segunda-feira, 2 de setembro de 2019
A “reserva selvagem” de Jair Bolsonaro
Por Fernando Brito, em seu blog:
A pesquisa Datafolha sobre a política (?) ambiental de Jair Bolsonaro talvez seja uma espécie de avant-première da que, provavelmente, será publicada nos próximos dias sobre a aprovação/reprovação de seu governo.
Mais do que os 51% que a classificam como ruim ou péssima, os 25% que acham bom ou ótimo o discurso ambiental selvagem mostram que há uma “reserva selvagem” de apoio à estupidez do governo que, agora com a explicitude dos planos de indultar policiais assassinos, põe-se nitidamente como a elevação do espírito miliciano ao comando da República.
A pesquisa Datafolha sobre a política (?) ambiental de Jair Bolsonaro talvez seja uma espécie de avant-première da que, provavelmente, será publicada nos próximos dias sobre a aprovação/reprovação de seu governo.
Mais do que os 51% que a classificam como ruim ou péssima, os 25% que acham bom ou ótimo o discurso ambiental selvagem mostram que há uma “reserva selvagem” de apoio à estupidez do governo que, agora com a explicitude dos planos de indultar policiais assassinos, põe-se nitidamente como a elevação do espírito miliciano ao comando da República.
CPI para investigar carrascos da Lava-Jato
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Além dos arbítrios e crimes cometidos pelos integrantes da força-tarefa da Lava Jato, as revelações do Intercept também evidenciam a face sociopata e atroz dos membros da gangue que o ministro Gilmar Mendes chama de organização criminosa [OrCrim].
As mensagens infames que procuradores e procuradoras intercambiaram nos momentos de dor e luto que Lula viveu pelas perdas da sua companheira Marisa, do irmão Vavá e do seu netinho Arthur [aqui] revelam o mau-caratismo, o ódio e o racismo dessa gente.
As mensagens infames que procuradores e procuradoras intercambiaram nos momentos de dor e luto que Lula viveu pelas perdas da sua companheira Marisa, do irmão Vavá e do seu netinho Arthur [aqui] revelam o mau-caratismo, o ódio e o racismo dessa gente.
Datafolha: Popularidade de Bolsonaro esfarela
Por Renato Rovai, em seu blog:
Ontem, escrevi um artigo abordando a sucessão de João Doria/Bruno Covas em São Paulo. Com base nele é possível pensar um pouco o que acontece no país. Bolsonaro esfarela e já alcança 38% de ruim e péssimo. Um número gigante. Seus apoiadores do ótimo e bom agora são apenas 29%.
Em São Paulo, o governo tucano também é um desastre e muito mal avaliado. Mas….e aí sempre tem um mas, como dizem os argentinos, o campo progressista com tudo isso não consegue se colocar como alternativa.
O governo municipal é mal avaliado, os impactos da crise na cidade podem ser vistos em todas as esquinas, mas mesmo assim qualquer pesquisa de opinião vai dar 3 ou 4 candidatos de direita na liderança.
Ontem, escrevi um artigo abordando a sucessão de João Doria/Bruno Covas em São Paulo. Com base nele é possível pensar um pouco o que acontece no país. Bolsonaro esfarela e já alcança 38% de ruim e péssimo. Um número gigante. Seus apoiadores do ótimo e bom agora são apenas 29%.
Em São Paulo, o governo tucano também é um desastre e muito mal avaliado. Mas….e aí sempre tem um mas, como dizem os argentinos, o campo progressista com tudo isso não consegue se colocar como alternativa.
O governo municipal é mal avaliado, os impactos da crise na cidade podem ser vistos em todas as esquinas, mas mesmo assim qualquer pesquisa de opinião vai dar 3 ou 4 candidatos de direita na liderança.
Boas notícias da resistência democrática
Por João Francisco Werneck, no site Vermelho:
As boas notícias irão voltar. Em meio ao caos do governo Bolsonaro, entre todas as más notícias que o ofício do jornalismo nos obriga a explanar diariamente, há boas novas para se contar. As forças progressistas no Brasil estão atentas. E mais do que isso. Estão unidas, como há muito tempo desejávamos. Juntas, elas organizaram o "Fórum de Resistência Democrática", que chegou ao seu último dia nesta sexta-feira, 30, no Rio de Janeiro. O evento, realizado na Praça Mário Lago, no Centro, foi promovido pelos maiores partidos de esquerda no Brasil: PT, PCdoB e PSOL. Nomes importantes da política nacional, como Jandira Feghali, Marcelo Freixo, Glauber Braga e Flávio Dino, governador do Maranhão, proferiram discursos e debateram junto do povo alguns caminhos para resistir democraticamente ao desmonte estatal iniciado em janeiro deste ano.
