sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Bolsonaro foge de debate e as TVs aceitam

Da Rede Brasil Atual:

Desde a eleição de 1989, a primeira para Presidente da República após 21 anos de ditadura, o processo eleitoral no Brasil é marcado pelos debates entre os candidatos a prefeito, governador e presidente, com particular interesse no segundo turno, quando a participação de apenas dois postulantes ao cargo torna o debate mais propositivo. Isso até 2018. Agora, a eleição para presidente ficará marcada pela recusa do candidato Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenção de voto, em participar de debates contra seu adversário.

Vai virar! A democracia vencerá!

Salvador (26/10/18) lota suas ruas para receber Fernando Haddad
no Grande Ato da Virada. Foto: Ricardo Stuckert
Por Dilma Rousseff, em seu site:

As pesquisas desta semana estão mostrando que é possível uma virada nesta eleição. Tanto o Ibope quanto o Vox Populi indicam que a opinião de uma parte significativa dos eleitores está mudando. Entre segunda e terça-feira, a diferença entre os dois candidatos tinha diminuído para 5 pontos percentuais e, neste momento, é possível que já seja bem menor. Há sinais claros de que pode ocorrer uma inversão.

O candidato que representa a violência e a extrema-direita, Jair Bolsonaro, está perdendo apoio à medida que suas ideias e seu caráter se tornam mais conhecidos da população.

Brasil dos militares ou Alemanha de Hitler?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Em seus delírios autoritários, Jair Bolsonaro já prometeu fazer o Brasil voltar a viver no paraíso de 40, 50 anos atrás, “quando não havia violência nem corrupção”.

Eram os tempos da ditadura militar a que o capitão serviu, antes de ser afastado do Exército, tempos tão violentos e corruptos como hoje, só que a imprensa na época não podia noticiar porque era censurada.

Com a vitória na eleição já praticamente garantida, Bolsonaro deixou bem claro no domingo, em seu apoteótico discurso ao vivo pelo celular, na avenida Paulista, que não é candidato a presidente, da República, mas a ditador.

Judiciário direitista censura universidades

O TRE exigiu a retirada de uma bandeira antifascista na UFF
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O judiciário brasileiro está bolsonarizado – é uma obviedade que nem precisaria ser repetida.

Juízes nazi-bolsonaristas promovem censura prévia no atacado, proíbem o livre debate e suspendem a liberdade de reunião e de opinião em várias universidades brasileiras.

Tribunais e juízes de vários estados, em ordem unida, proibiram atividades acadêmicas de universidades junto às comunidades onde estão instaladas.

As mentiras sobre os empréstimos do BNDES

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

Especialmente durante os períodos eleitorais, circulam pela internet uma coleção de cards para o Wattsapp ou posts do Facebook disseminando mentiras a respeito dos empréstimos do BNDES para outros países, insinuando que o banco estaria entregando dinheiro público (impostos pagos por todos nós) a governos de esquerda de outros países.

Trata-se, entretanto, de uma enorme bobagem, resultado da má-fé dos adversários políticos do PT que se aproveitam da complexidade do assunto para disseminar informações falsas que em última instância prejudicam o BNDES e o próprio Brasil. Vejamos porque:

O candidato dos capitalistas

Por Umberto Martins, no site da CTB:

Sob o ponto de vista marxista as eleições são uma expressão da luta de classes, um momento em que sobressai o entrechoque de interesses econômicos - e por extensão sociais e políticos - divergentes. Um fenômeno que keynesianos batizaram de conflito distributivo, um elegante eufemismo para o conceito adotado por Karl Marx, temido e condenado com virulência pela ideologia burguesa dominante.

'Ditadura de 1964 não soava tão ameaçadora'

Por Mino Carta e Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

Desde a última entrevista a CartaCapital de Celso Amorim, ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, as circunstâncias mudaram radicalmente. Não se discute mais a vitória de um candidato progressista, mas a preservação das bases mínimas da civilização. Embora reconheça a cegueira coletiva e a ignorância reinante, Amorim ainda acredita haver tempo de despertar consciências. “O mais importante neste momento é salvar a democracia.”


