sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Quem é Carlos Marun, o deputado da dancinha

Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:

Definida a votação em que a Câmara salvou o presidente Michel Temer de uma denúncia por formação de quadrilha e obstrução da Justiça, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) não conseguiu esconder sua alegria na noite de quarta-feira, 25. Em frente a jornalistas, dançou e cantou. "Tudo está no seu lugar. Graças a Deus, graças a Deus. Surramos mais uma vez essa oposição, que não consegue nenhuma ganhar". A música, com sua rima improvisada, foi flagrada pela Folha de S.Paulo.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Gilmar, Barroso e o barraco no Supremo

Do blog Socialista Morena:

Foi um barraco hoje no Supremo Tribunal Federal. O ministro Luís Roberto Barroso fez críticas duríssimas a seu colega Gilmar Mendes diante das câmeras da TV Justiça. Chamou Gilmar de mentiroso, de julgar movido pelo ódio e pelo compadrio, e de ser leniente com os crimes de colarinho branco. “Nós prendemos, tem gente que solta”, alfinetou Barroso, em referência ao habeas corpus concedido por Gilmar Mendes ao empresário do ônibus do Rio de Janeiro Jacob Barata, de cuja filha foi padrinho de casamento.

Salvo, Temer fará jorrar maldades

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois de escapar da segunda denúncia criminal ao custo de R$ 32 bilhões, Temer vai despejar sobre o Brasil um saco abarrotado de maldades, entreguismos e retrocessos. Só que agora enfrentando um Congresso mais guloso e dono de si, que disputará com o Executivo a condução da agenda. Medidas mais impopulares, como a reforma previdenciária, o Congresso vai desidratar, mas eles vão se entender no que for de interesse do poder econômico. A nova fase começa amanhã com o leilão do pré-sal, que fará a festa das petroleiras estrangeiras. Na semana que vem Temer já envia ao Congresso o projeto que estabelece a modelagem da venda da Eletrobrás para acelerar a entrega do setor elétrico ao capital privado, colocando em risco a segurança energética do país. Se hoje a energia é cara, quando deixar de ser serviço público e virar mercadoria é que veremos.

Temer virou um "refém" do Congresso

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

O resultado da Câmara, ontem (25), foi uma vitória esperada, mas sofrida para integrantes da base do governo, que não imaginavam ter tanto trabalho para conseguir reunir os deputados aliados para a votação. A primeira surpresa foi a mobilização bem estruturada dos oposicionistas, que conseguiram fazer barulho num ato público pela obstrução da sessão. Mas o que mais chamou a atenção do Palácio do Planalto foi a determinação de vários parlamentares que apoiam o governo em se dizerem na dúvida até o final.

Empresa devedora financia evento da 'Veja'

Por Renato Rovai, em seu blog:

A revista Veja realizará, em novembro, um evento pago que reunirá Sérgio Moro, Luciano Huck, Henrique Meirelles, João Doria e outros nomes, que serão entrevistados por jornalistas da publicação da editora Abril. Além destes, participarão do “Amarelas Ao Vivo” Geraldo Alckmin, Marina Silva, Jô Soares, Luís Roberto Barroso e Jair Bolsonaro.

A patrocinadora master do evento é a Refinaria Manguinhos, maior devedora do ICMS do Rio de Janeiro. Até maio, a Manguinhos devia cerca de R$ 5 bilhões aos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Em São Paulo, existem R$ 1,6 bilhão inscritos na dívida ativa da empresa e no Rio de Janeiro a dívida superava R$ 2,4 bilhões. A empresa contesta essas dívidas na Justiça.

Povo não cabe no projeto que a elite quer

Por José Dirceu, no blog Nocaute:

Estaria o nacionalismo condenado e viveríamos um mundo sem fronteiras nacionais, regido pela globalização, pela abertura dos mercados – principalmente financeiros – a caminho de um governo mundial?

Pode parecer piada de mau gosto, mas, no fundo, o substrato de toda a fundamentação, há décadas da avalanche da globalização, está no bordão do fim. Não da história, mas do conceito de nação e de sua própria existência, pelo menos como ente estatal, já que seria muita pretensão desconhecer as nações. Seria como se voltássemos e regredíssemos à Idade Média.

Crônica de um país dominado pelo crime

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O que se tem, nesse exato momento, é um vácuo político amplo no cenário brasileiro.

