domingo, 15 de julho de 2018

Reunida em Cuba, esquerda aposta na unidade

Por Waldo Mendiluza, no blog Resistência:

Representantes de partidos e organizações da esquerda latino-americana e caribenha buscam a partir deste domingo (15), em Havana, Cuba, elaborar estratégias que contenham as ações da direita regional, na 24ª reunião anual do Foro de São Paulo.

O Foro de São Paulo, que se reúne de 15 a 17 de julho em Havana, foi criado em 1990. Agrupa mais de uma centena de forças progressistas do continente e se reúne pela terceira vez na ilha (1993 e 2001), em um cenário semelhante ao que o viu nascer há quase três décadas.

Os sentimentos comandam a sociedade

Por Silvio Caccia Bava, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Explorando medo e descontentamento, as elites criam uma agenda cujo centro da discussão é a violência, a corrupção e o crime. Essa agenda tem um duplo sentido. Ela cria uma percepção de que estamos todos ameaçados, é intimidatória, dissemina o medo. E tem uma função estratégica, de definir os temas do debate público. Não se fala de enfrentar a desigualdade, reduzir os juros bancários, cobrar impostos dos ricos. Se fala da luta da policia contra os bandidos.

A "liberdade de expressão" da TV Globo

Dodge, a parcial, diz que Moro é 'imparcial'

Do blog Socialista Morena:

A Procuradoria-Geral da República atestou na última sexta-feira que o juiz Sérgio Moro, responsável pela prisão do ex-presidente Lula, é um juiz absolutamente “imparcial” e que as reclamações do petista de que está sendo perseguido não passam de “inconformismo” dele. A afirmação da Procuradoria veio em parecer ao Superior Tribunal de Justiça, se manifestando contra o pedido da defesa de Lula para que o juiz de primeira instância seja considerado suspeito para julgar a ação penal relacionada ao sítio da Atibaia.

O eclipse da ética na atualidade

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Entre os dias 10 e 13 de julho de 2018 realizou-se em Belo Horizonte um congresso internacional organizado pela Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (SOTER) em torno dos temas: Religião, Ética e Política. As exposições foram de grande atualidade e de qualidade superior. Refiro-me apenas à discussão acerca do Eclipse da Ética que me coube introduzir.

A meu ver dois fatores atingiram o coração da ética: o processo de globalização e a mercantilização da sociedade.

Moro é agente da CIA?

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

O parecer do subprocurador-geral da república Nívio de Freitas Silva Filho sobre a parcialidade de Sergio Moro é um das peças jurídicas que entrarão para a história como o relatório do coronel Job Lorena de Santana sobre o atentado do Riocentro, em 1981.

Segundo o coronel, não eram os militares que explodiriam uma bomba no show onde havia milhares de pessoas. Na verdade, eles estavam ali para garantir a segurança do espetáculo e acabaram alvo de um atentado realizado por organizações de esquerda.

Para Nívio de Freitas Silva Filho, no processo em que a defesa de Lula pede o afastamento do juiz por falta de parcialidade, Moro é um juiz exemplar. “Moro se manteve imparcial durante toda a marcha processual”, escreveu o subprocurador.

A Embraer vai virar Vemag?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A gente era guri e entre os carros mais populares do Brasil estavam os DKV-Vemag (na verdade, DKW, de Dampf Kraft Wagen, em alemão): um sedã, uma camioneta, o jipe “Candango” e, já no final, um coupé, o Fissore.

Vemag, acredite, significava “Veículos e Máquinas Agrícoslas”, a empresa brasileira que detinha os direitos de fabricação dos alemães da Auto Union – hoje a Audi, subsidiária da Volkswagen).

Quando lançados, tinham metade das peças produzidas aqui e, anos depois, todas elas.

Eleições-2018: Alckmin na ofensiva

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A desistência do pré-candidato do PRB, Flávio Rocha, deve ser entendida como parte do esforço desesperado do tucano Geraldo Alckmin para tonificar sua candidatura, garantindo o apoio dos partidos do Centrão e impedindo que fechem com Ciro Gomes, do PDT.

Com o apoio dos quatro partidos médios e o tempo de televisão ampliado Alckmin calcula que poderá brigar por uma vaga no segundo turno.

Se a eleição fosse hoje, a disputa final seria entre Bolsonaro e o candidato do PT.

O valor do gesto de Rocha vai além, portanto, do 1% que ele sempre teve nas pesquisas.

TRF-4 só autoriza decisão de juiz antipetista

Por Beatriz Vargas Ramos, no blog Viomundo:

Um desembargador de plantão defere um pedido liminar em Habeas Corpus (o HC foi impetrado contra o juízo da execução penal).

Coisa que às vezes acontece, nada de mais, não seria a primeira vez.

Aí então, um juiz de primeiro grau, que já não tinha jurisdição no caso (porque já havia sentenciado – processo findo, jurisdição esgotada), “decide” que precisa de uma orientação para saber “como proceder” (quando a ele não competiria proceder nem para A nem para B).

Decide que alguém precisa decidir o que o fazer com a decisão do desembargador de plantão.

