terça-feira, 21 de agosto de 2018

A presença militar dos EUA na América Latina

Por Mariana Serafini, no site Vermelho:

Recentemente o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que 2018 é o “ano das Américas” e deixou claro seu interesse em ampliar a influência norte-americana nos países latinos. Só este ano já passaram pelo continente sul-americano o vice-presidente Mike Pence, os secretários de Estado, e de Defesa, Rex Tillerson e James Mattis, respectivamente, e o representante do Departamento de Estado, Thomas Shannon.

FHC: despeito, vilania e carapuça

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A vaidade e a vilania fazem com que Fernando Henrique Cardoso perca, além do pudor, também as qualidades que deveria conservar como sociólogo.

No fundo, o que motivou a escrever o artigo que publica hoje no “Financial Times” foi o fato de que, em texto publicado por Lula no The New York Times o petista ter afirmado que, ao final do Governo FHC “o Brasil estava em crise” e parecia que a esperança de que poderíamos “desfrutar dos padrões de vida confortáveis ​​de nossos colegas na Europa ou em outras democracias ocidentais parecia estar desaparecendo”.

Desrespeitar a ONU é chancelar o golpe

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

Foi “criminosa” a cobertura da imprensa sobre a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU que, na última sexta-feira (17 de agosto), determinou ao Brasil “tomar todas as medidas necessárias para assegurar que Lula possa exercer, mesmo enquanto estiver preso, seus direitos políticos como candidato, na eleição presidencial de 2018”.

Desde 1985, o Brasil é signatário do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (PIDCP), um dos documentos fundamentais da Organização das Nações Unidas. Daí não se tratar de uma simples “recomendação” da ONU, mas de uma determinação que deve ser obedecida por todos os Estados que ratificaram esse acordo, como fez o Brasil em 1992, quando o Pacto foi aprovado pelo Congresso Nacional.

"Centrão" que apoia Alckmin é "direitão"

Por Marina Lacerda, no blog Socialista Morena:

Em todas as quatro acepções históricas –Centrão na Constituinte, Blocão de oposição a Dilma, Centrão de apoio a Temer ou o Centrão de apoio a Alckmin–, o “centrão”, como a mídia insiste em chamar o grupo político em torno do tucano, com o objetivo de torná-lo palatável aos eleitores “nem de esquerda nem de direita”, na verdade nunca foi de centro: trata-se de um grupo suprapartidário de direita, que atuou em momentos de instabilidade institucional.

Mídia segue ocultando Lula, mas sem sucesso

Debates na TV sem Lula são inúteis

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

As pesquisas CNT/MDA mostram fundamentalmente que os os dois debates realizados até agora, um na Band e outra na RedeTV, não serviram para mudar o quadro eleitoral. Pelo contrário, acentuaram a diferença entre Lula e os demais.

Isso significa que a memória que os eleitores têm do governo Lula é muito mais forte do que qualquer coisa que os candidatos possam dizer na televisão.

Some-se a isso a percepção de que o ex-presidente tem sido alvo de uma perseguição judicial, apoiada em um noticiário desonesto da velha imprensa, que inclui as principais emissora de TV e, principalmente, a Globo.

Globo sabota agenda do PT nas eleições

Da Rede Brasil Atual:

Ao dar início à cobertura das atividades eleitorais dos candidatos a presidência da República, o apresentador do Jornal Nacional, Willian Bonner, anunciou nesta segunda-feira (20) que "obviamente, não vai haver cobertura de campanha" do candidato do PT. A justificativa é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba. Segundo Bonner, o jornal eletrônico vai se dedicar a cobrir os eventos de campanha "dos candidatos a presidente registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e mais bem posicionados na pesquisa do Ibope e do Datafolha".

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Quem manda mais: a ONU ou a Globo?

México: o enigmático caminho de Obrador

Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

Em 1º de julho de 2018, Andrés Manuel López Obrador, conhecido como AMLO por causa de suas iniciais, foi eleito presidente do México por uma margem expressiva. Recebeu 53% dos votos. Seus oponentes mais próximos foram Ricardo Anaya (do PAN), com 22%, e José Antonio Meade (do PRI), com 16%. Além do mais, sua aliança partidária, Morena, conquistou a maioria das cadeiras do legislativo.

Sua vitória foi comparada à de Lula no Brasil e à de Jeremy Corbyn, como líder trabalhista na Grã Bretanha. Mas Lula não chegou nem perto de ter a maioria dos votos, e sua ampla aliança partidária incluía grupos reacionários. Corbyn ainda está lutando para manter o controle do Partido Trabalhista britânico e, mesmo que tenha sucesso, enfrenta uma eleição difícil.

Uma nova religião: o antipetismo

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Vocês já repararam como ultimamente estão pipocando milhões de “cidadãos de bem”, assim autointitulados, em todas as redes sociais?

Se realmente eles fossem tantos e tão do bem assim, certamente não teríamos tantos cidadãos sonegadores, intolerantes, seguidores de bolsonaros, idiotas que perderam a modéstia, pequenos e grandes canalhas que vivem de esculhambar os outros, colocando-se acima do bem e do mal.

Por uma estranha (ou nem tão estranha assim) coincidência, são em sua grande maioria antipetistas furiosos, que fizeram de Lula o alvo da sua ira impotente, o inimigo a ser atacado, permanentemente, por todas as formas e meios.

Lula, Haddad e os votos do Nordeste

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Com 39% do eleitorado nacional, ou 26% do total, a Região Nordeste pode ser decisiva na eleição deste ano, como o foi na de 2014. Isso será possível se um candidato conseguir receber uma fração altamente majoritária dos votos nordestinos, compensando perdas no resto do pais, onde haverá grande dispersão de votos.

