segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Desastre anunciado: o golpe dentro do golpe

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Com as quadrilhas no poder é impossível negociar, e peço perdão pela obviedade. Outra é a seguinte: não há saída afora um protesto popular maciço e destemido, como, em situações similares, se deu em outros países. Dói-me pronunciar a terceira obviedade: não há como esperar pela revolta do povo espezinhado no país da casa-grande e da senzala.

Creio firmemente que, de volta à Presidência, Lula saberia recolocar o País na rota certa. Está muito além de claro, contudo, que o objetivo principal do golpe de 2016 é alijar o ex-presidente da próxima etapa eleitoral.

Greve nacional contra o ataque à Previdência

Editorial do site Vermelho:

Seguindo sua tradição de luta, que se confirma cotidianamente, os trabalhadores brasileiros realizarão uma greve nacional em 5 de dezembro, em defesa de seus direitos e contra a reforma da Previdência, que piora em muito as restrições já existentes (como o fator previdenciário, por exemplo) e impede, na prática, que os trabalhadores se aposentem tamanhas são as restrições aos direitos previdenciários que Michel Temer tenta impor.

Temer será candidato com três stents?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A eleição presidencial do ano que vem continua incerta quanto aos concorrentes e não sabemos sequer se vai mesmo acontecer. Mas esta semana trará algumas definições, embora esteja longe, muito longe, o clareamento do quadro.

Para começar, devemos ter hoje a desistência de Luciano Huck, num aviso para o bloco anti-Lula de que não é muito simples fabricar um candidato “outsider”, dotado de popularidade e amparado por alguma máquina, no caso a da Globo. Como Dória queimou a largada, vai restando apenas Jair Bolsonaro , um anti-Lula que as elites consideram temerário. Sua rusticidade política sugere que seu teto de crescimento é baixo e que num segundo turno com Lula produziria uma torrente de voto útil favorável ao petista.

Antes do Huck, outros foram capa da IstoÉ

Por Renato Rovai, em seu blog:

A ex-revista IstoÉ dá a capa desta semana ao apresentador Luciano Huck, aquele que escreveu um texto indignado na Folha por ter tido seu Rolex roubado. Aquele que estava ao lado de Aécio Neves na fatídica foto da apuração de 2014.

Isto É de hoje vale o quanto pagam. Ou seja, manda pra capa quem lhe oferecer mais possibilidades de negócios futuros. Ou presentes. Foi assim com Aécio, Temer, Doria e agora Huck.



A EBC e o grito parado no ar

Por Ricardo Melo, no blog Cafezinho:

Foi preciso um ator de renome, num momento de rara altivez nos dias de hoje, para que o drama brasileiro viesse a público sem disfarces. Convidado para um programa na TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação, Pedro Cardoso rasgou o verbo literalmente. A empresa está em greve, e ele não fora avisado. Ao vivo, disse desconhecer a fundo as reivindicações dos funcionários, mas soube que o movimento era contra um governo golpista, o que, para ele, já dizia o suficiente.

Torcedor é a maior vítima da sujeira na Fifa

Por Felipe Mascari, na Rede Brasil Atual:

O cenário internacional do futebol vive seu momento de maior turbulência. Cercado de denúncias, como a compra de votos do Catar para sediar a Copa do Mundo de 2022, ou de propinas pagas por emissoras de televisão, incluindo a Rede Globo, para transmissões do evento da Fifa, o torcedor é a principal vítima dessa estrutura corrompida do esporte. É o que aponta o jornalista especializado na cobertura internacional e autor do livro Política, Propina e Futebol (Cia das Letras, 2015), Jamil Chade.

domingo, 26 de novembro de 2017

Marun, o jagunço de Cunha e Temer, dançou?

Por Altamiro Borges

No show de horrores que castiga o país, com golpes e retrocessos inimagináveis no passado, algumas figuras grotescas se projetam no lodaçal político e ganham os holofotes da mídia. Um deles é o deputado Carlos Marun, do PMDB do Mato Grosso do Sul. Antes inexpressivo e medíocre, ele agora virou um astro em Brasília. Na votação da segunda denúncia contra Michel Temer por formação de quadrilha e obstrução da Justiça, ele até ensaiou uma dancinha em frente às câmeras de tevê. Devido aos serviços prestados, na semana passada o parlamentar foi cotado para assumir o cargo de ministro da Articulação Política – no lugar do desgastado tucano Antonio Imbassahy. O anúncio só não se confirmou porque gerou ainda maiores atritos no covil golpista. A máfia não se entende!