Com quem anda o Doria?

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Não adianta pedir perdão daqui a 50 anos

Por Eleonora de Lucena, no site Tutaméia:

Ninguém poderá dizer que não sabia. É ditadura, é tortura, é eliminação física de qualquer oposição, é entrega do país, é domínio estrangeiro, é reino do grande capital, é esmagamento do povo. É censura, é fim de direitos, é licença para sair matando.

As palavras são ditas de forma crua, sem tergiversação - com brutalidade, com boçalidade, com uma agressividade do tempo das cavernas. Não há um mísero traço de civilidade. É tacape, é esgoto, é fuzil.

Para o candidato-nojo, é preciso extinguir qualquer legado do iluminismo, da Revolução Francesa, da abolição da escravatura, da Constituição de 1988.

Bolsonaro e falanges anunciam o que farão

Como seria o Brasil de Bolsonaro

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Com a Câmara Federal presidida por um dos filhos do presidente da República e o Senado pelo outro filho, o Brasil virou uma dinastia militar-civil-teocrática desde que Jair Bolsonaro chegou ao poder. A expressão “estado policial” é a exata tradução do que vivemos: violência, repressão e banhos de sangue se tornaram parte do cotidiano do brasileiro.

Depois que o presidente Jair liberou as armas de fogo para toda a população, os atentados a bala, antes raros no país, tornaram-se frequentes. A exemplo do que acontecia nos Estados Unidos de Donald Trump, que não foi reeleito, pelo menos um massacre por mês é perpetrado. O número de pessoas, muitas delas crianças, atingidas por tiros acidentais dentro de casa se multiplicou em 3000%.

"Neutralidade" é o último refúgio do canalha

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O “manifesto” de Eduardo Jorge anunciando seu voto nulo é a pá de cal numa carreira que nunca decolou por motivos que vão ficando mais óbvios a cada vez que ele reaparece, de quatro em quatro anos.

Intitulada “Asterix”, sabe Deus por quê, é um amontoado de equívocos, clichês e desculpas para ser covarde diante do fascismo.

Na miopia de Eduardo, as eleições de 2010 e 2014 foram entre “dois partidos de orientação socialista”.

Bolsonaro e as instituições humilhadas

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Apesar do pedido de desculpas de papai Bolsonaro pela ameaça de fechar o STF proferida pelo “garoto”, seu filho deputado reeleito Eduardo, o STF sofreu nova e torpe humilhação.

A pedido do ministro Gilmar Mendes, a segunda turma do STF pedirá abertura de investigação sobre os insultos que, em vídeo, o coronel da reserva Carlos Alves de Lima Filho, apoiador de Bolsonaro, dirigiu ao STF, ao TSE e especialmente à ministra Rosa Weber, que chamou de vagabunda, salafrária, corrupta e incompetente.

Postado no Youtube, o vídeo viralizou nas redes.

Bolsonaristas já ensaiam uma nova ditadura

Por Mário Magalhães, no site The Intercept-Brasil:

Nos idos de março de 1964, o horário de verão adotado no dia 1º foi uma pegadinha da história. Enquanto os ponteiros dos relógios eram adiantados, o país vivia a iminência de andar para trás. Em 2018, a ironia é mais mordaz. No domingo, por erro das operadoras de telefonia, os celulares pularam uma hora, sem esperar a data correta, 4 de novembro. Pareciam caçoar de uma declaração de Jair Bolsonaro. O candidato dissera que o objetivo de seu governo seria modelar “o Brasil semelhante àquele que tínhamos há 40, 50 anos”.