As boas notícias irão voltar. Em meio ao caos do governo Bolsonaro, entre todas as más notícias que o ofício do jornalismo nos obriga a explanar diariamente, há boas novas para se contar. As forças progressistas no Brasil estão atentas. E mais do que isso. Estão unidas, como há muito tempo desejávamos. Juntas, elas organizaram o "Fórum de Resistência Democrática", que chegou ao seu último dia nesta sexta-feira, 30, no Rio de Janeiro. O evento, realizado na Praça Mário Lago, no Centro, foi promovido pelos maiores partidos de esquerda no Brasil: PT, PCdoB e PSOL. Nomes importantes da política nacional, como Jandira Feghali, Marcelo Freixo, Glauber Braga e Flávio Dino, governador do Maranhão, proferiram discursos e debateram junto do povo alguns caminhos para resistir democraticamente ao desmonte estatal iniciado em janeiro deste ano.
Brasil tende a aprofundar a estagnação
Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:
Quase onze anos após o começo da crise que abalou a globalização neoliberal, anuncia-se novamente o retorno possível da recessão mundial. Não apenas os indicadores financeiros nos Estados Unidos, como a inversão da trajetória das taxas de juros de curto prazo acima das de longo prazo, mas a desaceleração no ritmo da produção em vários países, inclusive na China, e o desempenho negativo na Alemanha apontam para reversão da economia mundial.
Ocupação é troféu da luta por moradia
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
"A única luta que se perde é aquela que se abandona", ensina uma frase pintada num dos muros altos da ocupação Douglas Rodrigues, uma área de 50 000 metros quadrados na Zona Norte de São Paulo.
Localizada numa encruzilhada política e social na qual 2 000 famílias em busca de um lugar decente para morar enfrentam - e pelo menos até agora venceram - os grandes tentáculos do mercado imobiliário de São Paulo, em 28 de agosto a ocupação completou seis anos de resistência e mobilização.
Neste período, quando três presidentes da República ocuparam o Palácio do Planalto, e a economia do país abandonou um dos melhores momentos de sua história recente para mergulhar numa recessão terrível, os brasileiros e brasileiras da Ocupação Douglas Rodrigues transformaram um terreno abandonado e infecto num bairro popular com traços muito especiais.
Embaixador do hambúrguer pede benção a Trump
Por Altamiro Borges
Os diplomatas brasileiros – ao menos os que têm dignidade – não sabem mais onde enfiar a cara. A cada dia é um vexame planetário. Na sexta-feira (30), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) – o filhinho mimado do “capetão”, que já “fritou hambúrguer” nos EUA e pode ganhar de presente o cobiçado cargo de embaixador em Washington – teve um encontro reservado com o fascistoide patético Donald Trump, na Casa Branca.
Os diplomatas brasileiros – ao menos os que têm dignidade – não sabem mais onde enfiar a cara. A cada dia é um vexame planetário. Na sexta-feira (30), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) – o filhinho mimado do “capetão”, que já “fritou hambúrguer” nos EUA e pode ganhar de presente o cobiçado cargo de embaixador em Washington – teve um encontro reservado com o fascistoide patético Donald Trump, na Casa Branca.
domingo, 1 de setembro de 2019
“Veja” achou o Queiroz. Ele corre riscos?
Por Altamiro Borges
Após um longo e suspeitíssimo sumiço, Fabrício Queiroz, o “faz-tudo” da famiglia Bolsonaro, finalmente foi descoberto. A revista “Veja” encontrou o ex-motorista e ex-segurança de Flávio Bolsonaro, o pimpolho 01 do “capetão”, residindo no Morumbi, bairro nobre de São Paulo, e sendo atendido no Hospital Albert Einstein, um dos mais caros do país. Sergio Moro, o “superministro” da Justiça que já virou bagaço no laranjal, deve ter ficado surpreso com o trabalho investigativo dos jornalistas – já que a sua Polícia Federal não fez nada.
