domingo, 2 de fevereiro de 2020

As sete mentiras da extrema-direita

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

Uma prática comum da extrema direita consiste em alterar a percepção que temos do verdadeiro e do falso, promovendo o sentimento generalizado de insegurança, confusão em relação aos fatos, medo do futuro, enquanto direitos básicos são retirados.

A angústia que vivemos, espécie de atordoamento, ante o desmoronar de setores como engenharia nacional, petróleo, educação, ciência e tecnologia (Embraer vendida etc.) expressa não apenas a indignação que comungamos frente à canalhice toda, mas o fato de termos voltado ao Estado mínimo.

E brutalmente mínimo: Teto de Gastos, privatizações, mudanças na Previdência, cortes de direitos sociais, concentração brutal da renda, venda do patrimônio público (que pertence aos nossos filhos e netos), ausência de regulação das atividades das corporações internacionais e por aí vai.

Congresso reabre: Moro no centro da disputa

Por Fernando Brito, em seu blog:

Amanhã, inicia-se o ano legislativo com Sérgio Moro no centro das polêmicas, embora uma segunda-feira que promete ser sombria no mercado financeiro vá disputar com a política o centro das atenções.

Pode apostar que, mesmo com as juras de fidelidade do ex-juiz a Bolsonaro, uma grande bancada de parlamentares vai empenhar-se em “desagravá-lo” do tratamento presidencial: os “cães de guarda” do lavajatismo e mais a porção órfã do PSL, a que ficou sem os bolsonaristas.

Mais que a esquerda, que não separa mais o criador curitibano da criatura posta em palácio, o DEM (não todo, o de Rodrigo Maia), o PP e outros partidos, que se arrepiam com as ambições presidenciais de Moro, não acreditam que este vá se acomodar na promessa retomada por Bolsonaro de nomeá-lo ao STF.

Cerveja, água, sexo e o SUS

Por Paulo Capel Narvai, no site A terra é redonda:

O Rio de Janeiro vive um “apagão sanitário”, afirmam dirigentes cariocas do CEBES, o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde. A crise não se restringe, porém, aos serviços de saúde, como as unidades básicas de saúde, ambulatórios e hospitais, que estão demitindo funcionários e paralisando atividades em decorrência de decisões de empresas contratadas para gerenciá-los que alegam não receber o que o governo lhes deve. As demissões atingem mais de 5 mil funcionários. Mas saúde é mais, muito mais do que serviços de saúde.

Quanto mais economizamos, mais devemos

Por Artur Araújo, no site Outras Palavras:

A seita prega urbi et orbi que só a mais aloprada “austeridade” fiscal conduz o rebanho a esse paraíso do “dever pouco”. Para isso, vale cortar tudo: salários, aposentadorias, benefícios, direitos, fornecimento de remédios, conserto de teto de escola, obras que evitam enchentes, conservação das estradas, pesquisa científica, implantação de rede de esgoto.

Pois bem. Desde 2015, essa vara de econobreiros comanda a economia nacional. O que nos contam agora, do alto de seus púlpitos?

Bancos lideram ações trabalhistas em SP


O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, o maior do país, com abrangência na Grande São Paulo e Baixada Santista, recebeu 328.137 processos no ano passado, crescimento de 7% em relação a 2018. De acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (30), o movimento processual resultou em pagamento de R$ 3,9 bilhões para os envolvidos nas ações (reclamantes e reclamados). Segundo o TRT-2, a maior parte, 63%, foi paga por meio de acordos intermediados pelos Centros Judiciários de Soluções de Conflitos. Em todo o país, a Justiça do Trabalho recebeu quase 3,4 milhões de ações (3.377.004) e julgou 3,6 milhões (3.522.630).

O sindicalismo e as eleições municipais

Por Gilson Reis, no site Vermelho:

No próximo dia 4 de outubro, eleitores de 5.568 municípios brasileiros elegerão prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. A política envolve mobilizações e disputas nas ruas, espaços públicos e institucionais, nos meios de comunicação e redes sociais. O pleito prepara o terreno, também, para as eleições estaduais e nacionais de 2022. Estão em debate os destinos do país e das várias classes e estamentos sociais que o compõem.

Juventude quer trabalho e direitos

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

De acordo com o Panorama Trabalhista da América Latina e Caribe, divulgado nesta terça-feira (28) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a estagnação econômica na América Latina leva a juventude ao maior índice de desemprego dos últimos 20 anos.

Pelo estudo da OIT, a taxa de desocupação juvenil atingiu 19,8% em 2019, três vezes mais que a média da população adulta, ou seja, 1 em cada 5 jovens, de até 24 anos, está fora do mercado de trabalho, sem contar que a maioria só consegue emprego em condições precárias.

