quinta-feira, 9 de novembro de 2017
A cruzada rentista contra o crédito público
Por Marcelo P. F. Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
Sejamos diretos. A equipe econômica do governo Temer age em diversas frentes para liquidar com o crédito público no país. Primeiro trataram de acabar com a TJLP (taxa de juros de longo prazo) que era aplicada nos empréstimos concedidos pelo BNDES para financiar os investimentos produtivos no país. Sob o argumento de que o diferencial da TJLP (mais baixa) para a Selic (extremamente alta) resultava em custo fiscal excessivo, eliminaram a primeira, deixando pendurado no pincel todo aquele que pretender realizar algum investimento de longo prazo no Brasil – sem subsídio, diante da volatilidade dos juros de mercado e sujeito a um horizonte pra lá de opaco, não há cálculo econômico capaz de induzir qualquer atividade capitalista lícita que não seja de curto prazo ou que não esteja amparada por financiamento externo.
Sejamos diretos. A equipe econômica do governo Temer age em diversas frentes para liquidar com o crédito público no país. Primeiro trataram de acabar com a TJLP (taxa de juros de longo prazo) que era aplicada nos empréstimos concedidos pelo BNDES para financiar os investimentos produtivos no país. Sob o argumento de que o diferencial da TJLP (mais baixa) para a Selic (extremamente alta) resultava em custo fiscal excessivo, eliminaram a primeira, deixando pendurado no pincel todo aquele que pretender realizar algum investimento de longo prazo no Brasil – sem subsídio, diante da volatilidade dos juros de mercado e sujeito a um horizonte pra lá de opaco, não há cálculo econômico capaz de induzir qualquer atividade capitalista lícita que não seja de curto prazo ou que não esteja amparada por financiamento externo.
Waack e a hipocrisia desmascarada
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Ocupando um dos mais destacados postos da televisão brasileira, a queda de Willian Waack após a divulgação de comentários de óbvio sentido racista está destinada a marcar uma fronteira na cultura brasileira.
Hoje o principal aparelho ideológico de preservação da ordem política vigente – que tem na manutenção da segregação dos afrodescendentes um de seus pilares essenciais – a TV Globo faz da hipocrisia um recurso ideológico particular.
Ocupando um dos mais destacados postos da televisão brasileira, a queda de Willian Waack após a divulgação de comentários de óbvio sentido racista está destinada a marcar uma fronteira na cultura brasileira.
Hoje o principal aparelho ideológico de preservação da ordem política vigente – que tem na manutenção da segregação dos afrodescendentes um de seus pilares essenciais – a TV Globo faz da hipocrisia um recurso ideológico particular.
William Waack foi vítima de fogo amigo?
Por Renato Rovai, em seu blog:
A Globo já afastou William Waack da apresentação do Jornal da Globo, numa decisão tão contundente quanto rápida. Na nota, disse que “é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações”.
A Revista Fórum se não foi o primeiro veículo a publicar a história, foi um dos primeiros. Porque a história surgiu no Twetter e o redator, Julinho Bittencourt, por um acaso, seguia alguém que teve acesso ao vídeo logo que foi postado.
A Globo já afastou William Waack da apresentação do Jornal da Globo, numa decisão tão contundente quanto rápida. Na nota, disse que “é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações”.
A Revista Fórum se não foi o primeiro veículo a publicar a história, foi um dos primeiros. Porque a história surgiu no Twetter e o redator, Julinho Bittencourt, por um acaso, seguia alguém que teve acesso ao vídeo logo que foi postado.
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
A mídia e os fascistas que queimam "bruxas"
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
A Folha batizou de “grupos conservadores” os celerados que atearam fogo a uma boneca de Judith Butler enquanto gritavam “queimem a bruxa” em frente ao Sesc-Pompeia.
O mesmo jornal define Olavo de Carvalho como “referência do conservadorismo no Brasil”. Jair Bolsonaro já foi classificado como “nome conservador”. O Estadão também assim o intitula.
