de ter conseguido aprovar a chamada “PEC do Fim do Mundo” no final do ano passado com relativa facilidade na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, o governo começa agora a enfrentar a realidade da chamada resistência generalizada. Aquela emenda constitucional estabelecia o congelamento das despesas sociais do orçamento por longos 20 anos e foi aceita pela maioria dos parlamentares ainda muito influenciados pelo discurso uníssono do governo e da imprensa em torno da necessidade imperiosa de um ajuste fiscal rigoroso.
O PSDB é a cereja do bolo de Janot
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Que Lula, Dilma e outros petistas estejam na segunda lista de Janot não é ser surpresa para ninguém. Enquanto a Lava Jato esteve circunscrita à República de Curitiba, os petistas foram seus fregueses preferenciais. E os tucanos, os intocáveis. A presença de peemedebistas graúdos também é muito óbvia, seja por terem sido sócios do PT no governo até optarem pela derrubada de Dilma, seja pelas conhecidas práticas do partido que, sem ganhar eleições, nunca saiu do poder federal. A cereja do bolo que o procurador-geral Rodrigo Janot está servindo ao Brasil é representada pelos grão-tucanos nela incluídos - Aécio Neves, José Serra e Aloysio Nunes - e outros menos cotados que ainda vão aparecer. Janot, como Sérgio Moro, já foi benevolente com os tucanos mas agora, além de cuidar da biografia, não havia como fugir da revelação da Odebrecht: na política do Brasil, desde sempre, todos são iguais perante o caixa dois e a corrupção.
Que Lula, Dilma e outros petistas estejam na segunda lista de Janot não é ser surpresa para ninguém. Enquanto a Lava Jato esteve circunscrita à República de Curitiba, os petistas foram seus fregueses preferenciais. E os tucanos, os intocáveis. A presença de peemedebistas graúdos também é muito óbvia, seja por terem sido sócios do PT no governo até optarem pela derrubada de Dilma, seja pelas conhecidas práticas do partido que, sem ganhar eleições, nunca saiu do poder federal. A cereja do bolo que o procurador-geral Rodrigo Janot está servindo ao Brasil é representada pelos grão-tucanos nela incluídos - Aécio Neves, José Serra e Aloysio Nunes - e outros menos cotados que ainda vão aparecer. Janot, como Sérgio Moro, já foi benevolente com os tucanos mas agora, além de cuidar da biografia, não havia como fugir da revelação da Odebrecht: na política do Brasil, desde sempre, todos são iguais perante o caixa dois e a corrupção.
Nem Gilmar salvará Temer do povo nas ruas
Recife, 15/3/17. Foto: Mídia Ninja |
A cena ocorreu na estação Jabaquara do metrô de São Paulo e foi relatada na Exame.
Metroviários em greve contra a reforma da Previdência davam explicações aos usuários de como eles podiam chegar ao trabalho. O motivo da paralisação, falaram, é defender a aposentadoria de todos, não apenas deles próprios.
Metroviários em greve contra a reforma da Previdência davam explicações aos usuários de como eles podiam chegar ao trabalho. O motivo da paralisação, falaram, é defender a aposentadoria de todos, não apenas deles próprios.
“Após o discurso, os funcionários chegaram a ser aplaudidos pelas pessoas que pediam informações sobre os trens”, diz o texto.
O "jararaca" vai jantar os ratos
Por Marcelo Zero
O depoimento de Lula no último dia 14 é um desses raros momentos históricos em que tudo se revela, tudo se torna claro.
De um lado esteve Lula, o maior presidente da história do país, só comparável, em sua dimensão política interna, a Getúlio Vargas. Mas Lula é o único presidente brasileiro que se tornou, de fato, um grande líder internacional, admirado em todo o mundo. Nunca houve um presidente como Lula.
Por sua grandeza histórica, política e moral, Lula falou de coisas grandes. Falou de como elevou o protagonismo internacional do Brasil. Como fez um país dependente, pequeno, se tornar grande e respeitado. Falou de como tirou 30 milhões de brasileiros da miséria. De como colocou 40 milhões de brasileiros na nova classe média. De como o mundo o procura até hoje para saber dos programas sociais revolucionários que criou. De como dinamizou o mercado interno, de como tornou o pobre solução, ao invés de problema. De como tornou o Brasil a sexta economia do mundo. De como fez a Petrobras estimular as empresas nacionais. De como fez o Brasil um país de cabeça erguida. De como conquistou o direito de andar de cabeça erguida num país grande, soberano e mais justo.
