quinta-feira, 23 de março de 2017

A terceirização é um ato de crueldade

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Num país desigual como o Brasil, a terceirização é um ato de crueldade.

As empresas ganham e os trabalhadores perdem. Em resumo, é o que acontece.

Em sociedades avançadas, as mudanças nas questões trabalhistas representam, sempre, avanços. Trata-se de aprimorar o sistema de bem estar social.

Na Escandinávia, a licença maternidade dura mais de um ano. Os pais também têm direito a se ausentar do trabalho por um bom período.

Terceirização: Estão brincando com fogo

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que permite a terceirização para todas as atividades de uma empresa.

A terceirização em si é uma aberração. Serve apenas para aumentar o lucro do empresário às custas da perda da dignidade, do sofrimento e da morte do trabalhador.

Entre 2010 e 2013, nas 10 maiores operações de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão, quase 3.000 dos 3.553 casos envolviam terceirizados. No caso de óbitos durante o serviço no setor elétrico, em 2013 perderam a vida 61 terceirizados, contra 18 empregados diretos. Na construção de edifícios, foram 75 falecimentos de terceirizados num total de 135 mortes. Nas obras de acabamento, os terceirizados foram 18 do total de 20 óbitos, nas de terraplanagem, 18 entre 19 casos e nos serviços especializados, 30 dos 34 casos detectados (fonte: Dieese).

"A terceirização é o fim da CLT"

Por Dilma Rousseff, em seu blog:

Ontem (22), foi dado mais um golpe no país. Foi aprovado pela Câmara dos Deputados, contra os interesses do povo brasileiro, o projeto de lei permitindo que a terceirização seja praticada na atividade-meio e na atividade-fim.

O projeto retira direitos históricos conquistados pelos trabalhadores brasileiros desde Getúlio Vargas, enterrando a CLT.

Só esse golpe parlamentar que aprovou meu impeachment sem crime de responsabilidade poderia viabilizar uma legislação neoliberal concebida na época de FHC.

Mais uma armação contra Lula

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Do site Lula:

É falsa a notícia de que o blogueiro Eduardo Guimarães teria avisado a assessoria do ex-presidente Lula sobre a iminência de sua condução coercitiva e da execução de mandados de busca e apreensão, ocorridas em 4 de março de 2016. Estes episódios surpreenderam não apenas o ex-presidente, mas o Brasil e o mundo, por sua violência e ilegalidade.

As informações que Eduardo Guimarães publicou no Blog da Cidadania, em 26 de fevereiro de 2016, diziam respeito exclusivamente à quebra de sigilo fiscal e bancário do Instituto Lula, do ex-presidente, filhos, amigos e colaboradores, incluindo empresas destas pessoas.

Ameaça ao sigilo e a regulação da mídia

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Diversas organizações nacionais e internacionais de jornalismo manifestaram preocupação com a ameaça ao direito ao sigilo da fonte provocado pela condução coercitiva do jornalista blogueiro Eduardo Guimarães, determinada pelo juiz Sergio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato em primeira instância.

Entre as entidades estão a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a ONG Repórteres Sem Fronteiras e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

O jornalista e advogado uruguaio Edison Lanza, relator especial para Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), criticou a condução coercitiva contra Guimarães por meio das redes sociais.

O Brasil terceirizado

Por Sylvio Micelli

Quando era moleque ouvia dizer que "o Brasil é o país do futuro". Hoje, às portas de quase meio século, constato que o Brasil é o país de passado sombrio, de presente intragável e de futuro incerto.

A aprovação da terceirização a bel prazer do capital, consagrada ontem pela Câmara dos Deputados, é prova irrefutável de que o golpe que foi orquestrado por Temer et caterva, não era contra Dilma, Lula ou qualquer outra coisa. Era contra a classe trabalhadora e não foi por falta de aviso. Aliás, uma amiga importante, cuja identidade devo preservar (alô, Moro, eu sou jornalista, ok?) falou agora pela manhã comigo: "é um retrocesso sem fim... e a classe média por ódio ideológico se nega a ver o resultado de suas panelas..."