O que mais falta esses radicais fazerem para ser denominados pelo que são? O termo “extremistas de direita” não existe nos manuais da redação?
O mesmo jornal define Olavo de Carvalho como “referência do conservadorismo no Brasil”. Jair Bolsonaro já foi classificado como “nome conservador”. O Estadão também assim o intitula.
O que mais falta esses radicais fazerem para ser denominados pelo que são? O termo “extremistas de direita” não existe nos manuais da redação?
As três visões em disputa na eleição de 2018
Por Antônio Augusto de Queiroz, no site do Diap:
Nas eleições gerais de 2018, o eleitor terá de optar por uma das três seguintes visões sobre o papel do Estado: 1) o Estado de bem-estar social, 2) o Estado liberal-fiscal e o 3) Estado penal. Para cada um desses desenhos de Estado haverá candidatos competitivos.
A primeira pressupõe um Estado capaz de garantir diretamente ao cidadão, do nascimento à morte, o fornecimento de bens e serviços, como acesso a saúde, educação e segurança gratuitas, e indiretamente, por meio da regulação, da igualdade de oportunidades para que possa ascender econômica, cultural e socialmente.
Nas eleições gerais de 2018, o eleitor terá de optar por uma das três seguintes visões sobre o papel do Estado: 1) o Estado de bem-estar social, 2) o Estado liberal-fiscal e o 3) Estado penal. Para cada um desses desenhos de Estado haverá candidatos competitivos.
A primeira pressupõe um Estado capaz de garantir diretamente ao cidadão, do nascimento à morte, o fornecimento de bens e serviços, como acesso a saúde, educação e segurança gratuitas, e indiretamente, por meio da regulação, da igualdade de oportunidades para que possa ascender econômica, cultural e socialmente.
Quem é Fernando Segovia, novo chefão da PF
Da revista CartaCapital:
Em maio de 2016, o Brasil descobriu o conteúdo de uma conversa entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. O diálogo descortinava o fato de que o impeachment de Dilma Rousseff (PT) era, ao menos em parte, uma estratégia para barrar as investigações da Operação Lava Jato. "Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria", disse Jucá. "É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional", respondeu Machado. "Com o Supremo, com tudo", concluiu o parlamentar.
Em maio de 2016, o Brasil descobriu o conteúdo de uma conversa entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. O diálogo descortinava o fato de que o impeachment de Dilma Rousseff (PT) era, ao menos em parte, uma estratégia para barrar as investigações da Operação Lava Jato. "Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria", disse Jucá. "É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional", respondeu Machado. "Com o Supremo, com tudo", concluiu o parlamentar.
Huck topa qualquer negócio: DEM, PPS e Rede
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Fernanda Karakovicz, em O Globo, conta que o “apresentador de TV e empresário Luciano Huck encomendou pesquisas para medir suas intenções de voto para presidente da República e que, dependendo dos resultados, vai escolher o partido-hospedeiro em que se alojará: DEM, PPS ou a Rede de Marina Silva, segundo o jornal.
Pelo menos um, o PPS da lamentável figura de Roberto Freire já disse que estenderá “o tapete vermelho” para as “reinações do narizinho” em sua brincadeira de ser candidato. Na Rede, se não fizer coligações, não tem tempo de televisão. E acho que não sobra um parlamentar sequer no no partido.
Fernanda Karakovicz, em O Globo, conta que o “apresentador de TV e empresário Luciano Huck encomendou pesquisas para medir suas intenções de voto para presidente da República e que, dependendo dos resultados, vai escolher o partido-hospedeiro em que se alojará: DEM, PPS ou a Rede de Marina Silva, segundo o jornal.
Pelo menos um, o PPS da lamentável figura de Roberto Freire já disse que estenderá “o tapete vermelho” para as “reinações do narizinho” em sua brincadeira de ser candidato. Na Rede, se não fizer coligações, não tem tempo de televisão. E acho que não sobra um parlamentar sequer no no partido.
