domingo, 4 de março de 2018

Centrais protestam no consulado dos EUA

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (5), a partir das 11 horas, as principais centrais sindicais do país farão um protesto diante do consulado dos EUA em São Paulo. O objetivo é condenar a decisão do presidente Donald Trump, que anunciou na semana passada que irá impor uma sobretaxa de 25% nas importações de aço e de 10% nas de alumínio. A medida deve afetar duramente o setor de minérios no Brasil, resultando em mais falências e desemprego. Enquanto o usurpador Michel Temer, que assaltou o poder com o apoio do império ianque, promove o entreguismo das empresas e das riquezas nacionais – como o pré-sal –, Donald Trump fecha a economia dos EUA. Vale o ditado: façam o que falo, não façam o que eu faço!

O verdadeiro inimigo da classe trabalhadora

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

O editorial do Jornal Estado de São Paulo publicado nesta quarta-feira (28), com o título os "Sindicatos contra o trabalhador", é mais uma peça venenosa contra o livre direito à organização contido em nossa Constituição. O qual, pelo teor do editorial, deve ser desconhecido pelo autor do famigerado texto.

Ao afirmar que as “centrais sindicais estão aconselhando seus filiados a aprovarem, por votação em assembleia extraordinária, a manutenção da cobrança da contribuição sindical”, o Estadão esquece que tal orientação se baseia no ART. 8º da Constituição Federal, que orienta sobre a autonomia sindical, a livre organização e o direito da fixação da contribuição sindical:


Por que querem liquidar a Constituição?

Por Aldo Arantes, no Blog do Renato:

Em matéria sobre o “Fórum Estadão - A Reconstrução do Brasil”, o Jornal O Estado de São Paulo, de 28 de fevereiro, estampou matéria sob o título “Juristas veem ‘excessos’ da Constituição”. Os juristas em questão eram os ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim e Eros Grau, e o professor de direito constitucional Joaquim Falcão, da FGV.
Nelson Jobim defendeu a retirada de “excessos” da Constituição afirmando: “Precisamos fazer uma lipoaspiração na Constituição, retirar todos esses excessos das regras constitucionais para reconstruir a harmonia de poderes”. E destacou que este excesso alimenta o presidencialismo de coalizão, defendendo a recomposição das maiorias parlamentares, através da mudança do sistema eleitoral.

Liberdade para Lula vira campanha mundial

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Eis a descrição do quadro político brasileiro no terceiro mês de 2018: uma revista semanal anuncia que 350 homens, avião e tropas da Polícia Militar de São Paulo se preparam para encarcerar um homem que acaba de ser indicado para o Prêmio Nobel da Paz e que pesquisa eleitoral – divulgada no dia da reportagem da tal revista – mostra que, além de ser o político mais admirado do Brasil, é o candidato mais forte a governar o país a partir de 2019. Além disso, a pesquisa mostra que 54% dos brasileiros querem que Lula dispute a Presidência. Eis a razão pela qual surge uma campanha internacional pela liberdade de Lula.

Multis querem comprar o Aquífero Guarani

Do blog Nocaute:

As negociações para privatizar o Aquífero Guarani avançam. A segunda maior reserva de água doce do mundo se estende pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. O governo Temer e transnacionais, como a Coca-Cola e a Nestlé, estariam discutindo uma forma que garanta aos conglomerados o direito exclusivo ao aquífero e à venda da água.

Neymar e a espetacularização do fútil

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A reportagem do Jornal Nacional que noticiou a cirurgia para reparação da fratura do 5º metatarso do dedinho do pé direito do jogador Neymar é o retrato fiel da sociedade mercantilista, que celebriza e espetaculariza o fútil e aliena o povo em relação aos seus problemas reais.

Antes de um ser humano, Neymar é tratado como uma imagem [certas religiões também cultuam e exploram as imagens de seus ícones] que gera negócios que movimentam milhões e milhões de dólares no mercado esportivo e publicitário mundial.

Lava-Jato foi pensada como operação de guerra

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O vazamento torrencial de depoimentos, a marcação cerrada sobre Lula, o pacto incondicional com os grupos de mídia, a prisão de suspeitos até que aceitem a delação premiada, essas e demais práticas adotadas pela Operação Lava Jato estavam previstas em artigo de 2004 do juiz Sérgio Moro, analisando o sucesso da Operação Mãos Limpas (ou mani pulite) na Itália.

O paper "Considerações sobre a operação Mani Pulite", de autoria de Moro é o melhor preâmbulo até agora escrito para a Operação Lava Jato. E serviu de base para a estratégia montada.

