sábado, 18 de abril de 2020
sexta-feira, 17 de abril de 2020
Regina Duarte virou a fake news da Cultura
Por Altamiro Borges
Regina Duarte, a patética ministra da Cultura, replicou nas suas redes sociais que Marisa Letícia Lula da Silva deixou R$ 256 milhões em certificados de depósitos bancários (CDBs). A mentira teve como fonte um juizeco de nome Carlos Henrique André Lisboa, da 1ª Comarca de Família de São Bernardo do Campo (SP).
Como os advogados do ex-presidente Lula comprovaram, Marisa Letícia tinha apenas R$ 26 mil em CDBs – e não R$ 256 milhões como "confundiu" o juizeco. Regina Duarte, os filhotes 02 e 03 de Bolsonaro – Carluxo e Dudu Bananinha – e a rádio Jovem Pan serão agora processados pela difusão da fake news.
Regina Duarte, a patética ministra da Cultura, replicou nas suas redes sociais que Marisa Letícia Lula da Silva deixou R$ 256 milhões em certificados de depósitos bancários (CDBs). A mentira teve como fonte um juizeco de nome Carlos Henrique André Lisboa, da 1ª Comarca de Família de São Bernardo do Campo (SP).
Como os advogados do ex-presidente Lula comprovaram, Marisa Letícia tinha apenas R$ 26 mil em CDBs – e não R$ 256 milhões como "confundiu" o juizeco. Regina Duarte, os filhotes 02 e 03 de Bolsonaro – Carluxo e Dudu Bananinha – e a rádio Jovem Pan serão agora processados pela difusão da fake news.
Grandeza de Flávio Dino e o nanismo de Moro
Governo do Maranhão compra de 107 respiradores na China |
Toda grande crise é plena de gigantes e anões.
O heroísmo e a covardia podem vir de lugares surpreendentes.
Veja o caso de Flávio Dino e Sergio Moro, o justiceiro inventado pela mídia.
No país surreal em que o Brasil se transformou, Dino foi obrigado a montar o que chamou “operação de guerra” para levar 107 respiradores e 200 mil máscaras da China para o Maranhão.
Surrupiado em outras ocasiões por Alemanha, EUA e o próprio governo federal, Dino alterou a rota da compra, trazendo as mercadorias pela Etiópia.
Após o desembarque em São Paulo, a carga seguiu para seu estado e somente ali passou pela inspeção da Receita Federal.
O heroísmo e a covardia podem vir de lugares surpreendentes.
Veja o caso de Flávio Dino e Sergio Moro, o justiceiro inventado pela mídia.
No país surreal em que o Brasil se transformou, Dino foi obrigado a montar o que chamou “operação de guerra” para levar 107 respiradores e 200 mil máscaras da China para o Maranhão.
Surrupiado em outras ocasiões por Alemanha, EUA e o próprio governo federal, Dino alterou a rota da compra, trazendo as mercadorias pela Etiópia.
Após o desembarque em São Paulo, a carga seguiu para seu estado e somente ali passou pela inspeção da Receita Federal.
O vírus, o petróleo e a geopolítica mundial
Charge: Miguel Morales Madrigal/Cartoon Movement |
Para além dos acontecimentos, existe uma história inconsciente – ou mais ou menos consciente – que escapa à lucidez dos atores, dos responsáveis ou das vítimas: elas fazem a história, mas a história as arrasta. F. Braudel, “História e Ciências Sociais” Editorial Presença, Lisboa, 1972, p. 130
As grandes epidemias repetem-se através da história, mas não existe nenhuma explicação sobre sua periodicidade. E, no caso da epidemia da Covid-19, ainda não se decifraram as variações do vírus, nem o desenvolvimento provável da própria pandemia porque não se sabe se poderá haver recidivas nacionais até o desenvolvimento de medicamentos e vacinas eficientes. Nestes momentos de grande medo e imprevisibilidade é comum as pessoas utilizarem comparações e analogias que parecem úteis num primeiro momento, mas que são parciais e às vezes prejudicam mais do que ajudam, como no caso da referência às duas crises econômicas de 1929 e 2008. Ou também a comparação com algumas pestes que teriam provocado grandes “rupturas históricas”, como foi o caso da Peste de Justiniano, no século VI, ou mais ainda, da Peste Negra, no século XIV, que matou metade da população europeia e parece ter contribuído decisivamente para o fim do sistema feudal.
