Valparaíso, 21/10/19. Foto: Rodrigo Garrido |
O regime de Piñera – e insisto no termo “regime” porque um governo que reprime com a brutalidade que todo mundo viu não se pode considerar democrático – se defronta com a mais séria ameaça popular jamais enfrentada por governo algum no Chile desde o derrocamento da Unidade Popular em 11 de setembro de 1973. As ridículas explicações oficiais não convencem nem aos que as divulgam; ouvem-se denúncias sobre o vandalismo dos manifestantes, ou seu desprezo criminoso pela propriedade privada, ou pela paz e tranquilidade, sem falar das oblíquas alusões à letal influência do “castro-madurismo” no desencadeamento dos protestos que culminaram na declaração do “estado de emergência” por parte de La Moneda [sede da presidência chilena], argumento absurdo e falacioso anteriormente manejado pelo corrupto que hoje governa o Equador e assombrosamente desmentido pelos fatos.