Após um longo e suspeitíssimo sumiço, Fabrício Queiroz, o “faz-tudo” da famiglia Bolsonaro, finalmente foi descoberto. A revista “Veja” encontrou o ex-motorista e ex-segurança de Flávio Bolsonaro, o pimpolho 01 do “capetão”, residindo no Morumbi, bairro nobre de São Paulo, e sendo atendido no Hospital Albert Einstein, um dos mais caros do país. Sergio Moro, o “superministro” da Justiça que já virou bagaço no laranjal, deve ter ficado surpreso com o trabalho investigativo dos jornalistas – já que a sua Polícia Federal não fez nada.
A deterioração da imagem de Bolsonaro
Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:
A mais recente pesquisa Vox Populi é péssima para Jair Bolsonaro. Em todas as dimensões pesquisadas, os números são muito ruins para ele e seu governo.
O levantamento foi realizado entre os dias 23 e 26 de agosto e, na amostra nacional, foram ouvidos 2 mil eleitores, número suficiente para identificar como a opinião pública vê a situação do País e o ocupante do Palácio do Planalto, seu comportamento e algumas políticas.
Pior do que uma notícia ruim, só duas notícias ruins. A pesquisa Vox foi a segunda na mesma semana a apresentar resultados poucos animadores para o ex-capitão. O instituto MDA, contratado pela Confederação Nacional dos Transportes, também mostrou que a imagem de Bolsonaro está em adiantado processo de decomposição.
O levantamento foi realizado entre os dias 23 e 26 de agosto e, na amostra nacional, foram ouvidos 2 mil eleitores, número suficiente para identificar como a opinião pública vê a situação do País e o ocupante do Palácio do Planalto, seu comportamento e algumas políticas.
Pior do que uma notícia ruim, só duas notícias ruins. A pesquisa Vox foi a segunda na mesma semana a apresentar resultados poucos animadores para o ex-capitão. O instituto MDA, contratado pela Confederação Nacional dos Transportes, também mostrou que a imagem de Bolsonaro está em adiantado processo de decomposição.
Bolsonaro finge brigar com donos da mídia
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
¨Bolsonaro defende prisão de jornalistas que publicam mentiras” (Rádio CBN, do Grupo Globo, nesta sexta-feira).
Quem ainda é capaz de dizer o que é verdade ou mentira no Brasil de Jair Bolsonaro, além dele?
No velho Estadão, onde eu trabalhava nos anos 70 do século passado, uma grande crise entre a direção e a redação só foi estourar quando a censura saiu do jornal.
Os jornalistas achavam que agora estavam livres para publicar tudo, mas não foi bem assim.
Um dos donos do jornal, Ruy Mesquita, dizia publicamente que a redação era coalhada de comunistas.
Quem ainda é capaz de dizer o que é verdade ou mentira no Brasil de Jair Bolsonaro, além dele?
No velho Estadão, onde eu trabalhava nos anos 70 do século passado, uma grande crise entre a direção e a redação só foi estourar quando a censura saiu do jornal.
Os jornalistas achavam que agora estavam livres para publicar tudo, mas não foi bem assim.
Um dos donos do jornal, Ruy Mesquita, dizia publicamente que a redação era coalhada de comunistas.
Casamento de conveniência: Bolsonaro e Moro
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:
Por mais que Bolsonaro e Sergio Moro finjam que não, a crise no casamento entre bolsonarismo e lavajatismo parece irreversível. Se durante a campanha eleitoral um se alimentou do outro, agora, com Bolsonaro no poder, as duas correntes começam a bater cabeça. Nas últimas semanas, o presidente tem se empenhado em sabotar Moro e controlar as rédeas da Lava Jato. O ex-superministro viu seus poderes sendo esvaziados e tem sido tratado com desprezo pelo presidente. Foram várias declarações, gestos e decisões que contrariam a cartilha lavajatista.
Mais-valia e previdência social
Por Carlos Fernando Galvão, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
O Estado (poder público) é apropriador de mais-valia (sintética e resumidamente, lucro) pelo viés fiscal: ele recolhe os impostos e ainda administra empresas públicas. O Estado também é o garantidor da mais-valia privada do povo, do povo detentor de capital. E por capital não devemos entender, apenas dinheiro. Capital é isso, mas também são as máquinas e os aparelhos e instrumentos tecnológicos das empresas; capital é o acesso à crédito subsidiado; capital é a base educacional, de saúde, de transporte e segurança que poucos têm, efetivamente, para acessar os postos de poder na sociedade, enfim, capital é, como mostraram Marx e Engels, dentre outros, uma relação social de produção e poder. O Estado capitalista-liberal é, pois, o garantidor desse processo.
