segunda-feira, 27 de maio de 2019

A situação de Bolsonaro é muito grave

Por Renato Rovai, em seu blog:

Após o sucesso das manifestações em defesa da educação no dia 15 de maio, Bolsonaro convocou sua tropa para ir às ruas neste dia 26. Havia muita expectativa acerca do tamanho delas, principalmente depois que movimentos como MBL e Vem Pra Rua, entre outros, decidiram não apoiar a decisão do presidente.

Se os atos não foram um mico total, o resultado geral é mais negativo do que positivo para Bolsonaro. Só no Rio de Janeiro e em São Paulo que as manifestações tiveram alguma relevância. E mesmo na avenida Paulista, local que concentrou mais gente, a frase que melhor define o que ocorreu é a do colunista da Folha, José Simão.


Escolha de Sofia: impeachment ou não?

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – impeachment, teoria e realidade

Em meu longo trajeto no jornalismo econômico, aprendi uma verdade comprovada: no campo das ciências sociais (dentre as quais se inclui a política) só existe teoria aplicada à realidade. Não existe a teoria solta no ar, como um passarinho. Vale para a economia, a política, o direito.

Um dos grandes dramas brasileiros que impediu, aliás, que o país deslanchasse no período das grandes transformações globais, dos anos 90 em diante, foi a teoria econômica se impondo sobre a realidade.

Digo isso a respeito das discussões sobre o impeachment ou não de Bolsonaro.

As novas mentiras de Palocci

Do site de Dilma Rousseff:

A propósito da reportagem “Palocci diz que André Esteves deu R$ 5 mi para ser o ‘banqueiro do pré-sal’”, publicada pela Folha de S.Paulo neste sábado, 25 de maio, a assessoria de imprensa de Dilma Rousseff esclarece:

1. Mais uma vez, delações vazadas para a imprensa tentam manchar a honra de Dilma Rousseff. Foi assim durante seu governo, quando a Justiça Federal a grampeou ilegalmente e vazou trechos de sua conversa telefônica com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem autorização do Supremo Tribunal Federal, para desestabilizar seu governo.

O marco regulatório das Organizações Sociais

Por Juliana Streicher Fuzaro

A legislação das organizações sociais é constantemente questionada e alterada. Com diversas tipificações de organizações e certificados para as mesmas, que varia de acordo com sua natureza, o que fazem e para quem fazem, os órgãos de controle possuem dificuldades para atuar, mesmo com a regulamentação destas na Constituição Federal de 1988. Após os anos 2000, muito se repercutiu sobre escândalos de corrupção e desvio de recursos (CPI 2009), colocando em xeque a credibilidade destas organizações. Apesar da visibilidade, a gravidade é duvidosa, uma vez que, em 2014 havia mais de 8.000 organizações no país e a parcela envolvida nesses casos era mínima.

domingo, 26 de maio de 2019

O primeiro grande erro tático de Bolsonaro

Por Gilberto Maringoni

Aparentemente, Bolsonaro cometeu seu primeiro grande erro tático. Percebeu isso ao longo da semana – baseado nos serviços de informação, ao que tudo indica – e tentou se afastar das manifestações. Estas foram de médias a fracas nas 56 cidades listadas pela Globo News. Nas condições atuais de comparação com o 15M, representam um fracasso completo.

Bolsonaro não passa de um fascista tardio

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

No debate político é importante dar nome às coisas. E dar-lhes o nome correto. Afirmar que Bolsonaro é fascista é ir além de dizer que se trata de um conservador, um reacionário ou um governante de direita. Isso ele é, mas é perfeitamente possível ser direitista e não ter afinidade com o fascismo. Muitos políticos de direita foram e são antifascistas. Tampouco significa que é um autoritário no plano ideológico e capaz de atitudes e comportamentos violentos. Sempre foi assim, como demonstrou ao longo da vida, por meio de palavras e gestos, mas não se trata desse aspecto aqui.

'Centrão' e o monstro que ajudou a criar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não foram tantas nem tão imensas quanto as do dia 15, mas foram muitas e, várias delas, grandes as manifestações do bolsonarismo, hoje. Menores e menos espalhadas que as do dia 15, mas isso não não as faz irrelevantes.

Infelizmente para toda a sociedade, o fascismo despertou, espalhou-se e consolidou-se numa força real, poderosa e doentia da vida política brasileira.

Não são os “maluquinhos úteis”.

Estudantes disparam rejeição a Bolsonaro

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A mais nova pesquisa XP/Ipespe sobre o governo Bolsonaro não revelou, apenas, que a popularidade do governo federal e a de seu titular continuam caindo; devido à disparada das avaliações ruim/péssimo e de várias respostas dos entrevistados, agora se sabe que a manifestação dos estudantes, em 15 de maio, DESMORALIZOU de vez a imagem de Bolsonaro.

As eleições na Europa das desigualdades

Por Roberta Carlini, no site Carta Maior:

Poucos dias antes das eleições para o Parlamento Europeu acaba de ser divulgado um exaustivo trabalho sobre as desigualdades no continente, e que nos diz algo mais sobre o estado atual da Europa do que apenas pesquisar e analisar parâmetros financeiros ou avaliar o risco de governos e instituições comunitárias.