Temer e os escravos do final de semana

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O anúncio está aí, no jornal, bem nítido, incontestável.

Falta mostrar a conta da reforma trabalhista de Michel Temer.

Cinco horas, aos sábados e domingos – em geral, 9 dias por mês- a R$ 4,45 a hora, cinco horas por dia.

Salário mensal de R$ 200,25.

Menos de um quarto do salário mínimo que se ganha com 22,5 dias úteis do mês corrido.

O antipetismo não paga as contas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde que começaram os eventos que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff, os que pretendiam ocupar o lugar dos políticos petistas então caídos em desgraça adotaram uma fórmula única para “justificar” de atos de corrupção a fracassos administrativos, bem como medidas antipopulares e, portanto, impopulares: discursos contra o PT.

O mais curioso é que, ao mesmo tempo em que sabem que medidas como reforma trabalhista, terceirização e redução drástica de programas sociais são medidas que se tornaram altamente impopulares, os políticos tucanos e peemedebistas – a começar por Michel Temer – desencadeiam campanhas publicitárias para tentar fazer a população aceitar aquilo que não quer.

Direita perdeu Huck e teme Lula

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Procurando, a todo custo, evitar que a campanha de 2018 se transforme num plebiscito sobre as reformas que jogaram os direitos do povo no lixo e colocaram a soberania do país num abismo, com a desistência de Luciano Huck as forças que organizam o continuísmo camuflado de Michel Temer ficaram privadas de uma candidatura sem as mãos sujas pelo golpe que afastou Dilma e abriu as portas para uma etapa especialmente nefasta da história brasileira.

Raquel Dodge não vai investigar a Globo

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

A decisão da procuradora geral Raquel Dodge de encaminhar a denúncia contra a Globo por corrupção tem tudo para não dar em nada. Lembra o que aconteceu em 2014, quando um grupo de blogueiros, com o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e o Mega Cidadania à frente, foi ao Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e entregou uma representação com 25 páginas do processo da Receita Federal em que os donos da TV Globo são responsabilizados pela prática de crime contra a ordem tributária.

O procurador recebeu os documentos e encaminhou para a Polícia Federal, que abriu inquérito. “Tinha grande esperança de que o crime fosse, finalmente, apurado, em razão da independência do Ministério Público”, diz Alexandre César Costa Teixeira, autor do blog Mega Cidadania.

Reforma trabalhista: 'uberização' do trabalho

Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

As recentes mudanças na legislação trabalhista vão ampliar um processo de "uberização" do mercado de trabalho, ou seja, um novo estágio de exploração, focado no enaltecimento do trabalho autônomo e com pouca cobertura de direitos sociais. Esta é a avaliação da pesquisadora Ludmila Costhek Abílio, do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Segundo ela, o processo de precarização tomou visibilidade com a empresa estadunidense Uber, que divulgou recentemente ter 500 mil motoristas no Brasil. No entanto, ela pontua que o processo de precarização não é recente e nem começa com as plataformas digitais.

Direita segue em busca do seu candidato

Por Matheus Tancredo Toledo, no site da Fundação Perseu Abramo:

De olho em 2018, os grupos que se posicionam à direita no espectro político seguem em busca de um candidato que seja capaz de vencer as eleições e derrotar, desta vez nas urnas, o PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o campo democrático-popular. Com o naufrágio da candidatura do prefeito de São Paulo João Dória (PSDB-SP), e o esfacelamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) perante a opinião pública, os nomes que disputam o posto de escolhido pelo centro e a direita nesse cenário de fragmentação são o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o deputado de extrema-direita Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e a ex-ministra Marina Silva (Rede-AC). Correm por fora as possíveis candidaturas do ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSD-SP), do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (Sem partido) e do apresentador da Rede Globo Luciano Huck (Sem partido) .

A reforma dos banqueiros contra o povo

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

De todas as crueldades impostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer, a reforma da previdência sempre pareceu a mais difícil de ser concretizada. A rejeição popular sempre foi enorme e o governo não conta com o mesmo apoio maciço do congresso como em votações anteriores. Diante das dificuldades, foram feitas algumas mudanças no texto, mas nada a ponto de alterar a essência devastadora dos direitos previdenciários. Preocupado com a ameaça do PSDB abandonar a barca furada governista, Temer convidou o nobilíssimo senador Aécio Neves para fazer a articulação e conseguir mais votos a favor da reforma. Não havia nome mais adequado para comandar este ataque aos aposentados.

