domingo, 18 de agosto de 2019

‘Famosos’ se arrependem do apoio a Bolsonaro

Por Altamiro Borges

A edição da revista Veja desta semana traz uma curiosa reportagem sobre “as celebridades arrependidas pelo apoio a Bolsonaro”. Assinada pela repórter Mariana Zylberkan, a matéria lista alguns “famosos” da mídia que já desembarcaram do jet-ski tresloucado do “capetão” – entre eles, o “humorista” Danilo Gentili, o “roqueiro” Lobão e o músico Fagner. “Desiludidos”, eles passaram a fazer críticas ao presidente e viraram alvo da fúria dos bolsominions. Após ajudarem a chocar o ovo da serpente fascista – a exemplo da asquerosa Veja –, eles agora temem por suas vidas.

Bolsonaro, Doria e Witzel: brucutus no poder

Por Fernando Brito, em seu blog:

O Globo publica hoje uma “coletânea” dos desaforos, agressões e xingamentos presidenciais. É obra alentada, mas não importa o grau da baixaria, nada mais surpreende no ex-capitão, exceto o fato de temo-lo na Presidência da República.

Grosseiro, primário, preconceituoso, simplista, incompetente, autoritário, nepotista, desumano, insensível, sabujo, seriam necessárias páginas para listar defeitos e deformações da figura presidencial. O fato é que estas “qualidades” sempre foram as dele e, portanto, seu poder não se construiu sozinho.

O entorpecimento do Brasil

Por Sérgio Amadeu, na revista Fórum:

Entorpecimento.

Essa é a palavra correta para descrever a sociedade brasileira diante da tragédia que vive.


A cada dia, o grupo neoliberal, comandado por um investidor sujo que queria ser reconhecido como um economista, o tal Paulo Guedes, desfere um ataque ao patrimônio público brasileiro. Os banqueiros aplaudem, a família Marinho comemora e lamenta a deselegância do atual governo, mas reconhece sua eficiência em desmontar o Estado.

Hoje, li em diversos sites que o CNPq irá cortar 84 mil bolsas. Os Bolsominions comemoram. Escrevem: acabou a mamata para os vagabundos.

Milícias de Bolsonaro ameaçam instituições

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

O ex-capitão Bolsonaro não é um político normal. Não por ser “espontâneo” e “franco”, como alguns afirmam, comparando-o ao estereótipo do político tradicional e enxergando uma qualidade em sua anormalidade.

Normais, ao longo de sua vida e na Presidência, foram José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique, Lula, Dilma e até Michel Temer, cada um à sua maneira e apesar de suas diferenças. Podemos não admirar nenhum deles e ter forte rejeição a vários, mas os sete foram normais e fizeram a carreira com base em princípios democráticos.

Bolsonaro é o "maestro do ódio"


“Num instante em que a nossa história está sendo escrita com palavras, gestos e atos sobre a supremacia da violência, é mais do que urgente que abramos a Constituição Federal e lermos quais são os direitos humanos individuais e sociais que estão sendo violados de maneira orquestrada, sob a batuta do maestro do ódio, que tudo faz para desgovernar”, afirmou – sem citar o nome do presidente da República – o advogado e ex-secretário José Carlos Dias, presidente da Comissão Arns de Direitos Humanos, logo na abertura da chamada Mesa Nacional de Diálogo contra a Violência. O evento, realizado hoje (15) na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, reuniu diversas entidades para discutir como enfrentar o momento político adverso, representado pelo governo de Jair Bolsonaro. “Sinto que a sociedade se estrutura em defesa da democracia“, disse Dias. O vice-presidente da Ordem, Luiz Viana, foi o anfitrião do encontro.

O ditador, sua “obra” e o senhor Guedes

Por José Luís Fiori, no site Outras Palavras:

Bem antes das urnas eletrônicas, o Brasil viu um rinoceronte
conquistar 100 mil votos e um chimpanzé chegar aos 400 mil.
Nasceu assim, em 1959, o voto de protesto,
que colocou o rinoceronte Cacareco como vereador de São Paulo.
Anos depois, em 1988, o Macaco Tião
ficou em terceiro na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro
Último Segundo, IG São Paulo, 21/09/2014


É comum entre os economistas neoliberais elogiar o Chile e considerá-lo um modelo econômico que deve ser imitado. Mais do que isto, no Brasil do capitão Bolsonaro, é costume elogiar a ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990), que concedeu um poder quase absoluto a um grupo de jovens economistas – liderados pelo superministro Sergio de Castro – para aplicar, ainda na década de 70, o primeiro grande “choque neoliberal” do mundo. Este transformou o Chile num verdadeiro “laboratório de experimentação” e numa espécie de “modelo de exportação” e propaganda das políticas e reformas liberais defendidas pela “Escola de Chicago”, que era o templo mundial do ultraliberalismo econômico naquela época. No entanto, a verdadeira história dessa “experiência econômica” chilena costuma ser falsificada, para induzir uma comparação que é inteiramente espúria, e um engodo que é inteiramente ideológico. Senão vejamos, ainda que de forma extremamente sintética, alguns dados importantes dessa história, começando por algumas informações mais elementares, porém indispensáveis para quem se proponha a fazer comparações entre economias e entre países.

Lava-Jato violava sigilo fiscal ilegalmente

Do jornal Brasil de Fato:

Reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, em parceria com o site The Intercept Brasil, neste domingo (18) revela novos trechos de conversas de Telegram dos procuradores da Lava Jato, desta vez numa empreitada obsessiva por incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obtendo ilegalmente dados sigilosos da Receita Federal.

Sem autorização da Justiça o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, e outros procuradores quebravam informalmente o sigilo fiscal de cidadãos de modo simples. Por meio do Telegram, acionavam o informante Roberto Leonel, então a cargo da área de inteligência da Receita Federal em Curitiba.