Trata-se de um estudo de longo prazo, esse período de tempo que é desconhecido para a política. Ele vem do banco de dados de desigualdades mundiais (WID), uma rede de centenas de pesquisadores coordenados pelo grupo liderado por Thomas Piketty, autor do best-seller de alguns anos atrás, Capital no século XXI, o qual reúne dados de inquéritos por amostragem, contabilidade nacional e fiscal.

Bolsonaro e a lógica do 'governo sitiado'

Por Rodrigo Vianna, na revista Fórum:

Pesquisa da XP, ligada ao mercado financeiro, indica que a desaprovação a Bolsonaro pela primeira vez ultrapassou a aprovação. O índice de Ruim/Péssimo cresceu quase vinte pontos, passando de 17% para 36% em apenas três meses. No mesmo período, o índice de Ótimo/Bom recuou de 40% para 31%.


Atos por Bolsonaro fracassam no país


Os atos a favor do governo Bolsonaro neste domingo (26) ficaram aquém das expectativas dos apoiadores do governo e foram menores do que os atos de 15 de maio, contra o contingenciamento de verbas na educação pública federal.

Segundo balanço do Portal G1 às 17h de hoje, os atos em favor de Bolsonaro somaram 122 cidades de 21 estados, mais o Distrito Federal. No dia 15, com medição também às 17h, os protestos alcançaram 162 cidades dos 26 estados do país, mais o Distrito Federal, sendo que o dia terminou com atos em 222 cidades.

A agenda econômica e a balbúrdia política

Editorial do site Vermelho:

As controvérsias no campo que apoia o governo Bolsonaro são uma clara demonstração das causas que corroem a sua sustentação política. Em cinco meses, ele conseguiu a façanha de desagradar mais do que agradar aos seus aliados de campanha. Óbvio, é preciso considerar que boa parte da base que sustentou a sua candidatura, sobretudo no segundo turno, o fez por razões conjunturais. Havia um clima de pressão política e uma atmosfera criada pelos ventos do impeachment golpista da presidenta Dilma Rousseff de 2016 que favoreceram a sua vitória.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Setores da mídia já descartam Bolsonaro

Militares venderam a terra, o mar e o ar!

Justiça da ditadura bate à porta em Guadalupe

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

É sem dúvida correto questionar o excesso de prisões preventivas num país onde a presunção da inocência tem sido ignorada sistematicamente em decisões judiciais.

Apesar disso, a decisão do Superior Tribunal Militar que mandou para casa os nove militares acusados de fuzilar dois inocentes em Guadalupe, em abril, chega a ser escandalosa diante das evidências conhecidas.

Foram disparados mais de 200 tiros em direção a um automóvel no qual viajava uma família que aproveitava o descanso de domingo e se dirigia a um chá de bebê. Morreu o músico Evaldo Rosa, que ia no volante. Momentos depois, foi alvejado o catador de material reciclado Luciano Macedo, que tentou prestar socorro as vítimas e faleceu uma semana depois.

Os bens de Flávio Bolsonaro e o Panamá

O corte de investimentos na educação

Por Jonattan Rodriguez Castelli, no site Brasil Debate:

No último dia 30 de abril, o ministro da educação Abraham Weintraub declarou que cortaria 30% do orçamento das universidades federais que provocassem “balbúrdia” em seus campi – citando a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade da Bahia (UFBA). No dia seguinte, o secretário da pasta de Educação Superior, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, afirmou que o corte de 30% se estenderia de forma isonômica para todas as universidades. Como se não fosse suficiente, o corte do orçamento livre (gastos discricionários) de mais da metade das federais é superior ao anunciado de 30%, caso da Universidade do Sul da Bahia (54%), da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (52%) e da Universidade da Grande Dourados (49%).

O conto de fadas de Paulo Guedes

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

O governo do capitão vai completar cinco meses de vida na semana que vem. O grau de insatisfação no interior das próprias forças políticas que atuaram para sua vitória no pleito de outubro passado só faz aumentar a cada dia. A frustração que acomete uma parcela significativa de nossa população acaba tendo impactos também no interior do próprio Congresso Nacional. Em nenhum momento de nossa História havia sido registrado um grau de impopularidade tão elevado para uma equipe em início de mandato presidencial.

Cultura também é direito humano

Por Raisa Pina, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

A ideia de cultura habita uma dicotomia complexa no imaginário social. Ora é vista como luxo, ora é vista como balbúrdia. Independentemente da escolha, ambas acabam reforçando discursos que afirmam sem dó que ela é descartável, desnecessária em uma sociedade faminta e sofrida, e endossa supostas justificativas para que sejam as primeiras políticas a serem cortadas em momentos de arrocho orçamentário.

O fascismo nasce da crise de hegemonia

Gianni Fresu debate o fascismo na FMG
Foto: Gianni Fresu na Fundação Maurício Grabois
Por Renata Mielli, no sie da Fundação Maurício Grabois:

Na última sexta-feira, 09, a Fundação Maurício Grabois realizou o lançamento do livro do professor Gianni Fresu “Nas trincheiras do ocidente - Lições sobre o Fascismo e o Antifascismo. O lançamento contou com uma palestra de Fresu, que é professor de filosofia política na Universidade Federal de Uberlândia e doutor em Pesquisa em Filosofia pela Universidade de Urbino, na Itália.