Privatista da Petrobras censura economista
Do blog Nocaute:
Pedro Pullen Parente, o príncipe da privataria dos golpistas – que já havia prestado os mesmos serviços ao tucanato, na era FHC – é hoje o responsável pela venda da Petrobrás e do Pré-Sal a preço de banana na bacia das almas das multinacionais. Mas o elemento não gosta de críticas, e está movendo um processo criminal por calúnia, difamação e injúria contra o economista William Nozaki, que o criticou em um artigo publicado na revista Carta Capital. Veja a seguir o texto postado por Nozaki no Facebook.
Ana Amélia espalha 'fake news` contra o MST
Reprodução Facebook |
A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) protagonizou nesta segunda-feira, 6 de novembro, uma patética cena ao embarcar em uma fake news publicada pelo site de vazamentos O Antagonista, conhecido na rede por divulgar notícias falsas e duvidosas. Sem se certificar do ocorrido, Ana Amélia subiu à tribuna no plenário do Senado, espalhou a falsa notícia e aproveitou para espumar ódio ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra e ao ex-presidente Lula, acusando o MST de ter invadido uma área produtiva em Correntina, na Bahia.
As lições do chavismo à esquerda brasileira
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Ora, ora, vejam só, a crise na Venezuela praticamente desapareceu dos noticiários da mídia monopolista do Brasil. Como num passe de mágica deixaram de ocupar as manchetes as gôndolas vazias de supermercados, os confrontos de rua, “a brutal repressão chavista”, a queda iminente de um governo “rejeitado internamente e isolado internacionalmente.”
Por trás desse sumiço está o erro de cálculo cometido pelos formuladores e operadores do cerco golpista e sabotador ao governo do presidente Maduro : o menosprezo aos anos a fio dedicados pela revolução bolivariana à formação e conscientização política do povo. Essa política deixou um saldo organizativo de dezenas de milhares de comitês revolucionários em bairros, escolas e fábricas.
Ora, ora, vejam só, a crise na Venezuela praticamente desapareceu dos noticiários da mídia monopolista do Brasil. Como num passe de mágica deixaram de ocupar as manchetes as gôndolas vazias de supermercados, os confrontos de rua, “a brutal repressão chavista”, a queda iminente de um governo “rejeitado internamente e isolado internacionalmente.”
Por trás desse sumiço está o erro de cálculo cometido pelos formuladores e operadores do cerco golpista e sabotador ao governo do presidente Maduro : o menosprezo aos anos a fio dedicados pela revolução bolivariana à formação e conscientização política do povo. Essa política deixou um saldo organizativo de dezenas de milhares de comitês revolucionários em bairros, escolas e fábricas.
"Queimem a bruxa", gritam os fascistas em SP
Por Juliana Gonçalves, no site The Intercept-Brasil:
Aproveitando a passagem da feminista, lésbica, judia, ativista LGBT e teórica queer Judith Butler pelo Brasil, um grupo de direita se inspirou livremente na Idade Média para promover uma caça às bruxas em pleno 2017, fazendo uma queima simbólica da filósofa em um protesto em frente ao Sesc Pompeia, nesta terça (7), em São Paulo. Empunhando crucifixos, manifestantes atearam fogo em uma boneca vestida bruxa com o rosto de Butler aos gritos de “queimem a bruxa!”
Com apoio do mídia, Temer ataca a Caixa
O principal banco público do Brasil e o maior da América Latina está sob ataque. O alerta foi feito por Jair Pedro Ferreira, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), durante entrevista coletiva a meios alternativos, nesta terça-feira (7). O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé sediou e transmitiu a coletiva em tempo real.
Representando 27 associações e cerca de 53 mil associados, Ferreira destacou a importância da Caixa para o povo brasileiro: os bancos públicos cumprem o papel de atender às massivas parcelas da população que não contemplam o interesse do poder econômico e dos bancos privados.
Representando 27 associações e cerca de 53 mil associados, Ferreira destacou a importância da Caixa para o povo brasileiro: os bancos públicos cumprem o papel de atender às massivas parcelas da população que não contemplam o interesse do poder econômico e dos bancos privados.