Brasil em risco após a eleição de Bolsonaro

Por Matheus Tancredo Toledo, na revista Teoria e Debate:

Qual país saiu das urnas após as eleições de 2018? Qual Brasil restará após o governo do presidente Jair Bolsonaro, que demonstra apreço cada vez maior pelo autoritarismo, por valores excludentes e por um país sem diversidade cultural, étnica, política, religiosa e social? O livro Democracia em Risco – 22 Ensaios sobre o Brasil Hoje, idealizado às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2018, traz como desafio responder essas perguntas, por meio de 22 artigos escritos por intelectuais, escritores e escritoras, pensadores e pensadoras da sociedade e da política brasileira.

Fake news: as armas do inimigo

Por Aldo Jofré Osório, no site Vermelho:

Se eu perguntar com o que você relaciona as fake news, seguramente em algum momento sua cabeça fará a ligação com a ultradireita, seja por Donald Trump, Jair Bolsonaro, Vox, J. J. Rendón, Durán Barba, etc. Pois bem, se isto é assim, diante do cenário atual em que nos encontramos, é porque funcionam! Então, por que existem setores político que tem resistência em trabalhar com elas? Para responder esta pregunta, vou contar uma história.

Monstrengo financeiro continua engordando

Foto: Cezar Xavier
Por Cezar Xavier, no site da Fundação Maurício Grabois:

 colóquio realizado pela Fundação Maurício Grabois, na sede do PCdoB, em São Paulo, no dia 23 de julho, terça-feira, perguntou: A grande crise de 2008 foi superada? Os economistas e estudiosos que debateram o tema foram Nilson Araújo, Renildo Souza, Lécio Morais e A. Sérgio Barroso.

Em seu comentário às palestras de Nilson e Renildo, Barroso, médico, doutorando em doutor em Desenvolvimento Econômico (Unicamp), também membro do Comitê Central do PCdoB, fez uma defesa no estudo de Marx da lei tendencial da queda da taxa de lucros, de O Capital. Diante de questionamentos filológicos, a partir de manuscritos originais, ele achou importante ressaltar o papel brilhante de Engels na organização das ideias de Marx para esta polêmica questão, que é considerado por muitos, fundamental para a compreensão das crises cíclicas do capitalismo. 

A fortuna do “office boy do desmatamento”

Por Altamiro Borges

Na semana retrasada, Ricardo Salles, o sinistro do Meio Ambiente, deixou uma audiência pública na Câmara Federal escoltado por policiais após violento bate-boca com deputados. Ele foi acusado por Nilto Tatto (PT-SP) de ser um “office boy” do desmatamento. Irritado, o ministro metido a valentão – que fundou a exótica seita Endireita Brasil – pediu respeito, antes de deixar o recinto. “Não admito que o senhor me trate desse jeito. Eu não sou office boy de coisa nenhuma”. Ele também fez questão de defender os barões do agronegócio, negando qualquer interesse particular nessa atitude militante.

sábado, 17 de agosto de 2019

Grana e poder tensionam PSL de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

A expulsão do deputado-pornô Alexandre Frota azedou o clima no PSL – também já apelidado de “Partido Só de Laranjas”. A abrupta decisão confirmou que a sigla de aluguel é controlada pelo “capetão” Jair Bolsonaro e por seus filhotes e milicianos. Quem discordar ou fizer qualquer crítica será fuzilado sem dó nem piedade. Como desabafou o deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP), a punição foi assustadora. “O sistema é bruto. Para aqueles que não estão acostumados, ou a pessoa surta ou aguenta calada. E o Frota surtou. É uma pena, é um amigo. Acho que a grande maioria da bancada do partido não gostou da decisão”.

Bolsonaro causa balbúrdia na Polícia Federal

Por Altamiro Borges

O jornalista Guilherme Amado, da revista Época, foi um dos primeiros a alertar para o clima de balbúrdia que cresce no laranjal do “capetão” – e não nas universidades, como alardeia o “sinistro” babaca da Educação. Ele postou na noite de sexta-feira (16): “A crise vivida entre Jair Bolsonaro e a cúpula da Polícia Federal é inédita na história recente do país. A direção da Polícia Federal ameaçou fazer uma renúncia coletiva caso Bolsonaro insistisse em interferir na nomeação do superintendente no Rio de Janeiro... Diante do recuo presidencial, o clima acalmou”. Mas não se sabe até quando.

Europa debate retrocessos no Brasil

Por Antonio Barbosa Filho, direto de Berlim (Alemanha)

No painel que abriu os trabalhos do II Encontro da Fibra - Frente Internacional de Brasileiros contra o Golpe -, a brasileira que elegeu-se pela região da Catalunha para o Congresso dos Deputados da Espanha, Maria Dantas, afirmou que para lutar contra o fascismo é preciso lutar igualmente contra o racismo e o machismo.

"O Fascismo se alimenta do racismo, no Brasil e em qualquer parte do mundo, inclusive na Espanha. O VOX, partido espanhol que não apenas defende a ditadura de Franco como se diz uma nova Cavalaria Templária medieval, elegeu apenas três vereadores na Catalunha, numa cidade onde 82% dos eleitores são imigrantes negros. Ou seja: os fascistas aproveitam-se dos mais excluídos para implantar seu discurso de ódio e fazer com que as pessoas votem contra si próprias. Isso ocorreu no Brasil, mas é prática geral da extrema-direita", afirmou a deputada.
 

Meta de Bolsonaro é implantar a tirania

Nunca mais eu vou dormir!

Dallagnol arrombou as portas da república

O que está acontecendo na Amazônia?

Aproxima-se a hora da verdade de Bolsonaro

A derrota dos neoliberais na Argentina