O depoimento de Lula no último dia 14 é um desses raros momentos históricos em que tudo se revela, tudo se torna claro.
De um lado esteve Lula, o maior presidente da história do país, só comparável, em sua dimensão política interna, a Getúlio Vargas. Mas Lula é o único presidente brasileiro que se tornou, de fato, um grande líder internacional, admirado em todo o mundo. Nunca houve um presidente como Lula.
Por sua grandeza histórica, política e moral, Lula falou de coisas grandes. Falou de como elevou o protagonismo internacional do Brasil. Como fez um país dependente, pequeno, se tornar grande e respeitado. Falou de como tirou 30 milhões de brasileiros da miséria. De como colocou 40 milhões de brasileiros na nova classe média. De como o mundo o procura até hoje para saber dos programas sociais revolucionários que criou. De como dinamizou o mercado interno, de como tornou o pobre solução, ao invés de problema. De como tornou o Brasil a sexta economia do mundo. De como fez a Petrobras estimular as empresas nacionais. De como fez o Brasil um país de cabeça erguida. De como conquistou o direito de andar de cabeça erguida num país grande, soberano e mais justo.
Hecatombe do governo golpista. Diretas já!
Por Jeferson Miola
A lista do Janot tem o efeito de uma hecatombe para o governo golpista. A mega-denúncia de corrupção oferecida pelo MP ao STF é aterradora. Ela implica, até este momento de divulgação parcial das informações, personagens-chave do bloco golpista:
- cinco ministros: Aloysio Nunes e Bruno Araújo, do PSDB; Eliseu Padilha e Moreira Franco, do PMDB; e Gilberto Kassab, do PSD;
- os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia/DEM; e do Senado, Eunício de Oliveira/PMDB – primeiro e segundo da linha de sucessão do presidente usurpador;
Wagner Moura pode processar Temer
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Não se passaram 24 horas e a burrice da comunicação de Michel Temer com suas peças de propaganda sobre a reforma previdenciária – como se comentou ontem aqui – está atestada.
A juíza Marciane Bonzanini da 1ª Vara Federal de Porto Alegre, concedeu hoje liminar a nove sindicatos gaúchos para suspender os anúncios do governo federal sobre a reforma da Previdência em todas as mídias em que vêm sendo publicados. Cabe recurso. A multa pelo descumprimento da medida é de R$ 100 mil por dia.
Não se passaram 24 horas e a burrice da comunicação de Michel Temer com suas peças de propaganda sobre a reforma previdenciária – como se comentou ontem aqui – está atestada.
A juíza Marciane Bonzanini da 1ª Vara Federal de Porto Alegre, concedeu hoje liminar a nove sindicatos gaúchos para suspender os anúncios do governo federal sobre a reforma da Previdência em todas as mídias em que vêm sendo publicados. Cabe recurso. A multa pelo descumprimento da medida é de R$ 100 mil por dia.
Sabe o apelido do Instituto Lula, doutor?
Foto: Ricardo Stukert |
O dia a dia de um blogueiro sujo é muito mais complicado do que parece. O imenso financiamento que recebemos durante mais de uma década de governos petistas não foi suficiente para que a gente conseguisse construir uma estrutura que viabilizasse viver apenas das nossas ações informativas nas redes. É preciso fazer de tudo um pouco para garantir a subsistência. Por isso, só na noite de ontem consegui assistir ao depoimento de Lula ao juiz federal Ricardo Leite.
Foi de fato um depoimento histórico, como muitos já registraram. Lula fez sua defesa com uma dignidade invejável para aqueles que estão acostumados a ficar se escondendo em não-respostas quando colocados à frente de um juiz.
Lista de Janot e o procurador da Netflix
Foto: Lula Marques/Agência PT |
A temporada 2 da série Billions, da Netflix, está muito interessante. Um dos protagonistas, o procurador Charles “Chuck” Rhoades, interpretado pelo brilhante Paul Giamatti, é um implacável, incorruptível e ambicioso procurador do Ministério Público de Nova York.