O Brasil de Moro odeia o Brasil

Por Renato Rovai, em seu blog:

Sérgio Moro é um sujeito que se tornou um produto. Não é incomum nos dias de hoje. Aliás, muito mais normal do que parece.

Executivos formados em MBAs se vêem como empresas. Eles fazem para si projeções de tempo de vida, período que estarão no auge, quanto conseguirão lucrar por cada real investido numa nova língua ou diploma, não fazem amigos, mas network. E são capazes de desenvolver longos papos à beira de uma piscina tratando disso.

Eduardo Cunha, o zumbi do golpe

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Monica Bergamo diz, hoje, em sua coluna na Folha, que a reação de Eduardo, em caso de derrota em seu pedido de liberdade ao Supremo Tribunal Federal, é considerada “imprevisível” por seus advogados.

Com o devido perdão da Monica, não há nada de imprevisível: é mais uma ameaça de Eduardo Cunha para que os cordéis se movam e tentem forçar uma decisão que – embora não seja impossível e fosse, até, o normal num processo criminal – implicaria numa desmoralização ainda maior da corte, agora sob acusações impensáveis em tempos normais, como as de “disenteria verbal e decrepitude moral”.

Terceirização: salário menor, menos direitos

Câmara aprova precarização do trabalho

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Na direção contrária a todos os estudos que mostram que a terceirização não gera empregos e só vai causar redução de salários e precarização das relações patrão-empregado, a Câmara dos Deputados aprovou o parecer favorável do deputado Laercio Oliveira (SD-SE) para o substitutivo do Senado ao projeto de lei que permite a terceirização em todas as atividades da empresa. Foram 231 votos a favor, 188 contra e 8 abstenções. A Câmara confirma, assim, que está do lado oposto aos trabalhadores brasileiros, e o governo Temer, seguindo à risca a máxima do “cada dia um direito a menos”.

Onde está o povo soberano?

Por Fábio Konder Comparato, no site Carta Maior:

Quando Tomé de Souza desembarcou na Bahia, em 1549, munido do seu famoso Regimento do Governo, e flanqueado de um ouvidor-mor, um provedor-mor, clero e soldados, a organização político-administrativa do Brasil, como país unitário, principiou a existir. Tudo fora minuciosamente preparado e assentado, em oposição à autonomia descentralizadora das capitanias hereditárias. Notava-se apenas, como disse um historiador, uma ligeira ausência: não havia povo. A população indígena, estimada na época em um milhão e meio de almas, não constituía, obviamente, o povo do novel Estado; tampouco o formavam os 1.200 funcionários – civis, religiosos e militares – que acompanharam o Governador Geral. Ou seja, tivemos Estado antes de ter povo.

Terceirização sacramenta pacto escravocrata

Por Jeferson Miola

A terceirização geral e irrestrita aprovada pela maioria de deputados é um passo neural no aprofundamento do golpe. Ela sacramenta o pacto de dominação escravocrata das classes dominantes.

Por dentro do regime de exceção, as classes dominantes estão impondo aos subalternos sacrifícios brutais, que poderão perdurar por muitos anos.

A terceirização transforma o trabalhador presente e futuro em bóia-fria, e faz o país retroceder ao padrão da exploração oligárquica do século 19, penalizando, sobretudo, o trabalhador mais pobre:

Seminário debate desafios da comunicação

Da Rede Brasil Atual:

O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé realiza nesta sexta-feira (24) um seminário para discutir os desafios das mídias alternativas, progressistas, comunitárias e populares em meio à reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer. Segundo a jornalista e integrante da executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) Renata Mielli, o objetivo do encontro é discutir como criar uma comunicação que dialogue com a população para enfrentar o senso comum construído pela mídia tradicional.

Ato em defesa da liberdade de expressão

quarta-feira, 22 de março de 2017

Barão de Itararé precisa do seu apoio!