Internet dos ricos é diferente da dos pobres
Por Michael Fertik, no site Carta Maior:
Imagine uma Internet onde mãos invisíveis façam uma curadoria de toda a sua experiência. Onde terceiros escolham as notícias, os produtos e preços que você vê – e até as pessoas que você encontra. Um mundo em que você pensa estar fazendo escolhas, mas onde, na realidade, suas opções são reduzidas e refinadas e o seu controle é apenas uma ilusão.
Isso não está longe do que acontece hoje. Graças à tecnologia que permite ao Google, Facebook e outros coletar informações sobre nós e usá-las para adaptar a experiência do usuário aos nossos gostos, hábitos e renda pessoais, a Internet se tornou um lugar diferente para os ricos e para os pobres. Muitos de nós nos tornamos atores inconscientes em um conto de duas Internets. Há a sua e a minha, a deles e a nossa.
Imagine uma Internet onde mãos invisíveis façam uma curadoria de toda a sua experiência. Onde terceiros escolham as notícias, os produtos e preços que você vê – e até as pessoas que você encontra. Um mundo em que você pensa estar fazendo escolhas, mas onde, na realidade, suas opções são reduzidas e refinadas e o seu controle é apenas uma ilusão.
Isso não está longe do que acontece hoje. Graças à tecnologia que permite ao Google, Facebook e outros coletar informações sobre nós e usá-las para adaptar a experiência do usuário aos nossos gostos, hábitos e renda pessoais, a Internet se tornou um lugar diferente para os ricos e para os pobres. Muitos de nós nos tornamos atores inconscientes em um conto de duas Internets. Há a sua e a minha, a deles e a nossa.
Glenn Greenwald e os lucros da Globo
Do blog Viomundo:
Em entrevista ao programa Entre Vistas, da TVT, o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept Brasil, explicou a estratégia que usou para atrair parceiros e aumentar o alcance da Vaza Jato.
Ele também falou sobre a parceria preguiçosa do Jornal Nacional, da TV Globo, com a Operação Lava Jato.
Segundo Greenwald, o apresentador William Bonner fazia as chamadas sobre revelações de grandes escândalos e garantia audiência do telejornal, mas a emissora não gastava um tostão sequer na apuração das denúncias, ou seja, na confirmação das delações que propagava como verdadeiras.
Ele também falou sobre a parceria preguiçosa do Jornal Nacional, da TV Globo, com a Operação Lava Jato.
Segundo Greenwald, o apresentador William Bonner fazia as chamadas sobre revelações de grandes escândalos e garantia audiência do telejornal, mas a emissora não gastava um tostão sequer na apuração das denúncias, ou seja, na confirmação das delações que propagava como verdadeiras.
Queiroz devia fazer Toffoli corar de vergonha
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Isso se o presidente do STF não figurasse hoje na galeria dos homens públicos mais execráveis da República, de mãos dadas a Bolsonaro, Moro e Dallagnol.
Isso se ele não pudesse ser comparado a um ser invertebrado, dado ao seu comportamento camaleônico, ao sabor das conveniências políticas de momento.
Isso se não tivesse se deixado tutelar por generais-assessores, feito inédito em toda a história do Supremo, impensável até durante a ditadura militar.
Isso se não tivesse se tornado “corda e caçamba” do sujeito que ocupa a cadeira presidencial de forma indigna.
Isso se o presidente do STF não figurasse hoje na galeria dos homens públicos mais execráveis da República, de mãos dadas a Bolsonaro, Moro e Dallagnol.
Isso se ele não pudesse ser comparado a um ser invertebrado, dado ao seu comportamento camaleônico, ao sabor das conveniências políticas de momento.
Isso se não tivesse se deixado tutelar por generais-assessores, feito inédito em toda a história do Supremo, impensável até durante a ditadura militar.
Isso se não tivesse se tornado “corda e caçamba” do sujeito que ocupa a cadeira presidencial de forma indigna.
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