sexta-feira, 20 de março de 2020

As responsabilidades aumentadas

Por João Guilherme Vargas Netto

Seguindo a orientação das autoridades sanitárias os sindicatos começam a diminuir as atividades e reuniões presenciais, substituindo-as pelas interações eletrônicas e pelo trabalho à distância.

Estas preocupações, que são corretas, não devem significar a interrupção das atividades nem a moratória das responsabilidades sindicais com os trabalhadores e com a sociedade.

Diminuir os contatos físicos não pode ser abrir mão de estar presente e atuante; não são férias, mas trabalho redobrado.

Se a sociedade enfrenta a grave crise do coronavírus que desorganiza o mundo do trabalho o papel essencial dos sindicatos deve e tem que ser reforçado, assim como de todas as instituições coletivas responsáveis (governos, partidos, associações, igrejas, clubes e imprensa).

Os cultos do criminoso Silas Malafaia

Por Luis Felipe Miguel

Ontem, a justiça do Rio negou pedido do MP e manteve a realização dos cultos do criminoso Silas Malafaia.

Para os empresários da ignorância popular, a pandemia é o que se chama de "uma janela de oportunidade". O pânico pode lotar os templos de fiéis e, portanto, aumentar a arrecadação.

Diante disso, que importa se é colocada em risco a vida dos crentes, dos empregados da igreja e, no fim das contas, de todos nós?

A crise sanitária dá dimensão dramática a um problema que em tempos normais já é grave: o uso da religião como salvo-conduto para todo tipo de picaretagem, com gravíssimas consequências para suas vítimas.

Retrospectiva 2020: o ano que já terminou

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

Esta retrospectiva começa com a constatação óbvia de que Bolsonaro e Guedes quebraram o Brasil. Claro, houve o Coronavírus e a ele se seguiu uma fortíssima recessão mundial.

Mas foram Bolsonaro, Guedes e sua legião de kamikazes antissociais - mais conhecidos como bolsominions - que levaram o país à beira do abismo. O Coronavírus apenas deu um empurrãozinho.

Bolsonaro e Guedes certamente não inventaram a tempestade perfeita. Eles só colocaram nosso barquinho no meio dela, da forma mais desprotegida possível.

Já em 2019, portanto, bem antes da Covid-19, um governo tóxico, para quem a palavra "viral" era elogio, instaurou um círculo vicioso de desgraça, dando a isso o eufemístico título de "reformas". Nos bastidores, graças a um áudio vazado, descobrimos o verdadeiro nome da coisa: "foda-se!". Esta é a insígnia desse pessoal.

O rei, finalmente, está nu

Por Alessandra Nilo, no site Congresso em Foco:

O coronavírus desembarcou no Brasil num dos piores momentos da nossa história, permeada pela alta turbulência social, incertezas políticas e uma economia estagnada como mostram os dados analisados nos anos recentes. Ainda em fevereiro, nos deparávamos com crises de educação, saúde, meio ambiente, com crescimento da violência de gênero e de outros tipos, com ataques à imprensa livre, taxas de desemprego consistentemente altas e, absurdo, com aumento da fome e da pobreza extrema num país tão rico e capaz como o nosso.

Efeitos do corte de R$ 20 bilhões no SUS

Por Raíssa Ebrahim, no site Marco Zero:

Os casos crescentes do novo coronavírus no Brasil estão escancarando as deficiências de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). A Emenda Constitucional (EC) 95/2016, conhecida como a “emenda do fim do mundo” e aprovada no governo Temer, congelou os gastos com saúde por 20 anos e agora o governo Bolsonaro ameaça também desvincular receitas para área.

Um sistema já deficitário pode colapsar, segundo especialistas, se medidas urgentes não forem tomadas. Novamente os mais afetados pelas políticas de austeridade serão os mais pobres e já vulneráveis.

Pandemia usada para esmagar trabalhadores

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

A crise econômica mundial que se avizinha – bafejada agora pelo coronavírus — pegará o Brasil, como até as pedras já previam, no contrapé. Antes da pandemia, a fragilidade externa do país já tinha aumentado muito, a partir das medidas do golpe de 2016. Por exemplo, o governo Bolsonaro está queimando as reservas internacionais deixadas pelo governo Dilma Rousseff, na tentativa de deter o aumento do câmbio. Somente em março o Banco Central já injetou US$ 15,245 bilhões em recursos novos no mercado de câmbio, tentando conter a escalada do dólar. Mesmo assim o real foi a terceira moeda que mais se desvalorizou no mundo, perante o dólar norte-americano, em 2020.

quinta-feira, 19 de março de 2020

Petardo: Bolsonaro corta salário pela metade

Por Altamiro Borges

Manchete do Estadão desta quinta-feira (19): "Governo permitirá que empresas cortem salários e jornada pela metade". Bolsonaro é realmente um vírus. Além de enxotar milhares de médicos cubanos e reduzir a grana da saúde, o "capetão" ainda decide cortar pela metade os já míseros salários. Haja crueldade!

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Além de cortar pela metade os salários, o que agravará o quadro recessivo, Bolsonaro decide dar uma renda de R$ 200 aos trabalhadores na informalidade. O panaca acha que dá para sustentar uma família com essa merreca"? Quanto o abutre Guedes dará a seus amigos da cloaca burguesa?

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A pandemia do coronavírus evidencia que o capitalismo não serve à humanidade. O jornal Valor, dedicado à cloaca burguesa, informa friamente que "empresas nos EUA começam a demitir devido à crise”. E ainda: "Linhas de montagem param” e podem vitimar 150 mil operários no império.

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quarta-feira, 18 de março de 2020

Petardo: Bolsonaro faz muito mal à saúde

Por Altamiro Borges

A revista Época informa que "o Ministério Público junto ao TCU pediu que a corte apure se Jair Bolsonaro cometeu crime ao cumprimentar manifestantes durante pandemia do coronavírus no domingo (15)". Além de incentivar um ato fascista, o "capetão" teria atentado contra a saúde pública.

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Lucas Rocha, subprocurador-geral junto ao TCU, atacou: "Ignorando o enorme risco à saúde pública, de expansão do coronavírus entre os brasileiros, e contrariando determinações de órgãos federais e distritais da saúde, Bolsonaro saiu às ruas para interagir pessoalmente com os manifestantes".

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O subprocurador-geral também afirma que "o presidente da República, chefe do Poder Executivo, incentivou e, em pessoa, participou de manifestações contrárias ao Poder Legislativo e ao Poder Judiciário. Isso é gravíssimo!". Ele afirma que esse crime "é passível de impeachment".

Hora de união contra o coronavírus

Por João Guilherme Vargas Netto

Embora os terraplanistas neguem a humanidade e, portanto, os brasileiros atravessam uma grave crise. A pandemia se alastra provocando um severo desarranjo na vida das pessoas e forçando cada sociedade (e seus governantes responsáveis) a adotar medidas visando sua contenção e a diminuição de sua letalidade.

Aqui no Brasil não pode ser diferente. O que tem sido diferente é o comportamento do presidente da República que, com palavras e ações, desrespeita as orientações do ministério da Saúde e dos responsáveis pelas medidas contra a Covid-19.

Em cada país, com ritmos diferentes, também são tomadas medidas que visam resguardar e proteger a vida produtiva dos trabalhadores e diminuir o impacto econômico negativo da doença.