Apertem os cintos, pois o TSE sumiu

Por Patrícia Valim, no jornal Brasil de Fato:

Ainda há tempo de evitar que o Brasil faça a sua marcha da insensatez e escolha a autodestruição no próximo domingo. “A marcha da insensatez: de Troia ao Vietnã”, da historiadora norte-americana, Bárbara Tuchman, foi publicado no Brasil em 1984, tornando-se, desde então, um dos principais livros de cabeceira de toda uma geração de progressistas e humanistas.

O sucesso se deve ao argumento central da obra: por meio de alguns episódios históricos e um mitológico – o cavalo de Troia: uma armadilha dos gregos – a autora demonstra que a história da humanidade é também a história das escolhas insensatas e insanas, com as populações e seus líderes flertando com alguma frequência com a derrota e a autodestruição. Mas, como é possível que seres humanos escolham a sua própria destruição se um dos pilares da razão moderna é a preservação da vida? Vejamos a situação do Brasil na última semana.

As três vitórias de Gramsci sobre o fascismo

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

A primeira resposta de Gramsci à ascensão do fascismo italiano foi entendê-lo como o resultado catastrófico de uma situação de impasse prolongado entre uma ordem liberal em crise e uma esquerda expressiva de um movimento operário no norte em radicalização e de um movimento camponês em processo de sublevação no sul. Esta seria, de fato, uma resposta leninista: um empate na correlação de forças em meio a uma grave crise nacional teria sido resolvido por uma contra-revolução. O momento regressivo da força impôs-se em meio a uma crise de legitimidade do Estado.

Notícias falsas e a ameaça à democracia

Por André Matheus, Diogo Flora e Rodrigo Mangabeira, no site Brasil Debate:

A eleição de 2018 foi a primeira em que o uso da internet foi decisivo. Ganhando com passadas largas da televisão, rádio e escritos, as redes sociais conseguiram não apenas novos receptores como converteram um grande número de multiplicadores de conteúdo eleitoral. Grupos antes fechados passaram a compartilhar entre si mensagens por um sem número de diferentes mídias, transportando o debate eleitoral para as telas dos celulares e acelerando a velocidade com que uma informação pode se alastrar. Agora, passado o primeiro turno, podemos avaliar um pouco melhor o que passou.

Reta final: intensificar a mobilização

Editorial do site Vermelho:

A ofensiva autoritária do candidato fascista Jair Bolsonaro e seus apoiadores contra princípios democráticos e contra a liberdade de imprensa, e suas ameaças às forças progressistas e aos movimentos sociais provocaram uma ampla reação de inúmeros segmentos democráticos da sociedade brasileira. A disputa eleitoral tem demonstrado que está em jogo o destino da democracia no Brasil e até mesmo o respeito às instituições, uma vez que até o Supremo Tribunal Federal foi posto na alça de mira dos bolsonaristas – como seu filho Eduardo Bolsonaro, que ameaçou fechar o STF com “um soldado e um cabo”, ameaça que reiterou dizendo que “a gente não vai se dobrar a eles não”.

A overdose de “Bolsonaro”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Deixou de ser “brincadeirinha”.

Os vídeos de Eduardo Bolsonaro dizendo que bastam um cabo e um soldado para fechar o Supremo e o do pai, dizendo que vai banir do Brasil seus opositores tiveram mais efeito sobre as pessoas, nesta semana final das eleições, do que as toneladas – e ponha toneladas nisso – de barbaridades ditas e gravadas ao longo de duas décadas pelo candidato do PSL.

Carta de Lula sobre o segundo turno

Foto: Ricardo Stuckert
Do site Lula:

“Meus amigos e minhas amigas,

Chegamos ao final das eleições diante da ameaça de um enorme retrocesso para o país, a democracia e nossa gente tão sofrida. É o momento de unir o povo, os democratas, todos e todas em torno da candidatura de Fernando Haddad, para retomar o projeto de desenvolvimento com inclusão social e defender a opção do Brasil pela democracia.