Em sete páginas, Moro analisa a operação Mãos Limpas na Itália e, a partir dai, escreve um verdadeiro manual de como montar operação similar no Brasil, valendo-se da experiência acumulada pelos juízes italianos.


Segovia é premiado com salário de R$ 56 mil

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Em tempo: ao se despedir da corporação, depois de ser demitido do cargo de diretor-geral da Polícia Federal e antes de assumir seu novo posto em Roma, Fernando Segovia teve a coragem de citar o imperador romano Júlio Cesar: “Vim, vi e venci… Essa foi a mensagem enviada pelo imperador descrevendo a sua vitória e é assim que me sinto: `combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé´”.

Que combate, que corrida, que fé? Do que este homem está falando? Será que ele foi submetido a algum exame psicotécnico antes de ser enviado a Roma?

Do que nos livramos… Mas continuamos pagando, agora em dólares ou euros.

Metade da população já desconfia da Lava-Jato

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O título é uma interpretação minha sobre os números do Vox Populi. Mas eu acho que fui até conservador, porque usei o termo “desconfia”. Poderia ter dito “já sabe”, mas talvez fosse exagero.

A pesquisa informa que 49% dos brasileiros (metade, portanto) acham que a condenação de Lula foi injusta, sem provas, e que ele não deveria ser preso.

Quem acha isso, a meu ver, é porque já desconfia que a Lava Jato faz parte da estratégia do golpe.

Como os EUA seduzem autoridades brasileiras

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em 1920, o então presidente dos Estados Unidos, Warren G. Harding, disse: “Esta é uma nação essencialmente de negócios”. Seu sucessor, Calvin Coolidge, complementou: “O negócio da América são os negócios”.

Os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses e, em nome deles, até mantêm uma política de amizades aparentes.

Digo isso a propósito da decisão do governo de Donald Trump de sobretaxar a importação de aço, que atinge em cheio as siderúrgicas brasileiras.

Imprensa-carcereira descreve prisão de Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Primeiro, eles detalharam os supostos “planos de fuga” do ex-presidente Lula. Que, claro, não existiam.

Agora, a Veja, num exercício de prazeirosa morbidez, descreve os complicados planos para a “captura” do líder petista, dando como certa até a data (23 de março) em que o TRF-4 julgará improcedentes os embargos de declaração apresentados por sua defesa.

350 policiais, viaturas aos montes e até um avião para alguém que, no caso de triunfar a Operação Cala a Boca, dirigida por Cármen Lúcia para que o Supremo seja impedido de julgar o seu pedido de habeas corpus, irá apresentar-se tranquilamente a seus algozes.

sábado, 3 de março de 2018

Em decadência, revista Época virou encarte

Por Altamiro Borges

O que já era boato desde o final do ano passado agora virou realidade. A revista Época não terá mais as suas capas golpistas e espalhafatosas estampadas nas bancas nos finais de semanas. Ela passa a ser um mero encarte dos jornais O Globo e Valor, que também pertencem à famiglia Marinho. Na primeira versão deste novo formato, os editores até tentaram dourar a pílula, afirmando que a decisão visa beneficiar os leitores. Mas, na prática, a medida confirma a decadência da publicação, que vinha perdendo tiragem e anunciantes nos últimos anos em decorrência da explosão da internet, da perda da sua credibilidade e da estagnação da economia brasileira – que os apoiadores globais do “vampirão” Michel Temer ainda tentam esconder.

Meirelles vai bancar as dívidas de Ratinho?

Por Altamiro Borges

O falastrão Carlos Massa, do “Programa do Ratinho”, parece que virou garoto propaganda do covil golpista. Ele já entrevistou – ou melhor, bajulou – o “Vampirão” Michel Temer e agora paparica o “ministro” da Fazenda. Segundo Maurício Stycer, em nota postada no UOL, “no intervalo de um mês, Henrique Meirelles deu duas entrevistas ao ‘Programa do Ratinho’. A primeira, em fevereiro, tinha como tema a reforma da Previdência. Mas como demorou a ir ao ar, foi atropelada pelos acontecimentos e engavetada – ao decretar a intervenção federal no Rio, o governo abriu mão de votar a reforma no Congresso. A nova entrevista com o ministro da Fazenda, nesta sexta (02), vai tratar, entre outros assuntos, segundo o SBT, ‘sobre a sua possível candidatura a Presidente da República’”.