A solidariedade a Eduardo Guimarães

Por Felipe Bianchi, no Centro de Estudos Barão de Itararé:

O objetivo da condução coercitiva ilegal de Eduardo Guimarães não é calá-lo, mas sim calar a todos que divergem da Lava Jato, do juiz Sérgio Moro e do Estado de exceção vigente no país. A opinião é do próprio blogueiro, que recebeu cerca de 300 lideranças políticas, jornalistas, ativistas digitais e simpatizantes em ato de solidariedade e em defesa da liberdade de expressão. O encontro aconteceu na noite da terça-feira (21), mesmo dia em que foi levado à força à delegacia da Polícia Federal no bairro da Lapa, em São Paulo, além de ter celulares e computadores, seus e de seus familiares, apreendidos.

Janot ataca "decrepitude moral" de Gilmar

Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:

Um dia depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticar a Procuradoria-Geral da República, a quem acusou de cometer crimes ao vazar nomes de políticos alvos de inquérito por conta das delações da Odebrecht, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez duros ataques ao magistrado nesta quarta-feira 22. Segundo Janot, Mendes sofre de "decrepitude moral" e corteja "desavergonhadamente o poder político".

Em discurso na Escola Superior do Ministério Público da União, Janot defendeu a Operação Lava Jato e recomendou a realização de uma "urgente reforma no sistema político-partidário", pois a política "não pode continuar a ser uma custosa atividade de risco propícia para aventureiros sem escrúpulos."

Sergio Moro atravessou o Rubicão

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Vamos entender porque, para efeito da Lava Jato, o caso Eduardo Guimarães torna-se um divisor de águas – da mesma maneira que o episódio da condução coercitiva de Lula.

O episódio Lula, mais o vazamento dos grampos de Lula e Dilma, afastou de vez a presunção de isenção da Lava Jato e mostrou seu alinhamento com o golpe de Estado em curso.

A condução coercitiva de Eduardo Guimarães expõe de forma inédita o uso do poder pessoal arbitrário do juiz Sérgio Moro para retaliar adversários. Não se trata mais de disputa política, ideológica, de invocar as supinas virtudes da luta contra a corrupção para se blindar: da parte de Sérgio Moro, a operação atende a um desejo pessoal de vingança.

Friboi, BRF e a “ética” do livre-mercado


Por Gustavo Henrique Freire Barbosa, no site Outras Palavras:

No capítulo de O Capital sobre a jornada de trabalho, Marx trata da adulteração do pão revelada pelo relatório do comitê da Câmara dos Comuns elaborado nos anos de 1855 e 1856 em Londres. Muito embora tenha reconhecido a irregularidade na produção de pães, o comitê, tratando com a “mais terna delicadeza o free trader que compra e vende mercadorias adulteradas to turn an honest penny (para ganhar um centavo honesto)”, concluiu que o livre-comércio abrangeria também o direito de comercializar produtos falsificados, levando o pensador alemão a tecer críticas mais do que pertinentes à incrível condescendência das instituições inglesas: “o inglês, tão apegado à Bíblia, sabia que o homem, quando não se torna capitalista, proprietário rural ou sinecurista pela Graça Divina, é vocacionado a comer seu pão com o suor de seu rosto, mas ele não sabia que esse homem, em seu pão diário, tinha de comer certa quantidade de suor humano, misturada com supurações de abscessos, teias de aranha, baratas mortas e fermento podre alemão, além de alune, arenito e outros agradáveis ingredientes minerais” [1].

Pressão para derrotar a reforma trabalhista

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                        
Os deputados Wadih Damous e Benedita da Silva, do Partido dos Trabalhadores, promoveram nesta segunda-feira, 20 de março, em nome da Comissão da Reforma Trabalhista da Câmara dos Deputados, um seminário para debater a proposta de reforma da CLT que tramita na Câmara dos Deputados. O evento aconteceu na Faculdade Nacional de Direito, na Praça da República, Centro do Rio.

- O governo Temer quer enfiar goela abaixo do povo brasileiro, sem debate, essa reforma que representa um retrocesso brutal. A ideia da bancada de apoio ao governo golpista, inclusive, é votar em caráter terminativo o projeto na comissão, sem levá-lo ao plenário. Se isso acontecer, vamos recorrer na própria comissão e depois no plenário. Diante de todas essas dificuldades, nós convidamos pessoas de altíssimo nível para esse seminário, com o objetivo de melhor enfrentarmos o debate – disse o deputado Wadih.