“As políticas ultraliberais de retirada de direitos trabalhistas e redução do papel do Estado adotadas no Brasil e no mundo não poderiam ter outro resultado se não este do aumento do desemprego e da informalidade”, afirma Luiza Bezerra, secretária da Juventude Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

O povo despreza as instituições. Por quê?

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Há uma marcha batida da insensatez em curso, não é de hoje. Pesquisa da CNT/MDA divulgada na última quarta-feira (22) revela o declínio e a perda contínua de prestígio e de confiança nas instituições democráticas pela ampla maioria da população brasileira. A pesquisa traz muitos dados relevantes, mas analisarei apenas e tão somente aqueles relacionados ao enfraquecimento da tenra e frágil democracia brasileira. A pesquisa do instituto MDA, para a CNT (Confederação Nacional do Transporte), ouviu 2.002 pessoas entre os dias 15 e 18 de janeiro, em 137 municípios de 25 unidades da Federação.


sábado, 1 de fevereiro de 2020

Petardos: Globo abafa alta da informalidade

Por Altamiro Borges

Entusiasta da agenda ultraneoliberal de Bolsonaro, a mídia rentista dá destaque à tímida queda do desemprego. O Globo, sem qualquer senso crítico, estampa na manchete: ”Desemprego cai no último trimestre e fecha o ano em 11%”. O jornalão evita tratar da explosão da informalidade

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Segundo a pesquisa do IBGE (Pnad), a taxa de desemprego caiu para 11% no último trimestre de 2019  período marcado pelo Natal e pelas férias de verão. Já o trabalho informal atingiu seu maior contingente desde 2016, com 41,1% da população ocupada  38,4 milhões de pessoas

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Ainda segundo a Pnad, o número de trabalhadores com carteira assinada em dezembro foi de 33,7 milhões  um aumento de 1,8% com relação ao trimestre anterior. Já o número de trabalhadores por conta própria ficou em 24,6 milhões, 782 mil pessoas (3,3%) a mais do que o fim de 2018

Trump, Brexit e o fracasso da globalização

Trump admite ter medo de Bernie Sanders

A disputa política do movimento evangélico

Um povo dominado pelo racismo

Saiba o que é o novo coronavírus

Banco Itaú e a falta de sensibilidade

Desigualdade social e reforma tributária

A quem interessa o desmonte do Enem?

Guedes e Moro são faces do mesmo Bolsonaro

Por Roberto Amaral, em seu blog: 

Trata-se de farsa ideológica e ética a grande imprensa brasileira tentar apresentar-se como isenta e independente face ao governo Bolsonaro, quando, de fato, o apoia, como apoiou o golpe de 1964 e a era Campos-Bulhões-Delfim, como apoia todo governo de força que promova o império do capital, efetivo condutor de seus movimentos.

E é este, exatamente, o regime de nossos dias, a aliança antipopular neoliberal e ao mesmo tempo autoritária que assegura a absoluta liberdade do mercado e impõe restrições aos direitos civis, às liberdades e aos interesses dos trabalhadores.

Quanto custa o silêncio da mídia?

Por Jeferson Miola, em seu blog:                 

No último dia 29 de janeiro, reconhecidos juristas associados à AJURD [Associação de Juristas pela Democracia] representaram no Ministério Público do Rio Grande do Sul contra o Prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior/PSDB, por crime de responsabilidade [resumo aqui].

A iniciativa tem embasamentos que são inteligíveis para qualquer leigo:

1- o Prefeito promoveu espalhafatosa campanha publicitária com recursos públicos nos jornais do sudeste do país, como Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo – além, naturalmente, de farta publicidade nos órgãos locais e regionais de comunicação. Foram empenhados R$ 34,9 milhões do orçamento da Prefeitura para este fim. Deste total, R$ 5,9 milhões foram desviados do orçamento do SUS, R$ 1,1 milhão da educação e R$ 1,5 milhão da área de habitação [aqui];

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Petardos: Os generais servis e o “capetão”

Por Altamiro Borges

Matéria do Estadão ajuda a entender a postura pusilânime e servil dos generais diante das maluquices do "capetão". Em seu primeiro ano de gestão, Bolsonaro ampliou gastos com milicos e cortou investimentos na educação, saúde e segurança. As distorções no orçamento são gritantes

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Segundo o Estadão, resultado final das contas do laranjal mostra um aumento real (acima da inflação) de 22,1% das despesas da Defesa em relação a 2018  incremento de R$ 4,2 bilhões. Na direção oposta, grana da Educação caiu 16%; Saúde teve queda de 4,3%; e Segurança minguou 4,1%

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O jornalão informa que, no final do ano, o governo já tinha dado prioridade ao aporte de R$ 7,6 bilhões à Emgepron, estatal da Marinha que fabrica corvetas. "A capitalização inflou os gastos com a Defesa, embora tenha ficado fora do teto de gastos, regra prevista na Constituição"