A política externa e as eleições de 2018

Por Marcelo Zero

No Brasil, as questões relativas à inserção internacional do país normalmente não têm centralidade nos debates e programas eleitorais. Com efeito, ao contrário dos temas atinentes à política econômica, educação, saúde, segurança pública etc., a política externa ocupa espaços secundários, muito restritos, nos discursos eleitorais.

Isso é o que é, mas não é o que deveria ser.

Por quê? Porque a política externa, que conduz a uma determina inserção internacional do país, condiciona ou mesmo determina o possível projeto de Nação a ser implantado e o rumo das próprias políticas internas.

Portugal enfrenta o "austericídio" e cresce!

Por Antonio Barbosa Filho, em seu blog:

Portugal comemora o terceiro ano de governo de Esquerda com índices econômicos inéditos no país e uma acelerada recuperação, depois das fracassadas políticas "de austeridade" impostas pelo sistema financeiro internacional. O aumento do PIB em 2017, de 2,7%, foi o maior atingido neste século; e o desemprego ficou em 7,3%, o menor desde 2002!
 

sábado, 14 de julho de 2018

Em campo, o eleitor desanimado

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Enterradas as esperanças no futebol, após a queda da Seleção Canarinho diante do canário-belga, chegou a vez de o brasileiro entrar em campo para tentar organizar a própria cabeça e avaliar Michel Temer diante do retumbante fracasso do governo dele, nascido de um golpe do qual participou.

A eleição para a Presidência da República está próxima, a menos de 90 dias. Apontam as pesquisas para uma fuga do eleitor, ou da política, que, em pouco menos de um ano, manteve praticamente no mesmo ponto a corrida pelos resultados. Vive-se no campo de futebol e na economia há um marasmo incômodo.

A vitória da luta em defesa da Eletrobras

Editorial do site Vermelho:

Quando as lutas institucional e social andam juntas, o caminho do êxito é sólido. Na última terça-feira (10), o exemplo da força que surge dessa atuação conjunta foi a retirada de pauta, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do PL 9463/18, que trata da privatização da Eletrobras.
.
Foi uma vitória política do povo e dos parlamentares progressistas e nacionalistas que conseguiram, com isso, dar realidade ao esforço de barrar mais esta tentativa de desmonte do Estado promovida pelo governo ilegítimo de Michel Temer. A deputada federal Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB, definiu como “vitória espetacular” já que “Temer não tem autoridade política nem legitimidade para privatizar ativos tão estratégicos para o país”, como é o caso de Eletrobras.

Flávio Rocha e a fábula da presidência

Por Rafael Duarte, no site Saiba Mais:

O empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo, sai menor do que entrou desta segunda aventura para chegar ao Palácio do Planalto. Até lançar a pré-candidatura à presidência da República pelo PRB, em abril de 2018, Rocha era apenas mais um empresário liberal milionário em sua contradição: recebia dinheiro público do Estado via empréstimos a juros abaixo do mercado, pagava em suaves prestações e atacava esse mesmo Estado por gerir mal os recursos.

PF submete PHA a condução coercitiva

Raquel Dodge exerce 'ódio autoritário'

Da Rede Brasil Atual:

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ignorou um fato público notório na peça em que pede ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a abertura de inquérito para investigar o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), e os deputados federais Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ).

Moro e PF escancaram perseguição a Lula

Por Matheus Tancredo Toledo, no site da Fundação Perseu Abramo:

O circo judicial do último domingo (8), deixou mais explícita ainda a perseguição jurídica ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desembargador Rogério Fravero, que estava de plantão no Tribunal Regional Federal da 4a Região neste final de semana, deferiu um habeas corpus impetrado pelos deputados Wadih Damous (PT-RJ), Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP) e decretou a soltura de Lula. O juiz de primeira instância Sergio Moro estava de férias, mas mesmo assim enviou ofício à Polícia Federal orientando os servidores a não cumprir a ordem judicial.

TV Globo e o sequestro da nossa emoção

Por Diógenes Júnior, no site Jornalistas Livres:

Domingo, 08 de julho de 2018. Uma notícia sacode o Brasil.

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde o dia 07 de abril por decisão do juiz de 1³ instância Sérgio Moro, teve seu pedido de habeas corpus, peça jurídica assinada pelos advogados Wadih Damous e Paulo Pimenta, também deputados, acatado e deferido, e sua soltura imediata determinada pelo desembargador Rogério Fraveto, que havia assumido naquela data o posto de plantonista do Tribunal Regional Federal da Quarta Região – TRF-4 com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

O redesenho da economia mundial

Por Luciano Coutinho, no site da Fundação Maurício Grabois:

Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Coreia, entre outros, se engajaram numa renhida disputa pela liderança em novas tecnologias. Não é para menos, a 4ª revolução industrial vai redesenhar o mapa geoeconômico global; os modelos de negócio e as lideranças de mercado irão mudar. Está em jogo a posição competitiva de cada país.

Nos anos 90 a abertura comercial multilateral induziu a fragmentação geográfica da produção de várias cadeias de valor, com destaque para as indústrias de equipamentos de TI, componentes, bens de capital, automobilística. As empresas multinacionais dos países avançados terceirizaram a produção, principalmente para os tigres asiáticos (Taiwan, Coreia, China).

Com Temer, renda dos autônomos despenca