Por Gustavo Conde, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
“Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa” - Guimarães Rosa
Um dos efeitos colaterais mais extraordinários que a língua humana provoca é o apagamento de sua origem. O sentido das palavras nos é dado como que por mágica e o tomamos como pré-existente a tudo.
Esse fenômeno foi nomeado como “esquecimento n.1” pelo filósofo e linguista francês Michel Pêcheux. A ideologia nos afeta e nos faz acreditar – em grande medida – que somos fundadores do próprio sentido que se recicla em nosso discurso.
Um dos efeitos colaterais mais extraordinários que a língua humana provoca é o apagamento de sua origem. O sentido das palavras nos é dado como que por mágica e o tomamos como pré-existente a tudo.
Esse fenômeno foi nomeado como “esquecimento n.1” pelo filósofo e linguista francês Michel Pêcheux. A ideologia nos afeta e nos faz acreditar – em grande medida – que somos fundadores do próprio sentido que se recicla em nosso discurso.