quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Bolsonaro acaba com os direitos trabalhistas

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Depois da “reforma trabalhista” de Temer, que acabou com o emprego de carteira assinada, o governo dos patrões de Bolsonaro completou o serviço, com a MP da Liberdade Econômica, o pomposo nome dado ao vale tudo instalado no mundo do trabalho,

Sem carteira assinada, sem férias nem 13º, sem crachá e sem fundo de garantia, os milhões de profissionais que ainda conseguem serviço como “temporários”, “autônomos” ou “colaboradores intermitentes”, agora também poderão trabalhar aos domingos e nos feriados, sem a necessidade de controle de cartão de ponto.

Fica faltando só revogar a Lei Áurea, o que o capitão já insinuou, ao criticar a legislação referente a “trabalhos análogos à escravidão”, que pretende flexibilizar.

Bolsonaro e a destruição ambiental

Vaza-Jato influencia habeas corpus de Lula?

Porque a mídia embarcou na Lava-Jato

Família Bolsonaro quer um engavetador-geral

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Em 1995, Fernando Henrique Cardoso nomeou Geraldo Brindeiro como procurador-geral da República. A escolha contrariou a Associação Nacional de Procuradores, a ANPR, mas o então presidente a justificou dizendo que queria um Ministério Público mais técnico, “menos politizado”. A atuação de Brindeiro foi marcada pelo completo alinhamento aos interesses do governo, o que fez o ex-presidente reconduzi-lo ao cargo outras três vezes.


CPI no Paraguai respinga em Brasília

Do jornal Correio do Brasil:

A suspeita de uma ação criminosa contra os cofres públicos do Paraguai levaram o Congresso daquele país a estabelecer, a partir da segunda-feira, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A comissão visa apurar a atuação do presidente Mario Abdo Benítez e do vice-presidente Hugo Velázquez no acordo de renegociação da venda de energia de Itaipu, na fronteira entre Brasil e o país vizinho.

Quais são os gritos que nos unem?

Por Rafael Silva, no site do Grito do Excluídos:

O grito é a expressão humana mais imponderável. Ele marca a saída de nossas angústias, comunica nossa intemperança e auxilia-nos frente ao impossível. É o limite entre o desespero e a esperança, é a fuga do vazio existencial para o encontro coletivo. O grito é o primeiro ato rumo à liberdade. Ao lado de quem grita se estabelece a expectativa do movimento, cria-se um caminho sem volta para o coletivo.

Estou convencido hoje, que gritar é tão necessário quando nos tempos que levaram Edvard Munch a pintar “O Grito”. A pergunta que se faz aqui é: quais são os gritos que nos unem?

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Mídia esconde escândalo de Itaipu

General Mourão bate continência para os EUA

Argentina: mercados cercam a democracia

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Por que permanecem firmes os governos que, a exemplo do brasileiro, perdem apoio popular, mantêm ou agravam a crise social, devastam o parque produtivo e vomitam por todos os poros incivilidade e patifaria? Qual a relação entre as políticas ultracapitalistas, tramadas nos salões elegantes dos bancos e das empresas de consultoria globais, e as falas de latrina de um Bolsonaro, um Trump, um Duterte – ou, ainda pior, a rápida erosão das liberdades civis e o avanço das milícias e esquadrões da morte? Pode um político neoliberal disfarçar-se de populista e contar com o apoio explícito do FMI? Como vencer este casamento de conveniências – porém, de sinistras consequências – entre defensores extremados da “liberdade” dos mercados e protofascistas?

A chave da vitória progressista na Argentina

Por Javier Tolcachier, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A Frente de Todos ganhou um caráter integrador e transversal, ampliando suas fronteiras ideológicas, abrigando uma ampla gama de forças de oposição não-peronistas, como setores não-oficiais do radicalismo, comunistas, humanistas, bolivarianos, cooperativas e municipalistas, juntamente com a poderosa contribuição de uma ampla gama de movimentos sociais baseados numa unidade heterogênea mas sólida.

Nas eleições primárias celebradas neste domingo, na Argentina, a fórmula Alberto Fernández-Cristina Fernández de Kirchner obteve uma vitória contundente. Com 47,65% dos votos, a diferença com relação a candidatura oficial de Macri-Pichetto foi de mais de 15%, ou quase quatro milhões de votos.

Fora, Dallagnol!

Por Jandira Feghali, no site Vermelho:

Em 2016, quando o procurador lavajatista Deltan Dallagnol fez aparecer na tela uma espetaculosa, porém patética apresentação de PowerPoint para jornalistas de todo o Brasil, já sabíamos que morava ali um comportamento estranho à seriedade e responsabilidade de uma investigação. Tentava incriminar Lula a todo custo. Porém, apresentava ilações e não provas, manchando a reputação de uma liderança política pública, de repercussão internacional e com claras consequências politicas e pessoais.

E quando vieram as denúncias do site Intercept Brasil, ficou claro para todos, tanto aqueles que sabiam ou não do abjeto jogo de conluio e parcialidade daqueles que dizem fazer... “Justiça”.