Ex-presidentes da OAB criticam intervenção

Por Marcello Lavenère, Roberto Batochio e Cezar Britto, no site Congresso em Foco:

Em debates filosóficos costuma-se afirmar, recorrentemente, que a história é cíclica, fazendo com que os acontecimentos se repitam ao longo da evolução de qualquer sociedade humana, ainda que modulados em versões e personagens distintos. O filósofo alemão Friedrich Hegel, que tinha perfeita compreensão desta rotina fixada pelo tempo, limita-a ao firmar que “um acontecimento histórico acontece, não uma, mas duas vezes”. O também alemão Karl Marx, ao escrever sobre “O 18 Brumário de Luis Bonaparte”, redefine o conceito de seu compatriota, agora para afirmar que as repetições ocorrem “uma vez como tragédia e outra como farsa”.

Lula será indicado ao Prêmio Nobel da Paz

Lula e Esquivel. Foto: Ricardo Stuckert
Da revista Fórum:

Vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980, o ativista Adolfo Pérez Esquivel disse em seu site que irá propor o nome do ex-presidente Lula para receber o prêmio. Ele esteve no Brasil e se encontrou com o ex-presidente no Instituto Lula, nesta sexta-feira (2).

“A chegada do PT e Lula à presidência marcou um antes e depois para o Brasil, a ponto de se tornar uma referência internacional no combate à pobreza. Mais de 30 milhões de pessoas foram resgatadas da pobreza extrema (um país inteiro), diminuiu a desigualdade e aumentou o índice de desenvolvimento humano”, afirmou Pérez Esquivel. “Seu governo foi crucial para a paz dos brasileiros e foi um exemplo para o mundo.”

O general dita a lei

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

É preciso combater com intensidade os traficantes. Disso, obviamente, ninguém duvida. Ousados, violentos e cruéis, impõem terror nas comunidades pobres. As facções disputam espaços a céu aberto, trocam tiros à noite e alastram o medo por toda parte.

A tarefa em questão é difícil de ser executada. Talvez impossível, enquanto houver quem venda e quem compre. É daí que brota o sentimento do vale-tudo, estimulado pela mídia e, também, a contumaz tentação de, no país do futebol, driblar a legalidade. Assim se fez.

Rio, laboratório do Brasil. Qual o objetivo?

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Estamos a sete meses das eleições de 2018, quando o povo escolherá (deverá escolher) seu presidente, todos os governadores de Estado, todas as assembleias legislativas, toda a Câmara dos Deputados e dois terços do Senado Federal. Tratam-se, portanto, de eleições quase-gerais. No entanto ainda são desconhecidas as regras jurídicas do pleito e, no plano federal, não são conhecidos os candidatos, à direita – que não se entende – e à esquerda, pois sobre a candidatura Lula – aquela da preferência do eleitorado – há, ameaçando-a, a espada de Dâmocles da especiosa vedação já anunciada pelos tribunais.

Maioria discorda da condenação de Lula

Da Rede Brasil Atual:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ter o direito de ser candidato à Presidência da República. É esta a opinião de 54% dos brasileiros, eleitores ou não de Lula, ouvidos em pesquisa divulgada nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Vox Populi. Afirmam que ele deve ser impedido de se candidatar 37%, segundo o levantamento feito a pedido da CUT entre 24 e 26 de fevereiro – um mês depois da condenação de Lula em segunda instância pelo Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF4).

O jogo de marketing do governo golpista

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Depois da posse em Brasília de Raul Jungmann como Ministro da Segurança Pública, com promessas várias do gênero engana incauto, o Presidente lesa pátria Michel Temer continuou fazendo marketing político com objetivo de alavancar a sua candidatura presidencial. Embora tenha dito que não será candidato, Temer procura aparecer de todas as formas como uma espécie de “salvador da pátria”.

Curiosamente, sempre está ao seu lado o Ministro Moreira Franco, que quando foi governador do Estado do Rio de Janeiro procurou de todas as formas destruir o projeto dos CIEPS, que se continuasse como foi projetado por Darcy Ribeiro no governo de Leonel Brizola, possivelmente muitos dos jovens de então se continuassem a seguir o que ditava o projeto estariam hoje inseridos no mercado de trabalho e o atual bloco do tráfico se reduziria.

A Petrobras e a postura de avestruz

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Lançado na noite de quinta-feira, no Rio de Janeiro, numa cerimônia que contou com a presença de Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras entre 2005 e 2012, além de economistas do gabarito de José Luíz Fiori e Marcio Pochmann, o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível Zé Eduardo Dutra (INEEP) tem a vocação de cumprir uma função essencial num país que procura encontrar caminhos para interromper o processo de destruição iniciado pelo golpe de 2016.

A proposta do INEEP é debater ideias, avaliar tendências e estudar as opções estratégicas necessárias para fazer o necessário um caminho de volta, num cenário mais adverso, no qual o esquartejamento da Petrobras e o leilão na bacia das almas das reservas do pré-sal promovidos pelo governo Temer não podem ser vistos como episódios locais.