Como Lula e Dilma obtiveram tal vantagem nas eleições que disputaram, ela graças à transferência de votos dele, um dos maiores desafios de Fernando Haddad, como substituto do ex-presidente, será a conquista deste espólio lulista.

Haddad se sai muito bem no Canal Livre

Por Renato Rovai, em seu blog:

Ontem, de madrugada, umas poucas pessoas fora da bolha do núcleo duro da política devem ter assistido ao Canal Livre, da Band. Até porque eram 00h05 quando o programa começou tendo ao centro da mesa o candidato a vice presidente na chapa de Lula, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Os entrevistadores eram Fernando Mitre, Ricardo Boechat, Mônica Bergamo e Eduardo Oinegue.

Editora Abril dá golpe nos demitidos

Do Blog da Cidadania:

A carta abaixo denuncia o que não é novidade: os herdeiros dos Civita – Giancarlo e Victor Neto – são pessoas sem caráter. Ao lado do pai Roberto Civita, ajudaram a destruir o país, usando suas publicações para envenenar e desinformar a população; destruíram o império midiático construído pelo avô, Victor; e, agora, no ato derradeiro, largam funcionários na mão, enquanto nadam no dinheiro acumulado pelo trabalho de milhares de pessoas.

A invisibilidade do trabalho doméstico

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

O papel das mulheres na economia ainda é invisível nas estatísticas e na discussão pública no Brasil. É o que mostra o estudo de Nalu Faria e Marilane Teixeira, publicado pela Oxfam e disponível aqui. Em medidas como o Produto Interno Bruto (PIB) e diversas estatísticas relativas à ocupação e atividade econômica, o trabalho doméstico não remunerado não é considerado, o que contribui para sua desvalorização social, apesar de ter um papel fundamental na reprodução da sociedade.

Lava-Jato sofre mais duas derrotas no STF

Por Juliana Gonçalves, no jornal Brasil de Fato:

Dez dias depois de Sérgio Moro ser desmoralizado pela Interpol, que constatou conduta parcial do juiz à frente da Operação Lava Jato e indícios de que ele feriu a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o juiz de primeira instância acaba de sofrer mais duas derrotas.

Na última terça-feira (14), a Segunda Turma do Superior Tribunal Federal (STF) decidiu retirar das mãos de Moro os depoimentos de seis delatores da Odebrecht, que tentavam incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Guido Mantega (PT).

Pesquisa CNT/MDA mostra avanço de Lula

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Finalmente, consegui a íntegra do relatório da pesquisa CNT/MDA, e disponibilizo para vocês um link desobstruído. E agora posso fazer uma análise mais detida.

A novidade dos números é o avanço de Lula. A sua prisão injusta, mais a sucessão de violências de que tem sido vítima, ajudou o PT a criar uma aura heroica no entorno do candidato, que está fortalecendo ainda mais a sua imagem. É o que diz Jaques Wagner, em entrevista publicada hoje no Valor. O ex-governador da Bahia observou que, se Lula “estivesse solto, mas eventualmente sua candidatura fosse interditada, a sensação de perseguição seria muito menor”.

A disputa geoestratégica: precisa desenhar?

Por Marcelo Zero

De um lado estão grandes países emergentes e seus aliados como China, Rússia, Índia, Turquia, Irã etc, que estão propugnando por uma ordem politicamente multipolar e economicamente mais equilibrada, na qual todos os países possam conviver de forma mais harmônica e simétrica. 

De outro, estão os EUA e alguns aliados, que tentam desesperadamente restaurar a hegemonia antes inconteste da grande superpotência mundial e impor uma ordem mundial unipolar e profundamente assimétrica.

Por isso, a nova doutrina de segurança dos EUA, completamente ignorada pela obtusa imprensa brasileira, não considera mais o combate ao terrorismo como seu alvo prioritário.

ONU e Lula: a maior fake news de Sardenberg

Do site Lula:

Carlos Alberto Sardenberg falou, na rádio CBN, as maiores bobagens já ditas sobre a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que determinou ao Brasil garantir os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo o de ser candidato.

Não satisfeito com a própria ignorância, Sardenberg publicou no Portal G1, também de seu patrão, o Grupo Globo, uma “notícia” afirmando desde o título até a última linha que o comunicado da ONU não passa de “fake news”.

Vamos rever aqui, ponto a ponto, as lorotas do Sardenberg:

ONU deixa Barroso em apuros

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O pronunciamento do Comitê de Direitos Humanos da ONU favorável à candidatura presidencial de Lula deixou o juiz Luís Roberto Barroso em uma saia justa. Tido por um colega de academia como “neoliberal progressista”, um privatista econômico portador de preocupação social e com minorias, Barroso prega que existe uma “ética universal” ditada pelos Direitos Humanos. E que esta ética influencia (ou deveria) o Direito interno dos países.

As 'diretrizes' de Alckmin para sugar o país

Por Osvaldo Bertolino, no site Vermelho:

No Brasil, depois que o capitalismo ganhou impulso com a Revolução de 1930, iniciou-se a discussão sobre como promover o aumento e a distribuição da renda nacional. Predominou, a princípio, a tese de que o Estado poderia estimular - e mesmo condicionar - o desenvolvimento econômico. Na margem oposta, estava uma corrente ponderável, com os professores liberais Eugênio Gudin e Otávio de Bulhões à frente, que negava a capacidade prática planejadora do Estado. Esse debate está novamente em curso.