Bolsonaro e os herdeiros de Sylvio Frota

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

No 18 Brumário de Luís Bonaparte, Karl Marx citou a famosa frase de Hegel de que a história se repete e acrescentou: “A primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. E eis que o governo Bolsonaro, com seus arroubos e personagens grotescos, nos faz lembrar de um trágico período, nem tão distante, que parece ser a matéria-prima do enredo farsesco imposto ao Brasil de 2019.

Falemos do general Sylvio Frota, morto em 1996. Oficial graduado, foi ministro do Exército do ditador Ernesto Geisel, entre 1974 e 1977, quando o regime anunciava a transição “lenta, gradual e segura”. Frota talvez tenha sido o maior opositor da abertura democrática, que considerava uma traição ao “processo revolucionário”. Anticomunista, elaborou a famosa lista dos 97 “subversivos infiltrados no Estado” e passou a minar Geisel, a quem pretendia suceder e que considerava ideologicamente de esquerda.

Duas frentes: democrática e antineoliberal

Por Marcus Ianoni, no site Brasil Debate:

Temos observado sinais de divisão e debandada no interior das forças sociais e políticas que alavancaram a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018. Eles reforçam a discussão sobre a estratégia dos atores.

Devido à crise das instituições representativas, dos partidos políticos, do Congresso e do Poder Executivo, aberta em 2015 e agravada com o golpe de 2016, a extrema-direita vendeu as eleições do ano passado, surfando na luta politizada contra a corrupção, beneficiada pelo lawfare comandado pela Lava jato, com o apoio da grande mídia, e usando métodos fraudulentos, sobretudo as Fake News propagadas pelo Whatsapp e demais mídias sociais e abastecidas por financiamento ilegal.

A derrota de Macri e a oposição a Bolsonaro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Numa vantagem que superou a maioria das previsões, a vitória da chapa Alberto Fernandez-Cristina sobre Macri mostra as dificuldades imensas para um governo identificado com um projeto de Estado Mínimo manter a maioria nas sociedades desiguais da América do Sul. ,A vitória da oposição argentina nas eleições primárias é um sinal clamaroso das dificuldades de um governo identificado com uma plataforma de Estado Mínimo para manter a maioria de uma sociedade com as típicas contradições da América do Sul. 

Itamaraty mente sobre mutretas de Itaipu

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A edição dominical [11/8] do jornal paraguaio ABC traz como manchete de capa a denúncia de que o “Itamaraty mente e enche de armadilhas Ata sobre Itaipu” [aqui].

Em 4 páginas de reportagem, o jornal analisa o acordo secreto que o governo Bolsonaro tentou impor ao Paraguai para viabilizar um esquema milionário de corrupção para favorecer a Léros, empresa que tinha seus interesses representados pelo político do PSL Alexandre Giordano, suplente do líder do Bolsonaro no Senado, Major Olímpio.

Uma prova material dos crimes de Moro

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Um dos fatos mais graves que mostram o viés político e a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça de Bolsonaro, foi revelado em nova reportagem do Intercept, em parceria com o site BuzzFeed. Fica evidente que Moro orientou o chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol, a não pedir a apreensão dos telefones celulares de Eduardo Cunha, diferentemente do que ocorreu em relação a outros réus.

Dallagnol recebeu, em 18 de outubro de 2016, instruções do ex-juiz Moro, em conversa pessoal. No mesmo dia, informou aos seus colegas procuradores o resultado dessa conversa com Moro: “Conversamos aqui e entendemos que não é caso de pedir os celulares, pelos riscos, com base em suas ponderações”, afirmou num aplicativo à sua equipe. Quais riscos? Riscos para quem? Que ponderações?

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Paraguai, Argentina e a cobertura da mídia

Moro, Deltan e o celular do Cunha

Por Fernando Brito, em seu blog:

Novos diálogos revelados pelo “Vaza Jato” do The Intercept, agora com o site Buzzfeed, mostram que Sérgio Moro agiu para que no pedido de prisão preventiva de Eduardo Cunha não fosse solicitada a apreensão de seus aparelhos de telefone celular.

O motivo, provavelmente, era evitar que da perícia pudesse resultar o encontro de mensagens que envolvessem o ex-presidente da Câmara e artífice do impeachment com autoridades do governo Temer que levassem o caso para o STF, por foro privilegiado dos envolvidos.

No dia 17 de outubro de 2016, Moro assinou o mandado de prisão de Eduardo Cunha, que já havia sido cassado e perdido o foro especial, mas não incluiu a ordem de apreensão dos seus celulares.

Lava-Jato e perspectiva do projeto de nação

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

O profissionalismo na administração pública somente ganhou dimensão nacional a partir da década de 1930, com a implantação do Estado moderno no Brasil. Com o Departamento Administrativo do Setor Público (Dasp), em 1938, o funcionamento da máquina pública foi progressivamente qualificado tecnicamente, elevando sua eficiência e produtividade, cujas funções ampliaram-se desde a elaboração da proposta orçamentária, a realização de concursos para o ingresso no disputadíssimo funcionalismo, o estabelecimento das carreiras de Estado, entre outras.