PF terá saudade dos governos petistas
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados |
Ainda nesta tarde, o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, terá um encontro com Temer no Palácio do Planalto. Nada mais revelador de que algo mudará na relação entre o governo e a PF do que este encontro de beija-mão. Lula e Dilma nunca se reuniram com diretores da instituição, oficialmente subordinada ao ministro da Justiça. Foi com Lula na Presidência e Marcio Thomás Bastos no Ministério da Justiça que a PF começou a ganhar a independência de que hoje desfruta, e que já lhe permitiu, inclusive, invadir o escritório da Presidência da República em São Paulo sem que o Planalto fosse informado. O alvo era Lula e Dilma era a presidente.
terça-feira, 7 de novembro de 2017
MST rechaça a criminalização midiática
Do site do MST:
Entre domingo (5) e esta segunda-feira (6), mais uma corrente de desinformação circulou em diversas redes sociais, empurrando para frente uma preconceituosa especulação de que o MST havia se envolvido em uma invasão, que resultou em destruição das instalações da fazenda Igarashi e Curitiba, no interior da Bahia. Não bastasse, alguns veículos de imprensa e sites de emissão de pensamento de direita deram vazão a essas mentiras.
Entre domingo (5) e esta segunda-feira (6), mais uma corrente de desinformação circulou em diversas redes sociais, empurrando para frente uma preconceituosa especulação de que o MST havia se envolvido em uma invasão, que resultou em destruição das instalações da fazenda Igarashi e Curitiba, no interior da Bahia. Não bastasse, alguns veículos de imprensa e sites de emissão de pensamento de direita deram vazão a essas mentiras.
A ousadia revolucionária de 1917 está viva
Editorial do site Vermelho:
Os operários de Paris tomaram o céu de assalto, escreveu Karl Marx, saudando a Comuna de Paris de 1871. Parafraseando Marx, o povo russo tomou a Terra de assalto em 1917. Sob o slogan bolchevique de paz, terra e pão, assumiram revolucionariamente o governo e deram os primeiros passos para construir uma sociedade e uma civilização mais humana e avançada. E também no sentido literal de dar a terra para quem a trabalha.
A revolução russa de 1917 iniciou uma etapa nova na história da humanidade: aquela que aponta para a ultrapassagem da divisão da sociedade em classes antagônicas, na qual o trabalho e o esforço de todos são voltados para o atendimento do bem comum e não apenas, como no capitalismo, para atender à ganância pelo lucro do capital.
Os operários de Paris tomaram o céu de assalto, escreveu Karl Marx, saudando a Comuna de Paris de 1871. Parafraseando Marx, o povo russo tomou a Terra de assalto em 1917. Sob o slogan bolchevique de paz, terra e pão, assumiram revolucionariamente o governo e deram os primeiros passos para construir uma sociedade e uma civilização mais humana e avançada. E também no sentido literal de dar a terra para quem a trabalha.
A revolução russa de 1917 iniciou uma etapa nova na história da humanidade: aquela que aponta para a ultrapassagem da divisão da sociedade em classes antagônicas, na qual o trabalho e o esforço de todos são voltados para o atendimento do bem comum e não apenas, como no capitalismo, para atender à ganância pelo lucro do capital.
Duas gratas surpresas da Mostra de Cinema
Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Rede Brasil Atual:
Como de hábito a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo nos reserva agradáveis surpresas. Este ano não foi diferente. Django e O jovem Karl Marx são filmes que merecem ser vistos com carinho e atenção quando entrarem em cartaz no circuito comercial.
Django é um documentário dramatizado sobre a luta do músico que dá título ao filme – o guitarrista de jazz Django Reinhardt (nascido na Bélgica, em 1910, e falecido na França, em 1953) – para manter sua integridade artística, numa França ocupada pelos nazistas.
Django é um documentário dramatizado sobre a luta do músico que dá título ao filme – o guitarrista de jazz Django Reinhardt (nascido na Bélgica, em 1910, e falecido na França, em 1953) – para manter sua integridade artística, numa França ocupada pelos nazistas.
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