A grande lambança do impeachment esgotou os templários, que guerrearam na linha de frente. A terra começa a se assentar. E, agora, em cima da terra arrasada, observa-se um saque indiscriminado, com os órgãos de controle inertes, sem condições políticas e institucionais de agirem.

Os principais personagens do impeachment estão no seguinte estágio:

STF

Aécio se tornou a tornozeleira dos tucanos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A melhor definição que li sobre o impensável apelo de Aécio Neves para permanecer, ainda que “licenciado” na presidência do PSDB, até meados de dezembro, quando se elegerá a nova Executiva do partido foi feita por Cláudio S., um leitor-comentarista do Estadão:

– Na boa, começo a achar que o Aécio é petista. Nitidamente ele quer acabar de afundar o PSDB.

Acho até que o PSDB já afundou, para desespero do senhor Geraldo Alckmin que, a se somar a sua sensaboria de chuchu e ao enfant terrible que pôs na prefeitura paulistana, tem de engolir o velho adversário interno como carga insuportável sobre suas chances eleitorais.

A dancinha de Carlos Marun e o Brasil canalha

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O deboche. A canalhice saltitante. A impunidade. O escárnio.

Carlos Marun comemorou o enterro da segunda denúncia contra seu chefe Michel Temer da maneira adequada a seu tipo de gente.

Saiu pelo plenário cantando “Tudo Está no Seu Lugar”, de Benito Di Paula, dando passinhos de dança.

Leilão do pré-sal e a perda da soberania

Por Jaqueline Deister, no jornal Brasil de Fato:

Com o argumento de ‘retomada da indústria do petróleo e gás no Brasil’, governo federal e Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) defendem as duas rodadas de leilão das oito áreas do pré-sal que ocorre no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (29). Porém, por trás da dita ‘retomada’ há uma política de desvalorização dos recursos naturais brasileiros.

Dados da Petrobras apontam que a primeira marca de 1 milhão de barris de petróleo por dia foi atingida em menos de dez anos depois da primeira descoberta do pré-sal. Para se ter uma ideia, antes do pré-sal, foram necessários 45 anos para que a empresa atingisse o primeiro milhão.

PSDB salva Temer e vai pra lata de lixo

"Todo mundo pergunta: onde está o Brasil?"

Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:

O Brasil deixou de ter uma política externa e um projeto nacional. Na verdade, o que existe hoje é um projeto anti-nação, um assustador processo de desnacionalização e de destruição de ativos nacionais. O diagnóstico é do ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que participou nesta quarta-feira (25) da sétima edição do Fórum de Grandes Debates, promovido pela presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Amorim foi recebido, no final da tarde, pelo presidente da Assembleia, deputado Edegar Pretto (PT), conversou com jornalistas e, logo e seguida, proferiu uma conferência no auditório Dante Barone. O ex-chanceler do governo Lula criticou os rumos da política externa brasileira no governo Temer que, segundo ele, abandonaram completamente o protagonismo que o Brasil vinha exercendo nos últimos anos, voltando a assumir uma postura subalterna aos interesses econômicos e políticos de Washington.

A pilhagem da Petrobras vai ter troco

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O caráter nefasto do leilão marcado para 6ª feira, 27 de outubro, quando a atual direção da Petrobras pretende se desfazer das principais reservas de petróleo e gás do país, justifica todo esforço para que a Justiça impeça a venda. Merecem apoio, por isso, as múltiplas ações que tentam confrontar a venda na Justiça, como o mandado de segurança do senador Roberto Requião (PMDB-PR) ao Supremo, bem como uma ação popular que na noite de ontem se encontrava nos preparativos finais.

O país se encontra num momento decisivo tanto para o futuro próximo como para o distante. Algo só comparável, talvez, à fundação da própria Petrobras, em 1953 – desta vez, com o sinal trocado, como um conto do vigário no qual o vendedor e o comprador se encontram em papéis invertidos.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A internet não é como você pensava

Por André Takahashi, no site Outras Palavras:

A websérie documentário Xploit Internet sob Ataque trata das questões invisíveis que regem os caminhos da internet. Das leis em tramitação no Congresso Nacional, dos seus direitos enquanto usuário, de como a coleta indiscriminada dos seus dados pessoais afeta a sua vida.

Indicada para concorrer aos prêmios de “Melhor Roteiro de Não Ficção” e “Melhor Série de Documentário” do III Festival Internacional de Webséries do Rio (Rio WebFest 2017) com concorrentes do Brasil e do mundo, Xploit coloca a Internet em uma outra – e preocupante – perspectiva.