Lava-Jato força delação contra Lulinha

Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

A Folha de S. Paulo deste domingo (26) prova que os procuradores de Curitiba não pensam em dar sossego ao ex-presidente Lula e família tão cedo. O título da reportagem, "Lava Jato pressiona Andrade Gutierrez a delatar filho de Lula", expõe a criação à fórceps de um escândalo sobre a Gamecorp. E a teoria da turma de Deltan Dallagnol não poderia ser mais curiosa: como a Andrade Gutierrez é uma empreiteira íntima de Aécio Neves - a ponto de pegar propina nas obras da Cidade Administrativa - decidiu comprar o filho de Lula para ter acesso à cúpula do PT.

O discurso de ódio envenena o Brasil

Por Xosé Hermida, no site Carta Maior:

“Artistas e feministas fomentam a pedofilia”. “El ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – responsável pelo maior programa de privatizações da história do Brasil – e o multimilionário húngaro-estadunidense George Soros patrocinam o comunismo”. “As escolas públicas, universidades e meios de comunicação foram dominados por uma `patrulha ideológica´ de inspiração bolivariana”. Inclusive “o nazismo nasceu da esquerda”. Bem-vindos ao Brasil da segunda década do Século XXI, um país onde um candidato a presidente que faz apologia pública da tortura e faz alarde de sua homofobia tem 20% das intenções de voto para as próximas presidenciais.

Basta de intermediários: Marinho presidente!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O notável colonista da Globo Overseas Lauro Jardim diz que o Luciano Huck vai anunciar numa "coletiva" nessa segunda-feira 27/XI que não é candidato a Presidente!

Agora, sim, é oficial: a Globo derrubou a candidatura daquele que o Farol de Alexandria tanto elogiou!

(Não deixe de ouvir a Rádio Navalha sobre o papel da Feiticeira e da Tiazinha nessa patriótica desistência.)

Huck desistiu da eleição? Mídia fica órfã!

Por Altamiro Borges

Em uma notinha lacônica, o jornal O Globo deste domingo (26) garante: “Luciano Huck não será candidato à Presidência, e amanhã anuncia oficialmente que está fora do páreo de 2018 numa entrevista em São Paulo”. A informação, que pode ser mais uma jogada de marketing do criador da “Tiazinha”, da “Feiticeira” e de outras aberrações midiáticas, deixa órfãos os donos de vários veículos de comunicação. Nos últimos dias, no esforço para criar um candidato-fantoche, o Estadão fraudou uma pesquisa sobre a alta popularidade do presidenciável da TV Globo. Já a revista “QuantoÉ” (IstoÉ) estampou na capa da edição desta semana: “O incrível Huck”. Merval Pereira, Eliane Cantanhêde e outros “calunistas” também obraram textos com fartos elogios à “novidade” na política.

sábado, 25 de novembro de 2017

Greve nacional contra fim da aposentadoria

Por Altamiro Borges

Com míseros 3% de aprovação, o ilegítimo Michel Temer ainda insiste em aprovar a “reforma da Previdência” – na verdade, o fim da aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. O covil golpista atua descaradamente na compra de deputados, liberando milhões em emendas parlamentares, e investe fortunas em publicidade na mídia chapa-branca, espalhando mentiras sobre o tema. Rodrigo Maia, o jagunço dos patrões que preside a Câmara Federal, voltou a fazer as pazes com o usurpador – sabe-se lá a que preço – e promete colocar a matéria em votação ainda em dezembro. Diante deste risco, todas as centrais sindicais se reuniram nesta sexta-feira (24) e aprovaram a convocação de uma greve nacional para o próximo dia 5.

O parlamentarismo à moda dos golpistas

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

De repente, não mais que de repente, Michel Temer introduziu no meio dessas intermináveis conversas sobre reformas imaginadas, em Brasília, o resgate do parlamentarismo, que considera o melhor remédio contra crises políticas, como solução exata para substituir o presidencialismo.
Caso o plano tenha sucesso, Temer propõe-se a fazer uma experiência ainda no período de governo dele.

Em uma dessas coincidências que ocorrem com frequência, às vezes somente no STF, tramitava naquele tribunal há 20 anos um mandado de segurança para avaliar a possibilidade de o Congresso fazer a mudança do sistema político sem a necessidade de consulta popular.