As grandes epidemias repetem-se através da história, mas não existe nenhuma explicação sobre sua periodicidade. E, no caso da epidemia da Covid-19, ainda não se decifraram as variações do vírus, nem o desenvolvimento provável da própria pandemia porque não se sabe se poderá haver recidivas nacionais até o desenvolvimento de medicamentos e vacinas eficientes. Nestes momentos de grande medo e imprevisibilidade é comum as pessoas utilizarem comparações e analogias que parecem úteis num primeiro momento, mas que são parciais e às vezes prejudicam mais do que ajudam, como no caso da referência às duas crises econômicas de 1929 e 2008. Ou também a comparação com algumas pestes que teriam provocado grandes “rupturas históricas”, como foi o caso da Peste de Justiniano, no século VI, ou mais ainda, da Peste Negra, no século XIV, que matou metade da população europeia e parece ter contribuído decisivamente para o fim do sistema feudal.
O cavaleiro do apocalipse
Drone com alto-falante é usado para evitar aglomerações na zona sul do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil |
Previsível e, agora, já presente, o colapso começa a mostrar seus sinais.
Hospitais lotados e lotando no Rio, Manaus, Fortaleza e até em São Paulo, o mais bem equipado deles.
O Exército mandando ofício para os prefeitos para saber se os cemitérios são capazes de lidar com uma montanha de cadáveres.
As cenas selvagens logo virão.
Não se iluda porque, ainda que doa muito, a realidade é o único remédio para nossas cabeças.
Mas há outro colapso, que igualmente era previsível e está em marcha: o colapso institucional.
O Incrível (e torpe) Exército de Bolsonaro
Por Almir Felitte, no site Outras Palavras:
A cada dia que passa, o Brasil parece mais próximo de entrar no pior momento da crise sanitária, social e econômica causada pela pandemia da Covid-19. Junto ao aumento da incidência da doença no país e das consequentes mortes, números estes claramente subnotificados pela ausência e demora de testes, o povo brasileiro ainda é obrigado a assistir às constantes pernadas de um governo simplesmente incapaz de lidar com o desafio que tem pela frente.
A cada dia que passa, o Brasil parece mais próximo de entrar no pior momento da crise sanitária, social e econômica causada pela pandemia da Covid-19. Junto ao aumento da incidência da doença no país e das consequentes mortes, números estes claramente subnotificados pela ausência e demora de testes, o povo brasileiro ainda é obrigado a assistir às constantes pernadas de um governo simplesmente incapaz de lidar com o desafio que tem pela frente.
Covid-19 e desintegração latino-americana
Por Gladstone Leonel da Silva Júnior, no jornal Brasil de Fato:
Poucos dias após o aniversário de cinco anos da morte do saudoso Eduardo Galeano, aquele que talvez tenha sido um dos pensadores mais vibrantes e comprometidos com nosso povo latino-americano, nos deparamos com uma América Latina fraturada.
As políticas de integração e fortalecimento dos povos, que tinham muito mais em comum do que diferenças, não eram mais uma realidade. A Unasul (União de Nações Sul-Americanas) se desintegrou, a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) está completamente enfraquecida, a Telesul resiste debilitada em seu papel de informar e se comunicar com toda a América Latina. Os sonhos de Simón Bolívar e de todos os libertadores da América estão paralisados e fragilizados, agora, com o avanço do coronavírus.
As políticas de integração e fortalecimento dos povos, que tinham muito mais em comum do que diferenças, não eram mais uma realidade. A Unasul (União de Nações Sul-Americanas) se desintegrou, a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) está completamente enfraquecida, a Telesul resiste debilitada em seu papel de informar e se comunicar com toda a América Latina. Os sonhos de Simón Bolívar e de todos os libertadores da América estão paralisados e fragilizados, agora, com o avanço do coronavírus.
A pandemia não é democrática
Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site Brasil Debate:
Chegou-se a dizer que a pandemia causada pelo Covid-19 seria “democrática”, pois o vírus não discrimina ninguém. Mas, em meados de março de 2020, a notícia de que uma das primeiras mortes no país pela doença tinha sido de uma doméstica, infectada pelos patrões que haviam voltado da Itália, já mostrava que, no Brasil – assim como quase tudo por aqui – ele não seria democrático. O vírus escancararia as desigualdades sociais e a nossa história baseada em exclusão.
Chegou-se a dizer que a pandemia causada pelo Covid-19 seria “democrática”, pois o vírus não discrimina ninguém. Mas, em meados de março de 2020, a notícia de que uma das primeiras mortes no país pela doença tinha sido de uma doméstica, infectada pelos patrões que haviam voltado da Itália, já mostrava que, no Brasil – assim como quase tudo por aqui – ele não seria democrático. O vírus escancararia as desigualdades sociais e a nossa história baseada em exclusão.
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