FGTS e os impactos da reforma trabalhista

Por Marília Ceci Cubero, no site Brasil Debate:

Keynes enxergava sua contribuição teórica como uma explicação para os motivos pelos quais o emprego e a produção estão suscetíveis a flutuações. No quadro de uma economia monetária da produção, encontrou a explicação para variação do emprego e da renda na tomada de decisão de gasto dos agentes econômicos, principalmente no que se refere à decisão de gasto em investimento.

A variação do gasto em investimentos decorre da necessidade dos agentes tomarem suas decisões em uma economia envolta por expectativas, na qual cálculos probabilísticos não têm a capacidade de abrandar a incerteza. Um dos problemas decisivos para a efetivação do investimento está na disponibilidade de fontes de financiamento adequadas às condições de maturação, risco e retorno esperado.

O pré-sal deveria ser dos brasileiros

Por Manoel Dias

Diferentemente do que nossas retrógradas elites desnacionalizadas diziam sobre a área do Pré-Sal, após 11 anos de sua descoberta, a sua exploração compete com os gigantes petrolíferos localizados no Oriente Médio, conforme noticiou a manchete do jornal Estadão de 21 de outubro de 2017.

As limitações tecnológicas foram superadas e, atualmente, a produção de 1,5 milhão de barril/dia corresponde a mais da metade da produção nacional do nosso país, tornando-o mais lucrativo e competitivo.

A descoberta e a exploração da camada do Pré-Sal são frutos da tecnologia desenvolvida pela Petrobras, – empresa estatal criada em 1953, por Getúlio Vargas, - símbolo da nossa soberania nacional, e que desempenha papel fundamental para o desenvolvimento do nosso país, em investimentos nas áreas sociais e infraestrutura. Na área da economia mundial coloca o Brasil em um patamar de competitividade e protagonismo com países como EUA, China e Rússia, e o Oriente Médio, atuais líderes de mercado.

A temporada de malhação a Jessé Souza

Por Gilberto Maringoni, na revista Fórum:

Jessé Souza está granjeando antipatias à direita é à esquerda por fazer uma demolidora crítica ao que chama de “elite do atraso” e por ter tocado nos fundamentos conceituais abraçados por larga parte da esquerda brasileira surgida após 1980. Trata-se – em ambos os casos – do viés anti-Estado, anti-planejamento e abertamente anticomunista desses segmentos. Em outras palavras, ele chamou para a briga setores que se valem de arsenal teórico marcado por nem sempre claros laços com o liberalismo.

A entrega do pré-sal a um centavo o litro

Do site da FUP:

Uma década após a Petrobrás ter descoberto a maior reserva de petróleo da atualidade, as multinacionais comemoram o bilhete premiado que estão prestes a ganhar do governo golpista. Na sexta-feira, 27, serão realizados dois leilões simultâneos do pré-sal, para entrega de oito grandes áreas exploratórias, que contêm pelo menos 12 bilhões de barris de petróleo de altíssima qualidade, que custará às multinacionais R$ 0,01 o litro.

A conduta inaceitável de Temer

Editorial do site Vermelho:

O balcão de negócios em que se transformou a presidência da República, com o único intuito de salvar a pele do ilegítimo Michel Temer, não tem paralelo em nossa história, assim como era inédito o fato de um presidente da República ser denunciado como criminoso, no exercício do cargo.

Nas negociatas, a moeda de troca infame são os direitos do povo e dos trabalhadores, e a soberania nacional. A nação brasileira assiste estarrecida à permuta de votos por liberação de trabalho escravo e isenção de multas ambientais de latifundiários inescrupulosos; vergonhosas transações com multas e dívidas junto à Fazenda Nacional em favor de empresários sonegadores e até de parlamentares; liberação de emendas orçamentárias e promessas de recursos até mesmo do orçamento de 2018, que sequer foi aprovado; nomeações para cargos públicos como nunca se viu na história desse país.

Temer, Aécio e as barganhas do diabo

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Tão logo terminada a comemoração de vitória alcançada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), conquistada com pouco suor e muito dinheiro, o mandatário ilícito Michel Temer iniciou a distribuição de benesses para aqueles parlamentares que não se desgarraram das promessas feitas aos pés do governante.

Ele valeu-se dos argumentos desconexos do relator Bonifácio Andrada, talvez “Bonifácil”, no cenário hipócrita de que a acusação de corrupção e obstrução da Justiça era frágil e equivocada. Todo mundo sabia que não.