A função de procurador, nos EUA, é a antessala da carreira política. Chega-se a procurador através de indicação política, feita diretamente pelo presidente da república, como é o caso de Rhoades, ou pelo voto popular. Exemplo deste último, para ficarmos na ficção, é Peter Florrick, personagem de outra série americana, a The Good Wife. Depois de ser preso, acusado de corrupção, e, em seguida, absolvido, Peter concorre para governador e vence.
Só dá bandido na ‘reforma’ da Previdência!
Por Altamiro Borges
Atrasado para mais um compromisso, eu pego um táxi na região central da capital paulista. O motorista me pergunta sobre as razões dos protestos contra o “presidente Temer”. Conhecendo a média da opinião da categoria, bastante influenciável pelas emissoras de rádio – como a “Ku Klux Pan” ou a CBN, a “rádio que troca notícias” –, vacilo em responder para evitar atritos, mas não me contenho. Falo que o motivo principal é a tal reforma da Previdência. Aparentemente tranquilo, ele pede detalhes sobre a proposta. Pergunto sua idade e quanto tempo ele já contribuiu. Diante das respostas, faço um cálculo rápido e brinco: “Você só vai se aposentar no caixão”. Assustado, o taxista indaga por que o “governo está fazendo esta putaria com a gente”? Minha resposta também foi direta: “porque só tem bandido neste covil e no comando desta reforma”.
Atrasado para mais um compromisso, eu pego um táxi na região central da capital paulista. O motorista me pergunta sobre as razões dos protestos contra o “presidente Temer”. Conhecendo a média da opinião da categoria, bastante influenciável pelas emissoras de rádio – como a “Ku Klux Pan” ou a CBN, a “rádio que troca notícias” –, vacilo em responder para evitar atritos, mas não me contenho. Falo que o motivo principal é a tal reforma da Previdência. Aparentemente tranquilo, ele pede detalhes sobre a proposta. Pergunto sua idade e quanto tempo ele já contribuiu. Diante das respostas, faço um cálculo rápido e brinco: “Você só vai se aposentar no caixão”. Assustado, o taxista indaga por que o “governo está fazendo esta putaria com a gente”? Minha resposta também foi direta: “porque só tem bandido neste covil e no comando desta reforma”.
Greve geral amadurece no Brasil
Por Altamiro Borges
Os primeiros relatos sobre os protestos deste 15 de março contra os retrocessos do covil golpista de Michel Temer indicam que amadurecem as condições para a convocação de uma greve geral no país. Já nos atos do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, esta percepção foi consensual entre as entidades organizadoras. A mobilização superou as expectativas mais otimistas em vários Estados. Agora, o mesmo se repete e ainda com maior intensidade e apoio da população. Até a Folha golpista, inimiga histórica da luta dos trabalhadores, foi obrigada a postar em seu site pela manhã: "Afetados, os usuários do Metrô de SP dizem que deveria 'parar tudo'", o que confirma o grau de rejeição da sociedade às contrarreformas previdenciária e trabalhista da quadrilha que assaltou o poder.
Os primeiros relatos sobre os protestos deste 15 de março contra os retrocessos do covil golpista de Michel Temer indicam que amadurecem as condições para a convocação de uma greve geral no país. Já nos atos do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, esta percepção foi consensual entre as entidades organizadoras. A mobilização superou as expectativas mais otimistas em vários Estados. Agora, o mesmo se repete e ainda com maior intensidade e apoio da população. Até a Folha golpista, inimiga histórica da luta dos trabalhadores, foi obrigada a postar em seu site pela manhã: "Afetados, os usuários do Metrô de SP dizem que deveria 'parar tudo'", o que confirma o grau de rejeição da sociedade às contrarreformas previdenciária e trabalhista da quadrilha que assaltou o poder.
Temer é ruim na economia e na política
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
Existe um paradoxo permeando a avaliação do governo Temer feita pelos principais órgãos da mídia escrita no Brasil. Ele consiste no fato de haver, após nove meses de governo, um consenso absoluto de que o governo Temer é um desastre político. Mas, supostamente, ele estaria indo bem no que diz respeito às suas decisões econômicas.
O Estado de São Paulo escreveu o seguinte editorial na sua edição do dia 12 de fevereiro: “Ao completar nove meses no poder, o presidente Michel Temer abraça uma agenda reformista na economia, mas preserva as práticas da ‘velha política’”. A Folha de São Paulo não deixou por menos em editorial dias depois e defendeu a mesma posição.
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